Ruptura do grupo. Parte 3

Um conto erótico de Novatinho
Categoria: Gay
Contém 3754 palavras
Data: 11/08/2024 19:50:37
Última revisão: 11/08/2024 19:58:51

Era uma salinha simples, com uma mesa retangular e uma mesa de cabeceira. Algumas fotos nas paredes. Em uma delas reconheci meu pai mais jovem. Várias pessoas aleatórias. Havia apenas uma cadeira. Apesar de simples refletia bem a simplicidade de Dona Lúcia. Ainda me sentia envergonhado de ter que pedir a ela esse espaço, mas ela sempre foi muito simpática comigo e me tratava como um neto. Sempre se referia a mim como uma criança alta. Eu a achava hilária ao lado de meu pai. Nunca faltava assunto pra eles.

Não havia passado nem cinco minutos desde a hora que ela me disse que iria ficar pela cozinha ate o momento que eu saísse. Foi uma gentileza que ela me concedeu, pra que eu pudesse conversar com Marcelo e a historia da assinatura vingar pra Léo. Me levantei, ao ver a porta se abrir. Marcelo entrava tranquilo e sem pressa, já eu estava nervoso em saber que tínhamos pouco tempo.

Ao fechar a porta ele foi logo me aliviando. Falou pra Léo que estava com dores na barriga e que precisava usar o banheiro. Tínhamos ainda pouco tempo, fui direto ao ponto e falei que Luiz tinha uma gravação de Léo e Caio transando e usando drogas. E que Léo se sentia preso a ele por isso. Poucas palavras foram usadas, mas Marcelo entendeu perfeitamente. O cara era ligeiro.

- E ai, mano? O que tu me diz? Tem como ajudar?

-Tem algo que não bate nessa história...

- O que?

Ele foi acendendo um cigarro e me deixando apreensivo com seu silencio. Pediu pra se sentar. Pegou uma caneta e começou a rabiscar em um bloco em branco. Achava que ele iria escrever algo mas só estava usando o TOC dele pra pensar. Franzi a testa e chamei a atenção dele.

-Pedro, eu conheci Luiz há bastante tempo. Tinha sua idade na época hoje tenho 22 anos. Ele nunca me encurralou pra fazer nada. Não bate a história.

-Tá dizendo que Léo mentiu?! Eu acredito nele!

- Não, não. Eu acredito nele sim.. O que quero dizer é que apesar de Luiz não ter esse padrão de prender as pessoas, ele tem 3 coisas que ama na vida – então levantou três dedos pra enumera-las. – A primeira é droga. O cara deve ter nascido com um canudo no nariz. A segunda é pornografia. Chega a ser doentio como ele prefere a masturbação ao invés do sexo...

- E a terceira? - perguntei.

- Dinheiro! Um vídeo amador desse com dois heteros se pegando com penetração e drogas...

Marcelo disse que poderia ser um blefe. Luiz já teria vendido o vídeo ligeiro. Ganhado um bom dinheiro. Sem falar que é inconsistente isso dele querer prender o rapaz. A galeria de pessoas que ele tem a disposição... A saída de Léo não iria fazer diferença nenhuma.

Escutando ele dizer isso eu ainda tentei argumentar que Léo era um dos principais junto com o Caio, mas Marcelo nem respondeu só balançou a cabeça com uma careta de que aquilo era uma bobagem completa.

- Como a gente vai descobrir?

- Fácil. Vou agora voltar pra casa. Acordar Luiz e chamar ele pra um motel. Dizer que o vídeo meu que ele tanto quer ele mesmo vai gravar. E que vai custar caro.

- Você vai fazer isso, mano?

- Não sei ainda. Só vou saber quando ele disser se pode me pagar.

- E como entra o vídeo nessa história?

- O pagamento é o vídeo. Vou dizer que tenho o maior tesão em ver Léo e que queria assistir ele dando a bunda a Caio.

- Isso vai funcionar?

- Acredite em mim: Luiz seria capaz de dar até um rim pra me ver em vídeo com meu corpo de hoje.

Marcelo ainda me disse que caso esse vídeo não existisse e fosse apenas um blefe, ele iria descobrir as motivações em prender Léo. De qualquer forma iria demorar, então sugeriu que em meia hora chamasse Léo pra ir embora.

Senti firmeza quando Marcelo saiu da sala e logo em seguida dona Lucia entrou. Parecia que estava só esperando ele sair.

- Meu menino, ligue pra seu pai. Eu vou precisar fechar. Já é quase noite. Essa chuva não vai me render mais nada não. – falou com medo de estar sendo mal educada.

