Olá. Depois de um casamento de mais de uma década, eu me divorciei. Na verdade, nunca casamos no papel, no cartório. Começamos a namorar quando estávamos no ensino médio, e fomos morar juntos quando tínhamos 20 anos. Ficamos morando juntos até meus 30 anos.
Sim, ela foi minha primeira e única namorada. Já tinha ficado com outras garotas antes, mas era só beijos, no máximo uma mão boba que não tinha autorização pra explorar muito e logo era completamente barrada.
Sim, até os eventos que vou contar agora, só tinha transado com minha ex. Nunca tinha feito nada com outra pessoa. Pode parecer triste, mas eu estava feliz com isso. Amava minha ex, estava completamente satisfeito com nosso sexo. Estávamos até começando a programar um casamento formal, igreja e tudo. Ela queria casar antes de ter filhos e, chegando aos trinta, ela começou a pensar se não era hora de ter filhos.
Então, absolutamente do nada (ao menos para mim, que não tinha notado qualquer sinal), ela decidiu que não podia passar a vida só tento transado com um cara, no caso, eu. E, como não achava certo trair e não ia conseguir viver uma relação aberta, a solução era terminar.
Chorei, tentei argumentar. Ela estava irredutível. O meu prêmio de consolação seria ter o direito de escolher se eu queria ficar ou sair do apartamento (que ela alugado, nem era um problema tão grande) e com que o gato ficaria. Fiquei com o apartamento (o que era péssimo, já que o aluguel não estava barato e, sozinho, nem precisava de um apartamento tão grande) e com o gato. Bom, o gato já gostava mais de mim, mesmo... Mas queria ficar com tudo, já que estava perdido no mundo, agora. Precisava de qualquer coisa que me desse um pouquinho de segurança. E sobrou o apartamento alugado e o Mingau.
Como esperado, fiquei muito mal. Estava próximo de uma depressão. Acho que só não fiquei em depressão, mesmo, porque meu trabalho me mantinha ocupado boa parte do tempo, e passei a cuidar mais da casa e do Mingau. Infelizmente, tive que dispensar a diarista que vinha duas vezes por semana, não dava pra pagar o alugue e as diárias. Aprendi até a cozinhar.
Mas quase não saía mais de casa. E olha que estávamos saindo de uma pandemia há pouco tempo. Todo mundo querendo sair de casa, curtir o mundo, viver a vida. E eu só queria ficar em casa, tomando um vinho, embaixo das cobertas, com meu gato em cima de mim.
Porém, fui resgatado por alguns amigos. Os poucos que ficaram exclusivamente do meu lado. Aliás, isso é um problema do divórcio. Pior que a partilha de bens é a partilha de amigos. Alguns ficam de um lado, outros do outro. E alguns, os isentões, que são a maioria, querem continuar amigo dos dois, e aí não posso confiar em reclamar dela.
Bom, mas aqueles que ficaram exclusivamente comigo se uniram e partiram para uma cruzada que era me fazer sair de casa.
Sem prévia autorização, mas depois de me avisar de todo o plano, invadiram minha casa num sábado à tarde. Levam cervejas, uma garrafa de gin e latinhas de tônica. Bebemos, conversamos. Chorei minhas mágoas todas. Enfim, depois de muitas cervejas e várias doses de gin tônica, me mandaram tomar banho e me arrumar pra sair.
Eu não tinha condição nem de tomar banho, quem dirá de sair. Estava emocionalmente abalado com a separação ainda. E agora estava meio alcoolizado. Mas o fato de estar alcoolizado me fez pouco capaz de oferecer resistência. Fui tomar banho, coloquei uma roupa que achei bonita, e que minha ex jamais aceitaria sair comigo assim. Era uma camisa meio colorida, que tinha ganhado do Márcio, um dos amigos que estavam em casa. Ela achava a camisa muito hipster, colorida demais. Não apropriada para um advogado sério como eu deveria ser.
Mas usar alguma coisa que ela não aprovaria era exatamente o que eu precisava. Coloque uma calça jeans e um tênis e estava pronto. Chamamos dois carros de aplicativo. Ah, além de mim, estavam seis amigos, quatro caras e duas garotas. Márcio e Bruna eram os que mais incentivavam a galera, e mais queriam me tirar de casa.
Nem sabia para onde estava sendo levado. E, talvez pela primeira vez na minha vida adulta, estava adorando não ter que me preocupar com o que aconteceria. Estava só seguindo a maré. Deixando que me levassem, para onde quer que fosse.
