Eu sou a Júlia, baiana, bissexual, tenho 1,65 de altura, meu cabelo é cacheado, bem comprido e volumoso. Atualmente tenho 28 anos mas vou relatar a história de qdo eu tinha 20 e conheci o amor da minha vida, Lorena.
Cresci em uma cidade próxima a Salvador, onde meus pais têm uma pousada. Eles me criaram com muita rigidez e controle. Eu estudava muito, tive uma adolescência diferente da maioria das pessoas, fui estimulada apenas por meus professores a entrar na faculdade. Começou a ficar tão insuportável viver as rédeas deles q eu fiz administração e pedagogia ao mesmo tempo, na esperança de ocupar a mente e sair o mais rápido possível de casa. E toda vez q eu pensava isso, me batia uma onda de desespero, ao tocar no assunto algumas vezes fui chamada de ingrata pela minha mãe, por eles me criarem da melhor forma, dando uma vida de princesinha. Meu pai n era tão duro nas palavras, mas também não apoiava a minha saída de casa, queria q eu ficasse para sempre ali com eles, até que um dia, ao entrar no meu quarto, presenciou uma dessas crises e falou q eu poderia tentar por um ano, e se n conseguisse ou sentisse falta, voltaria. Minha mãe n ficou nada satisfeita com a decisão, mas como o homem da casa havia decretado, era lei.
Era uma relação tóxica, falando assim, parece que só tinha partes ruins, mas eles me amam. Achavam q estavam me protegendo, mas estavam me pondo em uma bolha, a mesma q foram criados. Uma bolha cruel, conservadora, homofóbica e tradicional.
Consegui um emprego em uma escola mt boa na capital, para o terror ainda maior deles. Meu pai é empresário, tem sociedade c várias empresas e possui alguns imóveis, viu o q era mais próximo do meu trabalho e me presenteou c um apartamento.
Eu n fazia nada demais, tinha uma vida simples, dividida em trabalhar e voltar para casa, mas era libertador viver em paz.
Dps de alguns meses vivendo assim, em um dia comum de trabalho, entrou uma morena linda chamada Lorena na minha sala, desejando matricular sua filha, a Milena de 7 anos. Apesar da idade, ela era bem baixinha, oq me fez olhar diversas vezes a data de nascimento para n errar a série ao colocar no sistema. A menina era uma fofa, bem comunicativa, veio p meu colo enquanto eu finalizava a matrícula. Sua mãe, ao vir pegar ela p ir embora, estranhamente ficou muito próxima a mim, aquilo me deu um gelo, um choque, eu n sabia oq fzr, apenas olhava p ela que sorria parecendo gostar do efeito causado. Para acabar comigo, ainda deu um beijo bem demorado na minha bochecha, disse que tinha sido muito bem tratada... Eu não conseguia dizer um "tchau" fiquei ali congelada esperando elas saírem.
Q absurdo! comecei a pensar. Pq ela fez aquilo? Não tínhamos intimidade, eu nem a conhecia, e pq eu fiquei daquele jeito? Pq eu não a empurrei ou gritei para que alguém me ajudasse. Passei o restante do dia pensando, o perfume dela tinha grudado na minha roupa... E era tão bom. A td instante voltava a minha imaginação, ela entrando ali, o seu jeito "sem medo de nd" de agir tbm me fascinou. Oq era aquilo que eu estava sentindo???
Eu já tinha namorado antes, nd muito sério, bem infantil na vdd e eu nunca fiquei com alguém na cabeça daquela maneira. Lorena tinha alugado um triplex em mim.
Qdo cheguei em casa, vi uma solicitação dela p me seguir no Instagram e fiquei pensando se aceitava ou n. Ela tinha sido uma insolente sem me conhecer, imagina tendo acesso a minhas redes sociais? Somente a noite, dps de mt pensar... Aceitei e segui de volta, sem saber dar uma justificativa, eu apenas queria.
Logo recebi uma mensagem perguntando um horário calmo para levar as fotos 3×4 que faltavam na documentação pois n poderia demorar. Um simples pergunta, envolvendo meu trabalho, fez meu coração disparar, eu digitava e apagava. Eu n sabia pq aquilo estava acontecendo comigo, dps de muito tempo, consegui dzr q às 10h n tinha tanta movimentação. E no outro dia, eu trabalhava e olhava no relógio, às 10h parecia não chegar, e eu n entendia essa ansiedade em vê-la novamente, afinal aquela mulher tinha sido mt atrevida comigo, o jeito que segurou na minha cintura, colando em mim de tal forma que seu cheiro permaneceu comigo o resto do dia, com certeza não tinha sido um abraço normal.
