Amor e Repulsa II - O amor pode ser sujo

Um conto erótico de Shadowy do Beach Tenis
Categoria: Homossexual
Contém 2705 palavras
Data: 14/07/2024 19:15:50

- Põe a língua pra fora - Disse Clara com as solas de seus all-stars velhos virados para a amiga.

Bia começou a suar frio. Seus olhos iam da solas imundas do tênis da amiga pro seus olhos provocantes. Sem saber o porquê, Bia começou a gargalhar. Sua mente se recusava a acreditar na proposta da amiga.

- O que foi? Viu um palhaço? - Perguntou Clara seriamente.

- Ai, amiga! Pelo amor de Deus, né! Vai dizer que você quer que lamba esse seu all-star imundo!

- Bem, se você quiser continuar com notas boas em Cálculo..

Os olhos de Bia tremiam. Ela não conseguia acreditar que sua amiga estava falando sério. Pagar lambendo a sola de um tênis velho? O que Clara ganharia com isso? Devia ser um pesadelo. A menina que podia ser o amor de sua vida pedindo para ela fazer uma coisa tão.. degradante, suja, humilhante… Apesar disso, o amor de Bia falou mais alto.

- Olha, só porque eu preciso muito…

- Eu sei que você precisa, Bia. Se eu fosse você, eu começaria logo, quem sabe eu seja boazinha e termine logo, haha. Agora, lín-gua pra fo-ra - disse Clara, mexendo a cabeça de um lado para o outro a cada sílaba e com os braços cruzados.

A dominância de Clara assustava Bia. Uma pessoa tão doce parecendo uma vilã de filme. De novo, porém, o amor falou mais alto, e Bia, lentamente, abriu a boca e deixou a ponta da língua para fora.

- Que linguinha tímida, hein! Põe tudo pra fora, porra!

Bia sentiu um embrulho no estômago e botou mais de sua língua fora obedientemente. Ela tremia, e Clara amava isso. Com a língua exposta e os olhos fechados, Bia sentiu subitamente a sola do all-star direito de Clara percorrendo sua língua. Seus olhos, que já estavam fechados, fecharam-se com mais força por conta do gosto.

- E aí, Bia, tem gosto de que?

Era só o que faltava. Que tipo de pergunta foi essa?

- É bem amargo…

- Se você lamber mais fica mais suave, hahaha!

Clara passou a sola do tênis mais umas 10 ou 15 vezes na língua de Bia, que ficava cada vez mais escura, até que sua perna direita começou a doer.

- Segura minha perna, Bia, por favor? Tô ficando cansada.

Bia segurou a perna da amiga e voltou a lamber. Eventualmente, Clara colocou os dois pés nas mãos de Bia, cuja língua já começava a memorizar os desenhos do all-star da amiga e número 38 grafado. À medida que Bia ficava enjoada, Clara relaxava e soltava risadinhas de vez em quando.

- Amiga, lambe dos lados também? Tá bem sujinho, né? Deixa bem limpinho se você quiser passar em Cálculo, hahaha!

Bia se tornava mais resistente às provocações da amiga. Ela não podia negar que a atitude gentil de Clara tornava aquela humilhação mais amena, mas tudo ainda parecia um pesadelo. Esses pensamentos, no entanto, não paravam Bia de obedecer os comandos da amiga e percorrer a língua pelas laterais de seus all-stars surrados.

Clara pegou seu celular e abriu uma partida de um jogo online genérico. Antes da partida começar, ela ordena gentilmente.

- O bico agora, Bia. Tá acabando, tá?

Bia, exausta, começa a lamber o bico dos sapatos. Alguns minutos depois do começo da parte final da limpeza dos sapatos, Clara chuta Bia levemente após perder a partida, borrando um pouco sua maquiagem.

- Meu Deus, amiga! Desculpa, foi sem querer! Machucou?

- Um pouco, mas tudo bem… - é claro que não tava tudo bem! Ela acabou de lamber o all-star imundo da amiga por quase meia hora.

- Acho bom pararmos né? Sua língua deve estar meio cansada, e… deixa eu ver, por favor? É, tá bem suja, haha!

Bia se levanta, cansada e humilhada.

- Ai, amiga. Eu sei que você gostou, mas eu odiei! Só fiz porque preciso de nota, e porque… eu tenho consideração por você.

- Hahaha! Você é engraçada, amiga. Eu adoro essa sua teimosia. Vai lá lavar a boca senão vai pegar uma infecção

Em direção ao banheiro, Bia começa a chorar. Sua cabeça parece ter sido tomada pela Ansiedade de Divertidamente 2. Ela amava Clara, e muito, mas ela odiou seu tênis. “Acabou por hoje, pelo menos”, ela pensava enquanto lavava a boca.

De volta ao quarto, Bia encontra Clara com os sapatos brilhando com sua baba. Ela desvia o olhar rapidamente, e procura sua mochila para ir embora.

- Ei, vai aonde, apressadinha? Eu disse que você acabou?

- Pô, Clara. Eu tô cansada. Meus pais vão ficar preocupados também.

- Fala que você tava estudando, ué. Pronta pra parte dois, Bia?

Não, Bia não estava pronta, mas ela disse que sim com a cabeça.

- Senta aqui, vai. Tira meu tênis, por favor? Sou tão boazinha que eu até desamarrei pra você, viu?

Realmente, ela tinha desamarrado. Bia agarra o all-star esquerdo de Clara e começa a puxar. Depois de certo esforço, ele sai. Bia sentiu uma onda de ar quente em sua mão. Seu nariz foi invadido por um cheirinho azedo, fazendo-a fazer uma careta sutil. Ela viu os pés de amiga cobertos com meias pretas cheias de fiapos brancos e brilhando de suor.

- Me dá esse tênis. Ia te pedir pra fazer uma massagem, mas tenho medo de estar com chulé.

Clara arrancou o tênis da mão de Bia, e o levou ao nariz, fungando fortemente.

- Acho que só tá suadinho. Mas não sei que tal fazermos uma pesquisa?

- Pesquisa? Indagou Bia.

- Sim, ué? Você não faz um curso de ciência? Toda pesquisa precisa de muitas repetições. Vamos fazer assim: Eu vou dar 5 fungadas e dar uma nota de 0 a 10 pro nível de chulé. Você vai fazer o mesmo com o outro tênis, ok?

Bia disse que sim, com a cabeça e tirou o outro tênis. Ela levou o sapato até a cara, até que sentiu ele sendo pressionado com força contra seu rosto.

- Tô te ajudando, Bia! Disse Clara apertando o tênis com o pé contra o rosto da amiga.

Se Clara estava ou não cheirando, Bia não podia saber. Entretanto, ela deu a primeira fungada e começou a tossir. Suadinho? Aquilo era chulé forte, chulé de quem não troca de tênis a anos e meia a dias. Ela segurou a respiração para não cheirar de novo, mas a falta de ar era inevitável. Assim que o ar acabou, ela fungou mais uma vez, tossindo e tossindo. Lá se foram 5 longas e chulezentas fungadas.

- E aí? De 0 a 10?

- 10. Desculpa amiga, mas você tem chulé.

- Hahaha! Eu sei Bia, tava só te zuando. Esse tênis tem uns dois anos e eu tô com essa meia a 3 dias. Nem eu tenho coragem de cheirar. Tem cheiro de que?

- Ah, sei lá! Acho que vinagre, vinagre bem concentrado.

- É forte então?

- Muito!

- Que pena, porque você vai ter que se acostumar. Mas os detalhes ficam para depois. Por enquanto, faz uma massagem neles?

“Só posso estar sonhando. Me acostumar com chulé? Vai ter mais disso?”. Os pensamentos eram muitos, mas, novamente, não fortes o bastante para impedi-la de segurar seus pés com meias e massageá-los. Ela pressionava os dedos contra o tecido úmido das solas. Sua mão ia ficando molhada, e Clara fazia parecer que ela nem existia enquanto mexia no celular.

- Levanta mais meus pezinhos, Bia? Acho que na altura do seu rosto tá bom, hehe.

Bia levanta os pés para a altura do rosto. A massagem vem acompanhada de caretas por causa do chulé da amiga. Clara olha de relance e ri baixinho enquanto mexe no seu celular. A experiência é com certeza muito estranha para Bia: massagear os pés chulezentos da sua mais que melhor amiga enquanto ouvia coisas como “Eu gosto assim, amostradinho!”, “Eu e casca de bala”, “Arrume-se comigo para ir no centro”, *música medieval com um gnomo em uma loja* e mais bobeiras.

As caretas de Bia não pararam, o que deu uma ideia a Clara.

- Amiga, assim não vai dar. Você tem que ser mais forte. Como você vai se formar em Física se não aguenta nem um chulezinho? Disse Clara, empurrando os pés na cara de Bia - Desculpa por borrar sua maquiagem com meus pés, amiga, mas a única coisa que vai ter no seu rosto hoje é o meu chulé, e quem sabe lágrimas, hahaha!

Clara estava certa: lágrimas começaram a sair dos seus olhos. Parte disso era pela situação constrangedora, parte era pelo cheiro. Bia cheirava e Clara ignorava, esfregando os pés no rosto da amiga. As coisas foram ficando monótonas, pelo menos para Clara. Seu rosto estava tomado por uma expressão de tédio. Porém, para Bia, que tinha que inalar um odor nada agradável, decidiu falar:

- Clara, eu não entendo, porque isso? Por que? Por que eu tenho que lamber seu tênis e cheirar seu pé? A gente não era amiga?

- Porque eu gosto, Bia, porque eu gosto. Eu realmente gosto de você como amiga, e às vezes a gente tem que fazer sacrifício. Eu te ensino e meus pés brincam com você. Nem por isso a gente vai deixar de passear, né?

- Não, você é minha melhor amiga. Se é um fetiche seu, eu não sei, mas eu não gosto de pé.

- Mas faz isso por mim, vai? Disse Clara se aproximando do rosto de Bia.

- Só por que você é especial pra mim - o por que eu não reprovar.

- Eu sabia que você ia ceder.. eca, seu rosto tá com cheiro de chulé!

Bia fica vermelha de vergonha e raiva com o comentário.

- Mas não acabou, falta uma coisinha - falou Clara, sentando do lado da amiga com perna de índio e colocando o pé direito, coberto com a meia, no colo da amiga, de modo que a sola estivesse parcialmente virada para ela.

- Tira essa meia pra mim. Meu pé precisa respirar - Disse balançando os dedos rapidamente.

Bia respirou fundo e obedeceu estoicamente. Quem sabe o pé fosse melhor que a meia. Ela começou a puxar o tecido pela parte dos dedos, mas não foi suficiente, a meia estava muito grudada no pé. A nova estratégia foi puxar pelo calcanhar e deu certo, a meia saiu. Os pés de Clara eram gordinhos e carnudos, apesar de sua magreza. Bia até os acharia bonitinhos, se não fosse pelo fato de estarem cobertos por pedaços de meia e suor. Clara começou a mexer os dedos, deixando alguns pedaços de meia caírem na calça de Bia, que fez uma cara nojo absoluto com aquilo.

- Eita, acho eu sujei sua calça, amiga, hahaha! Mas o que você achou do meu pezinho?

Bia, olhando de canto de olho com uma expressão séria para a amiga, se recusou a responder.

- O gato comeu a sua língua, né? Que pena, porque eu ia pedir pra você assoprar eles enquanto continua a massagem, até porque hoje tá muito quente, né? Mas não se preocupe, você pode refrescar meus pezinhos com o nariz, hihihi!

O rosto de Bia seguia sem expressão, ela estava morta por dentro. Seu amor por Clara era forte demais para resistir e seu nojo por seus pés era grande demais para demonstrar alguma alegria. Enquanto estava imersa em suas reflexões, Clara já havia tirado a outra meia com o dedão do outro pé. Ela agarrou as duas meias com os dedos do pé direito e as lançou para longe. “Acidentalmente”, as meias caíram dentro da ecobag de Bia.

- Ops, como eu sou desastrada! Mas nem pense em ir tirar aquelas meias de lá, deixa elas “aromatizarem” sua bolsa, haha!

- Você é má, Clara. Você é má. O que tem de inteligente tem de má - comentou Bia.

- Ué, que maldade tem em querer se divertir?

Clara colocou um pé no colo de Bia e o outro quase encostando no seu rosto. A visão era intragável. De perto, um pé cheio de coisinhas entre os dedos, suor, pedacinhos de meia, pelos e chulé. Ao fundo, uma garota linda com um sorriso mais bonito ainda. O amor e admiração se anularam contra o nojo e a humilhação, e a expressão de Bia se neutralizou.

- Bora, quero ver suas mãos e o seu nariz trabalhado - disse Clara, dessa vez, autoritária.

