As Grandes Lições do Amor. Parte 4.

Um conto erótico de Max Al-Harbi
Categoria: Heterossexual
Contém 5077 palavras
Data: 15/07/2024 13:08:13

Duda deixou o corpo cair sobre o meu, me abraçando forte e fazendo juras de amor, enquanto gozava se tremendo inteira:

— Ahhhhh… eu quero você demais. Vamos ficar mais juntos… Aaahhhh…

Foi o primeiro orgasmo em que eu vi Duda relaxar de verdade. Se entregar completamente ao momento, e não parecer afoita por mais sexo. Eu disse:

— Eu também amo você. Podemos sim passar mais tempo juntos, eu também sinto falta. Mas é difícil durante a semana, com a nova construtora e tantas obrigações. Não sei se consigo estar tanto tempo ao seu lado. Sinto que esse é o momento em que preciso me dedicar ainda mais ao trabalho.

Ao me lembrar daquela cena, daquela situação, um gosto amargo de revolta me subiu à boca.

Parte 4: E a culpa é de quem?

“Aquilo não fazia nenhum sentido. Será que eu realmente tinha confundido tudo e criado esse cenário na minha cabeça? Mesmo lembrando de certas situações, foram quatro anos juntos. Quatro anos de relação ao qual eu me dediquei de corpo e alma. Será mesmo que me dediquei da forma que eu imaginava?” Meus pensamentos estavam confusos e eu não conseguia negar a verdade nas palavras da Duda.

Minutos depois, recebi uma série de prints de mensagens enviados Duda. Eram mensagens antigas entre nós, anteriores ao último ano. Mas antes, ela me enviou um desabafo:

“Veja por si mesmo. Eu não tenho o costume de apagar nada e tenho como provar meu ponto. Eu amo você, mais do que deveria e do que você merece e tenho a minha consciência tranquila de que nunca, em nenhuma hipótese, traí a sua confiança.”

O primeiro print era de três anos e meio antes, uma mensagem trocada numa segunda-feira, quando eu achava que já estávamos firmes naquela relação e após um ótimo final de semana que passamos juntos:

“Duda: Quando nos veremos novamente?

Eu: Talvez no próximo final de semana. Essa semana será complicada para mim. Preciso provar ao meu pai que posso tocar a construtora.

Duda: Sério mesmo? Não podemos, pelo menos, jantar juntos na quarta? Eu passo aí, durmo com você e saio cedo na manhã seguinte, para não atrapalhar sua rotina.

Eu: Desculpa, mas eu tenho milhões de coisas na cabeça. Preciso trabalhar até tarde nos projetos. Só assim o velho me levará a sério.”

Esse tipo de conversa se repete constantemente naquele ano e cerca de nove meses depois, ela me dá um ultimato:

“Duda: Poxa, tá difícil demais, Nique. Achei que teríamos algo especial, que você estava interessado em compromisso, mas pelo jeito…

Eu: Para com isso, Duda. Deixa de drama. Você sabe que eu sou louco por você, mas no momento, as coisas continuam muito complicadas para mim. Meu pai está quase cedendo, quase me entregando o controle da construtora. Vamos manter as coisas leves, como estão. Time que está ganhando, não se mexe.”

Comecei a ficar constrangido, a me sentir um grande idiota. Ainda tinha mais. Após mais alguns prints de cobranças, outro me chamou a atenção. Esse era bem direto e específico:

“Duda: Ok! Você venceu. Não vou mais ficar incomodando com meus dramas. Como você mesmo disse, em time que está ganhando não se mexe. Vamos manter as coisas leves, cada um na sua. Se tivermos vontade, nos encontramos, senão, vida que segue. Infelizmente, eu amo você e sei que isso não vai mudar. Só não pense que irei me contentar com migalhas. Sou jovem, estou na flor da idade e não deixarei de viver a minha vida.

Eu: Deixa de ser boba. Você sabe que é única para mim, que eu também amo você. Essa fase vai passar e logo eu terei mais tempo para nós. Seja paciente.

Duda: Tudo bem. Só não tenha a ilusão de que eu vou deixar minha vida parada, constantemente à sua espera. Eu não sou assim e nunca serei. Eu sou uma mulher ativa e que sente falta de atenção. Se essa atenção não vier de você, virá de outro lugar.

Eu: Para com isso. Sossega o facho. Logo as coisas se acalmarão e teremos todo o tempo do mundo.”

Realmente, ela não estava mentindo. Naquela época, eu nunca levei a sério seus ultimatos e cobranças, pois sempre que a chamava, ela se fazia disponível para mim. Sempre achei que ela estava sendo dramática, exigindo mais atenção. Será que eu tinha realmente o direito de me sentir traído?

