Escola de Dança I - CapítuloTransformação total pro ensaio.
Pra não pirar, fui estudar a teoria, coloquei o telefone pra tocar umas 18h00 que era a previsão da professora chegar, já havia falado para mamãe que liberou o quarto, e tudo mais que fosse possível, deu a hora toca meu celular, ela estava na frente da casa, pedi para colocar o carro para dentro e assim que ela entrou elogiou a casa, e mandou eu pro banho, fui mas ela disse para não fechar a porta que iria me ajudar com a depilação, quando fiquei só de calcinha, ela se espantou, riu e disse.
– Cheguei tarde né, bom, então coloca um roupão que vamos adiantar as unhas, vou ajustar suas unhas, dos pés, pintar e depois vamos para mão, temos tempo.
– Mas o que vai fazer?
– Relaxa, sua mãe me mandou mensagem, me deu carta branca e então vamos ao trabalho, apenas relaxe.
Ela foi e pegou uma lixa, lidou no meu é, depois com uma pazinha estranha foi empurrando cutícula, com outro puxando pelinhos, sempre limpando num pano e depois passando álcool, inclusive abriu na minha frente o plástico que tinha, ao final pegou o primeiro esmalte, nem cor tinha, ela disse que era um selante, depois veio com um rosa forte, e passou, foi para o outro pé e fez tudo novamente, empurra, puxa e tal, dai selante e rosa, nisso o primeiro já tinha seco o esmalte e passou um brilhante cintilante e com estrelinhas, bem feminino e até infantil mas era lindo.
– Nossa me sinto uma princesa da Disney no pé, falei rindo.
– Quem sabe né, mas lembre que Disney sempre tem um vilão e um príncipe, em qual papel você coloca Beto.
– Nada a ver, deixa quieto foi bobagem.
– Bom daí ela pegou minha mão, olhou, mexeu com cortador de unha, mas só alinhou, retirou um outro pacote e foi passando um esmalte por dentro, depois que vi que eram unhas, foi colar eu interrompi.
– Ei, eu não posso ficar com isso, depois como faço pra entrar em casa.
– Calma, este frasquinho aqui é o solvente, vai ficar na sua bolsa depois tiramos fica tranquila antes de voltar pra casa a gente tira, não vai restar nada.
– Certeza.
– Sim, bom agora vamos pros olhos, vamos colocar cílios, fazer sombras e rímel, mas será algo mais noturno, vai estranhar agora mas a noite, no treino verá no espelho que terá brilho e intensidade. Na apresentação conforme o horário mudamos as cores, mas terá o mesmo cílio e tudo mais.
Fez uns cremes no rosto antes, ajeitou tudo, depois olhos, e por final encerrou com a boca, um mega batom vermelho com meus lábios aumentados no lápis, nossa eu fiquei hipnotizada, nunca havia feito algo assim.
– Bom agora vamos pra roupa, pode vestir.
– Espere, vou no quarto pegar a lingerie, mamãe me deu uma especial.
– Hummmm, ai gostei, vai lá, volte com esse roupão, alguém pode aparecer.
– Não mamãe deu um jeito no pai e irmão, a casa é minha até ir pro clube.
Fui e me vesti, parei no espelho, cabelo, make, dedos, unhas tudo era lindo, peguei o celular e fiz umas 20 fotos, estava amando, só parei quando na porta minha professora falou.
– Pelo visto Cinderela se perdeu.
– Ai desculpe, mas não resisti.
– Olha nem eu resistiria, está linda.
– Hum.
– Deixa, vem vamos te vestir.
Aí fui e a professora deixou eu passar e senti ela vidrada em minha bunda, cheguei a pensar que ela falou gostosa, mas foi coisa da cabeça que imaginei.
A roupa era assim, uma saia na altura do meio da coxa, a parte de cima uma camisa meio transparente, curta de um filó rosa transparente, combinava com a cor da roupa que combinava ainda mais com minhas unhas, vesti a sandália salto alto e enquanto me vestia a sandália minha professora ia montando uma bolsa, mas ia me falando.
Bom estou colocando o batom, um lápis, um pacote de lenço umedecido, demaquilante, e outras coisas que pode ser necessário.
Não entendi o que mais seria mas fiz ok com o dedo, ai ela me disse que as cores das unhas foi escolha de minha mãe, e o look modificado da camiseta foi ideia dela, pois destacaria com qualquer tipo de sutiã.
Mas tiramos o corpete, ele atrapalhava o look e fiquei com calcinha, sutiã, a meia calça subindo até encontrar a cinta liga que ela fez questão de manter, ficava escondido, mas em um movimento mais ousado daria para notar.
