Um rapaz jovem e inexperiente recebe a proposta de trabalhar em uma residência. As coisas acabam se tornando muito diferentes do esperado.
(Essa é uma história de ficção erótica. Todos os personagens e situações dessa história são fictícios e todos personagens tem mais de dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa estória.)
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O olhar da assistente social, que devia ter uns quarenta ou cinquenta anos, é severo. O seu sorriso forçado quando entrei na sala durou apenas um momento.
Ela olhou para a tela de seu computador por um tempo com atenção, como se estivesse analisando dados muito importantes. Eu me senti pequeno acomodado na poltrona de um couro velho e desgastado, aguardando ansioso e preocupado pelo que ela estava para dizer.
A mulher desviou seus olhos da tela e eles se fixaram me olhando. Por um instante ela pareceu me medir com olhar e depois falou com uma voz irritante e falsa:
— Como o senhor sabe, já correram os três meses onde poderia permanecer na casa familiar após o seu aniversário de dezoito anos.
Eu passei os últimos anos em uma casa familiar com alguns outros jovens. O casal Silva, nossos tutores, eram gentis e sempre foram muito bons para todos. Ela pareceu adivinhar os meus pensamentos, pois após uma pausa rápida em suas palavras continuou:
— Os Silva são um exemplo dentro do programa e já destacamos para eles um novo jovem que precisa de um lar.
A informação me alarmou. Eu já tinha visto outros rapazes irem embora mas tinha certeza que eles permitiriam a minha permanência por um tempo mais prolongado até que eu arrumasse um emprego e um novo lugar para viver.
— Felizmente existe uma vaga de emprego requerendo o seu perfil, caso resolva aceitá-la.
Ela se calou e apenas me observou com uma atenção incômoda. Um pouco inseguro com as notícias eu gaguejei com insegurança:
— O que eu tenho que fazer Sra. Carmen? O que eles precisam?
Eu pude perceber um sorriso breve em seu rosto e depois ela falou:
— Um de nossos patrocinadores precisa de um rapaz para ajudar com tarefas domésticas. A moradia é no local. Está interessado?
Na casa familiar as tarefas domésticas sempre foram divididas entre os moradores. Eu fiz curso de eletricista e pensava em arrumar algo nessa área. Inseguro falei:
— Eu imaginava conseguir uma vaga como eletricista.
A sua voz foi ainda mais severa quando falei:
— A decisão é do senhor, mas a sua vaga com os Silva já está oficialmente encerrada. Seus pertences já foram recolhidos e embalados, onde eu devo requerer que eles sejam entregues?
Olhei para a profissional sem saber o que responder. Eu não tenho muito, mas como imaginar que alguém havia mexido em minhas coisas?
Por um momento pensei em protestar, mas me contive pensando em minhas opções. A mulher interrompeu os meus pensamentos quando falou, aumentando um pouco o volume em sua voz:
— Eu lhe fiz uma pergunta?
Eu respondi:
— Eu não sei. Eu aceito a vaga.
Ela sorriu com visível satisfação e falou:
— Muito bem, o motorista Bartolomeu o aguarda. Eu preciso do seu celular.
Eu entreguei o meu celular para a mulher que o guardou em uma gaveta. Ela voltou a sua atenção para o computador e começou a teclar algo.
Eu não sabia bem o que fazer e fiquei imóvel, pensando no meu celular e na proposta que eu havia aceitado impulsivamente. Ela parou por um momento de mexer no computador e falou:
— Terminamos aqui, pode ir.
Eu me levantei com pressa e sem pensar deixei a sala. Eu não sabia bem o que deveria fazer, mas a recepcionista falou:
— Sr. Frank, esse é o seu passageiro.
Olhei para o homem vestido com um terno preto ao qual a recepcionista havia falado. Esse largou uma revista e se levantou com pressa.
Eu tenho uma estatura baixa e um pouco acima do peso para um rapaz. O suposto motorista é mais alto do que eu e tem um porte atlético. Já se movimentando falou:
— Muito bem, venha comigo.