Para finalizar seu ponto de vista, um print do ano anterior, de uma época em que ficamos quase um mês sem nos falarmos e de quando Milla começou a tentar me alertar, ainda de forma tímida, sobre uma possível traição. Foi naquela mesma época que eu me afastei de Márcio e Milla.

“Eu: Fala comigo, Duda. Já faz um mês que não nos vemos. Por favor, me responda. Só sei que está bem porque Milla me contou.

Eu: Eu estou pronto para levar a nossa relação ao próximo nível. As coisas se acalmaram e eu terei muito mais tempo para nós dois.”

Após cinco minutos ela respondeu:

“Duda: Então estamos finalmente namorando? Está mesmo pronto para isso?

Eu: Para de graça, estamos juntos há três anos.

Duda: Até parece … que namorada precisa ficar implorando para o namorado tirar um tempo para ela? No meu modo de ver as coisas, você nunca se portou como meu namorado. Mas como eu sou completamente louca por você, idiota e apaixonada, eu aceito. A partir de agora somos exclusivos e ai de você se me deixar de lado com as mesmas desculpas … eu não nasci para ser segunda opção de ninguém e muito menos ser tapa buracos. Ou estamos juntos ou não estamos.”

De acordo com aquelas mensagens, que eu me recordava naquele momento, Duda não só estava completamente certa do que dizia, como também tinha munição pesada para qualquer situação. Vendo que eu tinha recebido e visualizado os primeiros prints, ela foi mais fundo, mandando outros e aumentando a aposta.

Os novos prints eram surpreendentes:

“Milla: Como você teve coragem de fazer isso com o Nique? Quem é você? Eu não estou te reconhecendo mais, amiga.

Duda: É o quê? Tá ficando doida, Milla? O que eu fiz com o Nique?

Milla: Você deixou seu e-mail sincronizado com o meu notebook depois que o usou. Suas mensagens com Kaique, David e até o Cláudio, meu ex, seu próprio primo, estão todas aqui. Como você pôde fazer isso com o Nique?

Duda: O que eu fiz ou deixei de fazer com qualquer um deles não diz respeito ao Nique. E muito menos a você. Nique e eu estamos juntos, oficialmente, há apenas um mês. O que eu fiz antes disso não é da conta de ninguém.

Milla: Você só pode estar brincando… vocês estão juntos há três anos. Bom, pelo menos, era isso que eu pensava. Jamais pensei que você fosse capaz disso. Sinceramente, nem sei o que dizer…

Duda: Juntos? Quantas vezes eu me humilhei, me ofereci, supliquei e o Nique apenas me deixou em espera. Eu tive a mesma conversa com ele dezenas de vezes e a resposta sempre foi a mesma: ou ele estava ocupado ou precisando focar no trabalho. Ou, até mesmo, precisando impressionar o pai e garantir o sucesso da construtora. Eu nunca menti para o Nique e deixei bem claro que viveria a minha vida. Avisei que não ficaria eternamente à espera dele.

Milla: Deixa de conversa fiada. Se você era livre como diz, porque manteve esses encontros em segredo até mesmo para mim, sua melhor amiga?

Duda: Quer saber, Milla? Eu dei todas as chances ao Nique e ele sempre escolheu qualquer outra coisa ao invés de mim. Ele só me procurava quando queria exibir uma namoradinha troféu nos jantares de negócios. Ou quando queria um final de semana quente de sexo, sabendo que eu sou muito boa nisso. Quantas cidades diferentes visitamos nesses três anos e eu mal pude sair do quarto e conhecer a cultura local ou a culinária, já que o Nique me tratava como sua putinha pessoal, me chamando apenas quando estava na seca. Infelizmente, eu o amo mais do que tudo nesse mundo e mesmo que ele não me mereça, eu aceitei ficar com ele. Maldito coração, que não nos obedece.

Milla: Seja honesta com ele. Ele merece saber.

Duda: Isso é uma ameaça?

Milla: Não precisa ser. Você que sabe.

Duda: você ainda está chateada com aquele negócio de relação liberal? Por isso está fazendo isso e se metendo na minha vida com o Nique?”

Lendo aquilo fiquei intrigado. Opa! Que porra era aquela? Como o assunto sai de uma suposta traição para uma relação liberal? E assim, do nada? Voltei a ler:

“Milla: Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Eu apenas dividi com minha melhor amiga um desejo que eu e o Márcio tínhamos. Você disse não e eu aceitei. Não tente inverter as coisas. Mesmo que você esteja sendo honesta em tudo o que diz, o Nique merece saber a verdade. Seja honesta com ele ou eu serei.”

Puta que pariu! Era informação nova demais para processar. Duda tendo ou não razão, eu continuava me sentindo enganado do mesmo jeito.

Resolvi responder a Duda e enviei uma mensagem:

“Eu preciso de tempo para processar tudo o que me você me mostrou. Por favor, respeite o meu pedido. Prometo que entro em contato quando estiver com a cabeça mais fria.”

Ela respondeu de imediato:

“Eu amo você e só por isso ainda me forço a tentar lhe mostrar a verdade. Eu não mereço o que você está fazendo comigo, mas vou respeitar seu pedido. Vou esperar o seu contato. Você me conhece muito bem, portanto, não teste a minha paciência. Se quiser continuar acreditando nos outros, posso muito bem deixar o anel de noivado aqui na portaria e sumir de vez da sua vida. Eu o amo, não nego, mas me amo muito mais. Eu já disse várias vezes e repito, eu jamais serei a segunda opção de ninguém.”

Eu realmente achava que conhecia a Duda, mas os últimos dias me mostraram o contrário. E não só ela, como a todos ao meu redor. Que história era aquela de relação liberal proposta pela Milla? O que aquilo significava? Será que Milla e Márcio propuseram um envolvimento liberal para a Duda? Queriam transar com ela? Onde foi que eu me perdi em toda aquela confusão? Será que ninguém era confiável?

O interfone tocou, me tirando dos meus pensamentos. Achei que era Duda novamente, mas ao atender, o porteiro me informou:

— Sr. Nique, tem uma visitante para o senhor. É… a Sra. Natasha. Vai receber?

Aquilo sim me pegou de surpresa:

— Sim. Pode deixar ela subir.

Minutos depois, minha campainha tocou e eu abri a porta. Lá estava ela, tão linda quanto antes. Minha moreninha mignon. A roupa, diferente de antigamente, hoje era de extremo bom gosto. A blusa ¾, de tecido fino, marcava levemente os seios médios. O cardigã dava sobriedade, sem deixar de ser formal. A calça de alfaiataria agregava a sua imagem profissional, desenhando perfeitamente a silhueta. Com a ajuda do salto médio, a bunda, sempre perfeita, empinava naturalmente. Além da formalidade e do bom gosto, aquela roupa transmitia maturidade e segurança, o que era perfeito para uma advogada.

— Meu querido, Nique! Estava procurando por mim? Há quanto tempo…

Ela me abraçou antes que eu reagisse e o cabelo preto, ainda em corte Chanel, exalava uma gostosa fragrância floral, compartilhada pelo leve perfume.

— Você continua linda, Nat. Minto, você está ainda mais bela do que antes.

Ela me corrigiu:

— Nat, Natasha… nada disso existe mais. Agora eu sou apenas a Dra. Júlia. Mas isso é para os outros. Você pode me chamar de Jú, meu querido Nique. — Ela voltou a me abraçar. — Nossa! Que saudade de você. Vejo que também está tão lindo quanto antes.

Ela me deu um beijo carinhoso na bochecha e um cheiro no pescoço:

— Está mais viril, com cara de homem… um pedaço de mau caminho. Ah… que saudade.

Pedi que entrasse e ofereci uma bebida. Como sempre, ela não fez cerimônia:

— Preciso de algo forte. Meu dia foi tenso.

— Tenho vinho e whisky. Qual você quer?

Ju pensou por alguns segundos e disse:

— Uma dose dupla de um bom whisky é tudo que eu preciso no momento. Depois abrimos o vinho. Temos tanto para conversar que talvez essa noite seja insuficiente.

Servi o whisky e quando lhe entreguei o copo, notei uma grossa aliança de ouro, e um outro anel, também de ouro, mas com um robusto diamante em seu dedo anelar esquerdo. Acabei ficando meio assustado e ela percebeu. Exibindo o anel, ela disse:

— Eu agora sou uma esposa respeitável. Sócia do meu marido em nosso escritório de advocacia. A vida dá voltas, querido Nique.

Me lembrei de um detalhe e precisei perguntar:

— Como você sabia o meu endereço? Tem tempo que não nos falamos e eu moro aqui há apenas dois anos.

Sorrindo de forma maliciosa, acariciando meu tórax, ela foi honesta:

— Eu soube que você irritou uma das minhas meninas e andou perguntando por mim. Por prevenção, um dos rapazes que cuida da segurança das garotas o seguiu. Sabe como é, né… naquele ramo, proteção nunca é demais.

Vendo minha cara de assustado, ela logo tratou de me acalmar:

— Relaxa! Eu já disse que você é um bom amigo e em que eu confio totalmente. Não precisa se preocupar.

