Eu sou Flamenguista e Juh não tinha time, então Mih e eu convertemos ela para o nosso lado, em contrapartida, viramos torcedoras do Minas, um time de vôlei que Juh é fanática e tratou de viciar minha filha também.
O Flamengo quase nunca vem a minha cidade, e nesse feriado viria jogar contra um time baiano. Como dizem por aí, eu já estava com a roupa de ir, ou melhor, o manto. Tudo certo, ingresso na mão, Juh ia ficar com minha filha, achei perigoso levá-la por ser a noite mas antes, daríamos play no final de semana curtindo uma praia, que a gente ama.
Consegui pegar meu solzinho em paz, terminei de ler um livro, joguei um pouco com algumas pessoas que estavam lá, bebi um pouco... Relaxei legal, próximo de ir embora, me juntei aos meus amores no mar.
Um dia tranquilo, cheio de diversão, agora era só chegar em casa, tomar banho, colocar outra camisa do Flamengo e esperar o horário. Mas meu dia perfeito acabou na porta de casa, quando a vizinha... Carol... A médica... Passou vestindo também a camisa do Flamengo e perguntou: - Vai ao jogo também?
Eu já consegui sentir o clima pesando
- Vou - Confirmei
- A gente se vê então - falou sorrindo
Olhei pra Juh, que já tinha virado de humor completamente e agarrei ela por trás e falei: - Não surta, não surta, não surta
- Amor, você não vai! - falou firme
Pedi a Milena pra ir pegar roupas para ela
- Amooor, você não confia em mim, não?? - Perguntei
- Em você eu confio, não confio é nela! Você viu aquele sorrisinho de puta?????
- Se eu já rejeitei uma vez, estando brigada contigo, você acha mesmo que não consigo novamente agora que estamos bem???
- Então vá, quer ir, vá - e entrou para o banho
Fiquei cheia de ódio, mas a vida não para, fui tomar banho e dar banho em Mih, depois deitamos e Júlia ficou no sofá assistindo alguma série.
No horário do jogo, liguei a tv do quarto e Mih começou a cantar, torcer a todo vapor, eu estava bem desanimada, queria mesmo era ver e gritar pessoalmente, mas era melhor assim do que transformar em uma briga maior. Por sorte, era um jogo que muita gente queria ir e não tive trabalho para repassar o ingresso. Anunciei no grupo do condomínio e um vizinho comprou.
Lorenzo fez uma videochamada, achando que eu estava no jogo, porque eu simplesmente comentei a semana inteira e zoei ele por não poder vir.
- Oxe, não foi???? - Perguntou surpreendido
- Não... - E mostrei Milena pulando na cama
- Por quê????? Falou tanto e não foi, ué, não tô entendendo
- Não deu - falei
- A mamãe não deixou - disse Mih me entregando
- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA - Ele soltou uma forte gargalhada e gritou Loren pra contar
- Você não vai acreditar - falou sem conseguir parar de rir
Eu revirava os olhos, sem paciência pra tudo aquilo - Juh não deixou Lore de ir para o jogo
E novamente houve uma enchorrada de gargalhadas
- Nem tem tanta graça assim... - falei, mas se fosse com eles eu estaria rindo igual ou pior
- Pau mandadaaaaa - falou Loren
- Finalmente alguém pra mandar em você - disse Lorenzo
- E olha como ela obedece, irmaaaao - continuou Loren
- Tá comendo na mão da novinha - zoou Lorenzo
- Aaaaah, vocês estão muito chatos, fui - falei doida para me livrar deles
- Não, não, não, conta o motivo - pediu Loren
- É, porque ela sabia que você ia, o que foi que rolou? - Perguntou Lorenzo
- Se mordam de curiosidade também, bjs - e desliguei
O jogo estava empatado, quando a cabeça de Juh apareceu na porta e ficou um tempo me olhando, eu a olhava de volta e por algum motivo, eu não tinha mais raiva.
- Você tá brava comigo, não é? - Perguntou
- Vem cá - chamei ela dando tapinhas no meu colo e quando ela se aconchegou eu comecei a falar: - Até você aparecer ali, eu estava com muita raiva, mas agora... eu só estou chateada...