Bia começou o trabalho. Seus dedos ficavam cobertos com o suor do pé da amiga. Seu nariz era acariciado pelos dedinhos macios e chulezentos de Clara. As caretas diminuíram, afinal o chulé estava um pouco mais fraco, mas ainda forte o suficiente para fazer ela se contorcer de enjoo. Sua maquiagem estava arruinada, as lágrimas se confundiam com suor, a calça estava coberta de pequenos pedaços de meia e Clara se deliciava com aquilo. Uma verdadeira sádica. Uma sádica que não encontrou uma masoquista, mas apenas uma garota que precisava honrar o esforço de passar na faculdade.

Meia hora se passou. Clara já tinha trocado os pés de posição pelo menos 5 vezes. Bia começou a achar que estava com náusea por causa do chulé, que estava fritando seus cérebros e pulmões. A sádica já havia se deitado por completo em sua cama, apenas com os pés elevados. Seus olhos iam de um vídeo do canal Luideverso para a cara da amiga, sofrendo com seu chulé, que fazia ela dar uma risadinha. Apesar da diversão, Clara decidiu terminar por aquele dia e retirou os pés de perto da amiga, calçando os chinelos brancos com a marca escura de seus pés bem visível.

- Gostou, amiga? Hahaha! Perguntou Clara.

Bia não respondeu novamente, parecendo um zumbi.

- Olha essa foto que eu tirei sua! Parecia que ia desmaiar - Disse Clara, mostrando em seu celular uma foto de Bia revirando os olhos.

Bia saiu do estado de inércia e arregalou os olhos. Os piores cenários se formaram em sua cabeça.

- Calma, sua boba. Não vou mostrar pra ninguém. O que acontece entre você e meus pés fica entre a gente, tá? Falou Clara, buscando consolar a amiga.

- Você promete?

- Lógico. Eu posso te fazer sofrer com meu chulé, mas não vou expor o que acontece aqui. Fica tranquila, tá?

Clara passou a mão pelo cabelo da amiga e deu um beijo em sua bochecha.

- Vai pra casa, vai. Se quiser eu pago um Uber, tá tarde já.

- Não precisa, eu me viro, e… obrigada pela aula. Disse Bia.

Enquanto pegava sua ecobag para sair, Bia reparou que as meias fedidas de Clara ainda estavam lá dentro. Ela as pegou com a ponta dos dedos e as arremessou sobre a cama com um olhar de desprezo. Clara riu da situação e se levantou para acompanhar a amiga até a porta. Ela puxou a maçaneta para Bia e disse:

- Tchau, amiga! Vê se fica bem.

- Tchau! Falou Bia, tentando tirar um resquício de animação do fundo da alma. O sorriso em seu rosto morreu quando ela viu Clara, que, além de se despedir balançando as mãos, tirou o pé esquerdo chinelo e mexeu os dedinhos com a sola virada para a amiga, sorridente, como se acenasse com o pé.

Bia passou o caminho inteiro com um turbilhão de pensamentos atordoando sua cabeça. Felizmente, seus pais não estavam quando ela chegou, já que provavelmente sentiriam um cheiro esquisito vindo dela. Ela correu imediatamente para debaixo do chuveiro para se limpar, deixando a maquiagem borrada, as lágrimas e suor dos pés de Clara escorrerem pelo ralo. Ao sair, ela colocou sua roupa de dormir e foi arrumar a bolsa. Para sua infelicidade, as meias realmente aromatizam a ecobag. Sua necessaire, estojo e livros cheiravam a chulé. Ela teria que ir de mochila no dia seguinte. “Não vai combinar com meu outfit, mas eu não vou pra faculdade com uma bomba de chulé”, pensou

Deitando-se em sua cama, Bia resolveu mexer no celular antes de dormir. Nada a interessava, ela só pensava em Clara e em seus pés. “Tô apaixonada, que merda. Eu não deixaria ela fazer aquilo comigo se eu não tivesse apaixonada. Merda, merda, merda! Ela é tão linda, gentil, inteligente, mas tem esse fetiche horroroso. Ou eu me acostumo, ou ela para… não. Não tem como acostumar com um pé tão nojento e ela tava se divertindo demais pra parar”, refletia Clara, com a cabeça doendo de tanto pensar e de tanto respirar com o nariz no pé da garota que amava. Eventualmente, adormeceu.

Sabe-se lá o que a aguardava no dia seguinte.

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Comentários

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continue esse conto, maravilhoso em detalhes escritos.

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Opa, valeu! Não penso em desistir dessa série tão cedo, não se preocupe;)

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