- Obrigado, dona Lucia. Vou ligar pra ele sim, mas já vamos embora daqui a pouco. Só preciso esperar um tempinho. - ela fez que sim com a cabeça e sorriu. Depois me disse algo que jamais esqueceria.

- Rapaz você é muito jovem. Ainda vai viver muito. Aproveite a vida de forma saudável. Você tem um pai que lhe ama independente de quem você queira estar do lado. Conheço ele mais que ele mesmo.

Eu fixava meu olhar nela. Não respondia. Apenas meus lábios não conseguiam se tocar. Parecia que ela já havia criado sua teoria sobre mim. Simplesmente saí.

Quando cheguei na mesa, me sentei ao lado de Léo e com o copo de cerveja indo a boca perguntei por Marcelo.

- Sei lá. Foi no banheiro. Disse que tava se vazando ai quando voltou disse que tinha que sair pra resolver um negocio.

- E saiu nessa chuva?

- Não. Ele conhecia um cara que tava ali na sinuca e saiu os dois num carro. Cara estranho... E a conta deu certo? - logo me sentei e respondi que sim.

Marcelo estava agindo rápido. Talvez nem desse tempo de curtir com a namorada. E tava fazendo tudo isso por um amigo que supostamente estava apaixonado por um cara que conheceu há pouquíssimo tempo. Olhei o celular e vi que estava descarregando. Já tinha passado das 18:00. Gravei um áudio pra meu pai avisando que estava voltando pra casa. Quando fui chamar o UBER meu celular arriou a bateria. Pedi o de Léo, mas ele disse que não tinha levado.

- Home tem medo de água, é? – Léo brincou, mas me fez lembrar que não estávamos longe de casa. E que já estávamos encharcados de água mesmo. Então resolvemos ir caminhando.

Pedi um saco plástico a dona Lucia pra proteger o celular e disse que guardasse nossas roupas lá que no outro dia pegava. Ela ainda me advertiu mas a lembrei da distancia pra minha casa. Logo em seguida me abraçou e depois abraçou Léo. Então saímos só de sunga pela avenida principal.

Durante o percurso não trocamos uma palavra. Só caminhávamos apressados, pois ate os chinelos a gente tinha deixado na barraca. Quando chegamos no meu quarteirão, tamanha foi minha surpresa quando vimos Marcelo entrar no carro de Luiz que logo saiu. Não deu pra notar se eles nos viram, mas pouco importava. Léo comentou que agora fazia sentido Marcelo ter saído com tanta pressa. Com certeza ia curtir com Luiz.

- tá vendo, Pedro? Seu pai lá no hospital com Caio e esse zé buceta saindo com Marcelo pra fulerar. Eu sempre tive certo.

- Calma home, nem tudo que parece é.

Quando chegamos na calçada de casa. Bati com a mão na cabeça e Léo logo se ligou.

- Esqueceu a chave num foi?

- Minha cópia tava na bermuda.

- E agora?

- Acho que a gente vai ter que arrodear a rua. Entrar pela área da piscina -dizia enquanto o conduzia através da rua.

- É o que home? Aqui tem piscina e ainda a casa vai de ponta a outra do quarteirão.

- É. Sabia não? – falei como se fosse natural esse tipo de casa. – Achei que vocês sabiam.

-Nem! E lá não tem chave?

- Tem né? O caseiro que cuida da limpeza da piscina e do jardim mora mesmo em frente. Ele tem uma cópia. O Problema é que não tem como entrar na casa. Que os fundos tá trancado também.

- Já vi que vamo continuar na chuva...

-Relaxa. Lá tem um quarto bem grande, com cozinha, banheiro... vai dar certo!

- Rapaz o seu pai é brabo mesmo.

-Ele gosta de conforto. O home trabalha muito. Pra mim tanto faz... Oh ele tá em casa. A luz da sala tá acesa. - falei apontando pra casinha do caseiro.

Tentei explicar a situação ao caseiro , mas antes que eu terminasse ele já entregou a chave na minha mão. Léo ria da situação enquanto eu abria o portão. Dizia que o cara estava era nervoso de ter batido na casa dele.

Quando entramos Léo deu outro surto e pulou na piscina, gritando feito um abestalhado. Pra ele aquele espaço era coisa de outro mundo. Pra mim era apenas... minha casa.

- Pula, Pedro!

Não pulei mas me sentei na borda. Léo se aproximou e falou o quanto o ambiente era bonito. Perguntei se ele queria beber ainda, mas ele pousou suas mãos apoiadas em minhas pernas e só disse que não e que queria tirar a lombra da cerveja, logo não precisava mais beber. Sugeriu que eu fizesse o mesmo. Então cai na piscina.