Estava decidida, se ela tentasse alguma coisa eu cortaria imediatamente para q não se prolongasse seja lá oq estivesse acontecendo. Mas qdo ela chegou, estonteante, parecia desfilar em câmera lenta em minha direção, mal me cumprimentou e já foi me agarrando, segurando no meu pescoço, comecei a tremer e novamente congelei, Lore olhava dentro dos meus olhos, parecia encarar minha alma.
"Seu cabelo é uma das coisas mais linda que eu já vi" falou pertinho do meu ouvido causando um arrepio na minha pele, meu rosto queimava mt e eu desviei o olhar dos seus olhos agradecendo.
A mão dela continuava no meu pescoço, aquilo me deixava extremamente nervosa, ela parecia ter total controle do meu corpo. Tentei tirar mas não adiantou e eu comecei a falar coisas que antes pareciam fazer sentido, agora não mais...
"Estamos no meu trabalho, alguém pode ver", "Por que você está fazendo isso comigo, eu não quero", "fora que é errado", "eu não quero, eu não quero isso, eu não que..."
E ela me calou com um selinho
Eu fiquei completamente assustada porque... eu gostei???
Lore continuou e engoliu meu lábio inferior
Nossa como aquilo era bom, era o que passava na minha cabeça mas eu n conseguia corresponder.
Suas mãos rondavam meu corpo, apertando e me fazendo sentir novas sensações, logo apertou minha bunda e eu me assustei imaginando onde aquilo ia parar... Desesperada, empurrei seu corpo para longe do meu e corri para trás da minha mesa para tentar voltar a trabalhar. Ela parecia se divertir com meu desespero, conservava um sínico sorriso no rosto. Aquilo me irritava num grau, com certeza ela não imaginava o mix de emoções que estavam dentro de mim.
Tentei retornar ao profissionalismo, afinal ali era uma mãe de aluna q foi entregar fotos para matrícula. Agradeci os documentos e tentei encerrar o assunto para q finalmente ela fosse embora. Ainda rindo de mim, atrevidamente disse: "acho injusto eu não ganhar um beijinho seu depois de tanto esforço" eu fechei os olhos e disse rapidamente a primeira coisa que passou na minha cabeça: "eu sou hétero, gosto de homens, pfvr me deixa em paz ". Qdo abri os olhos, pude ver aquele maldito sorriso, ela soltou um beijo no ar se despedindo e finalmente saindo da minha sala.
Corri para o banheiro, joguei uma água no rosto e... chorei, chorei bastante; por n entender o que estava acontecendo, por n ter impedido e principalmente por ter gostado bastante. Era contraditório, nem eu entendia meus pensamentos.
Meus pais me ensinaram que tudo aquilo ali q aconteceu era errado, a mulher havia sido feita para o homem, e eu tinha adorado ser conduzida a aquele beijo. "Era para eu ter controlado a situação e cortado...", "Era para eu ter me entregado e correspondido...". Nem eu sabia oq deveria ser feito.
Novamente passei o restante do dia com a cabeça em Lorena, nas coisas q eu poderia ter feito diferente, dividida entre arrependimentos. Finalmente deu o horário de ir embora e eu poderia sofrer e pensar melhor sobre td q aconteceu naqueles dois dias... Ou não!
Qdo saí para esperar o Uber, dei de cara com Lore que colocava Mimi no carro, veio até mim sorrindo e me ofereceu carona.
Q mulherzinha petulante, já não bastava tudo aquilo pela manhã?
Neguei mas ela se aproximou mais um pouco, encostando em mim, e dizendo com o mesmo sorriso sínico de mais cedo: "vem, gatinha, não mordo, a não ser que você me pessa..." e me puxou pela mão, eu fui, envolvida pelo medo de alguém ver ela daquela maneira, tão próxima do meu rosto.
Lore deixou Milena no clube de jiu-jitsu, colocou a mão na minha coxa, fui mostrando onde ficava minha casa sem coragem de olhar diretamente para ela, imagina de se quer tentar tirar sua mão dali.
Pela visão panorâmica, eu observava como ela estava sexy com uma mão no volante e outra em mim e quando me dei conta do que eu pensava, tratei de reprimir por achar errado prolongar seja lá o que fosse aquilo que eu estava sentindo.
Qdo chegamos próximo do condomínio, ela disse: "moro aqui também, só que do outro lado, na parte das casas".
Imagina o inferno que seria encontrar essa mulher saindo de casa e no trabalho??? Pq isso estava acontecendo comigo? Eu só queria viver minha vida simples em paz!
Já na minha portaria, ela me pediu um pouco de água, eu conseguia enxergar as segundas intenções naquele olhar, naquele sorriso mas mesmo assim a deixei subir. N sabia oq falar, como me comportar, era tudo tão estranho.
Ao abrir a porta, n tive tempo de mais nada, c uma pegada extremamente forte, gostosa e enlouquecedora ela me prensou na parede, era bom mas me assustou, comecei a chorar, me sentindo uma idiota, pedindo q pfvr ela parasse por ali. Inesperadamente, fui atendida, consegui me recompor e pegar a água que ela fingia querer.
Sentei no sofá, e ela sentou bem próxima a mim, minha respiração era descompassada, eu estava extremamente nervosa com sua presença e a mão na minha coxa, que subia e descia. Ela me olhava como se me desejasse mais que tudo naquele momento, suas firmes mãos me puxaram para o seu colo e eu fui, sem dar trabalho, eu queria tanto!
Sua língua entrou na minha boca de forma avassaladora, foi o melhor beijo da minha vida até ali, as poucas coisas que eu já tinha experimentado pareciam tão banais, tão simples. Eu sentia algo elevado, divino, excelso ali naquele beijo, com aqueles toques.
Ela me deitou no sofá e veio por cima de mim, tirando a minha calça, nesse momento eu me desesperei um pouco.
Oq íamos fazer? Eu n sabia nada, nada mesmo. Minhas únicas "experiências" foram aulas de biologia ou ouvindo conversas de colegas, e mesmo assim, eu não ficava muito tempo porque me sentia envergonhada com oq elas diziam.
Será q eu devia dizer que era virgem? Era uma situação um pouco vergonhosa mas eu realmente n sabia oq fazer.
Eu estava bem molhada, eu já tinha sentido tesão com algumas coisas, assistindo série para ser mais específica, mas nunca, nunca, nunca daquele jeito.
Eu n estou exagerando, talvez pareça, mas eu estava desesperada por n saber nada.
Seus dedos começaram a tocar por baixo da minha calcinha, seu rosto começou a descer em direção e resolvi intervir puxando sua cabeça novamente para cima.
Senti um olhar interrogativo e me apressei em dizer: nunca fiz isso..." Lore sorriu, tentando me acalmar achando que eu me referia a ficar com outra mulher e eu falei com todas as letras, bem timidamente: "sou virgem!".
Ela sorriu novamente, me carregando e dizendo no meu ouvido q tiraria toda minha inocência, me levou p o banheiro do meu quarto que eu indiquei a direção. Me sentia bem agora, entregue, estávamos sem roupa e por incrível que pareça, eu estava a vontade. A água quente deixava tudo mais sensual, nosso beijo encaixado, suas mãos nos meus peitos, em poucos instantes sua boca foi parar no meu peito, ela engolia me olhando fixamente, e era tão bom sentir sua boca em mim. Senti seu dedo do meio me penetrando lentamente, mas entrando facilmente. Q sensação, parecia q era a peça que faltava em mim, que eu estava completa. Minhas pernas ficaram trêmulas, e deixei meu rosto encostar sobre seu ombro. Tinha vontade de gritar, mas só deixava ou conseguia fazer escapar uns gemidinhos picotados no seu ouvido.
Sentindo o meu desespero por mais, Lore me levou p cama, desceu beijando meu corpo, e começou a me chupar. Naquela língua eu fui a loucura, sensação indescritível, meus olhos reviravam a cada movimentação, eu não conseguia mais evitar os gemidos, eles eram altos e desesperados. Minhas mãos involuntariamente desceram para forçar ainda mais seu rosto contra mim e logo senti seus dedos me invadirem novamente. Sensacional...
Parecia um delírio, irreal de tão bom, um sonho mas estava acontecendo, qdo eu menos esperava tudo parou. Olhei pra ver o que tinha acontecido e Lore me olhava com um ar provocativo e eu não sabia o que falar a não ser pedir para ela continuar, descaradamente fingiu não saber ao que eu me referia e sem pudor nenhum, quebrando toda a minha timidez eu pedi: - Me fode!
Há dois dias atrás eu nunca imaginaria essas palavras saindo da minha boca.
Eu precisava dela, e n precisei suplicar pela segunda vez, com mais vigor que antes ela veio me fazendo conhecer o que é prazer de verdade e eu gozei, pela primeira vez.