Fui honesto também:

— Você ainda pensa assim? Não nos vemos há anos. Mas espera aí… suas meninas? Esposa respeitável, advogada e… cafetina? Subiu mesmo na vida, hein?

Ju deu uma risada gostosa, seguida de um leve soquinho no meu peito:

— Minhas meninas é só modo de dizer. Eu as ajudo com problemas legais sem cobrar nada. Só isso. Me mantenho próxima, disponível, para ajudar em caso de necessidade.

Ju adquiriu um tom mais sério, explicando:

_ Eu já lhe contei, no passado, o quanto aquele tipo de vida é difícil. Muitas ali não têm ninguém. Às vezes, um ombro amigo, uma palavra de conforto, é tudo o que elas necessitam.

Voltando a sorrir, sem tirar as mãos de mim, sempre me alisando e me apalpando, ela perguntou:

— E então? Por que me procurou? Foi só saudade? Nostalgia? Brigou com a namorada? Estou aqui, ao seu dispor.

Eu tinha muito carinho e confiança nela. Mas será que ela merecia, depois de tanto tempo sem contato, reencontrar um Nique amargurado, perdido? Ou eu deveria aproveitar o momento e desabafar com ela, obtendo uma opinião mais informal sobre os meus problemas? Talvez, ela fosse a pessoa perfeita para me ajudar.

Mas antes de qualquer coisa, eu precisava colocar a conversa em dia, quebrar o gelo, conversar sobre amenidades. Já passava das vinte e duas horas e eu perguntei:

— Seu marido não vai ficar bravo? Afinal de contas, isso não são horas de uma mulher casada estar sozinha na rua.

Ju zombou de mim:

— Careta e machista. Isso não é nem um pouco atraente. Um homão lindo desse, falando merda…

Ela me olhou com deboche, rindo de mim:

— Você não era assim, não gosto desse novo você.

Tentei, sem muito sucesso, me desculpar:

— Falei sem pensar. Acho que fiquei preocupado, não querendo criar problemas no seu casamento.

De bate pronto, ela respondeu:

— Meu corninho não é ciumento. Ele sabe a mulher que tem.

“Eita porra! Será que eu ouvi direito? Ela disse mesmo aquilo?” Pensei e precisei confirmar:

— Seu corninho? Como assim? O que está querendo dizer?

Ela continuava com aquele olhar zombeteiro:

— Tu me conhece bem… achou mesmo que eu seria mulher de um homem só? Meu marido me conheceu assim e aceitou quem eu sou. E outra, nos conhecemos por intermédio de amigos em comum, que vivem o mesmo estilo de vida que vivemos.

Eu fiquei admirado com aquela confissão.

— Mesmo depois de anos sem nos ver, você ainda confia em mim a tal ponto? Para confidenciar sua vida sem preocupação?

Ju, ousada, me deu selinho leve nos lábios:

— Você ainda é o meu querido, Nique. Nenhuma distância é capaz de apagar nossa amizade. A vida segue seu rumo, mas aqueles que conhecemos de verdade, com os quais temos uma ligação que vai além desse mundo, jamais serão estranhos para nós. Você é e sempre será o meu querido, Nique.

Mas é claro que aquela declaração seria seguida de uma brincadeira:

— Afinal de contas, você é o cara que queria tirar uma puta da zona. O mesmo que disse que pagaria pela minha educação e enfrentaria o mundo para ficar ao meu lado. Pelo menos, até a tal da Duda aparecer…

Ela mesmo não se aguentou e começou a rir.

— Falando no diabo… como anda a sua vida? E a tal da Duda?

Ela não ia se safar tão fácil das revelações que me fez. Eu insisti:

— Antes, me fale sobre esse negócio de relação liberal. Não consigo tirar isso da cabeça agora. Seu marido deixa você dormir com outros homens?

Ela novamente me provocou, voltando a me dar um selinho nos lábios:

— Abre aquele vinho que eu conto tudo o que você quiser saber.

Fiz como ela pediu e em poucos minutos já estávamos com nossas taças na mão. Ela não fez rodeios:

— Sobre a sua pergunta, na verdade, é mais simples do que parece. Eu transo com outros homens, sim, mas ele tem os mesmos direitos. Vez ou outra, ele traz uma mulher pra nossa cama ou me divide com alguém que eu estou com vontade de me entregar. Outras vezes, saímos sozinhos, cada um para um lado… somos livres e desapegados desses conceitos religiosos opressivos. Estamos juntos por opção, por nos querermos bem e entender que a felicidade está em nós, no que queremos viver. Sexo é apenas lazer, nada além disso. Amor, esse conceito tradicional, não é mais do que reações químicas em nosso cérebro.