Acabamos no bairro mais boêmio da cidade. A média de idade das pessoas na rua era bem menor que a minha, pelo que via da janela do carro, e o trânsito era horrível àquela hora da noite. Mas, enfim, chegamos no lugar que eles escolheram.
Tinha fila pra entrar mas, pelo menos, as pessoas da fila não eram tão jovens quanto os que curtiam na rua. Um pessoal bonito, usando roupas diferentes. Todos muito animados.
Entrando, após a burocracia de dar nome e documento e ganhar uma comanda presa no meu braço, vi uma placa do lugar que dizia “Sujeito a nudes”. Achei graça e dei uma risadinha. Enfim, entramos no lugar, onde uma banda tocava em um palco baixo, bem perto do público.
A música era bem legal, e a performance da banda era provocativa. Preciso contar que, antes de entrar, fiz algo que nunca tinha feito na vida. Fumei um baseado com o pessoal. E não parei de beber, um segundo sequer. Bebi no carro de aplicativo. Entramos e o Ricardo já veio me dar uma cerveja.
Quando vi um cara alto, meio gordo, tomando uma cerveja completamente pelado no canto da balada, catei Ricardo e Márcio pelos braços e falei:
- Vocês me trouxeram para uma balada gay?
Falei sem preconceito algum. Márcio é gay e é meu melhor amigo. Ricardo eu não sei, ele já namorou a Bruna, mas eu sempre desconfiei que o negócio dele não era mulheres. Eu estava achando engraçado, mesmo. Jamais tinha estado em uma Casa tão diversa e receptiva ao mesmo tempo...
- Não. Não é uma balada gay! – falou Márcio.
- É uma balada tudo! – falou Ricardo – Aqui tem de tudo, pode tudo, até ficar pelado. E jamais vai ter alguma amiga da sua ex, muito menos ela!
Eu só dei uma gargalhada alta e tomei um golão da minha cerveja.
Bom, eu estava muito feliz. Estava dançando no meio do salão, que nem era grande, e continuava bebendo, apesar de já estar mais do que alegrinho. Dançava alegremente uma música muito animada que nunca tinha ouvido antes. Minha ex só gostava de música calminha, a chata.
De repente, um cara veio na minha direção e sorriu pra mim. Eu sorri de volta, estava feliz curtindo minha vida de solteiro, praticamente pela primeira vez na vida. Do nada, sem que eu conseguisse notar uma aproximação maior, ele me agarrou e beijou minha boca. Eu não sabia o que fazer, pensei em empurrar o cara, dar um soco nele.
Mas, ao invés disso, eu beijei de volta. Eu nunca tinha beijado um cara na minha vida. Eu nunca tinha nem imaginado beijar um cara na minha vida. Mas, inesperadamente, estava muito gostoso. Ele beijava forte, agarrava minha cintura, passava a mão na minha nuca. E, tão subitamente como chegou, foi embora.
Antes que eu conseguisse pensar no que tinha acontecido, outro cara veio e me beijou também. Ele não beijava tão bem como o primeiro, mas tinha um corpo mais gostoso. Não que eu tivesse oportunidade de ter visto o corpo de nenhum dos dois. Mas minhas mãos acabaram nas costas deles. O primeiro era magro, bem legal. O segundo era bem mais forte, sentia as costas mais largas. E, assim como o primeiro, o segundo desapareceu do nada.
Ah, preciso contar uma coisa. Não falei como eu sou. E acho que isso é relevante nesse momento. Eu sou alto. Não alto como jogador de basquete profissional, mas um pouco mais alto do que a média nacional. Isso fazia com que eu me destacasse um pouco no meio da multidão, no meio do salão. Mas, além disso, eu tenho uns pontos de despigmentação em mim. Não é exatamente vitiligo, mas tem umas partes dos meus pelos que são despigmentados, branco mesmo. Metade do meu bigode e parte da minha barba são brancas. Eu tenho pele branca, mas sempre tento tomar sol e ficar bronzeado, e meu cabelo é castanho bem escuro. Então os pelos brancos da minha barba e bigode ficam bastante destacados. Também tem uma parte do meu cabelo, na frente do lado esquerdo, também é branca.
Bom, junte o fato de que eu sou um pouco mais alto que a média e que eu tenho mechas brancas na minha barba e no meu cabelo, que são escuros, está claro que eu estava chamando atenção. E eu acho que esses pelos brancos estavam até de outra cor, meio roxo, devido à luz negra que tinha na casa. E, modéstia à parte, eu me acho bonito. Não seria um mocinho de novela ou ator de cinema, mas me acho bem apessoado.
E, de repente, esse cara meio diferente, no meio do salão de uma Casa muito diversa, estava sendo beijado por dois caras, sequencialmente, e beijando de volta.
Então a Bruna veio me beijar. Ela era minha amiga desde que eu comecei a namorar minha ex. Ela sempre foi linda, olhos verdes, cabelos castanhos. Muito gostosa. Mas eu sempre tinha sido apaixonado por minha ex e era fiel. Que trouxa, se soubesse que ia levar um pé na bunda quatorze anos depois, nem tinha sido fiel...
Bom, Bruna veio na minha direção me beijar e falou:
- Nossa, sempre quis beijar você!
Antes que eu conseguisse falar qualquer coisa, nossas bocas já estavam coladas, nossas línguas se enrolando. Nesse momento, sinto alguém me agarrando por trás. Beijando minha nuca. As mãos correndo em meu corpo. Sinto muitas mãos, as da Bruna e de alguém que está atrás de mim. Me descolo da boca de Bruna e olho para trás.
É Márcio quem se esfrega em mim. Assim que olho pra trás, ele puxa minha cabeça e me beija. E eu beijo de volta. Estou beijando meu melhor amigo, que está me encoxando, enquanto minha amiga, que eu tinha beijado e continua colada em mim, começa a desabotoar minha camisa colorida.
Eu bebi muito e fumei um baseado antes de entrar na Casa. Mas, mesmo bêbado e fumado, eu ainda sei o que está acontecendo. Acho que não consigo controlar mais, mas ainda estou registrando na minha cabeça.
De repente, o vocalista para de cantar, apesar da música continuar. Ele desce do pequeno palco e vem na nossa direção. Ele me olha com cara de desejo, passa a mão em meu peito desnudo. Eu só olho de volta, não sei o que fazer. Ele me beija, e todo mundo no salão da Casa vibra e grita. A camisa, que já estava aberta, é tirada de meu corpo.
O vocalista volta para o palco, dando uma corridinha, e volta a cantar. Bruna e Márcio voltam a me beijar, agora ao mesmo tempo, em um beijo triplo. Mas eles são tirados de mim. A partir daí, não sei mais quantas pessoas me beijam. Homens, mulheres. Pessoas que eu nem sei se são homens ou mulheres.
Do nada, eu, que estava muito mal até então, me sentindo rejeitado, abandonado, passei a ser o cara mais desejado da balada! Várias pessoas seguiram me beijando, e eu só beijava de volta. Estava completamente entregue.
De repente, depois de muita gente passar pela minha boca e meus braços, alguém me beija e o beijo é incrível. Tem uma pegada forte e encaixa com a minha boca de um jeito que eu jamais poderia imaginar que isso pudesse acontecer. É um cara, e eu não estou nem ligando se é homem ou mulher. Eu agarro ele pela cintura com força, e não paro de beijar.
Todos notam nossa conexão. Parece que todo o salão passou a assistir nosso beijo. Em algum momento, entre dois minutos e meia hora, ele para de me beijar e fala, segurando minha mão:
- Vem cá...
Eu só sigo, sendo conduzido por ele. Vamos para a área dos banheiros. São cabines individuais, não tem banheiro de homem e de mulher. Ficamos esperando, de mãos dadas, nos beijando, até que um banheiro vaga. Ele me puxa pra dentro e fecha a porta. Me joga contra a divisória, fazendo um barulho alto. Se abaixa e começa a abrir minha calça. Eu acho que eu devia dizer que não é certo, mas não tenho mais controle, e estou com tesão demais pra achar qualquer coisa, de qualquer maneira.
Ele abre o botão e o zíper da minha calça. Com um pouco de dificuldade, abaixa minha calça e minha cueca até meus tornozelos. Meu pau duro pula em direção a seu rosto.
Ele olha pra mim, segurando meu pau em sua mão, e diz:
- Achei que ia ter pelo branco aqui, também...
- Só em cima, mesmo...
- Tudo bem, o que importa é que tá duro na minha mão.
E começou a me chupar. Eita, caralho! Minha ex não curtia chupar. E eu sempre quis que me chupasse. Não que ela não tivesse chupado. Mas nunca com vontade, com gosto. Nem precisava ser por muito tempo, só queria que me chupasse com vontade.
E esse cara estava chupando com muita vontade. Sugava a cabeça do meu pau, me masturbava ao mesmo tempo. Com outra mão, acariciava meu saco. Sem que eu percebesse, ele deu um jeito de abaixar a bermuda e começou a se masturbar enquanto me chupava. Nem sei de onde tirava tanta mão assim. Porque, às vezes, eu ainda sentia uma mão acariciando minha bunda.
Depois de um certo tempo, ele se levantou, batendo a ponta do seu pau no meu saco, e me beijou. Dava pra sentir o gosto do meu pau na sua boca. Ele falou:
- Sua vez!
- Eu... nunca fiz isso... nunca chupei um... – falei, com medo e tesão e vergonha e sei lá o que mais na minha voz.
- Relaxa e só vai! – ele falou, com a mão no meu ombro, direcionando pra baixo.
Me ajoelhei e olhei para seu pinto. Seu pau duro, pulsando e com uma gota escorrendo da ponta. Olhei para cima com cara de dúvida. Ele, com aquela carinha linda que só agora notei direito, só fazia que sim com cara de safado, incentivando que eu abocanhasse seu pau.
Tomei coragem e peguei seu pau com minha mão direita. Coloquei minha língua pra fora e encostei na ponta de seu pau, sentindo o gosto daquela gotinha que saía. Tomei ainda mais coragem e comecei a lamber a cabeça toda. Aos poucos, comecei a chupar. Coloque a cabeça toda na boca. Comecei a sugar o pau todo, colocar todo na boca. Ainda bem que não era grande, conseguia colocar quase todo na boca.
Do nada, a porta do banheiro foi estourada. Aberta, completamente, nos exibindo. Enquanto eu estava de joelhos, chupando alguém que nunca tinha visto na vida (e, lembre, sempre fui hétero), com minha calça e cueca abaixadas até o tornozelo, com meu pau na minha mão me masturbando...
O cara (o que eu estava chupando, não o filho da puta do segurança que estourou a porta) tomou as rédeas da situação e nos defendeu:
- Ô filho da puta, o que você tá fazendo? Tá maluco, cara?
- Irmão – tentou falar o segurança – ceis tão aqui há muito tempo, tão reclamando...
- Avisa, caralho! Tamo aqui de boa. Não é uma Casa que aceita todo mundo? Agora vão vir aqui expor os outros?
- Calma, irmão, só quero liberar o banheiro...
- Vai se fuder! Vem, gostoso, vamos embora. Esse lugar não é mais o mesmo, pelo jeito...
Ele me puxou pra fora do banheiro. Claro que, durante a discussão, deu tempo pra subir a cueca e a calça, tanto eu quanto ele. Mas é claro que quem tava na fila viu tudo o que acontecia...
Ele me levou pra fora, e saímos. Nem consegui avisar meus amigos. O cara da porta que confere se foi pago veio reclamar (a gente não pagou o que consumiu, e eu quase não consumi nada, os meus amigos que pegavam cerveja pra mim), mas ele gritou com alguém do caixa:
- Fodam-se vocês! Me expuseram sem necessidade. Nem vou processar vocês, porque vocês sabem que eu ganharia! Tô indo embora, vou deixar essa por conta da Casa, bando de filho da puta!
Todo mundo ouviu. Quem estava entrando, quem estava saindo. E eu, de mãos dadas com ele. Como se eu sozinho já não chamasse atenção o suficiente.
Bom, saímos sem pagar. Ele chamou um carro de aplicativo e fomos para a casa dele. Conversamos um pouco no caminho. Nem tínhamos conversado até então.
- Cara, que absurdo aquilo! Gosto tanto da Casa, nunca achei que fosse acontecer isso...
- Você costuma frequentar o banheiro daquele jeito sempre? – questionei.
- É raro, mas acontece com alguma frequência... Mas nunca com alguém assim, delícia como você.
Eu não sabia se me sentia elogiado ou se me sentia como só mais alguém que foi levado pro banheiro. E, na verdade, nem sabia como devia me sentir, era tudo tão novo e absurdo pra mim.
- É sério que você nunca...? – ele perguntou.
- Faz pouco tempo que eu me separei... – hesitei um pouco, e segui – da minha ex-mulher.
- Entendi.
Então, me puxando pra perto, sussurrou em meu ouvido:
- Pra alguém que nunca chupou um pau, você até que é muito bom! Talento natural...
Eu corei na hora. E chegamos no prédio dele, na sequência.
Eu saí do carro e parei na portaria do lado dele. Ele tocou a campainha da portaria, e eu falei pra ele:
- Eu acho que tenho que ir pra casa...