Ele já estava na porta de saída quando eu despertei do meu torpor. Tudo está acontecendo rápido demais. Olhei para a recepcionista que estava distraída em seu computador e corri para a direção dele.
No estacionamento do local ele me abriu a porta do banco traseiro de um carro grande e bonito. Logo depois estávamos em movimento.
Eu me acomodei no banco confortável e luxuoso. Eu nunca estive num carro desses. Ele é completamente diferente do carro pequeno que o Sr. Silva tem na garagem. Frank falou chamando a minha atenção:
— Já estamos indo.
Ele colocou o seu celular num espaço entre os bancos da frente e eu me lembrei que o meu aparelho havia ficado com a assistente social. Pensando nas minhas coisas perguntei:
— As minhas coisas serão entregues onde vou morar?
O motorista levou alguns segundos incômodos para responder e falou:
— Eu não sei sobre as suas coisas.
Eu esperava mais algum tipo de informação, mas ele nada falou. Apenas dirigia em completo silêncio.
Eu olhei para o caminho ao qual seguíamos sem pensar em fazer outras perguntas imediatas.
***
O carro entrou pelos portões em uma região que parecia formada de grandes propriedades de muros altos. Me lembrou o que apenas vi em filmes.
O carro seguiu por um caminho cercado por jardins e algumas árvores altas e paramos em frente a uma casa muito grande como jamais estive. Ele não desligou o motor, então aguardei e ele falou:
— Pode descer.
Curioso eu deixei o carro olhando para a casa. Ela tem pelo menos dois andares e uma beleza que eu nunca vi. Tudo parece feito de uma pedra branca e bonita. Eu estava distraído e me assustei com a voz feminina que falou:
— Sr. Alberto.
O carro ganhou movimento e eu olhei para a dona da voz. A mulher veste uma espécie de uniforme de empregada preto e o seu rosto tem uma maquiagem escura. Ela aparenta ter algo em torno de trinta anos ou um pouco mais, cabelos pretos presos e é um pouco mais alta do que eu. Ela falou:
— Eu sou Carla, sou a governanta do Sr. Bartolomeu. Você já conheceu o Sr. Frank, ele é o motorista principal.
Sem pensar perguntei:
— Quantas pessoas moram aqui?
Ela riu por um momento e eu senti simpatia por ela. Parece ser uma boa pessoa, embora tenha uma fisionomia séria. Ela respondeu:
— Aqui na casa principal apenas o Sr. Bartolomeu e eu. Mas existe a casa dos funcionários, atualmente tem o Frank, o jardineiro João e as empregadas domésticas Suzana, Simone e Cintia. Você viverá aqui na casa principal.
Passamos por uma grande porta e entramos num ambiente que me pareceu um palácio. Tudo é belo e de um luxo extremo.
***
Eu havia conhecido a casa. No andar superior estavam a suíte principal do Sr. Bartolomeu e algumas suítes de hóspedes. Havia ainda uma academia e o escritório privado do Sr. Bartolomeu. De acordo com Carla ele está viajando e chegará apenas em alguns dias.
A parte de baixo tem uma grande cozinha, uma biblioteca com mais livros do que já vi na vida e algumas salas muito luxuosas. O meu quarto e o de Carla estão lado a lado e ligados a uma área de serviço. Nunca tinha visto tantos banheiros dentro de uma casa.
Eu estava no meu quarto. Pela primeira vez estava tendo um quarto apenas meu com um banheiro particular e anexo.
Carla não soube me responder sobre as minhas coisas, mas me mostrou um armário onde havia algumas roupas diversificadas. Eu poderia me virar com elas até as minhas coisas chegarem.
Sentado em minha cama eu imaginava que que serviços seriam requerido a fazer, quando alguém bateu na porta e Carla entrou. Ela explicou:
— O Dr. César está aqui para vê-lo.