Ficamos um tempinho mergulhando até que nossos corpos se esbarraram. Ficamos tão próximos um do outro que ali mesmo rolou um abraço ele me deu um beijo no pescoço que me fez arrepiar todo. Foi me conduzindo pra o canto da piscina me encarando e nossas sungas se encostavam uma na outra. Ficamos esfregando os paus pelas sungas um do outro e com o rosto bem próximo que só bastava uma pequena iniciativa de um de nós dois pra esse beijo finalmente acontecer.

Quando menos esperava a natureza nos enviou outro grande trovão que nos afastou com outra careta de susto em ambos.

-Só pode ser brincadeira isso. - Léo falou e começou a rir.

Eu aproveitei a deixa pra sair da piscina e ir no quarto pra colocar o celular pra carregar.

- Você não vai vir não? Tô com frio e um pouco com fome – falei.

- É eu também tô com vontade de bater um rango – e veio logo atrás de mim. Foi quando o nervosismo bateu.

Quando entrei no quarto não conseguia ver o tapete então saí em direção ao banheiro mas também não achei toalha. Estava tão nervoso que sapateei o ambiente todo sem nem sequer ligar a luz. Léo surgiu na porta ligando a luz, que por coincidência era a mais fraca do ambiente, e perguntando se eu ainda estava embriagado.

- Acho que sim. O pior é que o quarto tá todo molhado. – fui logo colocando meu celular no carregador universal do quarto.

- Esse quarto tá mais pra um apartamento -falou.

Léo entrou e trancou a porta. Fingi que não tinha notado. Logo ele viu uma toalha em cima da cama e começou a se secar.

-Achou? - perguntei.

-Ela tava bem fácil na verdade. Você que tá voando.

Fiquei em sua frente esperando terminar pra eu me secar. Os trovoes nessa hora já estavam fortes. Ele se aproximou e pra aumentar ainda mais meu nervosismo, começou a me secar. Passou a toalha por todo o meu corpo. Eu tremia enquanto nos olhávamos. Ele ria pra mim e eu pra ele. Meu nervosismo me deixou excitado a ponto de não conseguir falar nada. Era surreal aquele momento. Ele colocou as mãos em minha cintura.

-Calma... não precisa ficar nervoso. Eu tô aqui.

Eu respondia com o olhar refletindo insegurança. Ele olhou pra o volume na minha sunga e continuou.

-Você tá excitado... Não quer dizer que tem que ser hoje. Eu já disse que tem que ser na hora certa.

-Você quer isso? – perguntei.

- Como nunca. E você?

Fiquei calado. Léo parecia tão nervoso quanto eu esperando minha resposta. A ausência de droga dá uma perspectiva mais emocionante pra situação. Parecíamos dois jovens se descobrindo. Ao contrario do que eu pensava, ali não seria somente a minha primeira vez. Era a primeira vez de Léo também, que já até removera suas mãos de minha cintura tamanho era o nervosismo dele. A primeira vez que ele iria transar com outro homem sem o uso de droga e pra ele seria mais difícil pois iria estar numa posição não muito confortável.

Era frio, mas tanto eu como ele tremíamos e olhávamos um ao outro como que nos fazendo internalizar aquela memoria antes do sexo. Olhávamos o corpo um do outro sem trocar palavra alguma. Passamos vários minutos nos olhando até que minha resposta veio da forma mais imprevisível pra mim, pois Léo sentia que ali eu iria ser o divisor de águas. Seria o cara que ia impor a força que quebraria a barreira que impedia esse magnetismo entre nossos corpos de se encontrarem. Havia uma explosão em mim que me fez aniquilar aquela parede que nos dividia.

Puxei Léo ao meu encontro e corpo a corpo nos juntamos com os rostos colados quando finalmente nos beijamos. O beijo mais caloroso e sensual que já tive. O conduzi pra cama e não conseguíamos parar de nos beijar. Éramos dois leões famintos de desejo. O beijo era a intimidade sendo colocada como ápice de nossa expectativa.

Roçávamos um ao outro em meio a ruídos de tesão. Léo me virou e desceu a boca, trabalhou a língua lentamente em meu peito e olhava pra mim com a cara de desejo que vislumbrava com mais vivacidade quando os relâmpagos iluminavam brevemente aquele quarto.

Minha ansiedade em tudo aquilo me fez puxá-lo de volta a minha boca e assim tiramos as sungas em instantes. Sussurrava no ouvido de Léo o quanto queria que ele me mamasse. Quando ele desceu eu precisei me segurar pra não extrapolar nos gemidos, mas lembrei que a casa era nossa e estávamos fora do radar de todos. