[Contextualizando]
Meu nome é Henrique, tenho 38 anos, moro no interior do estado de São Paulo. Vou contar minha história, com calma, sem pressa. Sempre quis escrever, e já até tentei algumas vezes. Sempre achei extremamente prazeroso descrever as situações, os processos. Vou fazer meu melhor para que todos e todas imaginem tudo com o mesmo prazer. Curtam o processo!
Tudo começou há 6 anos atrás. Eu tinha 32 anos e minha noiva, Larissa, 29. Já estávamos juntos há 5 anos, inclusive morando juntos. Erámos (e somos!) muito felizes em todos os aspectos de nossas vidas. Eu trabalho no setor jurídico de uma empresa aqui da região. A Lari é nutricionista. Já tínhamos uma vida estável e bem boa na época. Sempre gostamos de viajar, viver coisas novas, relaxar. Ah e também gostamos muito de cuidar do corpo, como já era de se imaginar. Eu sou branco, tenho 1,80, 80kg, saradinho, em ótima forma. Tenho cabelos pretos bem curtos, e sou bem apresentável, digamos. A Larissa... Bom, acho que vale a pena descrever com mais calma. Ela é linda. Tem 1,55. É branquinha, com um rosto delicado de traços perfeitos. Cabelos lisos, escorridos, bem longos, no meio das costas. Lábios carnudos, vermelhos, olhos pretos feito jabuticaba madura. Lindos! Um olhar ingênuo, um sorriso fácil, e uma simpatia total. Ela tem um corpaço também. Malha ainda mais do que eu, rs. Tem seios médios, firmes, macios, desenhadinhos. Barriga chapada, coxas grossas e musculosas na medida certa e uma bunda digna de concurso de miss bumbum kkk. Sério. É grande, redonda, esculpida na medida certa. Macia, porém durinha, e empinadíssima. Só de pensar... Rs.
[Prólogo]
Naquela época, eu estava trabalhando em casa por conta de umas mudanças físicas da empresa, por uns dias. E sempre fui muito curioso, inovador, cheio de ideias (em todas as áreas). Então, em uma tarde meio tranquila, estava eu vendo umas putarias inocentes na internet, quando me deparo com um vídeo de um homem filmando a própria esposa dando pra outro cara. Aquilo me gelou a espinha... O que era aquilo?! Ela gemia e provocava, enquanto o marido se masturbava e um moreno enterrava tudo na safadinha! Quando percebi, meu pau tava duro feito uma pedra, hahaha. Assisti os poucos minutos do vídeo, que era bem caseiro, paralisado. Corri pro banheiro, me masturbei e gozei em um minuto. Quando acabei, pensei... "Caramba, o que foi isso..."
Naquele momento, eu não sabia o que tinha me excitado exatamente. Foi assim, de repente. Vi, me excitei, nem pensei muito. E não pensei mais por alguns dias. E meses.
[Parte 1 - Uma amizade inesperada]
Era mais um momento de descontração de um grupo de amigos após o futebol. Eu jogava toda terça-feira à noite, há muitos anos. Era um grupo de mais de 20 caras. Alguns mais próximos a mim, outros nem tanto. Estávamos em cerca de 5 na mesa: Léo, Dodô, Mario, Guto e eu, tomando cerveja e conversando bobagens. Era um daqueles clubinhos com vários campos e quadras de areia, e muita gente circulava por ali. Estava em um dia particularmente cheio, e as conversas na nossa mesa variavam entre futebol, mulheres e putaria em geral. Uma das caixas de som apontavam para o nosso lado, tocando algum sertanejo universitário da moda. Eu já não me lembro qual. Eu confesso que estava meio alheio ao papo, pois naquele momento o Léo falava das conquistas e canalhices que cometia. Na real, embora meu amigo, eu o considerava um baita mentiroso! Mas até aí tudo bem, pois estava no lugar propício pra mentir e contar causos.
De repente, contudo, algo me chamou atenção…
Juro cara, ele me chamou pra comer ela, a esposa dele, na frente dele! (disse o Léo)
Mentiroso, para, vai! Hahaha (respondeu o Dodô)
Tô te falando (O Léo insistiu)
E você, foi ou não foi? (disse o Mario, entre risos de todos)
Tá maluco. Não fui. Sei lá o que ia acontecer. E se ele quisesse me pegar?
Todos riram muito.
E outra, uma mulher dessa é puta até demais, mesmo que seja verdade, como pode? (ele continuou)
Mas qual o problema? (perguntei, meio impulsivamente)
Pô, ser casada e dar pra outro assim… (ele disse, com uma concordância quase geral)
Mas, você foi até noivo e pegava geral. Pelo menos o marido dela sabe! (eu disse, rindo)
Isso é verdade. Mas o cara tem que ser meio maluco (disse o Dodô)
Talvez… Mas, combinado não sai caro… (eu completei)
Tá louco, vocês são malucos… Mas aí, nem contei pra vocês da moreninha da academia (retomou o Léo, o conquistador)
Continuamos a rir, eu agora mais atento. O único mais monossilábico era o Guto. Na época, nós tínhamos todos 30 e poucos anos, mas o Guto tinha 42. Não era o mais velho da turma, mas era mais experiente. Percebi um olhar atento dele em mim quando entrei na conversa, mas, de fato, minha fala deixou todos mais desconcertados. Não liguei. Até o outro dia… Bem, após algumas cervejas mais, fomos todos embora. Cheguei tarde, Lari já estava na cama vendo série, e nada de novo aconteceu.
No outro dia, fui trabalhar normalmente. Era mais um dia tedioso, apesar do monte de demandas. Eu tinha uma sala só pra mim, depois de muito tempo, e ficava mais tranquilo. Lá pelas 11 horas da manhã, olhei meu celular, e tinha uma mensagem de whatsapp de um número que eu não tinha salvo. “Fala Henrique, tudo certo? Guto aqui.” Respondi, achando que era algo relacionado ao futebol. Eu não conhecia tão bem o Guto, apesar de jogarmos juntos há meses. “Então, cara… Aquela conversa de vocês me deixou curioso. Sobre o carinha que teria chamado o Léo pra pegar a mulher dele kkkkk”. Respondi meio encucado: “Liga não, Léo inventa muita coisa kkkk”. “Será? Essas coisas acontecem mesmo. Mas achei você muito foda por falar que não tinha nada demais. Até quando esses caras vão julgar as mulheres assim?”. Achei aquela conversa no mínimo, curiosa. Por que ele estaria me falando aquilo? Como era quase hora do almoço, terminei uma demanda e fui comer. No restaurante do lado, normalmente vai uma galera do meu trabalho, mas curiosamente não tinha ninguém. Me sentei em uma mesa meio de canto, e peguei o cel novamente. A conversa com o Guto acabou seguindo.
Tem razão, Guto. Cara… Que bobagem. (digitei)
Pois é. Como se elas não tivessem tantas vontades quanto nós, não é? (ele disse)
E outra… Julgam demais o que é consentido entre o casal (eu disse, ainda encucado)
Perfeito, Henrique. Concordo…
Nesse momento, o Dias, amigo do trabalho, chegou na mesa. Acabei me distraindo e comemos juntos e conversamos no resto do horário do almoço. Durante a tarde, o pau quebrou e quase não tive tempo de olhar o cel. Vi que o Guto tinha mandado mais alguma coisa, mas não tive tempo de responder.
Os dias se passaram, na maior normalidade possível. Até que na segunda-feira seguinte - me lembro perfeitamente! - recebi uma mensagem do Guto. Conversamos outras vezes, sobre assuntos aleatórios, e ele se mostrou um cara muito gente boa e maduro. Talvez os anos a mais ajudem. Bem, o que ele disse foi: “Henrique, cara, fiquei sabendo de um negócio que me fez lembrar as nossas conversas. O Ed, no racha antes do nosso, separou da mulher. Descobriu que ela tinha um caso com um ex dela. Enfim, coisa chata”.
Puts, Guto. Chato mesmo. Mas… (digitei)
Mas não curto fofoca, o lance nem é isso (ele continuou, me fazendo parar de digitar o resto). Esse tipo de traição é muito dolorida, e acontece muito pela hipocrisia dessa nossa sociedade, não acha?