Antes que eu pudesse perguntar algo ela saiu e um homem vestido de branco entrou no meu quarto. Ele parece ter mais de cinquenta anos e um cabelo começando a se tornar grisalho. Ele colocou a sua pasta sobre a cama e falou:
— O Sr. Alberto é bastante cauteloso com todos os seus colaboradores. Espero que não se importe.
Eu nunca gostei muito de médicos. Eles sempre me pareceram assustadores, mas eu não estou em posição para reclamações. Procurei ser educado e falei:
— Não, nenhum problema, em que posso ajudá-lo?
— Comece tirando as suas roupas. Todas elas.
Eu fiquei alarmado e imóvel por um momento. Ele completou:
— Eu preciso examiná-lo por inteiro.
Mesmo incomodado eu fiz o que ele pediu. Não seria a primeira vez que fiquei nu diante de um médico, mas nunca me senti à vontade com isso.
Fiquei imóvel e diante dele que me olhou por um momento. Depois falou:
— A sua pele é muito clara, deve usar diariamente o creme corporal, está embaixo da pia do banheiro, após o banho e antes de dormir.
Eu já pensava como ele sabia o que tinha no meu banheiro, quando ele falou apenas murmurando:
— Ótimo, você não tem muitos pêlos corporais e tem uma estatura adequada.
Sem entender a que ele estava se referindo eu já ia perguntar o que ele estava querendo dizer, mas antes que eu pudesse me manifestar ele falou:
— Tem vitaminas no banheiro. Nos recipientes estão marcados os horários nos quais devem ser tomadas.
— Isso tudo é necessário Doutor?
Ele me olhou bastante sério e falou:
— Sim, o Sr. Bartolomeu é muito preocupado com a saúde de seus colaboradores. Mas posso encaminhar as suas preocupações para ele.
Preocupado falei:
— Não, não precisa.
— Muito bem, pode se vestir, vou esperá-lo em alguns dias para uma consulta e alguns exames.
Ele deixou o quarto enquanto eu ainda me vestia e não ousei reclamar de algo. O que eu faria sem esse emprego?
***
Eu estava com Suzane, uma das empregadas domésticas que limpam a casa, na imensa suíte do Sr. Bartolomeu.
Ela explicava de forma detalhada e bastante centrada a organização dos guarda-roupas, as roupas que o Sr. Bartolomeu prefere usar em certas ocasiões, entre outras informações.
A empregada usa um uniforme preto com uma saia mais curta do que seria usual e em certos movimentos chega a expor as suas coxas na parte superior onde termina a sua meia calça preta. Ela é bonita e não parece ter mais vinte e um ou vinte e dois anos.
Ao contrário das mulheres no geral, ela não parece gostar muito de conversar. Tenho a impressão de só ver as mulheres na casa trocarem poucas palavras e apenas sobre motivos profissionais.
Eu comentei:
— Nós podíamos tomar algo junto depois do expediente.
Suzane pareceu congelar por um momento, me fazendo arrepender de minhas palavras. Isso poderia se configurar como um assédio e ela poderia reclamar com Carla ou com o nosso empregador.
Ela parou o que estava fazendo e pela primeira vez pude ver um belo sorriso em seus lábios. Ela nem parecia a pessoa séria de instantes antes. Ela falou:
— Deseja fazer sexo Sr. Alberto?
A pergunta tão direta me pegou completamente desprevenido. Ela se voltou para mim e a sua fisionomia tinha mudado como se fosse outra pessoa. Eu respondi:
— Bem, sim.
Ela puxou o meu corpo para junto do dela e nossas bocas se uniram. Não tinha como eu não ficar surpreso com a sua reação.
Eu só estive sexualmente com mulheres duas vezes na vida, ambas prostitutas. O dinheiro para algo assim sempre foi escasso. Sempre tive o hábito de obter prazer sozinho.
Os seus lábios são quentes e macios e a sua boca muito gostosa. Ela me empurrou para a grande cama king size do Sr. Bartolomeu.
A loucura da situação me deixou preocupado. Eu preciso desse emprego. Ela parece ter adquirido outra personalidade.