Já eram quase 19hs, faltavam uns 4 minutos, ela pediu para irmos pro clube, pois seria indelicado chegarmos depois do convidado, coloquei o celular na bolsa, ela pegou uma outra bolsa maior que tinha minha roupa de menino, que fui dizendo o que levar.
Foi ótima a ideia de entrar com o carro assim me senti mais segura e quando fui me sentar, minha professora me ensinou como sentar sem amassar muito a saia, mas o toque do salto no piso da sala até chegar na garagem me deixou embriagada.
Eu não consegui disfarçar a emoção, fui tirando fotos, fazendo poses no carro e minha professora só me elogiava, em certo momento pedi para ela parar, pois estávamos a 3 quadras do clube e fiquei ansiosa.
– Calma, você tá um arraso, e é só uma dança, relaxe, mas pense que no concurso no dia da prova prática terá muito mais tensão então que sirva de termômetro, e você está tão linda que dá vontade de beijar.
– Beijar, como assim.
Ela simplesmente me olhou nos olhos , puxou suavemente meu rosto e me deu um beijo suave.
– Desculpe, não deveria, mas desde que te vi em cima de um salto, eu me senti atraída, eu sou lésbica, não resisti, você é a primeira relação com…
– Com uma transexual, na verdade uma crossdresser.
– É eu não tinha a palavra, é que falar mulher poderia lhe ofender, falar homem é meio impossível, transexual, não te vejo assim, mas crossdresser, não tinha pensado, meu irmão é
crossdresser, tenho inúmeras amigas Cross, bom então tá é isso, mas desculpe.
– Não, eu te entendo nem eu consigo me entender, muito menos meus sentimentos ou o que me atrai ou não, estou vivendo pelo tesão pela emoção, mas vamos deixar esse beijo no passado, não queria pensar nisso até a prova.
– Perfeito, entendi.
Chegamos, nos arrumamos na sala, e fomos para os testes de música, logo recebi uma mensagem, conforme combinamos ele só iria entrar quando eu mandasse, fui até a porta e abri.
– Olá Beto, pode entrar.
– Olá, nossa, está linda Ju.
– Obrigada.
– Beto esta é minha professora Vanessa, Vanessa esse é Beto meu amigo dançarino.
– Prazer Beto, bem vindo.
– Bom eu acabei de passar toda a sequência da prova de estilo livre, vou repassar novamente, mas vou fazer isso, você olha e depois é sua vez ok.
– Ok.
Vanessa me deu uma pegada mais forte e colocou a música e fomos fazendo a sequência, ao final eu e ela ficamos de rosto bem colado, senti seu calor, seu cheiro, agora era eu que queria beijar ela, mas apenas de um selinho e ela sorriu espantada com minha ação.
Dai paramos um pouco, ela explicou coreograficamente a sequência e Beto fez sozinho, ela corrigiu duas ou três partes mas era mero costume de professora, não tinha sentido mas ela quis, depois desculpou-se.
Ela pôs a música e Beto me pegou, fizemos a primeira vez, paramos um próximo do outro, depois fizemos a segunda e a terceira. Vanessa foi agora me corrigindo, pois na verdade 90% dessa rotina eu faria sozinha, ela pediu para Beto sentar-se e pediu para eu repetir agora duas vezes a rotina.
Nossa eu fiquei exausta, demos um intervalo, neste meio tempo Beto sugeriu tirar uma fotos e eu entrei na brincadeira e tiramos algumas no espelho, outras em movimento e assim fiquei uns 15 minutos, descansada fomos para a última rotina.
Beto já me pegou forte no início, me olhou nos olhos e falou.
– Você está linda, me surpreenda e faça seu melhor.
Eu fui e fiz, mas desta vez eu fui conduzindo, como minha professora falou e acabou que terminamos muito próximos e eu o beijei, longo e profundamente, uns três minutos depois escutei um sussurro e Vanessa rindo e com os flash do celular nos tirou do transe, eu tinha deixado ela com meu celular para filmar, e acabou que após o beijo, os primeiros 10 segundos ela parou o vídeo e foi tirando fotos.
– Eu peguei o celular e fui vendo, ficaram lindas, Beto ainda com as mãos dadas comigo, me elogiou, e acariciando minha perna falou que eu era uma verdadeira princesa.
Rimos, pois logo em seguida falei que esse era o assunto lá em casa, sem dar detalhes.
Ia me trocar quando Beto falou.
– Podíamos sair para jantar, depois eu a levaria para casa.
– Não, tenho que me trocar e ir, não falei nada com mamãe e mesmo que fosse, não posso chegar assim em casa, tirando mamãe ninguém mais sabe.
– Então, saímos pra jantar e passamos em casa você se troca e depois te levo, ou você se troca e dorme lá em casa, moro sozinho e tem um quarto livre.