A sensação que tive foi de explodir, fiquei tão excitada q estourei. Ali era o limite, não dava para aguentar mais.
Me sentia exausta, eu havia saído do banho e estava completamente suada, sem forças p nada, a n ser beijar aquela boca que estava a minha frente agora.
Adormeci ao seu lado e despertei a beira da noite sem ninguém comigo, eu estava coberta mas sem roupa.
Teria sido um sonho? Mas as provas de que aconteceu estavam na cama molhada, no cheiro gostoso daquela mulher impregnado por toda minha casa e no meu corpo, que agora sentia sua falta.
Extremamente feliz, eu sorria para o nada, pensando em como tinha sido bom, comecei a pensar se eu n teria q fazer o mesmo c ela ou era assim mesmo q funcionava e fui pesquisar, entendi alguns conceitos básicos mas tudo parecia muito longe do que vivemos ali. No caso, eu fui passiva e ela ativa, mas e seu eu quisesse ser ativa? Descobri o termo relativa, se ela fosse, então eu a deixei na mão? Eram muitas dúvidas...
Também comecei a pesquisar sobre orientação sexual queria entender um pouco mais pq eu fui ensinada q aquilo era errado, e até então eu me considerava hétero por já ter ficado com meninos. Descobri q na verdade é bem comum a confusão e alguns relatos eram idênticos ao que eu vivia. Eu achava que não sentia atração por mulheres mas já tinha diversos pensamentos como "que linda, queria ser ela" ou "queria que ela fosse minha amiga", eu também repetia cenas das minhas personagens favoritas porque não prestava atenção no que era falado por estar obcecada na beleza delas. Os sinais estavam ali, eu só não sabia, não os tinha aprendido.
Comecei a pensar nos meus pais e a tristeza veio forte. Eles jamais aceitariam, sempre falavam do meu primo Léo, que é gay, com insatisfação e maldade. Se sonhassem o que aconteceu ali naquele apartamento, eu estava frita. Com certeza me fariam voltar para casa ou me trancariam em uma torre. Eu n queria isso... Demorei tanto para conquistar a minha pequena liberdade, n desejava voltar a viver novamente aquele inferno.
N consegui dormir, entrei em crise novamente, n conseguia parar de pensar neles descobrindo, conhecem muita gente da minha cidade e se alguém comentasse? Eu seria odiada por eles. O correto então era me esconder, reprimir meus sentimentos, foi o que pensei. Escrevi um texto enorme p Lore, em lágrimas, mas acabei apagando, ela não tinha culpa dos meus fardos. Resolvi falar pessoalmente, tivemos um lance legal, ela fez eu me sentir tão bem, n merecia só uma mensagem no whatsapp. Olhei o horário, madrugada já, eu ia parecer uma desesperada enviando mensagem aquele horário, então resolvi esperar o dia raiar. Pedi para conversar sobre o dia anterior, ela me respondeu bem rápido marcando na sua casa. Eu me sentiria mais a vontade na minha, mas não queria render assunto.
Fui diversas vezes ao banheiro durante o dia, ensaiar meu discurso na frente do espelho e na última vez, quando se aproximava o horário, vomitei de tanto nervoso.
Finalmente 16h, eu a vi na entrada enquanto Mih corria para seus braços Lore sorridente conversando com um pai chamado Ricardo, ela estava flertando???? Meu peito inflamou de ódio, eu estava sofrendo para pôr um basta na situação e ela já estava procurando outra distração???
Saí e ela me ofereceu carona, fiz que sim com a cabeça e entrei no carro. Fomos em uma praça e o ex dela estava lá pois Mih passaria o final de semana com ele.
Agora a sós no carro, ela me perguntou sobre oq eu queria conversar, mas eu só conseguia pensar nela flertando com Ricardo e perguntei se a pressa dela em conversar era porque tinha marcado alguma coisa com ele.
E, para minha surpresa, ela ria de mim. Novamente aquilo só me deixava mais brava.
Surpreendendo a mim mesmo, comecei a falar muito irritada sobre, questionando se esse era o modus operandi dela, transar com o máximo de pessoas que conseguisse e depois trocar de cidade para fazer o mesmo. E assim ela cessou o riso, como se minhas palavras a afetassem.
Entramos na sua casa e a seriedade dela começou a me assustar um pouco, será q eu tinha exagerado?
