O Valentim seguia perdido, quase babando, e vez ou outra, movia a mão na direção da bunda dela, na esperança de eu concordar, mas sem o meu aceite, ele se retraía. Fez isso várias vezes até que praticamente implorou:
- Gente, por favor! Eu só quero sentir a pele dela!
A Andressa me encarou, sorriu e depois de dar uma chupada que estalou quando seus lábios soltaram a cabeça do meu pau, disse:
- Meu marido decide: o que ele falar, tá falado!
[CONTINUANDO]
Um verdadeiro pandemônio começou. Aqueles dois começaram a implorar de joelhos no chão para que eu os autorizasse a, pelo menos, tocar na bunda dela, sem penetrar dedos, línguas, nada mais. Eles diziam querer apenas sentir a maciez da pele da Andressa para se masturbarem enquanto ela seguia me chupando:
- Pode, amor? Você vai deixar esses safados bolinarem a sua mulherzinha? - Falou a Andressa, olhando novamente nos meus olhos.
- Também quero… - Resmungou a Adriana, hipnotizada pelo boquete que a Andressa me dava.
A Andressa a encarou sem entender direito e perguntou:
- Quer o quê, me tocar!?
- Hã!? - Resmungou a Adriana e explicou: - Nã-não! Eles tocam você e eu toco ele. Só um pouquinho… Deixa, amiga!
A Andressa me encarou surpresa e meio invocada, já perguntando num tom de inconformismo:
- Cê quer isso, amor? Quer que a Adriana toque no seu pau?
Olhei bem sério para ela, depois para a Adriana e usei suas próprias palavras:
- Minha mulher decide: o que ela falar, tá falado!
Ela sorriu entendendo a invertida, deu um beijo na cabeça do meu pau e subiu pelas minhas pernas, olhando para os dois atrás dela:
- Desculpa, gente, mas eu vou andar de cavalinho. Outro dia, quem sabe, né?
- Ahhhhh… Nããão, pô! - Eles reclamaram em voz alta e o Celão ainda complementou: - Puta que pariu! Tão perto e ao mesmo tempo tão longe…
Andressa subiu até ficar na altura do meu pau e o encaixou em sua buceta, sentando até o final, suspirando roucamente a linguagem do puro tesão. Passou a galopar feito a instrutora das amazonas de Themyscira com gás, vontade e determinação. Ela segurava em meu pescoço, nos ombros, nos meus cabelos, sempre dando tudo de si, gemendo e rebolando, quase gritando até que fomos surpreendidos novamente:
- Porra! Sacanagem, hein!? Puta festinha maneira e ninguém me convida! - Falou o Alvarenga, entrando no quarto: - Vai sobrar um caldinho pro papai também, né?
- Senta aqui, corninho, vem assistir comigo. - Pediu a Adriana, posicionando-o ao seu lado: - Olha que delícia de pau! Acho que eu vou querer, hein?
- Quer, né, safada!? Já não basta os dois e sei lá mais quantos, agora quer pegar o Túlio também? Que saco sem fundo do caralho, hein, mulher!? Vê se sossega!
- Ai! Ai! A-aa-aaaiiiii! - Andressa começou a tremer no meu colo, apertando o meu pescoço como se quisesse me esganar e gritou: - AAAAAAHHHHHHHHHH!
- De novo!? AH VÁ TOMÁ NO CU! - Gritou o Celão.
Nesse mesmo instante, ele se levantou e foi na direção da Adriana, puxando-a pelas pernas até ficarem de fora da cama. Agora ela era presa fácil:
- Sai daí, corno, dá espaço! - Falou com uma incrível intimidade intimidatória contra o Alvarenga que não esboçou reação, apenas obedecendo.
O Celão deu duas batidas com aquele mastro na bunda da Adriana, enquanto eu observava tudo atentamente. Ele notou a minha atenção e brincou:
- Fiquei com inveja mesmo, mermão! Vou foder uma buça também!
Por fim, pincelou a pica na buceta dela que saiu brilhando com os seus líquidos e a penetrou, lentamente, centímetro por centímetro até pouco mais da metade, passando a estocá-la como se estivesse com raiva, ou talvez competindo comigo. A Adriana começou a delirar na pica do negão, gemendo, às vezes urrando e quando ele tentava socar a pica inteira dentro dela, forçando, apertando, ela gritava de dor ou de tesão, eu não sabia bem. Era uma situação bastante inusitada e eu ainda seguia com o pau duro quando ouvi a Andressa falar:
- Não aguento… mais.
