Olá à todos, podem me chamar aqui por Fabrício, e vou relatar para vocês como um amor já proibido, conseguiu ficar ainda mais proibido, do que qualquer um aqui poderia imaginar. Para começar, posso dizer que tenho boa aparência. Cabelos negros longos, estilo metaleiro. Gosto de treinar e praticar esportes. Mas nunca consegui muito sucesso com as mulheres. O motivo? Eu era extremamente depressivo, quando vivia com os meus pais. Eles eram bastante abusivos, sempre me chamando de inútil, me colocando para baixo, que eu nunca seria ninguém na vida. Segundo eles, eu estava destinado a ser só um vagabundo fracassado. Essas palavras, para um rapaz ainda jovem, pesava na mente. Fora o fato de que vivia isolado em um sítio, onde meu pai e minha mãe criavam porcos e quando eu não estava na escola, passava o dia em meio a esses animais. Claro que, em uma cidade pequena, aquilo era motivo de chacota. Brincavam que eu fedia e que comia a mesma lavagem que os bichos.
Nem sempre havia sido daquele jeito. Me lembro que quando era bem novo, morava em outra cidade do interior, e lá convivia bastante com a família por parte da minha mãe. Minha tia, Inês, era como uma segunda mãe para mim, e minha prima, Liliam, como se fosse uma irmã. Liliam era uns anos mais velha e cuidava de mim, eu passava o dia todo com ela enquanto meus pais saiam para trabalhar. Apesar das memórias serem vagas, me lembro de uma briga muito feia entre minha mãe e minha tia, onde os vizinhos tiveram que chamar a polícia para intervir nas agressões. Liliam me afastou para que eu não presenciasse aquilo, mas um pouco eu vi e me marcou. Dias depois do ocorrido, nos mudamos de cidade, bem longe da minha tia, e meus pais ficaram amargurados e infelizes depois disso. As brigas eram diárias e constantes, e ali começou meu martírio. Viver naquele ambiente me fazia apenas ter o desejo de morrer logo, não tinha expectativas de vida.
As coisas melhoraram para mim quando no colegial, passei a ter aulas de informática. Eu tinha facilidade com os computadores e enquanto meus colegas estavam aprendendo o básico, eu já utilizava livros de programação e fazia meus primeiros programas de computadores. Meu professor na época, o Bira, percebeu meu potencial e também conhecia a minha situação, como toda a cidade. Ele me convidou para ser seu assistente e ser responsável pela manutenção e cuidados com o laboratório de informática. Não sei como, mas ele foi até meus pais e conseguiu convencer eles a me liberarem para ser seu auxiliar. Assim, eu estudava no período da manhã e passava à tarde toda, as vezes esticava até à noite, aprendendo programação e gerenciando o laboratório. Bira, que até hoje eu considero uma pai, ficava comigo no laboratório trabalhando em um negócio paralelo que ele tinha, e eu ajudava, e ninguém podia ficar sabendo. Nessa época, 1998 aproximadamente, a internet começou a se popularizar e a demanda por sites das empresas era grande. Passei a trabalhar junto com Bira para centenas e centenas de clientes. Bira praticamente me pagava a alimentação e uma ajuda de custo. Sabia que ele estava ganhando muito, mas muito dinheiro mesmo com aquilo. Sabia também que estava sendo explorado de certa forma, ao enriquece-lo fazendo toda a parte mais pesada. Mas só o fato de escapar da vida do sítio e da criação de porcos, me fazia aceitar e continuar ajudando com a empresa de sites dele.
Quando terminei o colegial e fui dispensado do serviço militar obrigatório, já não teria mais acesso ao laboratório da escola. Bira me chamou para uma conversa na casa dele após o meu último dia de colégio. Disse que estava largando o emprego de professor de informática, e que iria se mudar para o centro, na capital, com a esposa e os filhos. Estava abrindo uma empresa, de verdade, graças ao capital que tínhamos conseguido com a produção de sites. E me convidou para trabalhar com ele, não só como sócio minoritário, mas também como gerente e braço direito. Claro que queria aceitar, mas expliquei que não teria condições de bancar moradia, essas coisas. Bira riu, e disse que tinha uma surpresa. Ele nunca tinha pago diretamente para mim o valor real do meu trabalho, com receio dos meus pais escrotos tomarem meu dinheiro. Então ele dava o mínimo, mas o restante do dinheiro que era meu, ele aplicava e deixava rendendo. Ele então me revelou que eu tinha oitenta e cinco mil reais, e que após meu aniversário, ele já passaria todo o montante para mim, sem o risco dos meus pais tomarem. Eu quase caí da cadeira. Abracei ele, a esposa dele, e comemoramos essa nova fase.
Vocês não imaginam a felicidade que foi chegar em casa sabendo que iria me livrar dos meus pais. Agora que eu não tinha mais que ir para a escola e para o laboratório, eu teria que voltar a cuidar dos porcos segundo eles, que era meu lugar. Comecei uma discussão, e joguei na cara deles que eles eram péssimos pais. Eles simplesmente disseram que se eu não estava contente, poderia pegar minhas coisas e ir morar na rua. Comecei na hora a pegar minhas coisas. Nem mala eu tinha, joguei todos meus pertences em dois sacos vazios de ração, enquanto ouvi meus pais dizendo que eu voltaria implorando assim que sentisse fome, embaixo da ponte. Foi a última vez que vi meus pais, e também, a última vez que me senti deprimido.
Morei no escritório no começo e acabei optando por um apartamento bem pequeno, de um quarto, mas exatamente de frente ao escritório. Consegui pagar à vista, e ainda sobrou para fazer móveis planejados, mobiliar, e comprar um carro popular usado, mas em bom estado. Bira não achou uma boa ideia morar ali, pois se eu resolvesse montar família, meu "apertamento" só daria para um casal apenas, sem filhos. Acabei confessando para Bira que não tinha a mínima intenção de me casar ou ter filhos. Pelo exemplo que eu tinha dos meus pais, não acreditava no amor e no casamento. Ainda era virgem, e não sentia falta de sexo. Disse para ele que iria morrer solteirão e enquanto pudesse evitar, nem namorada teria. Bira tentou me convencer que meus pais era um caso isolado, que eu devia deixar para trás. Mas não me atraía em nada ter um relacionamento. Até mesmo Bira, que tinha uma esposa legal, reclamava da rotina, de como filhos davam trabalho e o quanto era difícil conseguir transar com a esposa. Portanto, tomei a decisão de morrer solteiro.
Meses depois que eu estava já morando no meu apartamento, eu estava feliz como nunca. A empresa estava se mantendo, não estava ficando rico já que as despesas eram altas, mas tinha uma boa estabilidade. Bastava atravessar a rua, e eu já estava no trabalho. Então tinha bastante tempo livre. Passei a frequentar a academia, onde consegui uma bela fama de viado, pois dispensava todas as mulheres que claramente tinham interesse em mim. Fazia amizades, mas a idéia de ter uma namorada controlando minha vida, não me agradava. Certa noite, caminhando pela cidade, vi o anúncio de uma faculdade próxima com cursos diversos e entre eles, Ciências da Computação. Acabei me matriculando e passei fácil no vestibular. Assim, iniciei meu curso no período noturno. Quase toda a turma da minha sala era composta por homens, e havia apenas três meninas frequentando o curso, o que me fez ter muitos amigos, mas ainda bem, poucas opções de relacionamento. As aulas em si não tinha muito o que aproveitar, pois conhecia mais do assunto que o professor. Então, frequentemente, faltava as aulas para ir ao bar beber cerveja com os amigos. E certa vez, devido à bebedeira, acabei em uma casa de massagem com a minha turma e perdi a virgindade com uma garota de programa. Foi um sexo mecânico, mas descobri que a coisa era boa. Passei a frequentar semanalmente este tipo de estabelecimento. Uma das garotas que eu mais acostumava sair, Suzy, uma vez até perguntou para mim porque um rapaz novo, bonito e com dinheiro não arrumava uma namorada, ao invés de pagar o programa. Era muito frequente essa pergunta, sempre que alguém me conhecia. Essa garota de programa, alias, ficamos muito amigos. Ela basicamente me deu um curso de sexo, me ensinando como tratar uma mulher, o que fazer, como provocar o orgasmo, as melhores preliminares. Uma excelente professora.
E realmente eu estava indo bem na arte de ficar solteiro, até que certa noite de quinta feira estava em um bar matando aula com mais três amigos, e na mesa ao lado tinha algumas mulheres lindas. Elas eram um pouco mais velhas e conversavam animadas. Um dos meus amigos disse baixinho "Ei, aquela de cabelo preto, com os peitões enormes. Parece o Fabrício, só que mulher". "Caramba, vocês dois se parecem muito mesmo", outro comentou. Demos risadas e fiquei observando a moça. Ela realmente se parecia comigo, e seu rosto não me era nada estranho. Fiquei vagando, tentado descobrir de onde eu a conhecia. As meninas perceberam que estávamos encarando e começaram a ficar sem graça, e nós também. Acabamos disfarçando e sabíamos que nós, calouros, não tínhamos chances com aquelas deusas. Voltei a conversar, mas um dos meus amigos me cutucou, e disse com cara de bobo. "Mano, que engraçado. Sua irmã lá da outra mesa, não para de olhar e apontar para você. Acho que as amigas dela também estão tirando sarro de como vocês são parecidos". Já meu outro amigo disse: "O Fabrício bem que podia ter peitões iguais daquela gostosa, já sabemos que iria ficar muito bem nele". Rimos bastante, até que a garota que se parecia comigo levantou-se, e com uma amiga mulata, daquelas que poderia ser rainha de bateria de tão bonita, caminhou até a nossa mesa. Fiquei verde, laranja, roxo, todas as cores da vergonha. Não estava acostumado a lidar com mulheres lindas, sem ter a segurança de que estava pagando por isso. Ela parou ao meu lado, e fiquei olhando tímido, a nossa mesa ficou em silêncio. Ela então disse: "Vem cá, desculpa perguntar, mas você se chama Fabrício?" Balancei a cabeça afirmativamente, e ela estendeu seus braços, dizendo "Não acredito, é você mesmo. Lembra de mim?" Fiquei pensando, olhando para ela. E então, veio como uma batida de caminhão: aquela era minha prima, Liliam. Me levantei e eu era bem mais alto que ela, e ficamos frente à frente. Ela me deu um abraço, e aqueles peitões enormes dela encostando em mim já ativou meu pau na hora. Olhei pra ela e disse "Impossível ser você, o que faz aqui? E você está magra, você era bem gordinha que eu lembre". As amigas dela riram, e ela então disse "Eu cresci, né? e você também, era um magrelo torto, e agora ta todo gostosão, malhado. Não acredito que nos encontramos aqui, depois de todo esse tempo".
Aquele dia, virei o herói dos meus amigos, pois graças a esse encontro com a minha prima, juntamos à mesa com as mulheres mais lindas da faculdade. Elas cursavam letras, e estavam no penúltimo semestre. Aproveitei para perguntar da minha tia Inês, e como elas estavam. Liliam me contou que após nossas mães se afastarem, minha tia passou a frequentar a igreja evangélica, e ela também. Apesar de não usarem saías, elas era bem religiosas. Também disse que lá a mãe conheceu seu Jorge, que acabou virando o padrasto dela e o pai que ela nunca teve. Agora ela tinha mais dois irmãos mais novos, e ainda morava com eles. Perguntei então como ela fazia para estudar, já que morava a quase quatro horas de carro de distância. Ela me disse que vinha de fretado, e era bem sacrificante mesmo. Praticamente passava mais tempo no ônibus do que em casa, ou na faculdade. A situação financeira da família não estava boa, mas ela pretendia se formar logo, e assim, começar a lecionar por lá para ajudar. Disse também que estava noiva de um rapaz da igreja, o que não sei por qual motivo, me deixou enciumado. O papo estava muito bacana, mas chegou a hora que ela precisava ir, senão perderia o fretado. Nos despedimos e voltei para meu apartamento, pensando na coincidência de encontrar minha prima por lá, e como ela estava simplesmente, linda.
As semanas se passaram, e eu sempre que podia encontrava Liliam na faculdade. Um dos meus amigos acabou conquistando a amiga dela mulata, e meu grupo de amigos e os dela acabaram se aproximando mais com isso. Um certo dia, minha prima perguntou o que eu iria fazer no final de semana próximo, e eu não tinha nada planejado. Ela então me convidou para o aniversário do padrasto dela. Eles iriam comemorar e minha tia queria muito me ver, e confesso, eu também. Tinha muita saudade da minha tia Inês. Então no sábado de manhã, peguei o carro e fiz a viagem até a cidade onde eu nasci. Eu não lembrava de nada por lá, mas rever minha tia foi muito emocionante. Lembro que éramos muito apegados, pois eu ficava na casa dela quando criança. Ela chorou muito com o reencontro, e foi bacana conhecer meus primos.
Começaram então a chegar os convidados, a maioria era da igreja. Também acabei conhecendo o noivo da minha prima, um cara bem chucro e grosso, e percebi que tratava minha prima muito mal, como escrava. Assim que teve uma oportunidade, minha prima me puxou de canto e pediu discretamente, que não comentasse para ninguém dali que havia me encontrado no bar, para não ficar difamada na igreja. Óbvio que consenti. Enquanto conversava com as pessoas e brincava com meus primos, ficava fervendo por dentro da maneira que minha prima era tratada pelo noivo. Sem carinho, apenas recebia ordens para pegar aquilo, limpar aquilo. Uma hora ele reclamou para todos ouvirem que o decote dela parecia de uma puta. Coitada da minha prima, a roupa dela era de vovó e ia até o pescoço. E ninguém parecia se importar com aquele comportamento tóxico, era normal naquele meio.
Acabei aceitando dormir por lá por insistência da minha tia. Depois que os convidados foram embora, e meus primos dormiram, contei para eles como foi a minha vida, o afastamento dos meus pais, e como que com a ajuda do Bira consegui finalmente ter minha independência financeira. Minha tia parecia bem abalada, sempre que mencionava meus pais. Depois também contaram que a situação financeira deles não estava boa. Que seu Jorge, marido da minha tia, estava com pouca demanda como pedreiro e ela acabava tendo que dobrar turnos na escola, onde trabalhava como merendeira. Ofereci ajuda financeira, mas se recusaram prontamente, e fomos dormir.
Acordei no meio da madrugada, tinha dormido em um colchão no quarto dos meus primos. A casa era simples, mas espaçosa. Fui para o quintal, no lado de fora, e encontrei Liliam acordada, sentada em um banco estilo de praça. Sentei ao seu lado, e percebi que ela estava chorando. Com um pouco de jeito, ela acabou me contando que não estava feliz. Não queria casar com seu noivo, mas a pressão para se casarem na igreja dela ela grande. A igreja pagava a faculdade dela com um fundo, que ela precisaria devolver no futuro. O fretado era muito caro, então não sobrava para nada. E que ela ficou comovida de como consegui me libertar de uma vida ruím, e que ela queria o mesmo para ela. Eu disse que não teria conseguido sem ajuda do Bira, e que se ela quisesse, eu poderia ser essa figura na vida dela. Também não me aguentei, e acabei confessando que havia odiado o noivo dela, e fiquei louco de vontade de dar umas boas porradas nele, sempre que ele a tratava mal. Ela sorriu, e deitou sua cabeça no meu ombro. Fiz carinho em seus cabelos até que ela adormeceu ali, encostada em mim. Eu estava em uma posição bem desconfortável, mas fiquei ao seu lado, sentindo seu corpo, sua respiração. Começaram a surgir sentimentos dentro de mim que eu nunca havia sentido antes, mas logo os afastei. Ela era minha prima, e aquilo não acabaria bem, ainda mais em meio a uma família evangélica. Passei o domingo com eles e voltei no final da tarde para casa, pensando em como eu poderia ajudar Liliam de alguma maneira.
Duas semanas depois, estávamos no intervalo entre aulas, em uma terça feira, e a minha turma se encontrou com a da minha prima. Ela estava feliz, mais que o normal. Me chamou de canto e me disse eufórica, que havia se inscrito para um concurso da prefeitura, e que a prova seria no domingo. Na sexta feira nem iria voltar para sua cidade, já iria ficar da faculdade direto para a casa de uma amiga. Dei um abraço nela, fazia isso sempre que podia. Alguns dos meus amigos já haviam percebido que eu tinha sentimentos por Liliam, o que eu negava.
Na sexta feira então, estava saindo da faculdade quando encontrei minha prima, sozinha. Ela parecia aflita, e me aproximei. Ela disse então que a amiga onde ela ia dormir não tinha aparecido, e não tinha avisado ninguém. Ela tentou contato com essa amiga, mas ninguém atendia na casa dela. Lembrando que nessa época nem todos tinham um celular, e quando tinha, era raro. Eu tinha um por causa do trabalho, e fiquei ao lado dela tentando contato com a amiga. Quando consegui, a amiga informou que o pai dela havia sofrido um infarto, estava um caos e todos estavam no hospital. Desejamos melhoras e minha prima estava desesperada. "Fabrício, o que eu faço. Conhece um hotel baratinho que eu consiga ficar? Nem vim preparada para isso". Eu respondi "Conheço sim, o mais barato da cidade. É de graça e tem alimentação inclusa. Meu apartamento". Liliam ficou pensativa, e disse que não queria incomodar. Falei que não seria incomodo, ela ainda assim ficou relutante. Perguntei o que era, e ela então disse que se alguém da família dela soubesse ou na igreja, seria o fim pra ela e para a faculdade. Inclusive, não só ela dependia do dinheiro da igreja para pagar a facul, como também o emprego da sua mãe dependia diretamente da igreja, já que ela havia arrumado através de contatos dos pastores. Eu disse então que ela não precisava se preocupar com isso. Assim como ninguém lá sabia que ela ia ao bar com as amigas, não teria porque saber que tinha dormido na minha casa. Bastava dizer que ficou na casa da amiga como planejado. Ela pensou um pouco, e acabou concordando.
Normalmente eu ia a pé até minha casa, mas como ela estava com duas bolsas pesadas de viagem, pegamos um táxi. Eu tinha informado para ela que meu apartamento era pequeno, mas ela ficou encantada com ele. Sim, apesar de pequeno, eu tinha feito planejado e o mantinha sempre limpo e arrumado. Era um cozinha simples, pequena e que não tinha divisória com a sala, onde ficava a tv e o meu computador. Também tinha uma lavanderia ao lado uma varanda, e separado de tudo isso, o quarto com uma cama de casal. O banheiro, por mais estranho que pareça para um apartamento pequeno, era bem grande e ficava ao lado da lavanderia. Era tudo muito moderno para época, com ar condicionado e sistema de exaustão.
"Uau, espero ter um desses um dia", ela comentou. Eu disse "Ja é seu sempre que precisar". Pedi para ela ficar à vontade, e perguntei se ela estava com sono. Ela disse que não, então convidei ela para jantar, em um restaurante próximo. Ela então ligou para a mãe, dizendo que já estava na casa da "amiga", e saímos. Após levá-la em um restaurante bem famoso, que ficava no topo de um prédio onde podíamos observar a cidade toda, caminhamos pela principal avenida central da capital. Como era sexta, estava tudo bem movimentado e percebi a felicidade da minha prima, ao estar vivendo aqueles momentos. Comemos uma casquinha de sorvete de um fast food famoso, e voltamos para o apartamento. Falei para ela tomar um banho, enquanto eu iria trocar os lençóis para ela dormir na cama, e eu ficaria com o sofá. Ela não aceitou, disse que fazia questão de ficar no sofá. Tentei argumentar que ela precisava estar descansada para a prova, e que o sofá era desconfortável. Mas mesmo insistindo, ela acabou não arredando o pé e acabei cedendo.
Tomei banho primeiro, já que ela queria arrumar as coisas da bolsa. Estava calor, acabei colocando uma regata e um short simples. Quando saí ela ainda comentou "Nossa primo, você tá muito gostoso, tá em forma". Fiquei sem graça, e terminei de arrumar o sofá para ela, enquanto ela estava no banho. Quando o chuveiro desligou, após alguns minutos, ela me chamou pela porta. Fui até ela e ela me avisou que tinha se preparado para dormir na casa da amiga, e que tinha trazido uma camisola que não era muito comportada, e que estava com vergonha. Eu disse que não ligava, mas se ela quisesse, eu poderia emprestar uma camiseta. Ela recusou, e abriu a porta. Estava com uma camisola simples, mas bem curta, e colada no corpo. Assim como ela comentou comigo, eu acabei falando "Nossa prima, você é perfeita. Vai sem bonita assim na minha casa.. péra..." disse brincando. Ela me deu um tapinha de leve, e mostrou um belo sorriso. Conversamos mais um pouco, e fui para o quarto. Mas não conseguia tirar ela da cabeça. Fiquei meia hora rolando na cama, e então desisti. Decidi que ia ver um filme, já que tinha uma TV mais moderna no meu quarto do que na sala. O filme estava gravado em DVD na sala, e fui lá buscar em silêncio, para não acordar a Liliam. Mas assim que eu entrei, ela se virou ainda acordada. "Não consegue dormir?" ela perguntou. Expliquei que estava sem sono e tinha apenas ido pegar um filme para assistir. Ela perguntou o filme e quando falei, ela ficou surpresa "Uau, esse filme nem estreou no cinema, estava doida para ver". Expliquei para ela como eu conseguia ter acesso aos filmes pela internet, ela ficou encantada. E disse que queria ver também. Com muita vergonha, disse que só tinha como reproduzir o dvd pelo videogame, que ficava no quarto. Mas que se ela não se importasse, podia ir lá ver comigo. Ela relutou um pouco, mas aceitou.
Coloquei o filme e deitamos na cama, e confesso, estava morrendo de vergonha. Ela então comentou "Fala à verdade, toda semana você deve ter uma moça diferente aqui". Eu respondi que nunca, aquela cama nunca tinha recebido ninguém além de mim. E ela era a primeira a se deitar ali. Ela brincou que estava lisonjeada, e então comentou que mesmo sabendo que eu era o primo dela, nunca tinha deitado assim, com outro homem.. "Mas e o babaca do seu noivo?", perguntei. Ela respondeu "Ele acha que sou virgem, e por causa da igreja, só podemos ter relação depois do casamento. Você é a primeira pessoa que conto que não sou virgem, ninguém sabe. Perdi bem antes de conhecer ele, e foi horrível". Com o filme rolando, ficamos conversando e ela não acreditava muito que eu era solteirão. Acabei confessando que tinha trauma de relacionamento, e dificuldades de acreditar no amor. Ela ainda brincou "Seria um desperdício um cara bonito igual você, solteirão". Eu comentei "Desperdício é uma mulher perfeita igual você nas mãos daquele ogro, te tratando que nem lixo. Você merece melhor, ser tratada e mimada como uma princesa."
Ficamos em silêncio depois disso, e tentamos ver o filme. Não estava prestando atenção em nada, só naquela mulher do meu lado. E o pior é que quando desviava o olhar do filme para ela, ela acaba fazendo o mesmo e ficávamos tímidos quando nossos olhos se encontravam. Um certo momento ela reclamou do frio, e sem pensar, a abracei e trouxe ela pra perto de mim. Ela não recusou, e ficamos abraçados, enquanto eu fazia carinho na cabeça, e depois nas costas e ombro dela. A pele dele era macia, ela era tão cheirosa. Meu pau latejava já por baixo da coberta. Quando o filme acabou, achei que ela estava dormindo, mas ela me olhou e disse que estava adorando ficar ali comigo. Eu sorri de volta, e a beijei carinhosamente na testa. Ela veio então e me beijou da mesma maneira, na bochecha. Retribui o beijo com outro beijo, e começamos a trocar beijos no rosto... que cada vez se aproximava mais da boca. Dei então um beijo mais demorado bem no cantinho da boca dela, sentindo seu hálito perfeito e um de seus seios enormes ficando rígido. Ela então passou a me encarar, e me deu um selinho. Um beijo quente, leve, devagar. Uma explosão de sentimentos passou por mim. Nos agarramos e o beijo passou a ser mais forte e selvagem, até que ela subiu em cima de mim. Meu pau já estava uma rocha, e pressionava a barriga dela. A medida que eu a beijava, minhas mãos ia para baixo da camisola, para a bunda dela. Umas duas vezes ela tentou tirar minhas mãos, mas na terceira acabei subindo o vestido dela. Ela rasgou a minha regata em meio a pegação, e depois baixou meu shorts, sem deixar de me beijar. Já estávamos nús, só lembrava da sensação dos seios dela encostando no meu peito. Beijava o seu pescoço e ela tremia. Depois passei a beijar seus seios firmes. As mãos delas foram descendo, procurando algo. Achou meu pau ereto, duro como uma rocha. Ela soltou um "Minha nossa, que rola é essa". Meu pau nem é grande como se vê em filmes pornôs, mas é reto, cabeçudo e longe de ser pequeno. Ela perguntou então se eu tinha camisinha, e não tinha. Afinal, não era preparado para fazer isso na minha casa. Ela deu de ombros, e voltamos a nos beijar. Eu então a virei, deixando ela deitada de frente para mim, e desci a língua até a bucetinha dela, que tinha um cheiro doce. Eu a chupava conforme Suzy havia me ensinado. Liliam estremecia e me arranhava as costas, de tanto tesão. Depois invertemos, e ela estava por cima e foi subindo, até encaixar a bucetinha na cabeça do meu pau. A buceta dela estava enxarcada, e mesmo sentindo que ela era bem apertadinha, meu pau deslizou pra dentro feito quiabo. Nos queríamos muito. Ela começou a rebolar gostoso, e cavalgava cada vez mais forte. Eu segurava seus peitos, e mordia com carinho sua boca, seu queixo, seu pescoço. Estávamos nesse vai e vem, e ela então falou para eu avisar quando fosse gozar, que ela sairia pois não tomava pílula. Continuei bombando ela, e mudamos de posição. Ela não parava de pedir para gozar fora. Coloquei ela de quatro e ela gemia muito. Depois peguei ela no papai mamãe, mas acabamos voltando para a posição original, ela cavalgando por cima, pois eu sabia que não conseguiria sair e gozaria dentro dela se dependesse de mim. Naquela posição, ficaria por conta dela.
Os movimento foram ficando cada vez mais rápidos, e eu já tinha que segurar para não gozar. Ela continuou, cada vez mais forte, e passou a gemer alto. Eu disse que iria gozar, e ela respondeu "Segura por favor". Ela, em meio à gemidos, gozou gostoso no meu pau. Depois saiu rapidamente de cima de mim, e em menos um segundo, comecei a gozar para o alto, melando toda a minha barriga.
Ela deitou do meu lado, e ficou mexendo a porra que estava em mim com os dedos, curiosa. Depois ela começou a rir, e a falar "Meu Deus, não acredito que dei pro meu primo. Devo estar louca". Eu apenas sorri, e o cheiro do meu pau, uma mistura de porra com o cheiro da bucetinha dela, me fazia ter certeza que queria ter ela comigo para o resto dos meus dias.
Na manhã seguinte, deixei ela dormindo e escrevi um bilhete, dizendo que tinha ido buscar o café da manhã. Quando voltei, consegui à tempo fazer pães na chapa, suco de laranja e café coado. Coisa simples, mas ela gostou e elogiou. Ela então me disse que precisava estudar para a prova de domingo, e se eu me importava se ela ficasse em um canto estudando, sem incomodar. Disse para ela que melhor que isso, eu iria deixar ela sozinha pois tinha aulas de violão ali perto.
Fui me despedir com um beijo na boca, ela virou o rosto, sem graça. Deixei ela sozinha já imaginando que isso poderia acontecer. Ela tinha se arrependido, pensei. Fui para a aula pensativo. Quando voltei, Liliam estava bem, mas disse que precisávamos conversar. Sentei com ela no sofá e ela começou a dizer que aquilo era muito errado, o que tínhamos feito. Éramos primos, ela era mais velha, estava noiva. Eu apenas escutava, e no final, perguntei: "Foi tão ruím assim?" Ela sorriu, e acabou soltando "Esse é o problema, foi bom até demais. Fiquei o dia todo pensando em você, e não quero ter esse tipo de sentimento pelo meu primo. Também não posso ficar arriscando perder o pouco que eu tenho com a igreja. Mas te falo que este final de semana está sendo um dos melhores da minha vida". "Para mim também", eu respondi. "Vamos ao menos aproveitar e não pensar nisso agora. Vamos lá, vou te ajudar com seus estudos"
Passei o resto da tarde ajudando ela a estudar para o concurso, e à noite saímos para jantar. Voltamos para o apartamento, e iríamos acordar bem cedo para que eu a levasse de carro até à prova. Ela estava nervosa e sem sono. claro que eu queria fazer amor com ela denovo, mas sabia que aquele não era o momento. Fiz com que ela deitasse na minha cama, e caprichei em uma massagem bem relaxante, com cremes, principalmente nos pés dela. Ela relaxou e sem demora, já tinha caído no sono. Fiquei observando ela dormir, e finalmente entendi que estava completamente apaixonado. Com medo de acordá-la, fui para o sofá.
Na manhã seguinte, foi aquela correria. Café da manhã correndo, esquece caneta, não acha roupa. Saímos correndo e dirigi o mais rápido que pude. O local da prova era longe, mas ao menos, não tinha trânsito. Quando parei no carro para ela desembarcar, ela estava atrasada e nervosa. Sem pensar, ela me tacou um beijo na boca, e eu pensando menos que ela disse, gritei "Boa sorte, meu amor". Fiquei enrolando em um bar, esperando ela sair da prova. Quando acabou, ela veio correndo e se atirou nos meus braços. "Eu acho que passei, acho que fui bem". Nos olhamos nos olhos e demos um beijo bem apaixonados. Levei ela para almoçar em um restaurante japonês, e depois fomos passear em um parque da cidade antes de pegar as coisas dela em casa e leva-la na rodoviária para que ela voltasse para casa. Voltei para o apartamento já sentindo uma saudade enorme, e meu apartamento de repente pareceu tão vazio.
Na semana seguinte, foi difícil disfarçar a atração que sentíamos no intervalo da faculdade. As vezes, eu e a Liliam fugíamos para as escadas e nos amassávamos por lá, trocando beijos apaixonados. Uma vez quase comi ela ali mesmo, mas ela tinha muito medo de engravidar, mesmo eu f agora carregando camisinha comigo. Nossos amigos em comum ficavam de sorrisinhos bobos, nos tratando como casal. Ela negava veemente, e eu ficava na minha. Não confirmava e nem negava. O mais engraçado foi quando uma de suas amigas comentou "Quem era aquela loira bonita que você estava beijando na entrada da facul, Fabrício?" Liliam imediatamente ficou furiosa, e perguntou com um tom que não disfarçava o ciúmes: "Que loira, quem é essa vagabunda?" Todos riram, e a amiga explicou que era apenas uma pegadinha, mas que estava bem estranho esse ciúmes dela com o primo.
Passamos algumas semanas assim, até que eu falei para ela que queria um relacionamento mais sério. Ela me confessou então que não tinha mais conseguido tocar ou ser tocada pelo noivo, e que o relacionamento deles estava péssimo. Mas ainda assim ela relutava muito em ter um relacionamento comigo, porque o grande sonho dela é ser mãe, e ter um filho com o primo direto envolve muitos riscos. Eu não tinha vontade de ter filhos, confessei para ela, mas que poderíamos consultar um médico caso a gente no futuro decidisse ter. Ela ficou pensativa, e disse que marcaria consulta com seu médico para avaliar essa possibilidade, e me convidou para ir até sua casa. Iríamos sondar a tia Inês sobre a possibilidade dela aprovar nossa relação.
Duas semanas depois, em um domingo, viajei para o interior até a casa da minha tia Inês, cheio de expectativas. Esperava sair de lá namorando oficialmente com Liliam, e poder chegar de mãos dadas com ela na faculdade, sem precisar nos esconder. Mas aquele domingo foi algo que nunca mais vou esquecer. Assim que cheguei na casa da minha tia, o clima estava péssimo. Todos cabisbaixos, e perguntei por Liliam. Minha tia me chamou de canto, e contou que Liliam estava trancada no quarto, fazia horas, chorando. Tinha ido ao médico e recebeu a notícia de que as chances dela poder ter filhos, eram quase nulas. Apenas um tratamento muito caro, que nem tinha no Brasil, poderia fazer com que ela pudesse engravidar. E sabendo da notícia, o noivo dela a abandonou. "O que é compreensível, o rapaz é filho do Pastor e esperavam ter filhos", minha tia Inês disse.
"Compreensível o caralho, pensei". Sabia que Liliam estava sofrendo por não poder engravidar quando quisesse, era o sonho dela ser mãe. Deixei minha tia e saí correndo, indo direto ao quarto da minha prima. Bati na porta e me identifiquei, ela não quis abrir. Insisti e após algum tempo, ela permitiu que eu entrasse. Ela estava arrasada. Eu apenas a abracei e disse que estava ali, por ela, e que tudo terminaria bem. Ela começou a desabafar, que nenhum homem sério iria querer uma mulher infértil. Era o sonho dela casar de noiva e ter filhos, que a vida dela tinha perdido o sentido. Eu a consolava, e disse que talvez ainda tivesse esperança, com o tratamento. E disse que a amava, e que faria o que pudesse para ver ela feliz, ou amenizar esse sofrimento. Ela me beijou, leve, e começou a se acalmar. Ainda sorriu, dizendo que pelo menos tinha sido abandonada pelo noivo, pelo menos isso tinha de positivo.
Mais tarde, estávamos jantando, e Liliam parecia um pouco melhor. Os irmão dela brincavam, corriam, se empurravam, não paravam quieto. Até que um deles perguntou porque Liliam estava triste. Tia Inês apenas respondeu que ela estava triste, porque não iria mais se casar. O mais novo disse sem pensar "Ué, é só ela se casar com o primo". Seu Jorge, marido da minha tia, soltou uma risada, mas minha tia ficou muito brava. "Para de falar besteira, moleque idiota. Eles são primos, não tem essa de namorar". Olhei para Liliam, que me olhava envergonhada, mas então resolvi falar: "Na verdade, tia, acontece muito de primos namorarem. Tenho conhecidos que se casaram com seu primo ou prima. Não é algo incomum". Tia Inês então bateu o garfo na mesa, e gritou "Não fale um absurdo desses, você e Liliam não podem nem sonhar com algo assim. Me entendeu?" Fiquei um pouco em choque, não esperava um comportamento daqueles. Mas queria muito ficar com Liliam e insisti: "Mas tia, seria tão ruím assim dois primos namorarem? Apenas imaginando, claro". Minha tia então berrou com todas as suas forças: "Nem pensa, imagine ou sonhe com isso". Todos ficaram em silêncio, até meus primos pararam como se fossem estátuas. Seu Jorge acabou quebrando o silêncio: "Mulher, acho que chegou a hora de você contar a verdade para eles. Eles precisam saber". Tia Inês mudou seu semblante imediatamente, de raiva para surpresa e depois para choro. Seu Jorge pegou os dois filhos, entraram no carro e saíram, deixando eu, tia Inês e Liliam. Minha prima imediatamente perguntou do que se tratava. Após enrolar um pouco, minha tia começou a contar em meio as lágrimas que, naquela cidade, havia conhecido um rapaz bem sedutor. Era o pai de Liliam. Esse rapaz a seduziu, mas quando ela engravidou, ele simplesmente desapareceu e assim ela teve que criar Liliam sozinha. Mas alguns anos depois, sua irmã, no caso minha mãe, apareceu na cidade dizendo que tinha casado, muito apaixonada. E já estava grávida. Quando foi conhecer o marido da irmã, não acreditou no que via. O marido da irmã era o pai de Liliam que havia sumido. E quando minha mãe descobriu isso anos mais tarde, aconteceu a briga que fez todos se afastarem.
Eu ouvia aquilo em choque, sem conseguir segurar as lágrimas. Sabia a resposta, mas tive que perguntar: "Você está dizendo que eu e a Liliam somos irmãos?" Minha tia apenas assentiu com a cabeça, afirmando que simNem preciso dizer que o baque foi terrível. Voltei para casa dirigindo, triste pra caralho. E na semana seguinte, que era a última antes das férias de meio de ano, Liliam nem apareceu na faculdade. Passei o mês e férias todo focado no trabalho, e sentindo uma saudade imensa. Falava com ela muito pouco por telefone e ela sempre me pedia um tempo. Eu sabia que não teria mais como ficar com a Liliam como namorada, mas queria ao menos conviver com ela. E foi assim que, um final de semana antes de voltar as aulas, não aguentei e dirigi até lá para nos reencontramos. Confessamos que tínhamos sentimentos um pelo outro ainda, mas que iríamos trabalhar juntos para transformar aquilo em um amor fraternal. Assim tentaríamos nos tratar como irmãos, sem a pressão de outra coisa.
Sentia ainda muita atração por ela, e percebia que ela por mim, mas nos controlávamos e tentamos levar esse relacionamento como irmãos. Ela também tinha mudado bastante sua personalidade. Depois que havia terminado o noivado, estava mais livre. Menos recatada, falava palavrão, o que desse na telha. Tinha perdido um pouco o filtro e estava bem direta. Algumas pessoas até mesmo falavam que ela era grossa, o que eu não concordava. Certo momento as coisas normalizaram, apenas nos afastamos um pouco. Ela na maior correria do TCC, eu com o volume de trabalho na empresa aumentando muito.
Mas então em uma quinta feira, faltando quatro meses para Liliam se formar, ela chegou na faculdade muito abalada. Demorou para que eu e nossos amigos em comum arrancasse algo dela, e saber o que tinha acontecido. Ela então acabou contando que a mãe tinha sido mandada embora do trabalho, e que ela tinha perdido o fundo da igreja para a faculdade. Não só estavam sem dinheiro para o fretado, como também o da mensalidade. Ela teria que trancar o curso, faltando tão pouco para acabar. No dia seguinte, no trabalho, eu estava mergulhado na tristeza, e não parava de pensar nela. Bira, percebendo minha situação, perguntou o que estava acontecendo. Contei tudo para ele, a situação da minha prima-irmã. Ele ficou pensativo, e então disse: "Vem cá você viu que eu abri uma vaga de secretária? Não estou dando conta de gerenciar tudo, e abri ela na semana passada. Inclusive já fiz algumas entrevistas. Não ficou sabendo?" Eu pedi desculpas, dizendo que não sabia pois estava muito atarefado com um projeto para um cliente importante. Ele então disse "Poxa, preciso de alguém de confiança. Chama ela para trabalhar aqui conosco. Salário não é lá essas coisas mas dá pra ela pagar um aluguel barato e faculdade. Ah, nem precisa pagar aluguel, divide com ela seu apê e assim ela pode ajudar os pais também"
Na hora fiquei olhando para Bira. Esse cara era um anjo da guarda. Ele sorriu, parecendo adivinhar meus pensamentos, e disse: "Vai já pro interior atrás da sua irmã, deixa seu trabalho comigo que eu termino. Diga que ela pode começar já na segunda".
Peguei o carro de imediato, e dirigi para a casa da minha tia Inês. Na minha cabeça, eu achava que seria muito difícil convencer elas a aceitarem a minha proposta. Quando cheguei lá, de surpresa sem avisar em plena sexta, elas ficaram espantadas. O clima estava péssimo. Tia Inês em depressão e Jorge nem estava em casa, havia saído atrás de trabalho igual um doido. A igreja estava cobrando reembolso do que haviam pagado na faculdade de Liliam, aumentando ainda mais as dívidas. Ela já nem ia para a faculdade naquele dia, pretendia ir somente na segunda feira para trancar a matrícula. Quando Jorge chegou e todos nos reunimos, contei que tinha uma saída para aquela situação em que estavam passando. Falei da vaga de secretária para Liliam, e que ela teria tempo lá dentro para estudar para o TCC. Falei o salário, que era duas vezes maior que a renda que eles viviam. Ou seja, sem a despesa do fretado e da moradia, sobraria dinheiro para ela pagar a faculdade e ajudar em casa. Todas as despesas dela de moradia e alimentação seria por minha conta. Para minha surpresa, Liliam aceitou de imediato, e minha tia após relutar um pouco, aceitou. E quando entendeu que haviam saído da situação em que estavam, passou a comemorar. Correu e me abraçou, enchendo minha bochecha de beijos. Perguntei para Liliam se ela queria que eu voltasse no domingo para pegar as coisas, mas minha prima disse que não. Já arrumaria a mudança e iria comigo naquele dia mesmo, pois queria sair daquela cidade o mais rapido possível. Enquanto ela separava a mudança, pedi licença e disse que precisava resolver algumas coisas. Estranharam, mas não falaram nada. Quando voltei, estava feliz da vida, nem conseguia disfarçar. Liliam estava com um vestido simples, mas estava tão linda. Como o tecido corria pelo seu corpo, se desenhava nos seios. Ela parecia feliz também. Deu trabalho, mas consegui encher o carro com as coisas dela. Me despedi dos meus primos, que me adoravam, pois sempre levava presentes para eles. E assim, pegamos a estrada. Eu não conseguia parar de sorrir, e Liliam perguntou "Está feliz assim porque vamos morar juntos, ou porque aprontou alguma na cidade enquanto eu arrumava minhas coisas?... maninho". Eu disse "Pelos dois motivos. Nosso apartamento sente muito sua falta, sabia? Ele não parava de pedir você de volta... maninha?" Ela riu, mas ficou intrigada e perguntou: "Afinal, o que você foi fazer na cidade?". Eu fiquei rindo, olhando para ela, e então disse para ela abrir o porta luvas. Ela abriu, curiosa, e tinha algumas tralhas. Mas havia um papel, que se destacava. Era um recibo. Ela começou a ler, e depois de um tempo, entendeu: "Pera... você pagou a minha dívida da faculdade com a igreja?" Eu apenas balancei a cabeça positivamente, e ela arregalou os olhos "Você é louco? Isso é muita grana". Eu respondi "Pois é, foi caro mesmo. Estava cheio de juros e adendos, mas como paguei à vista, ficou mais em conta. Ela me olhou com os olhos marejados, e então perguntou: "Mas porque você fez isso?" Eu olhei para ela. Era para sair diferente, mais engraçado, mas acabou saindo um pouco sério e triste demais. Eu disse "É porque eu te amo muito". Ela ficou me encarando, e aí tentei disfarçar "Você é minha única irmã né? Claro que eu ia ajudar, somos família". Ela então começou a dizer que assim que ela começasse a trabalhar, iria me devolver aos poucos e eu disse que não precisava, era um presente meu, para ela se formar e ter muito sucesso. Ela sorriu aquele sorriso perfeito dela, e seguimos viagem conversando bem animados.
Quando chegamos, já estava anoitecendo, mas não tínhamos pressa, já que era final de semana. Por insistência dela, tomei banho primeiro e como estava calor, vesti uma regata e um shorts. Ela me reprendeu "Ei, fica aí esfregando na minha cara que é todo gostosão, né?" Eu respondi que era assim que dormia sempre, e que não gostava de dormir com muita roupa. Ela ficou me medindo, e disse do nada "Eu vou dar uma volta. Quer alguma coisa da rua?". Me ofereci para ir com ela, mas ela disse que queria caminhar sozinha. Eu aceitei, só pedi para ela tomar cuidado, pois poderia ser perigoso. Dei uma cópia das chaves para ela, e a vi pela varanda caminhando na rua, indo em direção à área mais movimentada. Onde ela passava, os caras que já estavam começando a sair para as baladas a encaravam e olhavam para o rabão dela. Aquilo me deixou louco de ciúmes. Não ia ser fácil viver com ela ali, mas ia tentar.
Eu já estava ficando preocupado, quando ela voltou quase uma hora depois. Ela estava com um sorrisão, e eu perguntei sem tentar ser possessivo, onde ela tinha ido. Ela sorriu, e disse que tinha saído para fazer umas comprinhas. E que agora iria tomar banho.
Fiquei na sala fingindo que estava vendo televisão, mas ainda estava com ciúmes dela. Ouvi a porta do banheiro abrindo, e ouvi os passos dela se aproximando. Ela então perguntou se ela podia sentar comigo, e olhei para ela. Perdi o ar quando eu a vi. Ela estava vestindo uma camisola super sexy. toda preta, coladinha, que deixava um decote nos peitões que me fizeram até engasgar com a agua que eu estava bebendo e comecei a tossir. As coxas dela estavam mais grossas e valorizadas. Ela riu com a minha reação. Eu disse "Por favor, não faz isso comigo né...". Ela toda maliciosa, respondeu "Ué, o que foi que eu fiz?". eu sorri, e disse "Como que você se veste assim perto de mim?". Ela estava adorando aquilo. Olhou para mim e disse de um jeito bem safada "Gostou é? E esse shortinho seu? Está mais revelador que a minha roupa. Que volume é esse, por falar nisso?"
Olhei para baixo e notei que meu pau estava duro como pedra, quase saltando para fora do shorts. Peguei uma almofada do sofá e coloquei no colo. Ela ria, e mordia os lábios de satisfação. Ela então se abaixou, ficando com os seios na altura dos meus olhos. Eu podia ver quase todo aqueles peitos gigantes e maravilhosos. Ela disse então para mim "Bom, você que começou, não é mesmo? Você pode ficar desfilando de regatinha, de shortinho marcando o pau... esfregando seu físico gostoso na minha cara. E eu tenho que ficar boazinha, comportadinha? Não senhor. E já te aviso que essa é a menos ousada que eu comprei, e vou ficar andando assim pela casa todas as noites se você também ficar me provocando".
Eu respirava fundo, lutando com todas as minhas forças para não pular nela como um animal selvagem e beija la. Ela então me deu um beijo no rosto e sussurrou "boa noite", me arrepiando inteiro, e foi dormir no quarto. Fiquei até bravo dela me deixar daquele jeito, mas planejei minha vingança. Se ela queria jogar esse jogo de provocações, eu saberia jogar também.
A partir daquele momento começamos um jogo de sedução, sem combinar regras. Parecia que o objetivo era um provocar o outro, para ver quem cederia primeiro. Aquilo era bem infantil, de certa maneira, mas confesso que gostava dessa "competição". No começo, esse jogo de sedução ficava somente à noite, quando chegávamos da faculdade. Mas depois, se estendeu pela academia, que ela passou a frequentar comigo, pelo trabalho, e pelos intervalos da faculdade. As vezes eu ia até a mesa do Bira para falar com ele, e quando ninguém estava olhando, ela mandava uma piscadinha, ou passava a língua nos lábios para que só eu conseguisse ver, me provocando. Confesso que no começo eu estava perdendo a batalha, mulher é muito mais sensual e sexy por natureza. Então comecei a mudar o jogo. Ao invés de provocar ela sexualmente,, eu a provocava de uma maneira mais romantica.. Deixava bilhetinhos na mesa dela, falando que ela era linda. Deixava chocolates delicados para ela, junto com poesias enaltecendo a beleza dela. Uma vez entreguei de forma anônima no trabalho um buquê de flores, como se fosse um admirador secreto. Mas ela sabia que era eu. Nesse dia, ela passou por mim e disfarçadamente, entregou algo amassado na minha mão. Era a calcinha dela, e eu nem conseguia me livrar daquilo, pois havia outras pessoas na sala. Ela ria muito com o meu desespero da mesa dela, tentando esconder aquilo. Mas uma vez eu quase a venci nessa "competição". Foi uma noite que eu estava ensaiando uma musica mais agitada no violão, e ela passou por mim. Apesar de gostar de rock e heavy metal, tinha estudado bastante no curso vários tipos de música. E comecei a tocar "Você é linda", do Caetano Veloso. Eu iria só tocar normalmente, mas olhando para ela enquanto tocava, coloquei tanta emoção naquilo, que começou a cair lágrimas dos meus olhos. Ela mudou seu semblante sensual, que estava sempre tentando me provocar, por fragilidade. Ficou chorosa e até tremia. Depois disso, ela ficou alguns dias sem me provocar ou tentar me seduzir, e eu também parei.
A tensão sexual entre a gente estava no limite, até que em um sábado, recebo uma ligação de um dos meus amigos da faculdade, me chamando para ir em uma balada. Falei com a Liliam e ela topou de imediato. Emprestei o celular, e ela convidou as amigas dela também, e marcamos de nos encontrar por lá. Quando chegamos, começamos bebendo e rindo, e depois resolvemos dançar. O clima estava descontraído, e quando menos percebemos, meus três amigos já estavam de casal com as três amigas da Liliam. Dançavam juntos, se beijavam, deixando apenas eu e ela sozinhos. Me aproximei de Liliam, que me olhou com repreensão, e começou a dançar com um grupo de moças que estavam próximas dela. Depois, chegou um rapaz de roupa florida e a tirou para dançar. Quando ela estava distraída, me afastei e uma lembrança da depressão que eu sentia quando era mais novo, caiu nos meus ombros. Me encostei em um canto, perto do bar, e podia notar todos meus amigos trocando carinhos e beijos com suas ficantes, enquanto Liliam, a única que eu realmente queria, eu não podia ter. O garoto que dançava com ela tentava ser mais saidinho. Uma hora até tentou roubar um beijo dela, mas ela o afastava. Eu não aguentava ver aquilo, estava possesso de raiva na verdade. Achava injusto a vida ter feito eu me apaixonar por um amor impossível, que eu não poderia viver. Fiquei lá, emburrado, pensando que queria simplesmente pegar meu carro e fugir para outro estado. Foi quando ouvi um "Ei, você por aqui?".
Era a Suzy, a garota de programa que havia me ensinado tudo sobre sexo. A cumprimentei, e ela disse "Bem que te reconheci de longe. Minhas amigas tudo babando em você e você aqui com cara de emburrado. O que aconteceu?". Respondi para ela "Uma longa história. Mas resumindo, me apaixonei pela mulher errada, não posso ficar com ela". Suzy sorriu, e então disse: "ah sim, deve ser aquela moça de cabelo preto que esta dançando com o rapaz de camisa florida." Olhei surpreso para Suzy, e perguntei "Como você sabe?" e ela respondeu sorrindo "Só pode ser ela, porque senão é o pior caso de torcicolo que eu já vi. Ela não para de olhar para cá, para nós dois". Eu sorri agora, e então Suzy disse "Olha, está na cara que ela está incomodada de você estar falando comigo. Eu não deveria estar te ajudando com ela, porque queria te ver denovo, era meu melhor cliente. Mas não consigo ver uma história de amor mal resolvida. Vem comigo, vamos dar um chá de ciúmes nela."