Cara, é, em grande medida concordo sim. É complexo saber. Talvez o sexo seja só uma parte do problema. (argumentei)
Tem razão. É só uma parte. Estou limitando as coisas, kkkkk (ele reconheceu
Bom, mas de qualquer jeito, acho que entendo seu ponto. Talvez um casal que tenha uma certa abertura - no que se refere ao sexo - não passei por isso (constatei)
Exato. É claro que é impossível saber, estamos só relacionando. Mas, tem algum sentido. Mas além disso, me fez pensar que você falou que o Léo é mentiroso e teria inventado aquele convite. Bom, ele eu não sei. Mas eu já recebi esse tipo de convite também, rsrs. (ele disse)
Caralho! kkkkkk (exclamei)
Mas no caso, eu não recusei kkkk (ele disse)
Eu não sabia o que responder. O papo era leve, mas ao mesmo tempo, instigante. E inevitavelmente me remeteu ao tesão que tive ao ver os vídeos meses antes. Senti uma excitação estranha…
Porra, mentira que você comeu a mulher de alguém assim? (respondi, estupefato)
Cara, já. E posso dizer mais? Não foi só uma vez, nem uma só mulher, kkkkkkk (ele disse)
Como é isso? (me limitei a perguntar. Meu coração disparou)
Delicioso. Qualquer hora de conto mais. Mas, te considero um amigo e não quero que ninguém saiba. Ok?
Pqp! Ok, kkkkkk.
Fiquei intrigado, mas a conversa parou por aí. Por que ele me contou isso? E por que me senti excitado? Uma parte de mim, aliás, ficou foi muito excitada. Mas para o meu azar, naquela semana a Lari estaria fora, por causa de sua pós graduação. Cheguei em casa à noite, e não resisti. Me masturbei no banho pensando na loucura que ela essa - até então - loucura.
No dia seguinte não tive tempo de pensar em nada, felizmente. Foi um dia cheio de reuniões e caos no trabalho. Por sorte, teria o meu futebolzinho pra correr e descontrair. E assim foi. Meti 4 gols e vencemos, coisa que não acontecia há tempos! Após o jogo, o mesmo ritual se seguiu: cervejas, mentiras, sertanejo universitário, risadas… Nesse dia, ficou apenas o Dodô e eu. O Léo nem foi jogar, e o Mario precisou ir embora pra sair com a namorada. Aniversário de namoro. O Guto ficou um tempo conversando com outras pessoas. De longe, viu quando o Dodô pegou a mochila e se despediu, e fez um sinal para que eu esperasse. Fiquei sentado com a minha cerveja, e ele chegou brincando. Não o descrevi anteriormente, mas o Guto é um cara branco, alto, uns 1,92. É bem forte, com mãos e pés grandes, mas não é sarado. Parece um cara totalmente comum, mas ao mesmo tempo tem uma presença marcante, com voz grave e educada.
E aí, meu amigo? Cansado? (disse casualmente)
Até que não. Estou em boa forma (brinquei)
Isso é importante, né.
[...] (vou cortar o diálogo para não me estender desnecessariamente.
Bom… Espero que não tenha me julgado pelo que te contei no whatsapp, Henricão.
De jeito nenhum cara. Sou fã da liberdade e as pessoas tem que aproveitar como parecer bom pra elas (resumi)
E o que te contei mexeu contigo? (ele perguntou, mais seco. Me desconcertei)
Como assim? (me limitei a dizer)
Já vi que sim. Isso é bom, hehehe.
Haha… (ri meio sem graça)
Não se preocupa. Não precisa dizer mais nada (ele disse, sério, mas sorrindo). Tá tarde. Preciso ir.
Nos despedimos e fomos embora. Cheguei em casa, e sozinho mais um dia, fiquei pensando naquela conversa. Peguei o cel e mais uma cerveja. Me espantei ao ver que o Guto tinha dado um like em uma foto minha com a Larissa no instagram. Havia uma mensagem escondida nisso, e eu estremeci. No direct, uma mensagem: “vocês são um lindo casal”. “Obrigado”, me limitei a dizer. Embora eu tivesse me sentido a vontade todos esses dias conversando com ele, algo me incomodou profundamente. Fiquei excitado novamente, mas não queria. Meu pau ficou duro feito pedra. Outra mensagem no direct, dessa vez da Lari. “Oi mor. Quem é esse Guto que me seguiu? Segue você, os meninos, mas não lembro dele” Senti um ciúme extremo. Que cara maluco, otário, pensei. Mas, o que havia de errado nisso? “É amigo nosso do fut, vida. Segue todo mundo, super gente boa kkk”, expliquei, confuso. “Ah tá, vou aceitar kkkk”.
Fui dormir de pau duro e incomodado, pois havia uma sutileza estranha naqueles dias do conversa com o Guto. Ele não me disse mais nada naquele dia, e nem durante a quarta-feira. O dia passou ligeiro. Mais um. Fui pra academia, e depois pra casa. Não sei o que se passou na minha cabeça. Sentei no sofá, liguei no canal de esportes. Peguei o celular e mandei mensagem pro Guto.
Seguiu minha noiva no insta, irmão. Vou ficar ligeiro kkkkkkkkkk (puxei assunto)
Kkkkkk. Não se preocupe. Não ataco assim não. (ele respondeu, rápido)
Como assim? (perguntei)
Isso mexeu com você? Eu ter seguido a Larissa? (ele respondeu, ignorando minha pergunta)
Bobagem, de jeito nenhum.
Ainda bem. É algo banal. É ciumento?
Na medida certa (respondi)
Que ótimo. Sabe bem o que tem ao seu lado, rs. (ele disse)
Como assim? (perguntei de novo)
Larissa é linda. Tem que valorizar, mas respeitar, cuidar e curtir muito com ela (explicou)
Ah, sem dúvidas. Ela é demais. Acho que realmente tenho que ficar ligeiro (eu disse)
Ele era sutil e me deixava enciumado, mas ao mesmo tempo tranquilo. Talvez fosse só o jeito dele. Ou tinha algo a mais? Ele parecia brincar comigo. E algo dentro de mim me incitava a entrar no jogo.
Não precisa. Como eu disse, não ataco assim.
Disse, mas não explicou. Como assim? (insisti)
Gosto de ser convidado. (ele disse)
Convidado? (questionei)
Exato. É um processo. Vai entender logo ;)
Que mistério, hein Guto. (falei, impaciente)
Não há mistério. Você já entendeu tudo. (ele disse)
É, acho que sim.
Então diz. Confia em mim.
Eu acho que você quer comer minha noiva. (eu respondi, com o coração batendo muito rápido).
A resposta veio por áudio. A voz grave e calma do Guto. “Você é inteligente, amigo. E um cara do bem. Eu quero comer sua noiva, e acho que você também quer isso. Fica tranquilo e confia em mim. Ok?”.
Não consegui digitar, pois minhas mãos tremiam. Falar, tampouco. Meu pau havia endurecido de uma tal forma, que me assustei. Contudo, fiquei um pouco bravo. Enciumado! Ele digitou: “Responda seu amigo.” O que eu poderia responder? Aquilo me excitava, mas precisava parar. Ou será que eu não queria que parasse? Respirei fundo. Digitei, tremendo: “Ok”. Em segundos, o Guto se limitou a dizer: “Ótimo”.
Joguei o celular pro lado, abaixei o short e me masturbei com muito tesão. Durei 1 minuto. Gozei por todo o meu peito, com o coração disparado! Achei que quando gozasse, aquela loucura ia parar. Me limpei pra pegar o cel e dizer ao Guto pra não falarmos mais sobre isso. Não consegui.
[Parte 2 - Ah, a saudade]
Não conversei com o Guto por dias. Na sexta, a Lari chegou do congresso que esteve durante a semana, e estávamos com muitas saudades. Sempre pegamos fogo juntos. A busquei no aeroporto, e no caminho, ela já alisava meu pau por cima da calça.
Tá com saudade, safada?
Muito, mor.