- Ah… - Resmunguei.
- Faz o que quiser comigo, eu deixo; mas, por favor, seja rápido.
Coloquei-a de quatro na beirada da cama novamente e voltei a penetrá-la, mas logo uma ideia surgiu, afinal, um convite como aquele não surge sempre. Introduzi um dedo em seu cu e ela não resmungou, apenas “mordiscando” meu dedo de leve. Retirei o meu pau e rapidamente fui introduzindo a sua glande no seu cu:
- AI… MEU… CUUUUUU! Filho da puta! Não foi isso o que eu quis dizer, amor! Aiiiii… - Gritou a Andressa, chamando a atenção de todos, inclusive da Adriana e do Celão que pararam para acompanhar a cena.
Acomodada a cabeça, passei a alisar a sua bunda, sempre forçando um pouco mais para dentro, mais um pouco, um pouco, até que ele sumiu todo dentro da bunda dela. Dei duas estocadas e ela urrou de dor, mas o prazer era mais forte e ela não pediu para parar, pedindo, ao contrário, para eu acelerar os trabalhos. Tive uma ideia, ousada, talvez maldosa, mas que não me incomodava e poderia se tornar até mesmo excitante. Olhei para o Valentim que seguia perdido, sem saber para qual parte do corpo da Andressa olhar, e falei:
- Valentim, deita embaixo dela e a beija!
Ele me encarou surpreso, sem acreditar e eu fiz um movimento de mão, reforçando a sugestão. Ele não perdeu tempo e se deitou de costas, quase cara a cara com a Andressa. Vi que ele falou algo e ela abriu os olhos, encarando-o surpresa e tentou me olhar por sobre o ombro. Eu já começava a me movimentar mais rápido e expliquei:
- Vocês já se beijaram mesmo. Pode aproveitar mais um pouco. Estou de boa…
Ela o olhou por um instante parecendo bastante surpresa, mas sorriu. Então se apoiou nos braços enquanto ele se ajeitava para mais perto dela e passaram a se beijar enquanto eu seguia fodendo a sua bunda, cada vez mais rápido e forte. Andressa agora gemia de uma forma sufocada, rebolando e piscando o cu no meu pau. Adriana e o Celão voltaram a foder novamente e ele tentou enfiar um dedo em seu cu, ganhando um esporro daqueles:
- Tira a mão daí, negão! Hoje não!
- Mas… Mas…
- NÃO! - Ela me olhou, deu uma piscada e disse: - Agora que eu sei que ele gosta, esse eu vou guardar para o Túlio.
A Andressa rapidamente para ela e voltou a beijar o Valentim. Foi inesperado, mas eu vi quando ela pegou a mão dele que acariciava a sua nuca e a levou para a parte de baixo do seu corpo. Eu não conseguia ver, mas sabia que ele a tocava, só não sabia onde. Preferi não interromper e acelerei ainda mais os meus movimentos, até que dei um último tranco em sua bunda e despejei toda a porra acumulada dentro daquele rabinho apertado, urrando, tentando me segurar em sua cintura para não desmontar.
Quando as pulsações do meu pau cessaram e ele saiu de dentro dela, sentei no chão, apoiando-me na beirada da cama e logo ela veio se juntar a mim, sentando em meu colo, soluçando baixinho. O Alvarenga começou a bater palmas, enquanto o Valentim nos observava e o Celão seguia fodendo a Adriana com uma vontade absurda, dando verdadeiras pancadas que faziam a cama sair do lugar. Pouco depois, notei que a Andressa olhava para o pau do Valentim que seguia duro e era, confesso, um senhor pau, um tanto quanto maior que o meu, mas duas vezes mais grosso:
- Interessada? - Perguntei baixinho em seu ouvido.
Ela sorriu e virou o rosto para a minha direção. Então, deu uma risadinha meio encabulada, uma piscadinha para mim e disse:
- Quem sabe um dia…
De atores, passamos a telespectadores. O Valentim se sentou encostado na parede, assistindo a foda da Adriana. A Andressa deve ter achado estranho e perguntou:
- Não vai lá “brincar” com eles? - Fez aspas com os dedos.
- Não! - Ele respondeu e eu também o olhei, surpreso: - Vocês podem até não acreditar, mas estou há uns dez dias sem fazer nada com ninguém.
- E por que isso!? Decidiu virar monge? - Brincou a Andressa.
- Não também. Eu só tinha esperanças de que… - Se calou, mas depois sorriu maliciosamente e se corrigiu: - Ainda tenho esperanças de ficar com você.
- Ihhhh, menino!... Melhor você ir descarregar ali na Adriana, porque eu estou “Mortinha da Silva”. Quase não dou conto do Túlio, imagina de um trambolho desse aí.
Ele se espreguiçou de uma forma que evidenciava ainda mais o seu bom físico, olhou em direção ao próprio pau que seguia meio duro e falou:
- Bem, a esperança é a última que morre. Quem sabe, pelo menos, eu não ganho uma punhetinha sua então, hein? Hein!?
A Andressa sorriu e passou a mão pela coxa dele. Então, me olhou e fez um movimento, roçando as unhas em direção ao pau dele. Entretanto, após o gozo, passada a excitação do momento, as ideias começam a convergir novamente para um lugar meio nebuloso e isso deve ter ficado estampado em meu rosto, tanto que virei a cabeça para assistir a trepada da Adriana e do Celão que seguia a toda, sem conseguir evitar uma suspirada. Ouvi ela dizer:
- Melhor não! Guarda isso aí. Já demos um baita passo hoje. Não quero fazer nada que possa causar um mal entendido.
Bem nesse momento, o Celão começou a urrar como um urso irado e faminto recém saído da hibernação, tirou o pau de dentro da Adriana, deu algumas punhetadas rápidas e começou a jorrar como um chafariz. Detalhe: Nós estávamos sentados à frente da Adriana e ele nos acertou em cheio, gerando reclamações da geral:
- Porra, Celão, vira esse trambolho pra lá! - Reclamou o Valentim, se levantando e saindo em direção ao banheiro.
- Ai, que nojo… CELÃO! - Gritou a Andressa, saindo em seguida para o nosso quarto.
- Puta que pariu, hein, Celão!? Você caprichou, mané! - Falei, indo atrás da minha mulher.
- O que!? O que foi que eu fiz? - Ele perguntou dando gargalhadas.
Fui o último a sair do quarto e dei de cara com a Andressa disputando quem usaria o banheiro primeiro, afinal, todos queriam se lavar depois do banho de porra do Celão. Vendo que os dois não se decidiam, cheguei empurrando ambos para dentro do banheiro que me olharam surpresos:
- É só pra tomar banho! Vamos logo antes que os outros também tenham a mesma ideia. - Falei.
Eles concordaram, trancamos a porta e entramos os três no box, revezando-nos embaixo da água, conversando e rindo de tudo o que havia acontecido. Em certo momento, a Andressa me encarou com cara de safada e falou:
- Credo! Dois homens comigo embaixo do chuveiro e nenhum teve a dignidade de me ensaboar… Tô mal na fita mesmo!
- Não por isso! - Disse o Valentim já passando a mão ensaboada em suas costas.
- Para! Eu tô brincando! - Ela começou a rir e rebolar ao seu contato: - Por hoje, já chega, né!?
- Palhaça! Eu já tava levando a sério… - Ele resmungou com um sorriso no rosto.
- Merece um tapa na bunda pela brincadeirinha sem graça, não merece, Valentim? - Perguntei, sorrindo.
- Ô se merece! Dê dois, Túlio, um por minha conta.
A Andressa só ria, olhando para mim com aquela carinha sapeca que eu tanto adoro. Então, decidi dar mais um passinho:
- Eu não! Mas eu seguro ela para você. - Falei enquanto a abraçava, virando a bunda dela na direção dele: - Capricha!
- Túlio, isso não tem gra-AAAAIIIII! - Gritou após tomar um tapa bem dado pelo Valentim: - Esse ardeu, caramba!
Foi o único, mas suficiente. Saímos os três da ducha, eu e ele rindo, ela xingando e alisando a bunda. Eu me sequei rapidamente e enquanto ela terminava de enrolar uma toalha nos cabelos, joguei a toalha para ele e pedi que a enxugasse. Ela me olhou com um certo desdém, mas que se transformou em um sorriso malicioso rapidamente. Então, ela se virou para ele e colocou as mãos na cintura, aguardando que o trabalho fosse feito e ele não se fez de rogado, enxugando cada parte de seu corpo, cada dobra, cada curva, com o máximo de cuidado, carga total nas insinuações. O cara era um comedor nato mesmo, sabia como envolver e tirar uma mulher dos trilhos, isso eu tinha que reconhecer.
Saímos dali e fomos para o nosso quarto, apenas eu e ela. Deitei-me na cama para dar uma merecida cochilada e ela também, ambos nus, mas ela tinha outras intenções que ficaram escancaradas quando começou a alisar o meu pau:
- Você não disse que estava cansada?
- Tava… Estou! Mas é que… esse banho… Poxa, amor! Isso foi sacanagem comigo. Dois homens pelados e com os paus balançando, se esfregando em mim… Poxa!
- Vem cá, vem! Dorme um pouquinho. A gente brinca mais tarde…
- Ah! Mas eu tô com fogo… Dá só uma chupadinha, vai? Sei que vou gozar rapidinho…
Desci até o meio das suas pernas e abocanhei a sua buceta, sugando e lambendo os líquidos que ainda vertiam, agora cheirando a leite de rosas. Ela não estava mentindo, foram poucos os minutos e ela gozou mesmo, aos berros, enquanto inundava ainda mais a minha boca com o seu mel. Lambi o que consegui, enquanto a Adriana gritava alguma coisa do outro lado da parede e depois de me ajeitar, apagamos.
Acordei já passando das 10:00. Olhei para o meu lado e nada da Andressa, mas ouvi som de música do lado de fora e imaginei que o churrasco já havia reiniciado. Vesti um short, calcei um chinelo e desci, encontrando a minha esposa, com a mesma roupa do dia anterior, lavando algumas louças enquanto o Valentim, vestido apenas com uma bermuda, secava. Assim que notaram a minha presença, ela parou tudo o que fazia e veio pular em meu pescoço, abraçando a minha cintura com suas pernas e me dando um beijo intenso, seguido de um:
- Agora sim, bom dia, amor da minha vida!
- Nossa! Bom dia. Por que “agora sim”?
- Ué, porque pensei que você não fosse levantar mais. Eu só estava terminando aqui e ia te acordar com um boquetinho.
- Pooorra! Já entendi. Tô sobrando…
Rimos do comentário e ela me soltou indo até ele, segurando o seu rosto e lhe dando um rápido selinho, acompanhado de um:
- Bom dia para você também, seu bobo!
Sentei-me à mesa e ela retornou à pia, dizendo que tinha café na garrafa, alguns frios e leite na geladeira, além de pão e bolo. Tomei um café rápido e assim que ela terminou com as louças, veio se sentar em meu colo, bebericando o meu café, enquanto o Valentim seguia terminando de secar as últimas peças. Após isso, ele avisou que iria para a piscina e nos convidou. Dissemos que iríamos a seguir. Assim que ele saiu, eu queria conversar, mas ela também:
- Desculpa por ter dado um selinho nele na sua frente, mas, acho que, depois de ontem, não seria nada demais, né? Aliás, está tudo bem depois de ontem? A gente está bem, não está?
- Bem, a gente está, é claro! Da minha parte, estamos. Você foi perfeita demais ontem! Quanto ao selinho, a gente volta a falar sobre isso depois que eu encontrar a gostosa da Adriana… - Brinquei e vi ela me olhar com um semblante invocado, mas sem nada dizer: - Eu é que queria te perguntar se não errei em aceitar transar no quarto deles?
- Vai lá! Pega ela, pega! Só não reclamada depois… - Dei uma risada e ela também, continuando: - Quanto a transar no quarto com eles assistindo… Olha… Eu confesso que estranhei sim no começo. Pensei que você tivesse tentando me testar ou algo do tipo, mas depois quando vi o jeito que você me pegou, foi entrando no quarto e me dominou… Nossa! Dá até um arrepio… Mas acho que não foi errado, talvez só inusitado.
- Só teve uma coisinha que eu não entendi bem…
- Que não entendeu? - Confirmei com a cabeça e o semblante dela já demonstrava certa preocupação: - O que?
- Naquela hora em que eu estava pegando você por trás e o Valentim estava te beijando… Eu vi que ele segurava a sua nuca, mas teve um momento que você pegou a mão dele e a puxou para baixo…
- É…
Ela ficou em silêncio por um instante, parada com a minha xícara de café na boca, mas acredito que ela já tinha entendido onde eu queria chegar, buscando a máxima honestidade, exatamente o que eu esperava dela naquela situação:
- Desculpa! Eu sei que não combinamos nada antes, mas eu estava tão excitada naquela hora e ele me beijando tão gostoso, acariciando a minha nuca, que não resisti e levei a mão dele na minha xerequinha, para ele me fazer um carinho. Cê acha que eu fiz mal, amor?
Fiquei em silêncio por alguns bons segundos, desviando o meu olhar dela nesse momento para criar um suspense e ela insistiu:
- Ah, Túlio… Poxa! Foi no… no calor do momento. Eu não fiz para sacanaear! Juro! Eu só fiz para…
- Eu sei, sua boba, relaxa. Está tudo bem! Apesar de não termos combinado, notei que foi espontâneo e também não vi nada demais.
- Mesmo!?
- Claro! Tô falando. Fica tranquila.
Dei-lhe um beijo e a convidei para irmos até à piscina. Ela disse que iria se trocar e viria em breve. Fui saindo da cozinha, da área e já dei de cara com o Celão peladão, exibindo com orgulho a sua Jiboia de estimação. O Alvarenga estava sentado à beira da piscina, com as pernas dentro d’água e a Adriana estava entre elas, de costas para ele que fazia uma trança nos cabelos da esposa. Valentim, agora apenas de sunga, nadava de um lado para o outro, exibindo o seu invejável preparo físico. Todos me cumprimentaram com um efusivo “Bom dia, flor do dia” e segui me aproximando. Decidi brincar também:
- Ô, Alvarenga… Ontem, eu vi que você tem um lago ali atrás… Tem peixe? Dá para a gente pescar lá?
- A hora que você quiser, meu amigo. Só me falar quando você quer ir que pego as tralhas.
- Xiiiiii… Vai na do Alvarenga não, Túlio! Esse aqui é o típico pescador, mente demais e só pesca congelado no supermercado.
- Credo, amorzinho! Isso é forma de você falar de mim!? O que as visitas vão pensar?
- Que você é um corninho manso e mentiroso. - Falou e gargalhou, olhando para ele em seguida: - Mas é o meu corninho manso e mentiroso.
Eles se beijaram e para não perder o ritmo, insisti:
- Joia, joia… Eu só não sei se o que usar de isca. Estava pensando em minhoca, mas não sei se os peixes daqui gostam de minhoca preta, igual àquela que tá dando bobeira ali, ó! - Falei indicado a direção do Celão com um movimento de cabeça.
Todos olharam na direção do Celão, mas o danado só ergueu a cabeça para me ver e levantou os óculos escuros, dizendo:
- Peixe eu não sei, mas piranha eu pego de montão!
A gargalhada foi geral e os comentários jocosos na sequência duraram um bom tempo, até que todas as atenções se voltaram para a porta da cozinha. Virei-me também já imaginando ser a Andressa, mas errei, pois aquela era outra mulher, muito mais linda plena, esplendorosa e senhora de si. A Andressa vinha caminhando toda serelepe e dengosa, com um sorriso de orelha a orelha, vestida num micro biquíni branco quase transparente que mal cobria as aréolas dos seus seios e a racha da bucetinha. Os demais começaram a assobiar e ela ficou aguardando eu falar alguma coisa, aguardando, aguardando, aguardando…
- Tô tão feia assim, amor!? - Perguntou.
- Nossa, hein!? Por que já não veio pelada. - Resmunguei, fazendo ela rodopiar na minha mão.
- Não posso, moço, o meu maridinho é meio ciumento, sabe? - Disse, sorrindo e me dando um beijo na boca: - Mas é o melhor homem que eu conheço.
- Feliz dele, né? Pelo menos, com esses trajes, a gente sabe que tá comendo bem. - Brinquei e ganhei um tapa no peito.
Sentamos na beirada da piscina, onde passamos a beber e conversar com todos. A Andressa se comportava maravilhosamente bem, conversando com todos e se safando das insinuações que logo surgiram, turbinadas principalmente pelo ocorrido na noite anterior. Entretanto, para a minha infelicidade, notei que ela e o tal Valentim trocavam insistentemente olhares, o que não deixava de me incomodar um pouco. Ela não saía do meu lado, mas ele seguia indo e vindo na água, às vezes parando próximo da gente, dela na verdade, para conversar conosco e depois voltar a nadar. Enfim, ficou se exibindo para o deleite dela e meu incômodo.
O calor pegou e ela me perguntou se eu poderia buscar o óleo bronzeador para passar em seu corpo, que havia ficado em nosso quarto, na sua bolsa. Fui buscá-lo e da janela de lá, vi que o Valentim agora já estava aninhado no meio das suas pernas, abraçado a sua cintura, praticamente com a cara entre os seus seios, falando alguma coisa enquanto ela lhe fazia um cafuné. Em vista do que fizemos na noite anterior, poderia parecer nada, mas eu sentia que precisava me manter presente para evitar dar sorte para o azar, pois aqueles dois pareciam dois adolescentes prestes a fazer merda.
A Andressa já não demonstrava ficar tão encabulada com tal aproximação dele, tanto que se manteve naquela mesma posição com ele até o meu retorno. Só quando eu me aproximei dela é que ela me olhou nos olhos, mandando um beijo e fazendo um biquinho para justificar:
- É só um carinho, amor, nada demais. O coitadinho me disse que estava se sentindo tão carente e com inveja de você. Vê se pode?
- E que cafunezinho gostoso! Tá booooom… pra caramba! - Ele continuou
- Tá, né, mané!? Mas já deu, né? Arruma uma mulher para você que essa aí já é minha! - Falei sem me dar conta do tom que soou certamente meio rude.
Só notei isso quando o semblante da Andressa mudou de alegre para encabulado, mas ela, sem se deixar abalar, emendou:
- É, acho que já deu mesmo, Vá. Eu preciso passar bronzeador no meu rei e me proteger um pouco também.
- Quer que eu passe? - Ele perguntou, abusando da sorte.
Ela me olhou nos olhos e sorriu da minha cara inconformada, mas o olhou e falou:
- Meu marido chegou, mocinho. Agora já estou bem servida de homem. Quem sabe outra hora, tá bom?
Notei que o Alvarenga cochichou algo no ouvido da Adriana que se virou e lhe falou algo também, bem ao pé do ouvido. Nesse meio tempo, o Valentim desgrudou da Andressa que se levantou e veio na minha direção, sorrindo. Passei a besuntar a minha esposa de óleo bronzeador até deixá-la brilhando e ela depois passou protetor solar em mim, porque eu, ao contrário, já não gostava de pegar muita cor.
O grau alcoólico de todos aumentava exponencialmente até que o Alvarenga atestou o óbvio: precisávamos comer. Tiramos no palitinho quem se incumbiria de ficar a cargo da churrasqueira, enquanto os outros seguiriam curtindo a piscina e conseguem imaginar quem perdeu? Erraram, foi o Celão. A Adriana, é claro, não perdeu a chance:
- Moçooooo! Quero a minha linguiça bem passada, por favor!
- Aqui o serviço é por metro, madame. Quanto devo reservar para vossa senhoria? - Disse batendo a jiboia na própria mão.
A gargalhada ecoou alta enquanto ele seguiu balançando sua jiboia até o rancho para cuidar dos afazeres. Após algum tempo, a Andressa começou a reclamar do calor e o Alvarenga perguntou porque ela não entrava na piscina, ganhando um olhar de reprovação dela e uma resposta:
- Eu, na água? Eu me afogo até com cuspe na calçada, meu amigo. Sozinha, eu… não… entro!
O Valentim que estava do outro lado da piscina, mas sempre atento a todas as chances que o destino lhe apresentava, nadou até onde estávamos como se fosse um Marlim-Azul. Assim que colocou a cabeça para fora, se ofereceu para acompanhá-la. Ela o encarou e quando imaginei que fosse aceitar:
- Nem pensar, Vá! Não quero mesmo!
- Mas… Mas por que não?
- Tenho medo, pavor de água! Sou a melhor mergulhadora que você irá conhecer na água: afundo igual um prego. O problema é depois, para sair…
- Mas a piscina é rasa, ó. - Disse mostrando que de pé a linha d’água se mantinha abaixo do seu peito: - Pode entrar. Você fica segurando na beirada e eu fico aqui do seu lado para garantir a sua segurança.
- Atrás seria melhor… - Adriana resmungou ali do lado, com um sorrisinho malicioso.
Aquele entra e não entra foi longe a ponto da Adriana estressar, entrar na piscina e jogar uma braçada de água no rosto da Andressa:
- Entra nessa merda, mulher! Tem uma penca de gente aqui. É impossível que ninguém consiga salvar a donzela.
- Meu ca-be-lo… ADRIANA! - Resmungou a Andressa antes de levar outra braçada: - Filha da puta!
- Não, querida, eu sou a própria puta, nem filha tenho… Agora, entra logo nessa merda, senão eu te puxo pela perna. Aí você vai ter motivo para afogar de verdade.
Resultado: a Andressa entrou, mas ficou grudada na minha perna como se a vida dela dependesse disso. O Valentim, nem se quisesse, conseguiria encoxá-la, porque a tensão no rosto da Andressa era gritante, e broxante também. Ficou alguns minutos grudada em mim até que, com muita insistência e conversa de todos, principalmente do Valentim, ela se aventurou em segurar com uma mão a beirada da piscina e a outra a minha perna. Após algum tempo, ela já mostrava mais confiança em si mesma, segurando apenas na beirada, quando eu anunciei que precisava usar o banheiro:
- Vou sair. - Já avisou.
- Se quiser ficar, fique. A turma está por perto.
- Tá louco!? Eu vou me afogar! Quer ficar viúvo?
- Calma, Dre, eu fico aqui com você, dou até a mãozinha se você preferir? - Disse o Valentim.
Ela acabou ficando e pude ir ao banheiro porque a natureza impunha uma necessária descarga de fluido. Após uma mijada das mais relaxantes e caprichadas, saí e, dessa vez, dei de cara com o Alvarenga, perguntando se eu não o acompanharia até uma adega na cidade para buscar mais bebidas. Achei estranho o pedido e fui direto:
- Você vai fazer um churrasco no seu aniversário, convida amigos e familiares, alguns até para pernoitar aqui, compra um caminhão de carne e não compra bebida, Alvarenga!?... Tá querendo me enrolar?
Ele vendo que não conseguiria me convencer do óbvio, foi sincero:
- Tá! Você está certo… Eu tenho bebida que dá e sobra. É que ouvindo vocês conversarem ali, tive um estalo e concluí que talvez a Andressa ainda não tenha se soltado porque você está sempre por perto. Comentei com a Adriana e ela é quem teve a ideia de eu te tirar daqui com a desculpa de precisarmos comprar algo. A Adriana acha que vocês estão assim, na beiradinha da ladeira, só precisando de um empurrãozinho para acontecer, entende?
- Alvarenga, é o seguinte, tá bom do jeito que a coisa está indo. Além do mais, quem verde ainda sou eu! Vamos com calma que as peças se encaixam no seu devido tempo, não concorda?
- Eu sei, não duvido disso, mas sem você aqui, poderia se encaixar um pouco mais rápido, né? Olha só, já saquei o perfil de vocês: ela está louquinha de vontade e só não faz porque sente a tua insegurança por perto. Só que ela é honesta e o que acontecer aqui, ela irá te contar depois e você, ao ver que ela voltou para você na primeira chance, irá entender compreender tudo o que a gente sempre falou e irá aceitá-la. Daí por diante, meu amigo… ah, meu amigo… será só felicidade!
Eu o encarava meio invocado e ele novamente foi mais que sincero, quase ofensivo:
- Sinceramente!? Ela quer, cara, está nos olhos dela. Olha lá!
Olhei na direção em que eu havia deixado a Andressa e a vi grudada no pescoço do Valentim enquanto ele se mantinha abraçado a ela, ambos de frente um para o outro, conversando ao pé do ouvido e ela sorrindo de alguma coisa. Quando voltei a olhar para o Alvarenga, ele foi quase paternal:
- Só sai e dá uma volta comigo. Vai ser jogo rápido, coisa de meia hora, uma no máximo. Deixo tudo avisado aqui com a Adriana quando a gente irá retornar. A gente vai, toma um chope, compra alguma coisa e volta. Dá esse tempo para ela, cara. É só você querer executar!
Eu não queria ser o “empata foda”, certamente não seria eu o homem a minar as chances da Andressa ser feliz, mesmo que isso me custasse um bom tanto da minha tranquilidade, mas também não queria ser desonesto com ela, jogando-a na boca do lobo. Concordei com ele e enquanto ele foi conversar a sós com a Adriana, voltei até ela que agora já estava sentada na beirada da piscina com o Valentim novamente entre as suas pernas. Assim que me sentei, o Valentim saiu para nadar e eu aproveitei para falar:
- O Alvarenga quer que eu saia com ele para te deixar sozinha aqui com a turma, mas ele quer simular, para você não desconfiar de nada. Você quer que eu te deixe um pouco sozinha?
Ela me olhou surpresa e fez uma carinha invocada, mas antes que pudesse dizer algo, o Alvarenga retornou, já falando que iríamos sair para comprar bebida. A Andressa me olhou novamente nos olhos e depois a ele, perguntando:
- Mas é muita bebida que você tem que comprar, Alvarenga?
- Não muito… Acho que uns dez ou doze fardos de latões devem ser suficientes. Ah, e mais algumas garrafas de cachaça e vodca, talvez vinho, para fazermos caipirinha e batidinhas.
Aí foi que ela surpreendeu a todos:
- Entendi. Então tá… - Então, ela me deu um beijo na boca como se se despedisse de mim.
O Alvarenga e a Adriana abriram um imenso sorriso de satisfação, certamente imaginando que tudo estaria indo conforme o planejado, mas durou muito pouco, porque a Andressa já foi emendando:
- Também vou!
- Oi!? - Perguntou um incrédulo, quase atônito Alvarenga: - Não é necessário, Dre. Fica aí e curte com a galera. Deixa os machos alfa de verdade aqui resolverem esse probleminha.
- Fica tranquilo, Alvarenga. Queria mesmo dar uma arejada.
O Alvarenga me olhou sem saber o que dizer, nem eu sabia o que ela queria naquele momento. O Alvarenga ainda tentou uma última cartada:
- Mas Andressa… Querida, nós vamos na minha Saveiro. Acho que não tem espaço…
- Espaço!? Se o problema é esse, vamos na nossa SUV. Tem espaço pra caramba na Durango, não tem, amor? Podemos ir nela? - Perguntou, olhando-me com um sorriso que eu conhecia bem.
Naturalmente eu não recusei. Encurralado, o Alvarenga se rendeu. Ela avisou que iria colocar uma roupa e voltava já. Ainda vi que a Adriana foi atrás dela lá dentro da casa. O Alvarenga me encarou e perguntou:
- Mas que porra foi essa!?
Eu nada respondi e sorri, dando de ombros. Logo as duas voltaram. A Andressa usava um vestidinho floral e uma rasteirinha. A Adriana seguia tentando convencê-la a ficar, mas a Andressa estava decidida a provar algo para alguém. Ainda consegui ouvir o final da conversa:
- É sua chance, caramba! Fica aqui.
- Vou… com o meu… marido. Daqui a pouco eu volto, amiga. Vai ser rapidinho…
Pela primeira vez, vi a Adriana ficar realmente emburrada, com cara de poucos amigos. Fomos até a cidade mais próxima, chegando em não mais do que quinze minutos. Para não dar na cara a sua armação, o Alvarenga foi realmente ver quanto ficaria toda a bebida que comentou com a Andressa para comprar e, ao ver o valor, ficou estampada na sua cara a chateação pelo que estava acontecendo. A Andressa disfarçava, mas acompanhava tudo atentamente, segurando a minha mão e às vezes fazendo algum comentário jocoso sobre o amigo. Quando ele estava prestes a consumar a compra, ela o impediu:
- Achou mesmo que eu iria cair nessa, Alvarenga?
[CONTINUA]
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NÃO SER MERA COINCIDÊNCIA.
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