Sem nem esperar minha resposta, Suzy segurou minha mão e me arrastou para a pista de dança. Lá, ela me levou para perto de mais sete garotas, algumas reconheci da casa de massagem que ela trabalhava. Suzy foi falando no ouvido de cada uma delas. Elas sorriam e se aproximavam de mim, todas elas dançando bem sensuais ao meu redor. Eu estava bem tímido, com um sorriso envergonhado e sem coragem de olhar para os meus amigos, pois sabia que deviam estar olhando para mim. Sete mulheres, dançando bem insinuantes ao meu redor. Estava até meio incomodado, porque estava chamando a atenção, mas então senti uma mão forte me pegando pelo braço. Era Liliam, parecendo furiosa, e me puxou com força para me tirar dali. Fui deixando ela me conduzir, mas uma das amigas de Suzy me segurou pelo outro braço. Ela disse alto para Liliam "Porque não deixa seu irmão se divertir com a gente um pouco? Vocês são irmãos, né?" Liliam gritou de volta, tão alto, que mesmo com a música alta deu para ouvir na balada toda: "Irmã é o caralho, larga a porra do meu homem". Liliam então me puxou decidida para uma área mais tranquila, onde as pessoas iam para fumar e escapar da música alta. Nosso grupo de amigos chegou logo atrás, preocupados, tentando entender o que tinha acontecido. Liliam parecia furiosa. Ela estava descontrolada. Eu me aproximei e tentei abraçar, mas ela me empurrou. A amiga dela, a mulata bonita, perguntou o que tinha acontecido. Liliam voltou a ficar furiosa, e começou a gritar "Aquelas piranhas, vagabundas. Ficam se insinuando pro Fabrício, se esfregando nele. Que ódio." ela então olhou para mim, e disse "E você estava gostando, não é mesmo, seu cretino?" Ela ficou me encarando nos olhos. Eu também ainda estava bravo, e disse na cara dela "Ah, você pode ficar de graça com o palhaço de camisa florida" Ela me encarava, mas depois voltou sua atenção para nossos amigos "Por que estão com essas caras de bobo, e essas risadinhas? O que tem de engraçado de eu estar puta da vida?". Uma das amigas dela respondeu "Nada demais, ué, você está certa, estava defendendo o que é seu". Liliam ficou desconsertada, e então disse "Não é isso, estou zelando e cuidando do meu irmão, não vou deixar nenhuma vagabunda qualquer se aproveitar dele".
Houve uma série de risadas, meu amigos e as amigas dela passaram a rir muito. Eu e Liliam ficamos olhando para eles, até que uma das amigas dela começou a falar: "Liliam, ninguém aqui é idiota. Você não acha que ninguém percebeu que você gosta do Fabrício? E não é gostar como primo ou irmão. Você não repara, mas só sabe falar dele o tempo todo". Um dos meus amigos então disse "E o Fabrício, que na faculdade se separa dela, parece que apaga uma luz nele. E quando ela aparece, ele fica com um sorriso bobo que não sai da cara. Se ele tivesse rabo, sairia abanando sempre que Liliam aparece". Dessa vez até eu e a Liliam rimos um pouco. Ela um pouco mais calma, comentou: "Não tem nada a ver, somos irmãos, nos gostamos e temos ciúmes com carinho apenas, né Fabrício?" Fiquei em silêncio, tentando parecer o mais neutro possível. Uma das amigas dela então, meio que para encerrar o assunto, acabou dizendo: "Olha, eu não sei se já rolou algo entre vocês dois, quase certeza que sim. Mas o que eu tenho certeza absoluta, e vocês não vão conseguir negar, é que são apaixonados um pelo outro".
Fiquei bastante envergonhado, e disse que era melhor voltarmos para a pista.. Dessa vez, dançamos juntos. Liliam não parecia mais querer disfarçar, e dançava bem próxima de mim. Estávamos bem, até que ela reconhecemos umas meninas da faculdade. Elas acenaram para Liliam, que conhecia a maioria delas. Ela me pediu licença e foi lá falar com as garotas. Fui até o bar, e de repente, escuto um barulho de confusão. Liliam estava puxando o cabelo de uma das garotas, enquanto as outras separavam. Os seguranças acabaram separando elas, e as colocaram em uma sala. Paguei as comandas e precisei de uma grande lábia para que liberassem elas, sem envolver a polícia.
Quando saímos da balada, eu estava com a Liliam, nossos amigos e mais a turma de garotas que ela arrumou briga, a que apanhou chorava muito. Fomos para o estacionamento e perguntaram então para a moça o que tinha acontecido, e ela respondeu em meio ao choro "Eu só disse que estava afim de ficar com Fabrício, e que ela como irmã, poderia me ajudar, falar com ele. Foi só isso, juro. E ela me atacou. Nunca vi uma irmã tão ciumenta"
Olhamos para Liliam, que estava furiosa. Ela então deu um grito em meio à noite silenciosa "CHEEEEEEEGAAAA. Não aguento mais". Ficamos observando ela, e ela então se virou diretamente para mim, e disse "Para mim, acabou. chega". Na hora gelei. Pensei "Ela vai embora, vai sair de casa. Vai ficar longe de mim". Sem nem pensar, disse para ela "Por favor, não me deixa. Não saia da minha vida assim, eu imploro se precisar". Ela sorriu, mas ainda muito brava. E começou a dizer "Te deixar...até parece. Não é nada disso, é o contrário. Vou acabar agora mesmo com esse teatro." Comecei a falar para ela tomar cuidado, pois estava alterada, mas ela apontou o dedo para mim e disse "Cala a boca que eu não terminei. Você fala quando eu permitir" Fiquei surpreso com aquela atitude, mas me calei. Achei melhor ela por para fora tudo. Ela continuou, agora olhando para a menina com a qual ela tinha se atracado: "Já vou avisar agora para você e para todos ouvirem. O Fabrício é meu. É isso mesmo que vocês estão ouvindo. Somos um casal. Sou a mulher dele, e ele é meu homem. Estou cansada de ficar fazendo papel de prima, ou papel de irmã. To cansada da vida me colocar homem escroto, ogro e pau muxo. E aí quando aparece um que presta, ele é a porra do meu irmão? Ah, chega. To cansada da vida falar que não posso ser feliz com quem eu amo, cansada da vida falar que não posso ter filhos. Não sei como, mas vou passar por cima de tudo isso." Ela então começou a gritar para o alto. "Está ouvindo, vida. Eu vou ficar com tudo o que eu quero e mereço". Ela ficou em silêncio, e não se ouvia nem o barulhos dos grilos. Estavam todos com os olhos arregalados, alguns com a boca aberta. A menina que ela brigou acabou falando "Que nojo, você pega o seu próprio irmão?" Ela sorriu de maneira bem sarcástica, e disse "Não tava pegando faz um tempo, mas agora vou voltar a pegar". Ela então olhou para mim, e disse com firmeza: "E você, pega o carro e me leva já pro nosso apartamento. Porque hoje tem. Hoje eu vou dar pra você, e não vai ser pouco. Vou dar muito pra você, maninho. Chega de me segurar". Eu falei que ela estava alterada, mas ela gritou mais alto "Calado. Você vai me comer hoje, e muito bem comida como só você sabe. Vai me comer tãããão gostoso, tãããão forte e tããão fundo, que esses boca abertas aqui vão achar que somos gêmeos siameses".
"Eita porra", um amigo meu quebrou o silêncio. Olhei para aquela platéia, e estavam todos chocados. Pedi licença, e disse que era melhor eu levar ela para casa. Parei o carro perto dela, ela então entrou, e cruzou os braços. Ela estava furiosa ainda, era a primeira vez que a via assim. O caminho era curto, nem dez minutos. Ela então perguntou se eu estava bravo, e falei a verdade. Que não estava bravo, mas sim preocupado com a saúde mental dela. Ela sorriu, e apenas disse "Para de ser fofo, nunca estive tão lúcida".
Chegamos no apartamento, ela foi logo arrancando a roupa, indo para o banho. Tentei desviar os olhos, e ela já disse "Ué, que foi? Você já me viu pelada antes. Até já me comeu gostoso, não é verdade? Ta com vergonha do que?". Não disse nada, e ela entrou no banho. Quando saiu, estava enrolada na toalha, e com cara de cansada. Entrei no banho e escovei os dentes, pensando que o banho já havia esfriado os animos dela, e que quando saísse ela já estaria dormindo.
Assim que saí, comecei a caminhar para o sofá onde eu costumava dormir, quando ouvi Liliam me chamando. Fui até o quarto e ela estava sentada, na cama, vendo televisão. Usava uma camisola preta que a deixava uma rainha. Era extremamente sensual, mas sem ser vulgar. Perguntei o que ela queria, e ela disse: "Vem deitar na nossa cama". Fiquei pensativo, mas acabei indo. Deitei ao lado dela, e ficamos nos olhando. "Você está bem?" perguntei para ela. Ela balançou a cabeça, e disse que sim. Depois ela começou a falar: "O que achou da minha camisola? Estou bonita?". Respondi que ela era a mais linda sempre, não importava a roupa". Ela continuou: "Você quer outra mulher ou prefere sua maninha?" Pensei um pouco, e então disse "Você sabe que não é só tesão que eu sinto, eu te amo mais que tudo nesse mundo e luto todos os dias para não ser tão apaixonado por você. Você me provoca demais, mas tenho receio de você estar fazendo isso por impulso, e depois se arrepender. Quando éramos só primos, já era complicado de você aceitar. Mas agora que sabemos que somos irmãos..." Ela então me interrompeu, e me deu um beijo bem forte, que até doeu minha boca. Ela olhou para mim, e disse: "Presta bastante atenção, Fabrício. Você me trata, como uma princesa. Me dá amor, me dá carinho. Me faz me sentir amada, desejada. Me respeita, se preocupa comigo. Acabou a brincadeira, acabou os jogos, acabou passar vontade. E acabou a sua vida de solteiro. Sinto te dizer, mas você me conquistou e não tem mais volta. Sou sua prima. Sou sua irmã. Mas também sou sua mulher agora, e não vou mais deixar de ser nunca mais."
Liliam me beijou mais uma vez, mas eu estava relutante, um pouco confuso. Ela começou a falar: "Quer foder sua irmã, não quer?" Ela levou a mão até o meu pau, e já estava estourando de duro. Ela sorriu, e começou a sussurrar no meu ouvido "Você vai foder sua maninha todo dia agora. Todo dia". Só consegui balbuciar que ia. Ela continuou "Pode cortar todas essas vagabundas que fica dando em cima de você. Avisa elas que você tem dona. Que você, é minha propriedade. Me pertence".
Aquilo me excitou demais, essa dominação. Saí da defensiva e fui para cima dela, segurei ela com firmeza. Ela me olhou bem safada, e disse "Se soltou né? fala. Fala tudo que tem pra me dizer. Fala tudo que está entalado" Eu a beijei com força, um beijo bem selvagem. Quando acabou, olhei para ela e desabafei "Você, maninha, não tem idéia de como te quero, e como te desejo. E é isso mesmo. Sou seu. Te pertenço. Sou sua propriedade. Não consigo pensar em outra, não tenho vontade de ter outra. Sou seu de corpo e alma. Mas você é minha, e odeio ver outros te desejando"
Comecei a beijá-la com força, e ela retribuía. Minhas mãos achou as pernas dela, grossas, lisas e subi para a bunda. Ela respirava forte, e se entregava. Comecei a falar que a amava, mais que tudo. Ela começou a falar junto, e penetrei ela devagar enquanto dizia "eu te amo" no ouvido dela. Ela parecia ainda mais apertada, mais meu pau entrou inteiro dentro dela, bem devagar. Segurei seus peitos, que praticamente pularam para fora. Eram muito grandes, com mamilos gigantes, que estavam bem endurecidos. Caí de boca neles, e ela gemia muito. "isso, fode sua maninha, fode". Eu ia comendo, e ela continuava "Gosta de meter na sua irmã, né? Seu gostoso do caralho, tá gostando de foder sua irmã sem dó, né? Que tesão, maninho. Mete fundo porque sou sua mulher também, mete" Eu bombava ela com força, com um desejo que não sabia explicar. Ela gritava "Isso, come a maninha mais velha, vai ter todo dia agora." Aquilo estava me excitando tanto, que disse que ia gozar. Ela saiu de baixo, e pediu para ir por cima, o que permiti. Ela começou então a cavalgar, cada vez mais rápido. Era assim que ela gostava mais. Senti ela gemendo cada vez mais, e percebi que ela ia gozar. E eu também. Avisei que estava vindo, achando que ela iria sair. Ela então começou a rebolar mais rápido, e tentava enfiar meu pau bem fundo. Em meio a gemidos, ela disse "Goza então. Goza dentro, bem fundo. Enfia bem dentro de mim" Ela forçava tanto a buceta no meu pau, que eu já sentia ele bater em algo dentro dela. Ela começou a gozar, e aí não resisti, comecei a gozar também. Primeiro despejei um grande jato, bem forte dentro da minha irmã. Era tanto tesão acumulado, que a cada latejada, saía um jato de porra, direto no útero dela. A cada jato, ela pedia mais fundo, mais fundo e mais fundo. Quando acabamos, ela me olhou nos olhos, e nos beijamos, com trocas e juras de amor.
Acordei no dia seguinte, e ela estava dormindo ao meu lado. Ela era tão linda, tão perfeita. Um medo enorme dela acordar arrependida passou por mim. Mas ela acordou com preguiça, e quando meu viu, deu um sorriso. "Bom dia, meu amor". Ela me beijou e perguntou porque eu estava com essa cara de preocupado, e acabei sendo sincero. Disse que estava mais apaixonado do que nunca, e que estava com medo dela se arrepender. Liliam sorriu, e então me disse: "Amor, eu aceitei que a gente é irmãos e primo, mas também que você é o homem da minha vida. Não tem outro. Não vou deixar você dar para outra o que é meu. Seu amor, seus beijos. Eu comecei a falar para ela o quanto eu a amava, e o quanto eu dependia dela ao meu lado para ser feliz e completo.
Ela então mandou eu calar a boca, e olhou nos meus olhos "Você acha que eu vou me arrepender e te deixar pras vagabundas? Achou errado. Ficou me levando em restaurante bom, não foi? Fazendo serenatas no violão, me deu poemas. Não vou deixar nenhuma outra ter isso de você. Elas que arrumem outro homem para elas, pois esse meu maninho aqui, é só meu. Você não sabe o quanto eu sofri essas semanas que a gente ta morando junto, morrendo de vontade de você. Ficou conquistando sua maninha, não é? Seduzindo a sua maninha, não é? Agora aguenta, porque vai ter que dar conta do meu fogo. Vou fazer você pedir misericórdia, pois vai ter que me comer todo dia, o dia todo. Sem descanso para você, soldado."
A partir daquele dia, passamos a viver como um casal. Ela fazia questão de não disfarçar mais isso, tanto na academia, no trabalho e também na faculdade. Imaginei que aquilo seria um escândalo de proporções épicas... mas o que aconteceu é que as pessoas entenderam que éramos namorados desde sempre, e achava que brincávamos que éramos irmãos por causa da aparência parecida apenas. Só os amigos mais próximos sabiam da verdade. Recebi o apoio do Bira e meus amigos da faculdade, aceitaram numa boa. Até brincavam que eu era o cara mais egocêntrico do mundo, tão egocêntrico que eu estava em um relacionamento comigo mesmo, mas versão mulher. Liliam não voltou atrás e ficou decidida em relação a nós, e não recuou mais em nosso relacionamento. Quando ela se formou, assim que recebeu o diploma, fez questão de me dar um beijo na frente da família toda. Tia Inês nunca concordou com nosso relacionamento, sempre deixou claro isso, mas nos recebia bem. Os irmãos da Liliam adoraram falar para os amigos que eles eram meus primos e cunhados ao mesmo tempo.
Já em relação ao sexo, parecíamos coelhos. Transávamos todos os dias, sempre que dava vontade. Era frequente até transarmos no banheiro da academia, do trabalho, na escada da faculdade, isso antes dela se formar. Ela pegou gosto em dar o cuzinho, mas eu tinha que comer de camisinha porque uma coisa que ela não abria mão, era que eu gozasse dentro da buceta dela. Não importa se era uma mamada, uma punheta, ou no cuzinho. Hora de gozar, era fundo dentro da buceta dela. Segundo ela, pedia isso porque tinha ainda a fantasia de engravidar, mesmo sabendo que era praticamente impossível.
Ela continuou extremamente ciumenta, e agora que não estudávamos mais juntos, ela passou a ter crises de ciúmes sempre que eu precisava falar com alguma mulher na faculdade. Após brigas e mais brigas por ciúmes, eu a cobrei de colocar uma aliança bem gorda nos nossos dedos. Pedi ela oficialmente em casamento em meio a uma dessas brigas. Ela ficou surpresa, disse que não podíamos casar porque éramos irmãos. Lembrei a ela que no papel, éramos só primos. Meses depois, estávamos casando oficialmente. Casamento com direito a véu, grinalda e carro cheio de latinhas amarradas, como ela sempre sonhou. Porém, quando estávamos embarcando para o México para nossa lua de mel, Liliam passou muito mal no aeroporto. Fomos de ambulância até o hospital, mas tinha sido só um susto. Ela ficou internada para uma série de exames, onde fiquei ao seu lado. Quando a médica voltou, olhou para mim e perguntou se eu era o irmão ou o marido. Minha esposa respondeu que os dois, e a médica riu, achando que era uma piada. De qualquer maneira, ela nos deu os parabéns. Seríamos papais. Demorou para cair minha ficha, mas nunca vi Liliam tão feliz na minha vida. Segundo a médica, aquilo tinha sido um milagre mesmo, o caso de cistos dela reverteu milagrosamente. Segundo ela, era mais fácil ganhar na mega sena que a Liliam engravidar naquelas condições. Fomos fazer a viagem ao México só seis anos depois desse ocorrido, já com os gêmeos nos acompanhando. Era um rapaz e uma moça,, saudáveis e espertos. E Liliam se tornou a melhor mãe do mundo, nunca deixamos de nos amar e ter tesão um no outro. Ah, também tivemos que mudar para um apartamento maior, mas ainda mantenho aquele apê do centro, alugado.
É... para quem queria morrer solteirão, sem filhos e não acreditava no amor... reconheço que tive um final feliz.