Eu estava estupefato com as palavras dela. Para ser honesto, entendi muito pouco. Eu achava que a conhecia bem, mas comecei a duvidar. Alguns anos tinham se passado e as pessoas amadurecem, mudam, perseguem novos objetos e se transformam.

Sem me dar um único sinal, apenas agindo, Ju montou sobre mim, beijando meu pescoço e arranhando a lateral do meu corpo com as mãos por dentro da minha camiseta.

— Será que eu ainda tenho o poder de ser irresistível para você?

Ela deu uma mordidinha safada no lóbulo da minha orelha e falou no meu ouvido:

— Só de te ver minha boceta já se encharcou. Você está ainda mais gostoso. Sua putinha ainda pensa muito em nós dois. Fode essa safada …

Como resistir? Meu pau, duro como rocha, dava trancos a cada roçada mais forte que ela me dava. Se esfregando em meu colo, ela me provocava:

— Eu sabia que você não iria me rejeitar … que saudade do meu amante preferido …

Trocamos beijos intensos e deliciosos. Ju chupava minha língua e se esfregava cada vez mais forte em mim. Eu já estava completamente entregue à sua sedução e apenas me deixei levar, incapaz de resistir. Ela disse:

— Me acostumei tanto a ter você sempre, a nossa rotina de encontros, que confesso que passei um tempo meio pra baixo depois que você sumiu.

Ju tirou a minha camisa e, se levantando, rapidamente também se livrou de suas roupas. Que visão magnífica. Ela não tinha mudado nada. Continuava impecavelmente deliciosa. Não resisti e a puxei para o sofá, fazendo com que se deitasse. Enquanto eu tentava me enfiar entre suas pernas, ela pediu:

— Deixa eu pegar o celular. Meu corninho vai amar receber umas fotinhos.

Fiquei meio ressabiado e ela instintivamente me acalmou:

— Você não confia em mim? Sou eu, a sua Natasha. A mesma de sempre.

Eu já nem raciocinava mais direito. Natasha, Júlia… que diferença fazia? Aquela mulher ainda tinha poder sobre mim.

— Pronto! Continua. Estou com saudade dessa boca. Chupa essa boceta.

Me lambuzei com gosto. Enfiando a cara de vez naquela xoxotinha depilada, de lábios internos rosados e mais salientes. E o cheiro? Inebriante, pecaminoso… cheiro de fêmea no cio. Aquele cheiro merecia um capítulo à parte.

— Ahhh… é sempre incrível… eu te ensinei muito bem… cacete, que delícia!

Envolvi o grelinho saliente, inchado pelo tesão com meus lábios, lambendo delicadamente, sem parar, caprichando na sucção.

— Puta que pariu! Isso é bom demais… Ahhh… que saudade…

Lambi, suguei e me deliciei com seus gemidos alucinados, sem lhe dar trégua.

— Isso, seu puto… bem assim… Ahhhh… vou gozar, não para… que loucura… Ahhhhhhhh

Senti os fluidos vaginais mais espessos, minando de dentro daquela bocetinha vibrante de prazer. Sorvi o máximo que pude, dividindo com ela, em um beijo, o produto de seu próprio orgasmo. Ela me beijava com força, seu gosto em minha boca.

Júlia era uma devassa, sempre querendo mais. Ela não queria descanso e já se posicionou de quatro, apoiada no encosto do sofá, olhando pra mim com carinha de pedinte:

— Mete em mim. Fode sua putinha como nos velhos tempos. Estou tarada, doida pra sentir esse pau novamente.

Nem pensei duas vezes, me posicionando e pincelando a rola naquela xoxota que ainda escorria. De tão melada, o pau deslizou facilmente, se agasalhando perfeitamente em suas carnes.

— Isso… assim mesmo… Ahhhhh… como eu senti falta desse pau me preenchendo inteira…

Eu já não pensava em mais nada, apenas comecei a estocar com ritmo, fodendo como um animal. Socando o pau com força naquela boceta.

— Mais forte… não para… Ahhhh… seu puto safado… pirocudo gostoso… Ahhhh… como eu senti falta disso… Hummmm…

Eu tirava o pau quase todo de dentro e antes que ele saísse, voltava a socar com força. Júlia adora um sexo mais viril, com socadas brutas.

— Mete forte, seu puto… Ahhhh… arrebenta essa buceta… do jeitinho que eu gosto… Hummmm…

Trancei as mãos em seus cabelos, puxando com força, trazendo sua boca até a metade do caminho e me arqueando sobre ela, percorrendo o espaço que faltava e finalizando em um beijo lascivo, sem parar de meter.

