Enquanto escovava os cabelos, Denise olhou para o espelho. Parecia alguém lhe olhando. Ele poderia estar em qualquer lugar. Olhando dali não tinha o ângulo necessário. Teria que sentir, pegar e degustar. Pois afinal, ele dizia que o seu pau era delicioso – um pau do qual todas as atrizes da globo já teriam presenciado. “Quem sou eu para me comparar com uma atriz?”, pensou Denise.
− A madame parece uma atriz de cinema! – disse o maquiador preparando a máscara facial.
O cabelo para o casamento seria ao modo natural, e a pele também, numa textura o mais natural possível. Uma mulher se casando aos 34 anos não combina com a luxúria da nobreza, sobretudo com um noivo de 49. Por falar no maquiador, não era ele, descartado pela voz. Por mais que tentasse ser um intérprete fanfarrão, não teria como forçar aquele sotaque. O cara das cantadas teria de ser alguém que não era visto, tampouco ouvido, e por isso a necessidade de se aparecer à primeira dama da cidade.
Um casamento meio às pressas, e Denise foi “posta pra fora do salão”, na esperança de que se esbarrasse em algum repórter. “Quem será essa mulher misteriosa que o candidato eleito escolheu?” e “Será que o ganhou pelo estômago, ou foi na chave de pernas mesmo?”, eram alguns comentários que rolavam. Atendeu o chamado do número desconhecido:
− Primeiro eu vou despir a noiva, aliás esse vestido que não é de noiva. Parece mais uma langerie comportada.
Denise passou a mão pela renda do vestido, e continuava andando e olhando em todas as direções. O tarado parecia uma cigarra: faz todo o barulho, mas não se encontra o bicho. Sentou no banco do taxi, e o desgraçado continuava falando:
− Vou arrancar a sua calcinha com os dentes, se houver. – Denise levou a mão naquele local, e já removeu o tapa sexo para a masturbação. Ficou com a mão inteira debaixo da saia, com todos os transeuntes achando estranho: “Não é a próxima primeira dama da cidade? Por que será que tá brincando de procurar a aranha?” – Em seguida vou te chupar inteirinha, que é para a minha língua assimilar todo o seu sabor.
A bacorinha escorria o orgasmo de bicas, e isso porque Denise descartou finalmente, que o tarado seria o seu próprio noivo, pelo sotaque de um certo “francês caipira”. Só desejava que continuasse, e o delinquente sexual continuou:
− A parte que eu vou demorar mais com a língua é no cu, aquela parte áspera que as ruivinhas têm na preguinha. Vou te deixar louca pela minha pica, mas não vou te dar, e que vá desejar a do teu marido!
Denise lembrou que enegreceu o cabelo tinha dois dias, e o sujeito ainda a chamando de ruiva deixou-a excitada, gozando novamente nos dedos. A meia hora do início, e Denise já tinha gozado duas vezes. “Não caso sem conhecê-lo”, pensava Denise e o sujeito disse que tinha mais o que fazer do que ficar fazendo uma piranha gozar.
− Como sabe que estou gozando? – perguntou Denise, e o motorista chegou com o carro.
Desceu o sujeito mal-encarado, mas que não disfarçava um sorriso. A limusine estava nos conformes, com aquele brilho metálico por fora, e também nos estofados, quando Denise debruçou na lataria. Fez caras e bocas, e simplesmente queria ser encoxada pelo rapaz. Ele se fez de desentendido, mas passando pelo ouvido da branquinha, disse:
− Eu não brinco em serviço.
Pronto, a voz era a mesma! Filtrou e encontrou o tarado, mas é este mesmo? Alto, carrancudo, sério, e... moreno! Diferente do futuro marido, esse era moreno. E ela, que resolveu se casar não de branco, mas de vestido de renda creme, preguntou ao motorista:
− O vestido está do seu agrado?
− Não entendi, madame!
− Pára o carro!
O motorista colou o pé no freio, e o seu suor já descia de bicas. Denise passou um dedo, e sentiu o salgadinho, dizendo:
− Se o suor é assim, imagine a porra!
Ele fez cara de desentendido, e Denise repetiu a pergunta:
− O vestido está do seu agrado, meu rei?
− Quem sou eu, madame?
Denise mandou uma bofetada, e ordenou:
− Não me chame de madame!
− Perfeitamente, senhora!
Abriu a cinta do rapaz, e desceu a calça. A cueca viria junto, caso estivesse presente. Pegou no mastro já meia bomba e começou o discurso sensual:
− Por hora, eu só vou chupar essa pica até ela gozar na minha boca,...
O sujeito foi se reclinando para trás, naquele espaço enorme da limusine, apesar de ser a cabine dos pedais. Depois quis saber:
− E depois?
− Depois de eu engolir a sua porra, e ela chegar todinha no meu estômago? − Balançava a cabeça em positivo, quando o pau já não tinha mais espaço na mão de Denise – Pela manhã te chupo inteirinho, inclusive o cu. E isso, depois da noite de núpcias com o primeiro corno.
− Faltam 10 minutos para a cerimônia.
− Se até a princesa da Inglaterra atrasou na entrada, quem sou eu pra cumprir horários, meu querido?
Caiu de boca na pica, apertava o saco, e sentia as estocadas na garganta. Depois tirou, e com a boca já espumando, disse:
− Pensando bem, este vestido é langerie, e eu vou cavalgar.
Suspendeu para franzir na cintura. As curvinhas apareceram, e o motorista ficou meio receoso, mas Denise lhe colocou para apalpar, subindo-lhe no colo, e dizendo:
− Pode pegar o que é teu! Já tá na hora do sim?
A pegada foi alucinante. A cavalgada foi escaldante, até o cidadão pedir arrego. Deu a hora da entrada, ou passou 5 minutos, sei lá, e Denise correu com a boca na pica. A gozada foi no estilo explosão de esperma. A porra veio forte. Metade desceu goela abaixo, metade voltou no corpo da pica, e desceu para o queixo de Denise.
− Meu Deus, quem é você? – perguntou o descarado.
− A piranha mor, mas toca pra igreja.
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Limpou o restante de porra do queixo durante os 10 minutos que faltava do trajeto. O vestido absorveu o suor, e por isso era da cor creme. Suspendeu a barra para descer do carro, quando foi puxada pela mão (já com a luva) pelo motorista. Fez pose para as fotos, Denise, e só disse ao repórter:
− Esses saltos estão me matando!
Entrou na igreja, quando já iam uns 40 minutos de atraso.