- Relaxa. Sobe, toma uma água, vai no banheiro. Não vamos fazer nada que você não quiser... Mas se quiser pedir um aplicativo agora, eu te espero.
Eu não sabia o que fazer. Estava bêbado, meio maconhado, com tesão. E com medo e vergonha. Ficar lá, na portaria, me dava mais vergonha ainda.
- Vamos subir só pra eu tomar uma água e ir no banheiro, preciso muito mijar... – falei.
- Claro... – ele falou, dando um sorriso.
Subimos pro apartamento dele. Fui no banheiro. Mijei. Me olhei no espelho. Lavei o rosto. Me olhei no espelho novamente, pensando no que estava fazendo. Sequei as mãos e o rosto. Saí e ele estava na banqueta da cozinha americana. Falei:
- Ufa, estava apertado...
Ele só sorriu. Eu continuei, meio sem graça:
- Eu acho que eu preciso ir embora...
Ele continuou me olhando e sorrindo. Falou:
- Calma, vou pegar uma cerveja pra gente...
Ele levantou e pegou uma cerveja, na geladeira que ficava ao lado de onde ele estava. Eu devia ter ido embora, mas estava muito excitado por toda loucura que estava acontecendo.
Eu só conseguia pensar que eu só tinha transado com uma única pessoa na vida, minha companheira. Ex. Agora, depois de ter sido beijado por várias pessoas numa balada muito louca e ter sido chupado e chupar um cara no meio da balada, eu estava na casa dele.
Ele me entregou a cerveja. Olhou pra mim. Colocou a mão na minha cintura.
- Você não precisa ir embora ainda.
- Já falei que nunca fiz nada com um cara...
- Já fez, sim. Já foi chupado por um cara e já chupou um pinto, isso só hoje!
- Só hoje? Claro que só foi só hoje! Já tinha contado. Tô falando antes de hoje, porra...
- Eu sei, eu sei... – ele falou, me puxando pra mais perto – Mas, agora, você já fez algo com um cara. Vamos só continuar fazendo isso. Não foi gostoso?
- Foi muito bom... – falei, muito envergonhado.
Ele me puxou para o quarto. Eu só segui.
- Tô meio bêbado... – falei, nem sei o porquê.
- Vamos só dormir juntinhos, então. Vou cuidar de você.
- Tá bom, só dormir!
Eu tirei a roupa enquanto ele arrumava a cama. Eu vi que ele tirou a roupa. Ele deitou embaixo do cobertor. Eu deitei junto. Nos beijamos.
- Só dormir! – eu falei.
- Só dormir.
E ficamos nos beijando um pouco, e depois realmente dormimos.
Acordei assustado no dia seguinte, nem sabia onde estava. Só sentia alguém me abraçando. Entendi que tinha um pau duro roçando minhas costas, um pouco pra cima da minha bunda. Eu não sabia o que fazer. Eu só queria sumir, desaparecer e ressurgir na minha cama. Mas eu me mexi um pouco, e logo senti ele, que eu nem sei o nome, se mexendo também, e respirando fundo no meu cangote, como quem está acordando.
- Bom dia, gostoso... – ele falou.
- Bom dia – eu falei, baixinho.
Ele começou a acariciar meu pau, que já estava duro antes.
- Tem alguém acordado aqui! – ele falou.
- É... – eu nem sabia o que falar.
Ele tirou o lençol que nos cobria. Desceu na cama e foi em direção ao meu pau. Começou a me chupar. Eu sempre quis ser acordado com alguém me chupando! Eu gemi muito alto, não consegui me controlar.
Ele parou de me chupar e veio me beijar. Nos beijamos gostoso. Ele falou no meu ouvido:
- Tá bem?
- Tô ótimo! Só acho que eu devia ir embora...
- Se quiser ir, vai. Não vou insistir mais. Mas acho que você tá curtido aqui. Então, decide!
- Desculpa, cara. Tô curtindo muito. Mas é tudo muito novo pra mim. Bate uma culpa...
- Olha pra mim, olha nos meus olhos e fala se você quer ir embora ou quer ficar.
Olhei para os olhos dele, e que cara bonito! Falei:
- Eu quero ficar, mas tô com medo, sei lá...
- Como eu faço pra você não ter medo? – ele falou, e foi muito cuidadoso nesse momento – vamos só fazer o que a gente fez no banheiro, só chupar? Tudo bem assim?
- Tudo bem...