— É disso que tu gosta, safada? De pegada forte?

Estoquei ainda mais forte, batendo meu corpo contra o dela. Soltei os cabelos e segurei no pescoço, enforcando bem levemente.

— É isso que você quer, putinha? Ser bem submissa ao seu macho?

Alucinada, tanto quanto eu, Júlia forçando a bunda de encontro ao meu pau, tentando aumentar ainda mais a força da penetração. Sentindo que ela perdia o ar, afrouxei o aperto:

— É assim mesmo, seu cachorro… vagabundo gostoso… tesudo safado… fode essa buceta, me bate, me aperta, me enforca… Ahhhhh… faz o que quiser comigo…

A bocetinha quente começou a ordenhar meu pau, que latejava dentro dela, pulsando de prazer. Ela teve o segundo orgasmo e eu também não consegui mais segurar, inundando aquela bocetinha deliciosa com fortes jatos de porra.

Caímos quase desfalecidos no sofá, trocando carícias e palavras safadas. Precisamos de bons minutos para nos recuperarmos. Tomamos um banho para refrescar e trocamos algumas carícias mais safadas no chuveiro. Era tão bom estar com alguém que me entendia. Tudo era tão simples com a Júlia. Não existiam cobranças ou traições. Era apenas amizade verdadeira e benefício mútuo.

Voltei a encher nossas taças e achei que era hora de ser honesto com ela, pedir sua opinião para a minha situação. Mesmo que quebrando o clima gostoso entre nós, confessei a minha situação. Júlia me ouviu atentamente, sem interromper. De vez em quando, ela me perguntava um detalhe ou outro, para melhor entendimento do contexto geral. Mostrei a ela os prints enviados por Duda também.

Já estávamos na segunda garrafa de vinho e ela, pensativa, demorou um pouco a dizer qualquer coisa. Como uma boa analista, ela processava toda a informação. Por fim, ela disse:

— Os argumentos da Duda são fortes … mas qualquer print, que no fundo, é apenas um recorte de uma situação maior, e sem a conversa completa, acaba tendo mais impacto mesmo. Não estou dizendo que não sejam verdadeiros, mas é preciso todo o contexto para uma análise mais completa.

Eu ouvia sem interromper. Ju tomou mais um gole de vinho e eu aproveitei para encher novamente nossas taças:

— O Márcio e a namorada são seus melhores amigos, as pessoas que lhe contaram sobre a traição e mostraram as supostas provas, não é?

Eu confirmei com um aceno de cabeça e ela continuou:

— O que eles mostraram também são apenas recortes de uma conversa. Como advogada, eu jamais aceitaria qualquer alegação sem considerar o todo. Tudo parece estranho, uma briga para ver quem tem razão. Muita coisa deve ser considerada. Por exemplo: como estava a relação entre Duda e a Milla quando tudo isso começou? Seus amigos se afastaram por um ano sem reclamar? Apenas aceitaram?

Me lembrei da situação na casa noturna alguns anos atrás, onde Duda escolheu o trio de amigos, ao invés da Milla. Ela foi clara em sua explicação na ocasião. O que me magoou foi ela não ter voltado para casa comigo. Elas já estavam estremecidas naquela época? Eu não sabia dizer.

Júlia ainda não tinha terminado sua análise sobre a situação:

— Sobre a alegação da Duda, de que vocês não estavam juntos, olhando pelo que você me mostrou, não tem como deixar de dar razão para ela. Desculpe, Nique, mas fica bem óbvio, repito, pelo que você me mostrou, que ela não está errada. É a minha opinião.

Acabei ficando meio aéreo, pensativo e essa foi a deixa que fez a Júlia se decidir:

— Quando você foi me procurar, acabei criando expectativas. Achei que você estava solteiro novamente e por isso vim até aqui. Foi bom, como sempre. Mas acho que você precisa resolver a sua vida e minha volta apenas iria bagunçar ainda mais as coisas. Vou me afastar por enquanto, mas não quero que você suma novamente.

Ju tirou um cartão de visitas da bolsa e me entregou:

— Se precisar de mim, ou até mesmo, se quiser apenas conversar, um ombro amigo, me ligue. Eu venho correndo. Quero que você conheça meu marido também. Acho que vocês se dariam muito bem.

Ela voltou a me beijar. Outro beijo de língua intenso, muito gostoso e safado. Até tentei me desculpar, mesmo sem ter motivos:

— Minha cabeça está uma bagunça, desculpe. Você me conhece…

Ela me interrompeu:

— Deixa de ser bobo. Todo mundo tem seus problemas. Mas por favor, mantenha contato. Você será sempre alguém especial para mim. Resolve sua vida… ou melhor, manda todo mundo ir se lascar e volte a ser feliz.