De uma forma sensual ela abaixou a parte superior de seu uniforme e tirou o seu sutiã exibindo um belo par de seios. Eu não acho que eles sejam completamente naturais.
Depois foi a vez da parte de baixo e pouco depois ela estava quase inteiramente nua, usando apenas a meia-calça que só chega até as suas coxas, exibindo uma bela xoxota raspada. O seu corpo é muito bonito, ela poderia ser uma modelo. Ao lado e um pouco acima de sua xoxota existe a tatuagem de um símbolo preto que eu não conheço.
Ela veio para cima de mim de uma forma um pouco agressiva. Eu estou muito excitado com a situação e as minhas preocupações se afastaram.
Ela arrancou a minha calça e a minha cueca. As suas mãos apalparam o meu pênis ereto com habilidade.
Eu não sou um homem dos mais bem dotados. O meu pênis tem um tamanho médio, acredito, mas a garota parece muito excitada e tomada de luxúria.
A sua boca tomou o meu pinto. As minhas mãos deslizaram pela sua pele bonita e muito macia. Porque alguém como ela ganha a vida limpando casa?
Eu tive medo de gozar em sua boca o que iria ser vexaminoso. Tentei afastar a sua cabeça, mas ela não deixou, apenas mudou o seu ritmo de estimulação. Eu nunca tinha tido um boquete como esse.
Eu já não aguentava mais, quando ela parou e subiu sobre mim. O roçar de nossos corpos é maravilhoso.
Com iniciativa ela conduziu nossos corpos juntos que pareceram se encaixar completamente. O meu pênis foi inserido em sua xoxota.
Ela é mais apertada e mais quente do que já experimentei. Faz um movimento que me faz gemer mais alto do que seria prudente.
A sua vagina parecia massagear o meu pênis e o seu movimento me bombando é indescritível. Eu segurei o meu orgasmo o quanto pude, mas não foi muito. Logo eu a inundei com o meu esperma acumulado dos últimos dias e não pude conter um grito de prazer.
Ela abraçou o meu corpo com força e me beijou. Não parecia decepcionada com o meu orgasmo que poderia ser considerado prematuro. Ela é muito gostosa.
Nossos corpos se afastaram. Com gestos que pareciam automatizados ela se vestiu. A sua expressão facial está séria e fria como antes.
Inseguro eu tratei rapidamente de recolher o meu pênis para dentro da minha calça e me recompor. Eu queria usar o banheiro, mas ela retomou as explicações sobre a organização das coisas, como se nada tivesse acontecido.
A situação me pareceu muito estranha.
***
Eu já estou a três dias em meu novo lar. A rotina em meu novo lar é rigorosa, mas em pouco pode ser lembrada como um emprego.
Eu pouco entendo de cozinhar, mas aprendi com a Sra. Marta, a cozinheira que deve ter uns sessenta anos, a fazer alguns pratos e ela comentou sobre vários que o Sr. Bartolomeu gosta bastante.
Estou em meu horário determinado na academia. Nunca gostei muito de exercícios físicos, mas sigo a minha rotina determinada sem contestar.
Eu detestei as minhas roupas de ginástica desde a primeira vez que Carla me mostrou-as. Elas são muito justas, feita de algum material sintético que parece aderir demais a minha pele e suas cores são muito berrantes, tem uma verde, uma rosa, uma preta e uma roxa.
Eu já estava finalizando os meus vinte minutos de bicicleta quando Carla entrou na academia e falou:
— Hoje você vai encerrar exercícios um pouco antes. Sairemos para ver o Dr. César em quarenta minutos.
Ela deixou a sala antes que eu pudesse perguntar algo. Enxuguei o meu rosto suado na toalha e segui tomar um banho. Não havia um tempo excessivo. Será bom sair da casa pela primeira vez.
Após o banho, como todos os dias, passei o creme corporal. O seu cheiro é um pouco doce e não gosto muito dele, mas faço o que foi requerido. Carla por várias vezes enfatizou o rigor do Sr. Bartolomeu com os detalhes.
Eu já estava pronto cinco minutos antes do determinado. Carla não demorou para aparecer.
Eu não havia visto Carla sem o seu uniforme preto. Ela está elegante e bonita, usando uma maquiagem leve e colorida, diferente da maquiagem mais escura que costuma usar. Parece mais jovem que usando o uniforme.
Em frente a casa Frank já nos aguardava. Eu sei que a garagem tem outros carros, mas ele estava no mesmo carro que ele me trouxe. Pouco depois passamos pelo portão da propriedade.
***
Um pouco nervoso eu entrei no que externamente parecia ser apenas uma casa acompanhado de Carla.
Entramos em uma sala com sofás e fomos recebidos por uma mulher vestida de branco. O local não parece ser um consultório médico. Carla se acomodou imediatamente em um sofá, ao mesmo tempo que a suposta médica falou:
— Você venha comigo.
Mesmo receoso eu a segui. Ela parece séria e um pouco nervosa. Entramos numa outra sala e essa lembrou um consultório médico, com alguns aparelhos e uma maca. Eu olhei para o Dr. César parcialmente de costas mexendo em algo em uma mesa. Esse me vendo falou:
— Seja bem vindo Sr. Alberto.
A mulher me encaminhou em direção a maca e falou:
— Tire as suas roupas e deite-se.
O cheiro de limpeza e remédios da sala me deixa ainda mais nervoso e ansioso. A minha voz treme um pouco quando eu pergunto:
— Que tipo de exames eu farei?
A médica respondeu:
— Não se preocupe, tudo será simples e terminará logo.
Mesmo envergonhado eu fiz o que ela pediu. Não lembro de ter em alguma vez ficado nu em frente a uma médica mulher.
Me deitei olhando para o teto. Olhei um pouco para o lado quando o Dr. César perguntou:
— Está tomando adequadamente as vitaminas nos horários determinados?
— Sim, doutor.
Ele se aproximou e com horror olhei para a seringa hipodérmica em suas mãos. Eu odeio agulhas e por um momento me passou pela cabeça me levantar para sair correndo. Com voz trêmula perguntei:
— Isso é mesmo necessário, doutor?
— Não se preocupe, em um instante isso vai passar.
Ele e a médica pararam ao meu lado e tremendo desviei o meu olhar para o outro lado. Eu queria apenas estar em outro lugar.
Senti o molhado em meu braço e o cheiro de álcool invadiu as minhas narinas. Logo depois senti a desconfortável picada da agulha. Com uma voz quase paternal o médico falou:
— Não se preocupe, apenas um pouco agora.
A minha visão se tornou estranha e eu falei:
— O que você fez, doutor?
A minha voz saiu um pouco estranha, como se eu estivesse bêbado. Uma sensação forte de moleza se espalhou pelo meu corpo. O que está acontecendo?
***
Olhei para o teto branco e levei algum tempo para me lembrar onde eu estava. Senti muito sono.
Eu podia ouvir a conversa próxima. Levei um tempo identificando as vozes. A minha voz saiu fraca quando perguntei:
— O que vocês fizeram?
A conversa cessou e logo depois o Dr. César apareceu no meu campo de visão. Eu queria me levantar, mas não me senti forte o bastante para isso. Ele comentou:
— Não se preocupe, o seu exame foi um sucesso. Você será um excelente funcionário para o Sr. Bartolomeu.
Por um instante eu desejei mandar o Sr. Bartolomeu para o inferno. Estive muito próximo de gritar isso, mas me contive. Eu juntaria logo um dinheiro para ir embora o mais breve possível. Com uma voz tentando ser tranquilizadora ele falou:
— Mais um pouco e você já poderá levantar e ir embora. A Sra. Carla está te aguardando.
Eu queria poder estrangulá-la por ter me trazido aqui. Eu não permiti qualquer tipo de procedimento.
Eu me senti mais forte e sentei-me sobre a maca. Eu queria me vestir e sair logo. Olhei para Carla próxima, mas não vi a média.
O doutor me entregou as minhas roupas, mas a visão está estática no curativo em meu braço. Ele não é muito grande, mas é alarmante. Eu olhei para o médico e com a voz o mais firme que pude perguntei:
— O que é isso?
Ele olhou Carla por um momento e depois respondeu:
— Não se preocupe, uma cápsula de lenta liberação. É um complemento de suas vitaminas.
Senti falta de ar e por um momento senti que iria desmaiar. Comecei a tremer. Eu queria ir logo embora. Eu poderia ir à polícia, tudo está errado.
Seguindo as instruções do médico eu respirei mais lentamente e consegui me acalmar. Me senti muito cansado e com sono.
Amparado pelo médico e por Carla me vesti e logo estávamos caminhando para fora daquele lugar. Eu adormeci assim que me acomodei no banco do carro.
***
Despertei em minha cama e vestindo um pijama. Por um momento toquei o curativo no meu braço.
Segui com pressa para o banheiro. Centenas de possibilidades passavam pela minha cabeça. Pela janela eu podia ver que parecia já estar escurecendo. A minha garganta está seca e senti fome.
Lavei o rosto e com cuidado puxei o curativo. Sob ele eu pude ver a pequena e fina marca vermelha e os pequenos pontos. Parecia um trabalho bem feito. Eu pude sentir o objeto duro sob a minha pele.
O pânico queria me dominar, mas me contive. Eu preciso ser racional.
Eu poderia exigir a retirada imediata do que colocaram em mim e depois nunca mais voltar a esse lugar.
Pensei na Sra. Silva, sempre gentil e prestativa. A lembrança me fez chorar. Sem o meu celular eu não tenho como ligar para ela, mas posso voltar para lá. Será que eles me receberiam? Quem está no meu lugar?
Enxuguei o meu rosto. Eu preciso aguentar por um tempo. Depois posso colocar esse médico e quem sabe até o Sr. Bartolomeu na cadeia pela violação do meu corpo.
Troquei de roupa e esfomeado segui para a cozinha.
***
Fora do trabalho não havia muito o que fazer. Eu assisto a televisão no meu quarto e já tentei ler livros que peguei na biblioteca.
Eu sinto falta de mexer no meu celular. Como estão as minhas redes sociais? Eu vou comprar um barato quando receber o meu primeiro salário.
Conversar com alguém é uma tarefa infrutífera. As respostas sempre são monossilábicas e é impossível estender qualquer diálogo.
Uma vez deixei a casa e fui conhecer a rua onde estamos. São muitos muros extensos e alguns portões. Durante o período que estive caminhando passaram alguns carros identificados como sendo algum tipo de segurança e apenas um carro pareceu comum.
Eu cheguei primeiro na cozinha no meu horário de almoço. Logo depois Suzana apareceu e se acomodou na minha frente na mesa de seis lugares.
Eu almoço no turno destinado para a governanta e as empregadas. No turno seguinte almoçam o motorista e o jardineiro.
Eu tentei estudar algo na fisionomia de Suzana que indicasse que fizemos sexo a poucos dias. O seu olhar é sério como sempre. Eu pensei em falar algo a esse respeito, mas Cintia e Simone entraram na cozinha.
Um pouco depois, a Sra. Marta começou a trazer os nossos pratos. Como toda a rotina desse lugar, tudo parece ser feito de forma padronizada e automática.
Logo olhei para o prato em minha frente, formado de uma grande salada variada e o que parecia ser um peixe grelhado. O prato é idêntico ao de minhas colegas.
Eu pensei num suculento bife e em churrascos esporádicos que os Silva faziam. Era bom estar todos juntos, como uma família, comendo e contando casos e piadas. Mas ainda é muito melhor que a possibilidade de não ter refeição alguma.
Eu já ajudei a preparar a refeição do turno seguinte e ela é bem diferente. Porque a Sra. Marta não faz igual?
***
Eu havia vindo apenas uma vez na residência dos funcionários dentro da propriedade, no dia que cheguei.
A casa principal tem um silêncio ensurdecedor à noite após o jantar. Carla não parece sair do seu quarto nesse período.
A residência secundária é formada de uma cozinha e vários dormitórios. Eu contei sete portas de quartos idênticos. O silêncio parece tão absoluto como na casa principal.
Eu parei em frente a porta do dormitório de uma das extremidades. Não pensando em nenhuma opção melhor bati de leve na porta e falei:
— Suzana.
A voz que reconheci como sendo de Frank falou:
— É o quarto do lado.
Eu fiquei imóvel e com medo por um instante. O ato pode resultar em uma denúncia para Carla e na minha demissão.
Um pouco depois eu caminhei para a próxima porta. Nós somos adultos e não havia problema em sexo consensual. Mas algumas empresas proíbem qualquer contato íntimo entre funcionários, já ouvi falar sobre isso.
Eu me sinto incomodado em estar aqui. É o meu horário de descanso e sair da casa principal me parece uma quebra de rotina. Seguir a rotina é importante e agradável.
Ainda um pouco indeciso bati de leve na porta e chamei a minha colega de trabalho. Ela pediu para eu entrar.
O seu quarto parece muito similar ao meu. Olhei para Suzana sentada em sua cama. A sua televisão está ligada e ela está vestindo um babydoll simples, mas bonito. O seu rosto está sem maquiagem escura costumeira. Ela perguntou:
— Em que posso ajudá-lo, Sr. Alberto?
Eu detesto a formalidade desse lugar. Eu me aproximei da garota. Ela não parece esboçar qualquer tipo do que pareceria ser uma reação esperada. Eu falei:
— Só vim saber como você está.
De uma forma que a fazia parecer um robô ela falou:
— Estou bem, obrigada.
A sua atenção voltou para um programa de auditório sem graça que estava passando na televisão. Ela até pareceu esquecer da minha presença em seu quarto. Com certa insegurança perguntei:
— Aquilo que fizemos outro dia, você gostou?
Ela voltou a sua atenção novamente para mim. Fiquei um momento em silêncio, parecia estar tentando relembrar. Depois respondeu sem esboçar reações:
— Eu gostei muito.
Ela parecia novamente alienada e sem saber bem como reagir sentei-me na cama.
Ela me olhou sorrindo. Parece ter se tornado outra pessoa e se aproximou falando:
— Deseja fazer sexo Sr. Alberto?
Mesmo considerando que existe algo errado com a situação, eu respondi afirmativamente. Suzana nitidamente tem algum tipo de problema.
A garota apalpou o meu pênis ainda flácido sobre a minha calça de pijama, ao mesmo tempo que moveu para os lados as alças do seu babydoll deixando os seus peitos escaparem para fora.
Eu não resisti e abocanhei um dos seus belos peitos. Eles são quentes, macios e muito bons. Uma das minhas mãos tocaram e acariciaram o seu outro peito. A mão de Suzana deslizou para dentro do meu pijama.
Eu percebi que algo está errado após alguns poucos minutos. Mesmo excitado, o meu pinto não está reagindo aos gostosos toques da garota.
Mas eu percebo a intensa umidade se acumular em minha bunda. Por alguma razão eu estou suando de forma anormal por lá.
Eu tiro a minha boca do peito de Suzana e ela força um beijo intenso. É muito bom sentir os seus lábios, mas o seu toque no meu pinto flácido chega a me machucar. Ela não parece disposta a parar. Me sentindo muito mal com a situação eu tento me afastar e falo:
— Espera, para!
O meu pedido foi atendido de forma instantânea. Ela parou o movimento das mãos e a tirou da minha calça.
A sua fisionomia agradável mudou imediatamente para séria e ela se afastou um pouco, para logo depois olhar para a televisão.
Eu me levantei, já arrependido de ter vindo. Isso nunca havia acontecido, nem em uma masturbação solitária e nem com uma garota.
Senti o suor da minha bunda escorrer pelas pernas. Preocupado eu deixei o quarto com passos rápidos. Pela primeira vez senti o que é brochar.
***
Eu estava aprendendo como preparar mais uma opção de refeição com a Sra. Marta, quando Suzana chegou na cozinha e falou:
— O Sr. Bartolomeu chegou de viagem.
Eu me sinto alarmado por um instante. Eu já estou na casa há uma semana e meia e ele me pareceu algo muito distante, apenas o grande quadro que está na sala.
Nós ainda tínhamos vinte minutos de aula culinária antes de eu fazer academia, mas a Sra. Marta falou:
— Hoje paramos por agora, vou preparar um jantar especial para o Sr. Bartolomeu.
Eu me senti um pouco chateado. Eu gosto de seguir a rotina. Um pouco triste agradeci a ela por mais essa aula e segui para o meu quarto vestir a roupa de ginástica. Eu poderia ficar um pouco mais na academia para ajustar o meu horário.
Em meu quarto me admirei no espelho corporal já vestido para exercícios. A minha barriga havia ficado mais enxuta, mas parece que ganhei um pouco de massa a mais na região das coxas.
Eu estou um pouco enjoado das roupas que recebi ao chegar na casa. Eu poderia aproveitar o meu primeiro salário para renovar um pouco o meu guarda-roupas.
Segui para a academia no andar superior. As empregadas parecem estar mais apressadas que o habitual.
Após a minha série de exercícios eu segui tomar um banho. Após ele usei os meus habituais cremes corporais, mas quando deixei o banheiro eu pude ver algo novo sobre a cama.
Do interior do cabide e do plástico transparente eu olhei por um tempo para o conjunto de casaco e calça pretos e uma cor creme quase branca. A roupa é muito mais bonita que as que eu tenho.
Soltei a nova roupa por um momento para olhar o vidro diferente e bonito sobre a mesa de cabeceira. Um perfume. Experimentei a sua fragrância que me pareceu bastante agradável. No chão abaixo está o que me parece uma sandália preta com um pequeno salto.
Ouvi a batida na porta e mesmo estando sem roupas autorizei a entrada.
***
Me sentindo inseguro e um pouco estranho deixei o meu quarto.
A calça parece errada. É mais curta do que estou acostumado e expõe as minhas canelas. A cintura é mais alta que o normal. As demais peças como a blusa e o casaquinho tem um caimento estranho ao meu corpo. Eu percebi que a roupa parecia mais feminina que masculina.
O meu andar é um pouco estranho. Diferente de um tênis, sinto menos firmeza e uma posição estranha dos meus pés usando as sandálias novas.
Seguindo a exceção da rotina que Carla me passou eu segui para a sala de jantar principal. Estou alguns minutos atrasado e isso me incomoda.
Eu pude ouvir a conversa animada de vozes masculinas. Entrei na sala e imediatamente as vozes se calaram.
Na cabeceira da grande mesa de doze lugares eu podia ver o grande homem. A sua figura parece exalar autoridade e poder.
Ele e um outro homem ao seu lado se levantaram. Ambos estão trajados em ternos elegantes e formais.
Sr. Bartolomeu é um homem grande e alto. Eu me aproximei e demos as mãos em cumprimento. A sua mão parece forte. A sua voz grave e impotente.
O outro homem me pareceu familiar. Por um momento eu me senti incomodado diante dele. Eu acho que já o vi antes em algum lugar.
O Sr. Bartolomeu puxou a cadeira para eu me sentar. Me senti contente com o seu educado gesto. Ele comentou:
— Lembra do Dr. César?
Olhei para o homem novamente e a sua presença não deixa de me incomodar. Mas não consigo pensar em uma razão para isso e respondi:
— Não, senhor,
A minha voz pareceu insegura. Sr. Alberto demonstrou satisfação com a minha resposta e fez uma nova pergunta:
— Está gostando de trabalhar aqui? Carla disse que você está indo muito bem.
A informação me deixou feliz e eu involuntariamente sorri, para depois dizer:
— Sim, estou gostando muito.
Fomos interrompidos pela chegada de Carla perguntando se poderia mandar servir o jantar.
***
Continua…
Espero que tenham gostado.
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