O tempo passou e por uns 2 anos não aconteceu mais nada que me fizesse desconfiar da Marcia, eu era bem pobre e o Luiz era um playboy então não costumávamos ir pros mesmos lugares, por isso não o vi por um alguns anos.
Mas num sábado estava com pouco serviço onde eu trabalhava e eu saí ao meio dia, então umas 17hs eu resolvi ir na casa dela de tarde para combinar um passeio no fim de semana seguinte, chegando na casa dela eu chamei e quem atendeu foi a mãe dela, que por sinal nunca gostou de mim por eu ser pobre, ela queria que a Marcia ficasse com o Luiz, então quando ela me viu no portão disse somente, “ela não está” e fechou a porta, aguardei uns 5 minutos pois várias vezes ela tinha me dito que a Marcia não estava e logo depois a Marcia apareceu, só que desta vez não, ela realmente não estava em casa, resolvi voltar mais tarde e fui embora.
Andei umas 4 quadras pela rua dela e de repente vejo um carro vindo ne minha direção, dentro estava o Caio amigo da Marcia dirigindo e ela ao lado dele, o carro passou rápido e vi que tinha mais duas pessoas no banco de trás mas não consegui ver quem eram, voltei pra casa da Marcia, eu estava de bicicleta então quase consegui chegar a tempo de falar com o Caio, mas cheguei a ver ela descendo do carro, alguém passou do banco de trás pra frente e logo o carro foi embora.
Gritei chamando a Marcia pra ela me esperar no portão, chegando nela perguntei de onde vinha.
Marcia – Oi amor, fui no centro procurar umas roupas pra mim mas não achei nada que eu gostasse, quando eu estava esperando o ônibus pra vir embora o Caio passou e me deu uma carona.
Eu – Entendi, e porque essa cara de cansada? Andou tanto assim?
Marcia – Rodei o centro todo, tô muito cansada, vou descansar um pouco de noite a gente se fala tá bom, vem as 8 tá bom?
Me deu um beijo no rosto e entrou, eu fiquei bem desconfiado da situação, mas fui embora.
Como eu estava de folga e não tinha nada pra fazer resolvi ir naquele bar que falei anteriormente, chegando lá vi o carro do Caio parado na frente e quando entrei vi alguns amigos, o Caio, o André (outro amigo da Marcia que estava no carro também) e tinha um cara negro de mais ou menos 1,90 que eu nunca tinha visto na vida falando pro pessoal.
- Caralho soquei muito, fiz a bichinha gritar pra caralho!
Todos rindo e nesse momento um amigo meu fala comigo.
- E aí beleza, por aqui essa hora?
Eu – É estou de folga, mas diz ai quem gritou pra caralho?
Caio – É que um mané chamou ele pra mão ontem ele tá contando como foi.
Eu – Mané? Mas ele falou “a bichinha”, tava brigando com viado?
Negão – É que ele apanhou muito e começou a gritar feito uma bichinha.
Todos riram novamente e nisso o Caio fala.
- Continua, fala quando tu pegou por trás (risos)
Negão – Então quando a bichinha virou de costas eu soquei mais ainda, sem dó, soquei com vontade, a bichinha gritou, pedia pra parar porque não estava aguentando mais e até chorou, mas eu continuei socando até não aguentar mais.
Nisso todos riram e o Caio completa.
- E depois ainda cuspiu na cara dela (risos)
Nesse momento eu indaguei, se era uma briga como pegou por trás e eles falaram que o cara estava caído no chão e o negão estava por cima, mas o outro cara se virou tentando se defender o que não foi uma boa idéia.
O que mais me incomodou naquela conversa é que o tempo todo eles me olhavam e riam, e o negão quando falava que socou ele batia na mão esquerda de cima pra baixo como se tivesse imitando o ato sexual e não lateralmente como era normal.
Nisso eu questionei o Caio de onde ele vinha e ele me falou.
- Ah sim verdade, até esqueci de te falar, a gente tava vindo da praia e eu vi a Marcia no ponto de ônibus então dei uma carona pra ela blz, prefiro te contar eu mesmo do que alguém vir falar merda.
Eu falei que estava tudo bem e agradeci, cheguei a perguntar de onde ela vinha pra ver se as histórias batiam mas ele disse que não sabia, que nem conversaram ele só deu a carona mesmo.
Eu fiquei com aquilo na cabeça, imaginei muitas coisas, mas ao mesmo tempo sabia que eram impossíveis, a Marcia não era o tipo de garota que sairia com 3 ao mesmo tempo.
Naquela noite quando cheguei na casa da Marcia ela não quis sair, disse que ainda estava muito cansada e meio enjoada também pois a menstruação dela ia descer, ficou comigo por mais ou menos uma hora só e depois entrou pra descansar, no domingo ela disse que desceu pra ela e também não quis sair, disse que estava descendo muito e estava com muito enjoo e dor de cabeça então ela me disse que quando tivesse melhor ia na minha casa, só fomos nos ver na quarta feira.