Ela me deu um abraço carinhoso, mais fraternal do que safado:

— Eu queria tanto que você conhecesse o meu mundo… garanto que você iria adorar. — Ele também me deu um aviso. — Minha intuição não falha e eu não estou sentindo cheiro de santos nessa história. Tudo é muito nebuloso.

Já vestida, se preparando para sair, Júlia disse:

— O que aconteceu entre você e a Bela? Até agora eu não entendi. Ela também não quis explicar.

Sinceramente, eu também não sabia o que fiz para ofendê-la, mas não deixei de assumir a culpa:

— Eu fiz uma pergunta pessoal, bem idiota, e ela se ofendeu. Tentando corrigir meu erro, ofereci dinheiro e ela ficou ainda mais irritada. Quando tentei me desculpar, um homem me proibiu de chegar perto dela e me mandou vazar, para o meu próprio bem. Fiquei com medo e me mandei.

Após uma risada meio sem jeito, Ju me repreendeu:

— Péssimo, né? Só porque ela é puta, você achou que dinheiro resolveria? Mandou mal demais.

Muito arrependido, eu pedi:

— Eu quero me desculpar com ela, pode me ajudar?

Sorrindo para mim, Júlia tirou o telefone da bolsa e fez uma ligação. Eu não estava entendendo nada. Ela foi atendida rapidamente:

— Querida, sou eu, a Júlia. Lembra do que eu falei sobre aquele rapaz?

Alguns segundos de silêncio, enquanto ela escutava o que acontecia do outro lado da linha.

— Você não fez nada de errado. Só confie em mim.

Júlia me entregou o telefone:

— Sua chance, se vira.

Pego de surpresa, não tive como fugir. Aceitei o telefone e tentei ser honesto:

— Oi, Bela! É o Nique. Eu gostaria de me desculpar com …

Autoritária, ela exigiu:

— Te encontro em meia hora na frente da pastelaria. Se vai se desculpar, só aceitarei pessoalmente.

Ainda mais surpreso, apenas concordei:

— Tudo bem. Você está certa. É o mínimo que eu deveria fazer.

Sem mais, ela desligou a ligação. Júlia sorria para mim, mas me fez um alerta:

— Bela é uma menina muito sofrida. Ela veio do Sul para cá, com uma mão na frente e outra atrás. Ela não gosta de falar sobre o passado. Na verdade, ela não faz muitos programas. Ela é mais uma faz-tudo das meninas. Ela lava, passa, costura, cuida dos filhos para que as mães possam trabalhar… nem de puta ela deveria ser chamada. Seja carinhoso com ela.

Se o meu interesse por Bela antes era motivado pelo pedido de desculpas, após as revelações da Ju, eu fiquei bastante intrigado com sua história.

Júlia se despediu e se foi, me deixando com pouco tempo para me preparar. Tomei um banho rápido e vesti roupas simples. Apenas calça jeans, camiseta e tênis. Coloquei um boné, peguei as chaves e a carteira e em pouco tempo já estava no carro, rumo ao encontro com a Bela.

Decidi que seria direto, sem deixar de ser delicado. Para que ela não ficasse no prejuízo, pagaria por seu programa, mas ao invés de sexo, a levaria para jantar. Pediria desculpas, seria cavalheiro e manteria as coisas bem tranquilas.

É claro que tudo aconteceu de forma diferente do que eu previa, pois, ao chegar em frente à pastelaria, Bela já me esperava. Ela estava absolutamente linda, espetacular. De puta, não tinha absolutamente nada. Eu fiquei hipnotizado por sua beleza e simplicidade ao sair do carro.

Bela usava uma saia branca, estilo clochard, com cós mais alto e cinto marcando a cintura. O body, vermelho claro, quase rosa, nem um pouco vulgar, era comportado e combinava perfeitamente com a saia. Nos pés, de unhas muito bem cuidadas, pintadas em estilo francesinha, uma sandália rasteira, quase um chinelinho. Seu perfume, um floral intenso, mesmo estando a alguns metros de distância, me embriagava. Eu o conhecia muito bem, era o mesmo que a Duda usava: Ilía Deo Parfum, da Natura.

Não sei o que me deu, porque tentei brincar na hora errada, mas eu apenas disse:

— Quanto é o programa?

Continua…

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Comentários

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Sensacional, narrativa muita massa.

