Religiosas Safadinhas 4.1 - Josiane, o começo da queda.

Um conto erótico de Henrique França
Categoria: Heterossexual
Contém 2115 palavras
Data: 14/07/2024 04:25:35

A vida a dois é muito mágica no início, na descoberta, ainda mais para jovens que esperaram o ardente momento de consumar a união. Manter a chama acesa é a grande questão para muitos casais. Eu sou Henrique França, e a história de hoje é para relatar a vocês como eu e Jussara enfrentamos as intempéries do casamento.

A gente namorou poucos meses. Quero lembrar que éramos de caminhos diferentes. Ela é uma mulher que cresceu sempre temente a Deus, e sempre teve o objetivo de casar e seguir seu caminho, sua vocação. Garota estudiosa, bonita , inteligente. Às vezes eu me sinto descrito naquela música Eduardo e Mônica, tá ligado!? Tudo ela tinha de mais especial que eu.

Eu vivi uma paixão proibida, um amor impossível, tive uma decepção muito profunda, nunca fui o mais ambicioso na vida. Eu disse a meu pai o que eu queria fazer e gostava de fazer e comecei a me virar por conta própria. Não segui nenhuma carreira, não quis fazer concurso pra virar funcionário do Estado, meu negócio foi dirigir. E depois saí do táxi pra aplicativos. E tenho me virado assim até hoje.

Construímos uma relação segura , baseada no respeito, na lealdade e cumplicidade. Eu dei isso a ela, recebi de volta com submissão, ela sempre velou por mim em suas preces, mas principalmente nunca se permitiu deixar vácuos no nosso casamento. O leito sempre foi muito bem guardado. Não vou mentir: não fazemos todo dia, não é selvagem todo dia. Impossível. Inclusive tive de passar mais de 2 meses sem poder transar por conta de um tratamento que ela teve de fazer e isso bagunçou a porra dos hormônios dela. Isso deu problema. Mesmo. Ela precisou passar por tratamento, fez cirurgia, e durante o tempo de recuperação não pôde de jeito nenhum ter relações.

Pensa num diabo que faz você subir pelas paredes , mas tu tem que estar ali, cuidando e apoiando. Isso quase me matou. A crise se instaurou quando, após o tempo de recuperação, ela recusou estar comigo. Eu procurava e sempre uma desculpa: “ Eu não tô no momento!”, “ ainda não” , “ Eu tô me sentindo seca!”, e isso foi se arrastando a um ponto de eu ficar realmente sem saída e soltar essa bomba na cara dela:

Eu: Olha, eu estive com você esse tempo todo, segurei a casa, segurei as contas, eu entendo tudo isso que você está atravessando. Mas eu preciso de você!

Jussara: Eu sei, mas é que…

Eu: A gente vai a um médico, vamos pedir ajuda, a gente tem que resolver isso logo!

Mas ela procrastinou, procrastinou, ainda mais que voltou a trabalhar e aí cara, eu fiquei na rabuda. Até o dia que finalmente soltei a bomba:

Eu: Eu tô te comunicando que preciso soltar esse leite acumulado em algum lugar, tudo bem pra você!?

Jussara: O que você quer dizer com “ em algum lugar”?

Eu: Você não gosta que eu me masturbe e já deixou isso claro. Bem, o corpo ainda é meu! Eu preciso descarregar esse hormônio!

Jussara: Você sabe que isso é errado!

Eu: E me deixar na seca é certo!

Jussara: A gente jurou que ia ser fiel em todos os momentos!

Eu: EU FUI FIEL NA SUA DOENÇA. EU TE DEI LEALDADE E APOIO QUANDO VOCÊ PRECISOU! Acabou! Você não está mais doente. Eu só quero que saiba que a partir de agora, o que cair na rede é peixe, tá certo!? Eu vou procurar lá fora e depois volto pra você!

Jussara( Jogou o anel no meu peito ) : Se isso é o que significa nosso casamento pra você, pega essa porra e enfia você sabe aonde!

Eu: Talvez eu deva pegar essa porra aqui no meu dedo- joguei no peito dela- e enfiar em algum lugar onde eu sei que vou ter algum respeito pelo o que eu faço nessa casa.

Jussara: Pois leva essa coisa imunda pra bem longe de mim, se você se atrever a fazer isso.