Sentei e ela pacientemente me explicou os sérios motivos que a fizeram vir morar em Salvador. Perseguição do ex marido, tanto que ele nem sabe o novo endereço dela, por isso encontramos com ele em uma praça. Revirando os olhos, me jogou o cartão de Ricardo, dizendo que ele só tinha oferecido os serviços de transporte escolar.
Eu mexi em uma ferida e me senti bem culpada por isso, mas não queria voltar no assunto então foquei na minha raiva e irritação.
- Você estava bem sorridente conversando com ele...
- E você está com ciúme??
Eu n tinha enxergado por esse lado, mas estava, claramente estava. Nem adiantava negar, mas eu neguei, oq fez ela voltar a rir.
- Mas oq vc queria conversar? Porque a mensagem você enviou pela manhã não é sobre o seu ciúme
Meu corpo estremeceu e voltei a ficar nervosa, acho que foi perceptível pq ela se aproximou e segurou minhas mãos tentando me acalmar.
Tentei ser o mais breve possível, dizendo q n queria que aquilo lá acontecesse novamente. Eu estava nervosa e sentia vergonha, tanto que não conseguia nem nomear a nossa tarde de sexo.
Lore notou a incongruência q havia nos fatos, como era contraditório eu estar morrendo de ciúme e também querendo parar de ficar. Infelizmente eu n a podia culpar por questionar isso, eu também n sabia explicar, estava desesperada e completamente confusa.
- Foi bom ontem?
Mas eu não conseguia responder, apenas olhava fixamente em seus olhos e ela continuou falando
- Não entendo, se foi bom, se você gostou, se derramou na minha boca, por que não podemos continuar ficando?
Agora eu não conseguia mais olhar nos seus olhos mas ela segurou meu rosto com suas mãos fazendo eu voltar.
- Tá vendo a minha cama? Era para a gente estar se amando, esse papo está sendo uma verdadeira perda de tempo
Eu não falava nada, Lore me levantou e me beijou, um beijo terno que acalmou meu coração e amansou o meu nervosismo. Era como se ela soubesse o que eu precisava.
Fiquei apoiada com a cabeça no seu peito finalmente falei algo. - Eu gostei, foi ótimo... Mas os meus pais... (comecei a chorar) e expliquei toda a situação conservadora que fui criada, a influência deles e o meu medo de ser uma decepção ou um fracasso. Eu n estava pronta para assumir um relacionamento desse tipo, desse jeito.
Ela tinha um sorrisinho, como se me entendesse
- Nós não temos um relacionamento, a gente só transou. De forma intensa e gostosa, mas foi sexo, não precisávamos assumir nada.
Ela fazia um carinho gostoso no meu rosto e voltamos a nos beijar, novamente aquela sensação de plenitude tomou conta de mim. Pela intensidade, eu sabia onde íamos parar, e eu queria muito novamente.
C delicadeza foi tirando minha roupa e eu a sua e me direcionou para um meia nove. N sabia se eu faria certo, então tentei imita-la, lambendo, chupando, enfiando a língua e percebi que ela gemia meu nome, me chamava de amor, era um bom sinal, continuei até ela ter um orgasmo, e fiquei extremamente feliz em poder proporcionar prazer a alguém. Lore me aspirava inteira, era muito gostoso, e logo começou a me comer com seus dedos, perguntava oq eu queria mas eu n conseguia emitir qualquer palavra, apenas gemidos. Os estímulos aumentaram, eu puxava ela cada vez mais para dentro de mim e em instantes eu tinha mais um orgasmo na sua boca, deixando o meu melzinho, como ela gosta de chamar.
- Era isso que n podia acontecer de novo?
E eu ri, nos envolvemos em novos beijos carinhosos e fomos tomar banho.
Lore é muuuuito pilantra, prendeu meu cabelo, elogiava meu corpo, beijava meu pescoço. Mesmo esgotada, fazia eu querer mais e mais dela. Enquanto me ensaboava, esfregava nossos corpos, não aguentei a tanta provocação e me virei procurando sua boca e tentando penetra-la com meus dedos, ela já fazia isso. Queimava de tesão, e não parava de beijar sua boca gostosa, em sintonia, gozamos juntas.
Eu desejava muito ficar e n desgrudar por um tempo, mas n sabia se essa vontade era recíproca, então enquanto arrumava meu cabelo, vestida com uma camisa do Flamengo dela, insinuei ir embora e fiquei muito feliz qdo fui tirada pra maluca por pensar isso. Passei a noite lá, de amorzinho, assistindo série e tomada de alegria e pertencimento.