Por mim eu te comia aqui mesmo. Te amo, minha gostosa (respondi, enquanto ela me alisava)
Foi um caminho difícil, rs. Nem tiramos as malas. A joguei no sofá da sala e nos pegamos loucamente por uns minutos. Ela vestia uma legging comportada e moletom, mas em segundos já não vestia mais nada. A devorei. Me joguei em sua bocetinha delicada, que estava molhadinha deliciosa. A Lari adora quando chupo com calma e acelero aos poucos. Gemia manhosa. Apalpei seus seios e deslizei pelas suas coxas torneadas e definidas. Meus dedos logo buscaram a bocetinha e enquanto eu fazia movimentos cadenciados em seu grelinho, coloquei meu dedo médio nela. “Aii cachorro, que saudade”. O jeitinho delicado dela contrastava com a putinha que ela virava no sexo. Do jeito que adoro. Eu a explorava por dentro, fazendo movimentos tranquilos. Coloquei o segundo dedo. Dessa vez ela só gemeu. “Vai”, ela disse. Eu entendi e passei a chupa-la e fazer movimentos de “vem cá” com os meus dois dedos dentro dela. Ela até rebolava enquanto gemia delicadamente. Gozou em segundos. Era a saudade.
Caralho, que saudade que eu tava dessa boca maravilhosa, mor. (ela disse, despudorada)
E eu, de você. Gostosa!
Safado. Me come.
Eu sorri. Ainda estava vestido, mas resolvi logo. Abaixei calça e cueca de uma vez. Meu pau apareceu duro feito aço. Não sou bem dotado, mas não passo vergonha. Meu pau tem 15 centímetros e é bem grossinho, levemente curvado pra cima. Ela adora. A posicionei ainda no sofá e não consegui resistir. A penetrei o mais devagar que pude, e fiz logo movimentos cadenciados de vai e vem. Ela gemia, e eu também. Nos beijávamos e passávamos a mão um no outro sem parar. Mas, a saudade… Durei, talvez, 4 minutos. Gozei feito um maluco enquanto a Larissa, minha noiva gostosa, apertava minhas costas.
E foi assim, entre transas, conversas e muito descanso, que passamos o nosso final de semana.
[Parte 3 - Uma faca de dois gumes]
O retorno da Larissa me fez esquecer um pouco a fantasia que tive nas conversas com o Guto. Não falei com ele por uns dias, mas confesso que estranhei quando não o vi no futebol de terça-feira. Na quinta, postei uma foto com a Larissa, uma lembrança de uma viagem que fizemos à praia no início daquele ano. Logo vi que o Guto curtiu, e me lembrei da nossa última conversa. Estremeci de novo. Era uma conversa, apenas. Mas ao mesmo tempo, podia ser muito mais do que isso. Não o chamei novamente, mesmo assim.
Na terça seguinte, no futebol, o Guto foi. Apesar da sensação estranha, joguei como nunca. Mas perdi, como quase sempre rsrs. Adoro competir e sou muito focado. Após o jogo, me despedi rápido e optei por ir embora. Não queria - ou tinha medo - de conversar com ele. Foi em vão. Quando estava arrumando a mochila no porta-malas, o Guto apareceu. A galera estava toda no quiosque, e eu de frente com ele, longe, no estacionamento.
E aí, Henrique. Tudo bem? (disse, descontraído)
Tranquilo, Gutão, e vc?
Ótimo. Mas, interessado em retomar nossas conversas. (disse, sério)
A última mexeu comigo, desculpa (reconheci)
Comigo também. Mas, somos amigos. Gosto de você. E você pode confiar em mim.
Tenho certeza que sim, mas o teor da conversa foi forte.
Sim, estamos falando de uma violação forte sobre alguns pactos sociais. Mas eu e você sabemos que são besteira. (Ele disse, decidido)
Podemos concordar, mas… Envolve muita coisa.
Envolve prazer. Nada mais. E te provo isso, facilmente. Mas tem que confiar em mim.
Eu confio! (eu disse, com uma convicção que me deixou muito estupefato)
Hahaha, tá vendo. Mas convenhamos que para ir além disso, precisamos da Larissa com a gente. Correto?
É… Sim, correto (a ideia de realmente falar com minha noiva sobre isso me estremecia, mas excitava muito).
Ótimo. Então, antes de ir, eu quero que você diga o que quer. (ele disse)
Como assim? (questionei, dando voltas)
Eu já disse o que quero há dias. Falta você. Diga, agora. (ele disse, sério e olhando nos meus olhos)
Respirei fundo. A partir dali, seria uma faca de dois gumes.
Eu quero que você coma a minha noiva.
[CONTINUA]