Eu: Acha que eu não penso nisso !? Já deveria ter feito isso mesmo, se soubesse que tu ia ficar seca por dentro e por fora. Você MORREU com esse tratamento! Ganhei um brother. Minha mulher não voltou mais daquela sala de cirurgia e e eu tô dormindo com alguém que não tá nesse plano, não vê que eu também tô sozinho! Viúva de um marido vivo que virou um poste debaixo de um teto!

Naquela noite, eu decidi que não voltaria pra casa , resolvi virar o dia também. Isso aconteceu no nosso 12⁰ ano de casamento. Eu tinha saído do táxi pro Uber. Comecei a trabalhar feito um louco. Trabalhei até meu corpo não aguentar mais. Quando cheguei lar. Só encontrei um bilhete. “ Vou passar uns dias com meus pais. Não tenho previsão de quando voltarei. Se voltarei. Por que eu terei que voltar. Tudo que vivi parece desmoronar na minha frente. Eu nunca te considerei um poste debaixo do nosso teto. Estou numa confusão de sentimentos. Não vejo futuro, se você não vê uma razão. Você me fez sentir descartável e improdutiva. Espero que reflita sobre tudo que disse. “

Só respondi no WhatsApp: “ Fique onde está e demore bastante!”

Não demorou muito e recebi uma resposta bem ríspida. “ Pra você aproveitar e saciar sua vontade com outra na minha cama!? “

Eu: Pra você refletir sobre o porquê de estarmos juntos e fazer a balança correta de tudo que passamos até aqui. Eu nunca fui correndo pra casa dos meus pais ou amigos pra resolver porra nenhuma! Agora, se essa é uma sugestão sua, posso pensar na oferta!

Porra, pra quê! Ela começou a me ligar direto. Deixei chamar no silencioso. Nos dias das reuniões na igreja eu simplesmente não fui. Não queria olhar na cara daquelas pessoas me julgando, porque com certeza ela já devia ter feito a minha caveira, se vitimizando pra aquele povo. Sempre assim. E ninguém me procurou por dias. Exceto uma pessoa. E achei curioso que, justamente essa pessoa que trouxe a mulher da minha vida consigo, quando nos vimos a primeira vez: Josiane.

Parecia um deja vù. Eu tava em frente ao mesmo mercado, mas agora com meu próprio carro, na hora do meu descanso, e foi ela quem me viu. Eu tava com o banco recostado tirando um cochilo, quando ela bateu no vidro, eu abri os olhos e ela disse:

Josiane: Muito trabalho, sumido?

Levantei o banco, dei um sorriso pra ela e tomei um gole de água que tava do meu lado, e pus-me trocar idéia com ela. Não me julgou pela ausência, perguntou como eu tava, disse tava sentindo minha falta nas reuniões. Percebi que tava com compras, gentilmente ofereci uma corrida pra ela até sua casa, ao que aceitou de bom grado.

A parada ficou mais séria quando me convidou pra subir. “Ah, fica mais um pouco e toma um café.” Aquilo não era do meu feitio, mas aceitei. Perguntei do marido dela, o Felipe. Felipe é um cara atuante no grupo, lidera os homens e tudo o mais, um cara bacana. Só um pouco mais velho que eu. Tem uns 37 anos. Eu tinha 32. Não é uma diferença abissal. Casaram logo depois de mim. A Josiane é branca. 36 anos, mais alta que a Jussara, que tem 1.67m, ela tem 1.73m , tecnicamente a mesma estatura que a minha. Cabelos escovados, é magra, tem feições suaves, uma boca bem desenhada e fina, olhos negros e grandes, chega a ser pálida, porque não pega muito sol. Tem um quadril largo, nada exagerado. Seios pequenos. E tem uma filha entrando na adolescência.

Josiane: Poxa, eu tenho notado a ausência de vocês.

Eu : Vocês!? Como assim!?

Josiane: A Jussara também não tem aparecido. Eu até liguei para ela, e ela me disse que havia ido passar uns dias na casa da mãe.

Eu: Foi isso mesmo.

Josiane: Isso foi há quase 3 semanas.

Eu: É. Ela ainda tá lá.

Josiane: Henrique, eu não quero parecer uma fofoqueira, mas quando eu perguntei pra ela de vocês, ela desconversou , foi muito evasiva. Eu não quis forçar a barra. Mas não posso deixar de expressar minha preocupação.

Eu: Obrigada. Olha, eu nem sei o que te dizer. Por onde começar. A Jussara e eu… a gente não tá bem. Okay? E honestamente… não sei se ainda tem um nós. Porque ela não tá falando comigo.

Josiane: Nossa , mas isso é muito sério.