Sem noção, quanto é o programa.... mas foi engraçado kkkkkkk

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Ola, acho que não estão todos completos né, digo os contos anteriores

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Rapaz....história muito boa, excitante e bem maneira...lógico sempre com os amigos problemáticos por perto, coisas da vida....mas é bem descrita nos detalhes...lógico que a mão do autor é tudo de bom......

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Cara, você escreve muito bem, adorando a história e as reviravoltas!

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Gostaria muito de ler a série Liberais e apaixonados. Fui no Scriv mas por alguma razão, ou falta de habilidade digital, kkkk, não consegui.

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Já pedi ao ADM para respostar todo o conteúdo excluído da minha página. Em breve essa série deve estar de volta. É só questão de aguardar.

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Olá Max. Apenas um esclarecimento. Vc vai terminar essa série aqui ou no Scriv? Confesso que não me adapto ao Scriv e prefiro aqui ou faça igual ao Lael. Vende a segunda parte por um preço módico por e-mail e assim podemos desfrutar dos seus excelentes contos na íntegra. O que acha da ideia?

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Estou de volta ao site em definitivo, amigo. Terminarei tudo aqui e eventualmente transformarei minhas séries em e-books. Não tenho mais a pretensão de migrar para o scriv. Gosto do ambiente da casa, da interação mais fácil com os leitores e agora que tudo voltou à normalidade, pretendo me manter ativo e postando com regularidade.

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Sobre vender o final de uma história, isso é de cada um. Não tenho essa intenção e também nada contra quem o faça. É legítimo e direito de quem escreve, só não é para mim. Penso em transformar minhas histórias em e-books para que elas fiquem eternizadas, com o "selo" de obra publicada. Se vão vender, ótimo, se não, também está tudo bem.

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Obrigado por responder. Achei excelente a ideia de transformar em e-books. Com seu talento peculiar e excelente narrativa com certeza será sucesso. Abraços.

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Adorei esta reviravolta na história e estou também baralhado com o seguimento do conto.

os meus parabéns

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Foto de perfil de Max Al-Harbi

Tentarei postar um por semana, além de outras histórias que preciso terminar. Uma já está quase pronta para ser finalizada.

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Caramba, que top...

eu não consegui ler antes, estava ansioso, mas valeu a pena, já li duas vezes para não perder nenhum detalhe.

Parabéns amigo, esta muito bom mesmo...

grande abraço

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Mal voltou o Nique já vai apanhar! Kkkkk

Grande Max, que bom que voltou com essa série! Para variar está excepcional!

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Max Al-Harbi

Você poderia me passar nviar a temporada completa?

Tem algum custo?

Se possível envia para:

samuelgato1930@hotmail.com

Caso seja possível, ficarei grato.

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Sam, já pedi ao ADM para restaurar as partes que foram retiradas do site. Em breve, a temporada estará completa aqui na perfil.

Obrigado.

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Foto de perfil de Whisper

Essa história é ótima, o texto é perfeito, tem personagens femininas ótimas que é algo que geralmente não tem nas histórias aqui.

Tomara que continuei essa saga e tenha um final.

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Foto de perfil de Max Al-Harbi

Agora que o ambiente da casa retornou à paz e normalidade, pretendo me manter ativo e postando com regularidade.

Obrigado.

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Foto de perfil de Whisper

Fico muito feliz de ler isso, você escreve muito bem e tem ótimas histórias.

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Sem querer desmerecer ninguém, você faz parte de um pequeno e seleto grupo de autores que fazem a gente ler e reler com atenção e prazer a cada nova postagem.

Bem vindo de volta.

3 estrelas, obviamente.

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A serie fui traido e ainda levei a culpa vai ter finalização? Att

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Foto de perfil de Max Al-Harbi

Ela já foi finalizada na época em que eu postava com regularidade. Já pedi ao ADM para retornar as partes retiradas. Em breve, ela estará completa de novo na minha página.

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Mais uma parte muito esperada dessa história. Parece que o tempo jogaram a favor e o autor teve tempo para afinar a narrativa, enxugar excessos, e deixar no jeito para ficar assim excelente. Mais uma berla parte. Fala sério, eu já me apaixonei, pela Milla, (não era pra menos, agora gostei muito da Duda, do dá ou desce, e essa Julia então, é tudo que eu desejo. Mas, tem a Bela que parece que vai arrastar corações. Eu sou mesmo muito volúvel. Excelentes personagens femininos. E um babaquara metido a macho. Vai levar até aprender. Hahaha

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Ótimo conto!! Aguardando a continuação... E tambem, poderia me enviar a serie completado "Fui traído e ainda levei a culpa" por favor ?

email: nicholasrs2012@gmail.com

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Que surpresa boa!!! Este era um dos contos que eu ansiava por sua continuidade!!! 👏👏👏

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