Depois de ter sido a mulher no meu pai quando ficamos confinados na pandemia (contei como começou nas histórias anteriores), muita coisa aconteceu na minha vida, e hoje, depois de passar por várias mudanças e enfim me estabilizar, voltei pra contar um pouco do que aconteceu desde então.
Recapitulando o que rolou no pós-pandemia:
Confinados por um ano no apartamento dele, eu meu pai nos tornamos praticamente marido e mulher. Criamos muita intimidade, na cama e fora dela.
Na época, parei de chamá-lo de pai e ele parou de me chamar de filha. Aconteceu ao natural, a gente não decide como os apelidos carinhosos surgem. De repente, eu era a Gatinha, como ele começou a me chamar, e ele virou o Gatão, que foi o nome que escolhi pra retribuir.
Quando a pandemia passou e eu enfim não precisava mais ficar full time dando suporte a ele, que era grupo de risco por ser hipertenso, comecei a tentar me recolocar no mercado de trabalho, até pra não ficar totalmente dependente dele, que é aposentado.
Em alguns meses, arranjei um emprego legal em uma multinacional, que me pagava o suficiente pra me manter sozinha, e ele mesmo me incentivou a buscar minha independência e meu espaço. Gatão se preocupava muito comigo e com minha realização.
O trabalho era meio longe e logo surgiu a necessidade de morar mais perto. Era isso ou perder de duas a três horas todo dia no trânsito.
Aluguei um kitinete num lugarzinho bom e perto do trabalho, e assim eu e Gatão deixamos de viver como marido e mulher e de repente nos vimos como namorados.
Eu ia toda sexta à noite pro apartamento dele, onde ficava até domingo convivendo e transando com meu Gatão. De vez em quando, a gente invertia a ordem e ele vinha ficar no meu apê.
Tudo, claro, era escondido, morríamos de medo de que alguém descobrisse; por isso, nas raras vezes em que ficamos juntos fora de casa, a gente buscava sempre os momentos em que estávamos no escurinho do cinema ou dentro do carro dele, protegidos pela película opaca nos vidros.
Um dia, Gatão me chamou pra uma DR pra dizer que tinha medo de estar empatando minha vida e me impedindo de seguir em frente e conhecer um homem pra casar e ser feliz.
Respondi que já era feliz com ele, mas no fundo ele tinha razão. Nosso romance era bom, muito excitante e dava certo naquele momento, mas não tinha muito futuro.
O timing dele acabou sendo perfeito porque isso aconteceu justo numa época em que um colega de trabalho, o Henrique, começou a me abordar, todo interessado. Henrique, hoje, também é conhecido como “meu marido”, pois, depois de idas e vindas, acabamos nos casando, mas isso é tema pra outra história.
Terminamos aquele namoro proibido e foi assim que Gatão voltou a ser meu pai e eu deixei de ser Gatinha pra tornar a ser a filha dele.
Apesar de, naqueles primeiros meses, eu ter continuado a sentir muito tesão toda vez que o encontrava, seguimos firmes no nosso propósito de não nos envolvermos mais, com exceção de uma recaída nas duas semanas de férias que passei quase inteirinhas na cama dele, no finzinho de 2021, e de outra no dia 14 de agosto de 2022, também conhecido como Dia dos Pais.
Vou contar em detalhes como foi...
DIA DE GATÃO E GATINHA ‘22
Eu e meu pai sempre demos muito valor a datas comemorativas, e o Dia dos Pais era um dos nossos momentos especiais de celebração, desde que eu era menininha.
No de 2022, eu tinha marcado de ir almoçar no apartamento dele, onde hoje ele mora com a Célia, naquela época sua recente namorada, que é minha madrasta até hoje. Fui sozinha porque o Henrique estava na metade de um treinamento na filial da nossa empresa na Índia e faltava quase um mês pra ele voltar.
Começamos nossa grande comemoração andando a três num bazar de rua, eu, meu pai e Célia. Vimos móveis antigos, livros usados, um monte de relíquias inúteis e atraentes, compramos acarajé… bem programa de família no domingo de manhã.
Meu pai, ao ver uns quadrinhos de parede que representavam aldeias pitorescas de pescadores, pegou meu braço pra me chamar e disse:
— Olha, Gatinha!
Deu pra ver na cara dele que ele ficou alarmado, mas olhei pra Célia e ela não tinha dado nenhum sinal de estranhamento, até porque: qual é o problema de um pai chamar a filha assim?
— Parecem os do meu quarto da casa antiga! — comentei rapidamente, pra dar o contexto da lembrança pra Célia.
Quando criança, eu tinha quadros parecidos na parede do meu quarto, na casa onde meu pai e eu vivíamos com a minha mãe, antes de eles se separarem.
Pouco depois, ele se aproximou e disse, baixinho:
— Desculpa, filha, escapou, tá?
— Tudo bem, pai, acontece. Eu nem notei, tá tudo bem.
Mas eu estava mentindo. Eu tinha notado. E não, não estava tudo bem.
Incrível como uma certa palavra dita por uma certa boca pode ter o poder de desencadear uma erupção vulcânica nos nossos sentidos, não é?
Depois daquele “Olha, Gatinha!”, uma chave foi acionada na minha mente e então o meu corpo começou a reagir diferente a absolutamente tudo que vinha do meu pai.
Ele falava de uma velha máquina de escrever à venda, eu só lembrava de como o tom grave da voz dele me chamando de gostosa no meu ouvido me dava arrepios.
Ele andava na minha frente e eu só conseguia vê-lo nu, com aquele torso largo e braços fortes, me erguendo e prensando meu corpo contra a parede com seu pau rijo dentro de mim. E isso me dava uma comichão no baixo ventre.
Ele bebia um gole de água mineral e eu sentia sua boca sorvendo o caldo da minha xaninha enquanto me levava à loucura com aquela língua safada.
Com a viagem do Henrique, eu estava há um mês sem sexo e meu corpo gritava por um momento de prazer. Afastei aqueles pensamentos e tratei de botar a cabeça no lugar. Tínhamos virado aquela página e eu pretendia mantê-la virada.
Em casa, ajudei Célia a preparar um almoço especial pro Pai pelo seu dia. Mas toda vez que ele entrava na cozinha pra conversar, minha mente saía do que eu tava fazendo e começava a me imaginar correndo pro quarto dele, que dois anos antes também era o meu quarto, e abrindo as pernas pra recebê-lo dentro de mim.
Pedi licença, peguei meu celular e mandei uma mensagem pro Henrique, dizendo que precisava falar com ele. Meu hoje marido - e então namorado - me ligou, preocupado, e eu disse que estava tudo bem, era só saudade. Ouvir a voz dele me ajudou a me aprumar e deixar de lado as fantasias perigosas.
À tarde, conforme combinado com Célia, eu e meu pai iríamos, a sós, cumprir uma tradição de décadas: ver um filme no cinema. Minha madrasta dormiria lá naquela noite e ficaria no apê esperando por ele.
Antes de sair, passei no banheiro, me olhei no espelho e algo me fez, de novo, virar uma chave na mente. Instintivamente, comparei o meu reflexo de então com a lembrança de quando eu me via naquele espelho diariamente, como a mulher do Gatão. Eu estava com 34 anos, dois a mais do que naquela época, mas meu rosto ainda parecia o mesmo. Meu cabelo já não era mais pintado de ruivo, tinha voltado ao castanho natural, e eu tinha emagrecido um pouco com a rotina mais agitada e com a academia.
Me virei um pouco pra olhar pra minha bunda, ainda grande, que tantas vezes Gatão adentrou com seu pau gostoso, e notei que a calça apertada que eu estava usando naquele dia a valorizava.
Numa confusão de sentimentos, decidi não ir ao cinema com a camisa que tinha vestido antes de sair de casa, que me fazia parecer uma fã tardia de grunge. Fui até o quarto de hóspedes, onde ainda havia uma mala com roupas minhas que não cabiam no meu kitinete, e procurei até achar uma blusinha mais apresentável. Voltei ao banheiro, a vesti e vi, satisfeita, que ela deixava em destaque meus seios volumosos e, justinha no corpo, me deixava gostosa.
Tirei da bolsa o frasco de perfume, dei uma retocada e saímos pro cinema.