– Não, não combinei com mamãe.
Nisso, Vanessa interveio.
– Olha, ligue para sua mãe, explique o convite e quem sabe ela aceite, quanto a se trocar Beto já deu a saída, eu acho um desperdício tudo isso de produção e você não aproveitar a noite, indo pra casa dele terá mais tempo para se desmontar, demaquilar e tudo mais, com segurança, já temos que fechar aqui, o que me diz.
Bom eu peguei o telefone, liguei, pedi licença e fui num canto da sala e fui falando com mamãe, disse algumas coisas e ela queria me ver, então fiz uma chamada de vídeo e mostrei minha montagem para ela, disse que tinha tirado fotos e depois mostrava mais, ela quase chorou ao me ver e disse que com certeza eu tinha que aproveitar esta noite de Cinderela, falou que falaria com meu pai que ia sair com Beto beber e voltaria amanhã, que não me preocupasse, que ela contornaria tudo em casa, e era sábado, nem loja nem nada abriria e eu teria muito tempo.
Voltei até eles e disse ok, tudo bem, iria aceitar o convite do jantar e depois veríamos o que fazer, não quis deixar claro minha intenção, mesmo porque eu nem sabia o que seria.
Convidamos Vanessa mas ela desconversou e disse que precisava corrigir umas provas teóricas de seus alunos, pois era professora de Biologia e já estava atrasada em entregar as notas.
Bom, fomos então para o carro de Beto.
– A senhorita tem alguma preferência por algum lugar.
– Bom, se não for ousadia, gostaria de ir num barzinho na cidade vizinha, aqui estou com medo de encontrar algum conhecido, pode ser?
– Tudo bem, por mim não teria problemas, mas te entendo, tem o endereço.
– Sim, espere. Olhei no celular e passei o endereço a ele.
No caminho abri a bolsa e procurei o batom, encontrei, retoquei, nisso fui distraidamente olhando as outras coisas da bolsa, tinha um OB, ri, mas entendi a ideia afinal era uma moça e se alguém pedisse poderia auxiliar, mas encontrei 3 pacotes de camisinha e um tubinho pequeno de KY, já conhecia sabia do que se tratava, bom era coisa de mamãe ou de Vanessa, ri e fechei a bolsa e peguei o celular e fui vendo as fotos.
Beto ia me fazendo perguntas da dança, eu ia respondendo, ao final fez uma pergunta.
– O beijo fazia parte da coreografia?
– Não, nem o selinho na Vanessa, saíram espontâneos, quer saber, eu quis sim te beijar, sei lá montada assim me sinto atraída por você. Falei sem pensar.
Beto sorriu, mas não perguntou mais nada, estávamos já no destino, ele estacionou, abriu a porta e me convidou a acompanhar até a entrada.
Era sexta, estava lotado, mas não tinha muita fila, entramos, ficamos um tempo de pé e logo pedimos algo pra beber, ficamos ali, e eu me senti uma caça pois um rapaz, passou ao meu
lado e tentou passar a mão em mim, eu reagi. Beto percebeu, me puxou para mais perto e me segurou pela cintura.
Eu me senti mega protegida e fomos bebendo, conversando mais perto, fui e lhe dei um segundo beijo, ai fomos trocando beijos e carícias, eu já estava com fome, fomos pra uma mesa, mas os petiscos não agradavam, então ele deu a ideia.
– Bom o lugar é até legal, mas estou com fome, vamos pra um Drive In aqui perto, passamos por ele antes de chegar aqui, lembra que rimos da propaganda deles, dizendo que eles tem uma deliciosa porção de fritas com bacon, topa?
– Sim, estou morrendo de fome e cansada de ficar de pé, sentamos mas se não tem comida, nem adianta.
Ele pagou a comanda e fomos pra fora, lá entramos no carro e paramos no Drive In, logo veio a moça e passou o cardápio que logo pedimos, ela pediu 5 minutos e já entregaria
Nisso, ficamos apenas nos acariciando com as mãos, eu fui perguntando para ele o que achou dos passos, da série e ele foi elogiando, e tudo, nisso a moça chegou e começamos a comer.
Coloquei uma música no celular e ficamos nos beijando, mas os carinhos começaram a ficarem mais ousados e eu me afastei, já tinha quase tirando seu pênis apertando ele por cima da calça e ele tinha tentado mexer nos meus seios, pedi para irmos para casa.
Beto ligou o carro e fomos cantando, eu vi que minha fala deixou ele chateado, mas estava com medo.
Chegamos em sua casa, ele estacionou o carro no subsolo do prédio e subimos pelo andar, de mãos dadas, ele morava no 15 andar, até então não sabia que ele tinha esse apto, ele era bem mobiliado, muito limpo e bem decorado.