- Você não me entende...
- Eu nunca faria o mesmo contigo, te privar de algo que sei que você ama, que não acontece com frequência... Mas o que mais chateia é a falta de confiança em mim
- Mas eu confio, só não confio naquela vaca! - exclamou com raiva
- Gatinha, a probabilidade de encontrar com ela era mínima, você sabe - falei
- Tá... Exagerei... - falou baixinho
- Exagerou mesmo - e segurei seu rosto para dar um beijo
E nisso ouvimos Mih gritar: GOOOOOOOOOOOOOOOLLLLL - e se jogar por cima da gente, nos contagiando com sua alegria.
Juh estava saindo do quarto quando falou: Ah, amor, já estava esquecendo, eu comprei ingresso para você ir ao próximo jogo, pra me desculpar
Segui ela tá a cozinha e perguntei confusa: - Ué, amor, próximo jogo???
- Sim, esse aqui - e me mostrou o celular
- Amor, você comprou um ingresso para um jogo no RJ - falei rindo
E ela olhou sem acreditar no que tinha feito
- Falei que não jogava aqui sempre, gatinha - disse sem conseguir parar de rir ainda
E nesse momento meu celular vibrou, umas três vezes seguidas, achei que era Lorene ainda querendo saber o que rolou ou Lorenzo me zoando mas era um número desconhecido, com uma foto bem conhecida.
A mensagem dizia:
"Oi
Por que desistiu de ir?
Vi sua mensagem no grupo".
Era Carol.
Respondi assim: "Achei melhor assistir em família" e mostrei para Juh que, se pudesse, esguelava ela via wi-fi.
- Você quer que eu bloqueie? Diga para não me mandar mais mensagens? - Perguntei
- Não... Deixa aí, acho que você sabe o que fazer se ela procurar frete
- Acha, é? - Perguntei sorrindo e puxando seu queixo para um beijão
Falei no seu ouvido enquanto passava a mão no seu corpo - É bom você saber, amor... Que tá me devendo uma... E eu vou cobrar, caríssimo - e finalizei com o tapa na bunda
- Pode cobrar, môh, com juros - e sorria bem safadinha vindo me dar um beijo bem gostoso, que me deixou querendo mais
- Para, hoje não - sussurrou enquanto eu apertava meus braços em sua cintura e voltamos para o quarto onde Mih estava agarrada a um travesseiro, com os olhinhos de jabuticaba dela, pedindo para dormir com a gente.
- Não, filha, eu vou acordar quebrada e amanhã a gente viaja
Ela direcionou o olhar pra Juh, que foi até ela para dar um cheirinho no pescoço. Agora as duas olhavam pra mim...
- Deixa, amor, ela dorme do meu lado - as duas sorriam
- Ai, mds... Eu não ganho uma dentro dessa casa... - e me joguei na cama ouvindo as duas comemorarem.
Eu acordei moída, mas a cena delas dormindo ali comigo, não tinha preço, ainda bem que me convenceram porque era gratificante demais viver aquilo.
Mais um final de semana chegava, esse seria o que iríamos para casa dos meus sogros, minha filhinha estava animada, ansiosa, inquieta, doida para chegamos logo e Juh doida para que acabasse logo.
Sr. José já nos esperava com o bendito animal nas mãos, Mih saltou do carro e foi correndo abraça-lo, de longe a ouvi gritar: - Meu cavaloooooo!
- Temos que dar um nome para ele - falou meu sogro colocando ela em cima
- Spirit, igual ao do desenho - falou como se já tivesse pensando sobre o assunto
E chegamos para cumprimentá-lo, ele estava visivelmente feliz com a nossa presença.
Fui andando ao lado de Mih, receosa por conta da última vez que montei e acabei lesionando enquanto minha gatinha era mimada aos braços do seu pai
- Mãe, eu quero ir sozinha - falou Milena
- Deixa alguém te ensinar primeiro, tá? Lembra que a mamãe caiu da última vez?
E ela concordou.
Durante a tarde, Juh montou com ela, meu sogro ensinou algumas coisas, e ela se realizou quando pôde ir sozinha de um lado para o outro diversas vezes. Nós aplaudimos, festejamos e Mih esbanjava felicidade.
- Monta comigo, amor - disse Juh me dando a mão
Eu não estava muito afim, não vou mentir, mas fui
Ela começou a acelerar, meu coração disparou e eu grudei nela apertando
- Tá com medo? - Me perguntou rindo
Balancei a cabeça afirmando que sim e ela foi desacelerando aos poucos
- Nunca te vi com medo, amor - falou com a mão na minha perna
- É, não acontece muito mesmo, não - falei mais calma
- Vou devagar, a gente não vai cair
- Agora, olhando assim, toda agro você, em? Gostosa demais - falei dando um beijo no seu pescoço
- É assim que eu fico quando você tá dirigindo - disse rindo
Mesmo passando bastante tempo se divertindo, minha filha ficou extremamente triste por ter que entrar, já estava frio e ela queria continuar a brincar. Só aquietou quando Juh carregou e prometeu levantar bem cedo para cavalgarem por muito mais tempo.
Entramos e D. Jacira estava terminando de tirar um bolo do forno e Mih, ainda no colo de Juh, se esticou para dar um beijo, que foi recebido calorosamente por ela.
Oi - disse seca para Juh
Oi, mãe - respondeu, também secamente
- Dá um beijo também, mamãe - disse Milena gerando um silêncio terrível, mas fazendo o beijo acontecer
- O cheiro está ótimo, D. Jacira - falei me referindo ao bolo tentando acabar com o climão
E ela assentiu com a cabeça
No meio do café, Milena já estava capotada e eu a levei para cama, dei um banho de gato com um paninho e água morna e voltei para fazer companhia.
- Então a pobre criança te chama de mãe, não vê que estão confundindo a cabeça dela - ouvi minha sogra dizer
- Ela pediu isso, porque me ama e por querer ser diferente do que outras crianças são para mim, e ela é mesmo... Não vejo problemas - disse Juh
- É melhor deixar, a menina tá feliz assim... - disse Sr. Zé
Quando surgi na cozinha, o assunto foi encerrado bruscamente.
- Acho que agora ela só acorda amanhã - falei
- Com certeza, tá bem cansada - disse Juh
Depois de ficar um pouco no fogo, porque estava bem frio dessa vez, fomos tomar banho, cada uma no seu quarto, mas antes nos corredores daquela pousada sem hóspedes, troquei diversos beijos com minha gatinha.
Ao sair do banho, vi minha filha espalhada na cama, fui dar um beijinho e disse: - Mais uma noite andando na cama da mãe inteira né, amor... - Apesar do banho de gato, estava com o cheirinho gostoso dela.
Quando procurava um cantinho para me encostar, Juh mandou uma mensagem que me assustou dizendo: "Amor, vem aqui agora!!!"
Fui rápido até o quarto dela e quando entrei, não havia urgência nenhuma ali... Apenas minha namorada dentro de um fio dental sorrindo de forma ardilosa para mim. Tranquei a porta e fui para cima dela beijando
- Eu quero te pagar tudinho hoje, amor - falou pondo uma venda em meus olhos e me conduzindo a sua cama.
- Acho cruel você fechar meus olhos estando assim e segurei sua cintura com força.
- Tira a roupa - falou firme já puxando minha blusa
Ela passava a boca, respirando fundo sobre o meu rosto, meu pescoço e descendo para meus seios. Completamente arrepiada, derretendo de tesão, enfiei as mãos no seu cabelo, para que ela acabasse com aquela deliciosa tortura e me chupasse logo. E assim, ela fez...
Abriu a boca e engoliu meu seio, mordiscava e chupava com muita vontade. Eu tentava fazer o mínimo de barulho possível e Juh falava sussurrando coisas como: "amor, você tá uma delícia", "gostosa, gostosa, gostosaaa" e eu enlouquecia aos seus leves toques que começavam a me masturbar.
Estava tudo muito gostoso, muito sensual ouvindo apenas o som do nossos corpos e os que nossos toques nos causavam, aquela boca gostosa voltou a me beijar enquanto seus dedos aumentavam a velocidade. Fui perdendo a noção até gozar. Grudei ao seu corpo, puxando aquela calcinha até rasga-la. Arranquei aquela venda e abri as pernas para ela se encaixar e roçarmos nossas bucetas, ela entendeu rapidamente e se posicionou. Eu a segurava com força e agora podia ver como Juh estava gostosa, dominante e cheia de si. O tesão estava a mil de novo, senti ela se esvaziar em cima de mim, segurei seu corpo e a joguei na cama para chupar todo o seu suco.
Depois de um tempo em silêncio, escutando apenas o barulho ofegante de nossas respirações Juh perguntou.
- Tá pago? e riu
- Pagou direitinho - e dei um beijo em sua boca - Você planejou isso, não foi...
- Foi... - disse ainda rindo só que agora um pouco vermelha
- Safadinha - e dei um selinho
- Eu só queria pagar minha dívida - falou sorridente
- É melhor eu ir, não é? - Perguntei abraçando seu corpo, me preparando para uma despedida
- Não, amor, fica... Vamos dormir aqui, até porque não deve nem ter lugar pra você na sua cama - pediu com um tom dengoso
- Só fico se eu ganhar um beijinho - falei encostando meu nariz no dela, e ela me beijou cheia de carinho, depois se aconchegou no meu peito para dormir.
Acordei no quarto dela, sozinha e quando fui no meu, Mih também não estava o que significava que elas foram mesmo montar a cavalo.
Desci e percebi que só minha sogrinha estava, então eu fui torrar o juízo dela forçando um papinho amigável.
- Bom diaaa - falei animada - onde estão todos??
- Júlia e Milena foram andar a cavalo, meu marido foi ver o irmão
- Ahh, pelo visto só eu dormi demais - falei
Ela olhou no relógio e disse: - Até que não, eles que saíram muito cedo mesmo
- E aqui, como está indo, muita gente procurando os serviços? - Perguntei sabendo que ela gosta de falar da pousada
- O movimento está fraco por causa do frio, mas é sempre assim, desde o tempo dos meus pais
- É um ciclo, né, que bom que vocês conseguem lidar - arrisquei sem saber mais o que falar
- Júlia está se cuidando? - Perguntou depois de um tempo - Ela sempre precisou dos meus cuidados e agora... Bom... Quase não nos falamos mais
- Triste isso, D. Jacira... Mas está sim, não só cuidando de si mas de nós também e eu o mesmo. Quanto a isso, a senhora não precisa se preocupar. Criou muito bem ela! - finalizei assim para puxar o saco
- E com o que eu tenho que me preocupar? - Perguntou finalmente olhando para mim
Respirei fundo e falei: - Ela sente sua falta... De ser sua filha, de conversar com a senhora. O jeito que tudo aconteceu, foi sofrido para as duas
- Ah, não me preocupo com isso, ela sabe onde me encontrar. Não tenho nada contra você, nem contra sua menina, mas se ela quiser a voltar a ser como antes, sabe o que fazer
- Ela não quer voltar a ser como antes, ela só quer a mãe dela - falei
E ela não disse nada
Depois trouxe café e tomamos, voltamos a conversar sobre o clima e a pousada, ela me contou como foi difícil para os pais dela construírem e toda a história até que Mih chegou com Juh, eufórica contando que correram muito montando fazendo meu coração ir parar na boca só de imaginar.
- Ainda bem que não fui, ia passar mal vendo vocês duas se arriscando tanto
- A gente tirou uma foto para a senhora ver a borboleta que pousou na minha mão - e me mostrou
Juh finalmente entrou e me deu um beijinho
- Quer dizer que vocês aprontaram?? - Perguntei para ela
- Nada de mais, só umas corridinhas, amor - disse rindo
Minha sogra colocou o café para as duas e Milena passou o restante do dia enchendo os ouvidos dela sobre histórias da escola, mas ela parecia gostar bastante.
Fomos embora no domingo mesmo, e quando Mih dormiu no carro, contei para Juh a conversa que tive com sua mãe e ela até se surpreendeu por a gente conseguir ter um diálogo sem gritos ou discussão. Não posso dizer que não era o que eu esperava, porque eu não esperava nada, mas foi um bom começo!
Obs: Milena chorou horrores dando tchau ao Spirit, mas prometemos voltar