Lá, meu pai precisou ir ao banheiro e assim fui sozinha comprar os ingressos. Não havia fila, só um casal na minha frente, que eram… um homem com porte físico semelhante ao do Gatão e uma mulher de cabelos no mesmo tom de ruivo da Gatinha.
Voltei a ser devorada pela tentação quando chegou a minha vez de pedir os ingressos no guichê. De lá saí, com os ingressos já na bolsa, em direção ao banheiro e no caminho encontrei meu pai. Disse a ele que me esperasse, pois eu precisava fazer xixi.
Quando voltei pra encontrá-lo, notei em seu semblante que ele percebeu o que tinha acontecido. A mulher que saiu do banheiro e foi até ele já não era sua filha, era Gatinha.
Eu não tinha ido fazer xixi. Fui ao banheiro pra passar nos lábios meu gloss brilhante de morango, que sempre foi o meu favorito e fazia Gatão dizer que o meu beijo era o mais gostoso do mundo toda vez que eu usava.
Ele percebeu o que eu fazia mas não dava mostras de corresponder. Agiu normalmente, como um pai qualquer com a filha, e assim entramos no cinema.
Caso ele ainda tivesse dúvidas sobre quem estava com ele quando me seguiu pelo corredor de poltronas da sala de exibição, todas elas se dissiparam quando viu onde iríamos sentar.
Gatinha comprou ingressos pra última fileira, aquela cujas divisórias entre assentos podem ser levantadas, pra alegria dos amantes secretos.
Quando sentamos, meu pai parecia estar firme no propósito de apenas curtir a data inocentemente com sua filha.
Foi quando a luz apagou e os trailers começaram que tudo mudou. Sem aviso, senti Gatão pegar o meu rosto com a mão, virar em direção a sua boca e me beijar com vontade. Eu exultei de tesão e felicidade. Nossas línguas se encontraram como velhas conhecidas enquanto seus braços enlaçavam minha cintura e eu agarrava o rosto dele com as duas mãos.
Quando finalmente nos desgrudamos, ele disse no meu ouvido:
— Sabia que esse beijo é o mais gostoso do mundo, Gatinha?
Meu corpo estremeceu com um arrepio e amoleci todinha ao ouvir aquela voz molhada de novo.
— Que saudade do meu Gatão… — foi tudo que consegui dizer antes que ele voltasse a me beijar, faminto de mim
Passamos duas horas nos beijando e nos apalpando, um sentindo o desejo do outro. Quando o filme acabou e a luz se acendeu, nos despedimos dos nossos papéis e levantamos dispostos a cumprir o combinado de sairmos da sala como pai e filha e esquecermos aquela recaída.
No caminho de volta até meu apê, onde ele iria me deixar com o carro dele, eu e meu pai falamos de trabalho, do apartamento que eu e Henrique pretendíamos comprar, das notícias da semana e sobre o que dar de presente pra Célia, que faria aniversário no mês seguinte.
Ele parou o carro em frente ao meu prédio sem desligar o motor. Me deu um abraço paternal de despedida e, quando ia se afastar de mim, a mão de Gatinha o segurou pela nuca e ouvi saindo da minha boca uma súplica:
— Só mais um beijo, meu Gatão?
Ele cedeu e aquele último beijo logo virou dois, depois três, depois quatro, até que minha mão de repente estava apalpando o grande volume do pau dele na calça e essa foi minha perdição.
Eu já não era senhora de mim quando lhe disse:
— Sobe só mais uma vez comigo?
Quando fechei a porta do meu kitinete, sem aviso fui prensada contra ela por Gatão, que me encoxou forte por trás enquanto beijava meu pescoço com apetite.
Logo suas mãos deram a volta em minha cintura e começaram a abrir minha calça e baixá-la um pouco. Depois, fez o mesmo com a sua, tirou seu pau pra fora e começou a roçá-lo na minha bunda. Enquanto fazia isso, ele beijava meu pescoço e orelha.
— Você tava com saudade disso, né, Gatinha? - ele falou com voz grave no meu ouvido, me deixando louquinha.
— Te quero, Gatão…— respondi, e me virei de frente pra ele.