Eu: A história é longa- inspirei profundamente- eu achei que todo mundo tivesse sabendo do que aconteceu.

Josiane: Eu sei que ela precisou fazer aquele tratamento, né, não deu certo, de início…

Eu: Ela precisou fazer uma procedimento cirúrgico para remover um cisto e o tempo exigia que eu nem pensasse em namorar.

Josiane: Aí, que barra!

Eu: A gente sempre teve uma vida sadia e sempre convivemos bem nessa parte até isso acontecer. Acontece que com o tratamento, a gente se distanciou, por essa causa. Mas quando o tempo de tratamento passou, ela não foi mais a mesma e desde então tem me recusado.

Josiane: Possivelmente uma queda hormonal, né.

Eu: Eu entendo isso. Eu conversei com ela diversas vezes pra nós buscarmos ajuda. Eu não deixei de ter necessidade por conta dela, mas eu me virei. Acontece que eu não consigo não…

Josiane: Eu sei. Caramba, Henrique, que fase!

Eu: Eu propus que buscássemos orientação, mas ela tem procrastinado até então, e não gosta que eu me toque pra poder aliviar essa pressão.

Josiane: Gente do céu!

Eu: Até que eu explodi com ela e perguntei se tava tudo bem se eu fosse saciar essa vontade com alguém na rua, de vez em quando. Porque eu não tava aguentando mais! Ela só sabe dizer que eu tô errado! Eu não posso procurar uma prostituta, mas ela pode me recusar!? E recusar a solução do problema?

Josiane: Você poderia ter conversado com o… bom, de que adiantaria , Felipe é um caso sério…

Eu: Ela me jogou um monte de coisas na cara, a gente disse coisas terríveis um pro outro, e quando eu voltei dos corres , ela já não tava mais em casa.

Josiane: Puxa, Henrique! Eu sei que é injusto, mas- segurou na minha mão - tenta falar com ela!

Nessa hora o que meus olhos focaram foi no decote da roupa que Josiane estava usando. Ela não estava de maquiagem, mas ainda assim, o perfume dela começou a mexer comigo. Aquilo não iria acabar bem. O calor da sua mão na minha havia despertado instintos que até então eu estava me esforçando para mantê-los adormecidos. Lancei um olhar pra ela, sorri de canto e agradeci pelo apoio.

Eu: Eu tenho que ir. Obrigado por me ouvir.

Josiane: Que nada, Henrique! Acho bom que você tenha falado. Normalmente o homem é mais introspectivo. Mas não some não! Pode contar comigo. E ninguém vai ficar sabendo, tá!?

Eu: Eu te agradeço pela discrição.

Finalmente nos erguemos para caminhar até a porta. Mas ela se despediu de mim com dois beijos e o último foi mais próximo da boca. Aquilo já foi estranho. A casa dela fica no segundo andar, no alto, e tem uma escada que a gente precisa descer para alcançar a rua. Eu desci, mas encontrei o portão fechado. O corredor não era muito largo para ficar duas pessoas enquanto uma abria o portão. Porra, ela desceu, e eu lhe dei passagem para abrir o portão na minha frente. Aí ela parou. Olhou dentro dos meus olhos e mandou essa aqui:

Josiane: Posso ser sincera contigo!?

Eu: Claro, o que é?

Josiane: Não quero que me entenda mal…

Eu: O que que eu não posso entender mal?

Josiane: Uma coisa simples, mas que tem afetado muita gente: Sua mulher não sabe o prêmio que ela tem em casa e pode simplesmente por tudo a perder. Você é um cara bonito, isso me chamou a atenção desde que te conheci. Bonito, educado, ainda que na sua, mas muito simpático. Ela é minha amiga, mas isso que ela tá fazendo não tá certo. E se tem uma coisa que a vida não tolera são vácuos como esse.

Eu: Engraçado…

Josiane: O quê, hehehe!?

Eu: Eu penso do mesmo jeito.

Ela ficou mexendo na chave com as mãos e sua respiração era forte. A atração era insustentável. O exato sentido de um abismo chamar outro abismo. Então percebi que o meu vácuo precisava de algo no lugar. Não era mais necessário qualquer palavra. Ela sabia o que tava querendo e em que território tava pisando.

Eu: Só quero deixar claro que , se isso acontecer, eu não respondo por mim!

Josiane: Me leva pra outro lugar, agora!

Eu: Pra onde!?

Josiane! Onde você quiser!

Continua.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 11 estrelas.
Incentive Luke Black a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários