O sangue espanhol faz milagres

Um conto erótico de W
Categoria: Heterossexual
Contém 1985 palavras
Data: 05/08/2024 03:31:22

Dentro de um Uber, já longe do seu trabalho, Marcelo não conseguia fazer o que mais precisava naquele momento, relaxar. Havia assumido um projeto que ele julgava simples, mas diversos percalços empurraram tudo para perto de suas férias. As cobranças do trabalho, junto com sua autocrítica pesada, foi um golpe forte em sua saúde.

Havia se habituado a dormir cedo, entre 22h e 22h30 para acordar 5h30 ou 6h. Por três semanas, acordou às 3h. Na maioria das vezes não conseguia voltar a dormir. Da insônia para a baixa imunidade foi só um passo, que se apresentou como um princípio de conjuntivite. O olho estava levemente inchado e dolorido, mas sem a aparência grotesca. Ainda parecia uma pessoa comum.

Marcelo não era de todo mal. Alto, cabelos e barba castanhos, em um visual meio largado. O rosto sempre fechado dava um ar feroz, que ele próprio não fazia muita questão de mudar. Era um bom mecanismo de defesa.

Quando deu por si, havia chegado ao seu destino, uma clínica de massoterapia, de propriedade de sua namorada, Blanca, uma bela espanhola que em uma ocasião veio em uma viagem de férias para o Brasil e se encantou pelo país. Pouco tempo depois conheceu Marcelo e os dois foram viver juntos.

Blanca tinha um aspecto exótico. Um pouco mais baixa que Marcelo, com o cabelo um pouco mais escuro e comprido. Apesar de não ter uma “bunda brasileira”, a dela não fazia feio. As pernas longas e roliças eram um show à parte. Siliconada sem exageros e um rosto alongado, com um belo sorriso, lábios sensuais, e olhos grandes e brilhantes. Tinha muito orgulho da sua “proporção cintura/quadril”.

Ela convenceu Marcelo a passar em sua clínica usando o que eles dois chamavam de “sangue espanhol”, uma bronca do tamanho do mundo seguida de sexo bruto. Blanca prometeu ao namorado uma tarde que o faria se sentir um novo homem.

Chegando à clínica, Blanca já esperava ele na recepção. Naquele momento, os dois faziam um contraste enorme. Por sua profissão, Marcelo costumava usar jeans e camisetas mais informais. Naquele dia, usava um agasalho para o frio. Blanca, por sua vez, usava calças sociais e camisa social de mangas compridas na cor preta.

Os dois se abraçaram na entrada. Ela viu o quanto ele ainda estava abatido, mas sabia que seu plano daria certo:

— Pode colocar suas coisas na minha sala. Eu pensei em começar com um almoço naquele restaurante oriental aqui perto. Depois, podemos passar para… cosas mas calientes. – Blanca falava bem o português, mesmo com o sotaque carregado. Mas ela falava algumas palavras na língua materna quando queria excitar Marcelo.

— Certo. Eu já volto. – Ele foi até a sala da namorada para deixar sua mochila com o computador e as coisas do trabalho. Voltou rapidamente para a recepção, onde ela já esperava. Para sair, ela vestiu um casaco também preto.

Os dois caminharam pela rua, andando apenas um quarteirão. Chegando lá, pegaram uma mesa rapidamente e sentaram-se, pedindo as bebidas. Blanca tomou a dianteira na conversa:

— Como foi hoje?

— Acabou! Estou livre desse projeto! – A expressão de Marcelo não melhorou muito.

— Então foi aprovado? – Blanca parecia bem animada com a notícia.

— Sim. E agora na segunda eu já começo as minhas férias.

— Você devia estar mais feliz. O que aconteceu? – Blanca estranhou muito a apatia do namorado.

— Não sei. Acho que não consegui tirar a cabeça do trabalho ainda.

Os dois ficaram em silêncio. Blanca tinha certeza que o seu plano daria certo e estendeu a mão para Marcelo, indicando que ele podia se abrir com ela.

— Você vai gostar dessa tarde, mi amor.

Marcelo sorriu. A primeira vez naquele dia. Ele pediu para mudar de assunto e falar de outra coisa. Blanca concordou e perguntou sobre o que ele gostaria de almoçar. A especialidade era culinária oriental, mais especificamente japonesa e chinesa. Os dois escolheram pratos chineses e aguardaram mais um pouco. Assim que as bebidas chegaram, Marcelo deu um gole no refrigerante que havia pedido e sentiu-se solto e desabotoado pela primeira vez no dia. Blanca ficou feliz com a virada de chave do namorado.

Os pratos chegaram e os dois começaram a se servir. Uma porção de arroz com vários temperos e carnes em molhos exóticos. Blanca sorriu; seu plano começou muito bem.

Os dois comeram tranquilamente. Blanca resolveu fazer um agrado dando comida na boca de Marcelo. O humor dele estava melhorando aos poucos, mas ele já estava bem melhor.

Após um almoço bem agradável, os dois já estavam satisfeitos. Pagaram a conta e voltaram para a clínica. O prédio tinha dois andares superiores, onde eram realizados os atendimentos. No andar térreo ficava o escritório e outras dependências.

Blanca começou no Brasil como massoterapeuta. Foi nessa época que conheceu Marcelo. Com pouco tempo, abriu seu próprio espaço e focou mais na parte administrativa, com total apoio do namorado. “Apenas tratamentos, e nada de putarias” é o que ela sempre dizia sobre a sua profissão.

Assim que chegaram, Blanca pediu que Marcelo fosse até o seu escritório enquanto falava com uma das suas funcionárias de que ela não deveria ser incomodada em hipótese alguma.

Dentro do escritório, Marcelo viu melhor que o ambiente era bem profissional e austero. Poucas decorações, e poucos itens de trabalho, tudo distribuído de forma eficiente. Quase estéril. Blanca chegou e deu um abraço carinhoso no namorado. Então, guiou-o por outra porta, chegando em uma espécie de banheiro particular, e por fim, através de uma última porta.

— Então esse é o quarto novo?

Marcelo ficou impressionado com o lugar. Blanca havia dito que a clínica tinha passado por reformas, e que ela incluiu no projeto original um local mais privado. O resultado era uma sequência de cômodos; o escritório, banheiro, quarto e mais uma porta e que dava para um pequeno jardim.

O quarto tinha uma cama grande, assim como um guarda-roupas. Blanca disse que queria um lugar para descansar e ter algumas roupas extras em caso de emergência. Também havia várias fotos dela com Marcelo, em viagens e momentos especiais.

— Minha “casa longe de casa”. Gostou? – Blanca já sabia da resposta pela expressão do namorado. Ela veio em forma de um beijo apaixonado.

— É só não esquecer de mim. Marcelo disse enquanto enquanto absorvia cada detalhe.

— Nunca. No sabes lo que pensé sobre este lugar. – Blanca respondeu na sua voz mais sensual. Já conseguia sentir o namorado endurecendo em certas partes.

— Mi amor, toma um banho e volta pro quarto. Eu vou arrumar umas coisas e depois é minha vez. – Blanca deu instruções que Marcelo seguiu sem perguntar. O almoço, as demonstrações de afeto da namorada, e agora o banho fizeram maravilhas em seu humor.

Terminado o banho, Marcelo se secou e voltou para o quarto. Blanca havia deixado uma iluminação discreta , deixando o quarto em uma penumbra. Alguns óleos e produtos para massagem estavam prontos. Ela deu mais um beijo em Marcelo, dizendo que ele podia esperar na cama enquanto ela iria para o banho.

Marcelo já imaginava o que viria. Blanca era bem direta no sexo e gostava muito de agradar. Ouviu com surpresa a porta se abrindo e sorriu com a visão da namorada enrolada em uma toalha um pouco acima dos seios, e que mal cobria sua bunda. Marcelo conhecia a rotina e se deitou com a barriga para baixo. Ele sentiu Blanca em cima dele, mas não se virou pois queria manter tudo na imaginação.

— Cálmate – Novamente Blanca veio com seu espanhol sussurrado e sensual. – Vou te levar até o céu.

Ela pôs uma playlist relaxante tocando no celular e deixou um óleo cair nas costas do namorado. Ele se encolheu com o contato do líquido viscoso e gelado de início, mas logo relaxou com as mãos da namorada.

Blanca seguiu com seu ritual. Passou suas mãos pelas costas do namorado, dando atenção aos pontos mais duros e que precisavam de mais dedicação.

Os dois agiam em sinergia. Marcelo fazia sua parte aproveitando os toques de sua namorada em silêncio (coisa que ela adorava) e Blanca dava prazer ao namorado, pondo ele em um estado de quase sono. Marcelo já sabia que ela estava nua ao sentir os pelos da buceta roçando em suas costas.

Blanca seguiu para as pernas. Teve bastante trabalho com os músculos enrijecidos enquanto tentava não machucar o namorado. Esticou bem suas articulações, deixando Marcelo mole na cama.

Por fim, chegou ao final, passando as pontas dos dedos pelo corpo de Marcelo, em um efeito extremamente excitante. Acabou a sessão passando os dedos pelas costas, e deixando um dedo por um pouco mais de tempo no ânus do namorado.

Marcelo suspirou com a surpresa de sua namorada, e se virou na cama para dar espaço para Blanca. O ponto do lençol onde seu pênis havia ficado estava muito molhado, e Blanca ficou surpresa com o efeito que ela teve. Como Marcelo havia imaginado, ela já estava nua. Os seios já bicudos pela excitação não escondiam. Blanca queria sua parte.

— Te amo mi amor. – Blanca disse após beijar o namorado.

— Também te amo. Obrigado por essa tarde.

Os dois se ajeitaram na cama, com Blanca indo até o pau do seu namorado. Ela deu uma boa olhada em seus olhos e engoliu sem cerimônia. Apesar da iniciativa de agradar Marcelo, Blanca era bem submissa. E fogosa. Adorava sexo oral, principalmente de afagar e acariciar as bolas do namorado.

Marcelo nem conseguiu sentar. Os efeitos da massagem ainda estavam funcionando, e ele só conseguia gemer com a boca da namorada. No máximo, avisou Blanca que estava prestes a gozar e não queria acabar naquela hora.

Ela tirou o pau da boca, deu um beijo delicado bem na ponta e voltou até ele. Deu mais um beijo e preparou sua última investida.

— Tu putita también quiere amor. – Esse sussurro sozinho quase fez Marcelo gozar. Ele pegou a mão da namorada e a levou até seu pau, sorrindo quando ela o pegou firmemente.

Eles não precisavam de comunicação naquele momento. Blanca se sentou na rola do namorado com uma enorme satisfação no rosto e apoiou as mãos no peito de Marcelo. Mal sentou-se e já começou a rebolar, os dois mantendo o olhar fixo um no outro.

Marcelo pôs uma das mãos na cintura de Blanca enquanto a outra desceu até sua buceta. Os pêlos curtos e o clitóris saliente eram um convite para a estimulação. Ele alcançou a intimidade de sua namorada, que deu um gemido profundo com toque, sem quebrar a troca de olhares.

Blanca aumentou o ritmo da cavalgada, fazendo os dois ofegarem. Ela não fez questão de segurar e teve gozo violento, convulsionando ainda sentada no pau do namorado. Marcelo segurou ela pela cintura e meteu com força, enchendo-a com sua porra enquanto Blanca já gritava.

Marcelo e Blanca se separaram com cuidado; os dois estavam bem sensíveis. Blanca deu um olhar carinhoso e Marcelo entendeu, chamando ela para um abraço:

— Blanca, você fez milagres hoje!

— Você precisava, mi amor. Nunca te vi tão triste quanto esses dias.

— É verdade. E o que você falou antes também é verdade. Me sinto outro homem.

— É melhor esse outro homem continuar me amando! – Blanca não conteve o sorriso com a fala do namorado.

— Meu olho parou de doer. Vou te amar pra sempre por essa.

Os dois ficaram em silêncio, descansando do tratamento sexual. Blanca olhou para o namorado com uma ideia:

— Marcelo, o que acha de um banho juntos e depois mais uma sessão? Tem umas partes que ainda precisam de cuidados.

— Quais partes você está pensando? – Marcelo gostou da ideia, e ficou curioso com o que Blanca estava pensando.

Ela pegou a mão dele e levou até suas costas, descendo até sua bunda e parando em seu cu. O contato com o dedo fez ela se arrepiar.

Marcelo adorou a ideia. Os dois se levantaram devagar e foram para o chuveiro. O sangue espanhol ia agir mais uma vez.

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Foto de perfil de Wammy HouseWammy HouseContos: 57Seguidores: 63Seguindo: 19Mensagem Só alguém que escreve sobre coisas que já viveu, mas que deveriam ter se encerrado de outra forma.

Comentários

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Em primeiro lugar quero repetir o que sempre falo quando leio algum texto seu: você tem um estilo de escrita muito agradável, o texto flui deliciosamente.

Agora quero repetir um ditado antigo, que todo mundo já ouviu:

Blanca "Deu Um Belo Chá de Buceta em Marcelo" e para completar ainda terá um cuzinho de brinde. Esse chá faz milagres meu amigo, já derrubou muitos impérios e levantou muitos doentes. Parabéns pelo belo texto!⭐⭐⭐

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