Ele roçou o pau por baixo da minha xana depilada, pra senti-la, beijou minha boca com muita vontade e enfiou as mãos na minha blusa, soltando o fecho do sutiã e depois apalpando meus seios fartos com delicadeza.
— Gostosa... - ele disse no meu ouvido, e de novo isso me incendiou de tesão.
— Vamo pra cama, meu Gatão — eu respondi no ouvido dele.
A gente estava, os dois, com as calças arriadas até metade das coxas, por isso seria engraçado se alguém nos visse caminhando desajeitados e devagar até minha cama, agarrados um no outro. A vantagem de morar num kitinete é que a cama está sempre perto de tudo.
Gatão me deitou na cama, me deixou nuinha da cintura pra baixo e começou a chupar meu grelinho com muita vontade.
Senti a língua dele me devorando até que eu gozei, pela primeira vez em um mês.
Devolvi na mesma moeda arrancando as calças e a cueca dele pra depois chupar aquele pau cheiroso e duro.
— Que saudade dele — eu disse entre uma chupada e outra.
Gatão sentou na cama, me puxou pelas mãos pra me levantar e começou a tirar minha blusa. Chupou meus seios com vontade, me deixando arrepiada e louca de tesão.
Eu tirei a camisa dele e vi de novo aquele corpão todinho nu, todinho meu. Gatão estava muito bem pra alguém de 56 anos.
Logo eu estava de quatro com o pau dele dentro de mim. Ele metia com força segurando minhas ancas com mais força ainda. Tanto o pau habilidoso dele quanto aquelas mãos firmes me davam arrepios de prazer.
Eu só conseguia pensar como era bom ter aquele homão de novo dentro de mim, me queimando de desejo.
Gatão me comeu com gosto até gozar dentro de mim, com um gemido. Depois deitei de lado e ele se ajeitou por trás de mim, de conchinha.
— Minha Gatinha tá mais gostosa do que nunca… — ele disse baixinho no meu ouvido
— E o pau do meu Gatão tá gostoso como sempre — respondi, virando pra beijar meu amante na boca.
Esse pau gostoso logo deu sinal de vida de novo e eu subi nele, montando e cavalgando com uma vontade que só aumentava.
Me abaixei pra beijá-lo na boca e continuei cavalgando, uma cowgirl montando seu garanhão. Fui controlando e aumentando o ritmo até que gozei com gosto, gozei com vontade, com tesão. Eu já tinha chegado ao orgasmo mas não queria desmontar daquele pau.
Me inclinei de novo pra beijar a boca dele, exausta, e ele continuou me estocando, de baixo pra cima, com força, até que de novo gozou com um gemido gostoso, jorrando todo o seu caldo quentinho dentro de mim.
Ficamos abraçados assim, sem nos mexermos, por um longo tempo.
O PRESENTE QUE GANHEI NAQUELE DIA DOS PAIS
Em maio de 2023, ou 40 semanas depois daquele Dia dos Pais louco, nasceu Clara, minha linda filha - que biologicamente também é minha meia-irmã. Ela é a coisinha que mais amo nesse mundo e a minha vida é fazê-la feliz.
Henrique, que é um paizão tão amoroso e apegado a ela, nem desconfia que não é o pai biológico da nossa princesa. Transamos no exato dia em que ele voltou ao Brasil e depois todo dia naquela semana, pra matar a saudade, então ele nunca cogitou perguntar se as datas batiam.
E não faz diferença, o Henrique sempre será o pai dela, o pai que escolhi pra ela.
O avô de Clara também não sabe da paternidade dela e jamais saberá. Ele já cumpre muito bem o seu papel de vovô coruja, assim como Célia, minha querida madrasta, de quem a Clarinha já gosta muito mais do que da avó biológica, minha mãe.
Gatão não existe mais pra mim, nem Gatinha. A descoberta da gravidez quebrou, talvez pra sempre, aquela chave que desligava minha razão.
Mas continuo me dando bem com meu pai e já criamos uma nova tradição: agora ele vem passar o Dia dos Pais aqui em casa, no nosso novo apartamento, comemorando a data em dose dupla com seu genro e brincando com a neta e com a vovó Célia no tapete da sala.
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