Ele voltou a me chupar. Eu sempre soube que queria muito ser chupado. Eu estava nas nuvens. Quando senti que estava perto de gozar, tirei meu pau da boca dele. Fui chupar o pinto dele.
Eu sei que já tinha feito antes, mas agora eu não tinha a desculpa de estar bêbado. Eu até estava de ressaca (e das brabas), mas sabia muito bem o que fazia. Eu sabia antes, claro, mas agora nem tinha mais essa desculpa.
E adorei cada momento. Como foi gostoso ver, sentir o cheiro, acariciar aquele pinto todo. Saco depilado, bolas grandes. Pau duro, pulsando. Que bom que não era muito grande. Acho que era do mesmo tamanho que o meu, talvez até um pouco menor. Mas era bem bonito. Comecei a chupar com muita vontade. Lambi tudo, tentei colocar todo na boca. Engasguei um pouco, não estava acostumado. Mas segui chupando, fazendo o meu melhor.
Ele me puxou pra cima e me conduziu para girar na cama. Ele estava deitado e eu por cima dele. Mas agora, eu olhara para o pau dele e meu pinto estava em cima da cara dele. Senti suas mãos na minha bunda e sua boca no meu pau. Ele voltou a me chupar. Eu olhava seu pau pulsando. Voltei a chupar também.
Aquilo tudo era demais pra mim. Eu sempre quis fazer 69 com minha ex, e ela nunca gostou de chupar meu pau. E nem curtia ser chupada, por mais que eu tentasse.
Agora, estava num 69 delicioso, com alguém que estava curtindo muito me chupar. E eu estava curtindo chupar o pau dele também. Eu estava curtindo chupar um pau, o que estava acontecendo?
Tirei o pau dele da minha boca e avise:
- Assim eu não vou aguentar, vou gozar!
Ele passou a me chupar com mais intensidade. Eu entendi que estava tudo bom e gozei (como se eu conseguisse não gozar...). Ele engoliu minha porra toda.
Foi delicioso. Eu estava no céu. Mas sabia que ele não tinha gozado, então olhei pra ele e falei:
- Eu não tô pronto pra você gozar na minha boca...
- Tudo bem, sem problema algum. – ele falou, enquanto se masturbava.
- Goza no meu peito, então – falei, me virando e deitando na cama.
Ele, sem dizer mais nada, mirou seu pau em mim e, sem demorar, gozou no meu peito (e ombro, e barba). Ele se deitou e me beijou. Falou:
- Um dia eu quero te comer...
- Eu nem sei se quero dar!
- Mas pode me comer também!
- Tá, vou pensar... Mas agora eu preciso ir embora.
Botei a culpa no pobre do gato. Limpei a porra do meu peito com uma toalhinha que ele me entregou. Tocamos telefones e chamei um carro de aplicativo.
Já no carro, recebo mensagens da minha ex. A primeira era uma foto minha, na balada, com um cara me beijando e outro me agarrando por trás. Devia ter algum amigo dela lá, nenhum dos meus amigos teriam feito isso.
A segunda mensagem: “O que deu em vc? Virou viado?”
A terceira: “Eu até estava pensando em voltar com vc, mas agora nem sei mais”.
Ah, vai pra puta que pariu. Quem disse que eu ia querer voltar. Devia ter mandado essa mensagem, mas preferi ignorar.
Quero mais é curtir minha liberdade. Ficar com todo mundo. Mulher, homem, e qualquer um no meio disso. Quero comer buceta, cu de mulher e de homem. Quer chupar buceta, pinto e cu. E, quer saber o quê, quero dar o cu também. Foda-se! Vai que é bom? Deve ser, nunca conheci nenhum ex-gay...
Nesse momento, vem uma mensagem do cara: “adorei passar a noite com vc, queria te ver de novo”.
Eu ainda estava sentindo o cheiro da porra dele no meu peito. Só respondi: “tb adorei! E, da próxima vez, quero fazer tudo que não fizemos hoje...”, seguido de um diabinho roxo com cara de safado.
“Tô livre hoje”.
“20h?”
“Combinado!”
O que aconteceu daqui pra frente fica para uma outra oportunidade, ou para o que passar na cabeça de cada um que ler esse relato.
Mas foi assim que eu saí de um casamento de mais de uma década, onde eu sabia tudo o que eu era, para começar a viver uma vida de incertezas. Não estou mais preocupado em saber quem eu sou ou o que acho que gosto. Só comecei a viver o momento e ser mais feliz do que nunca.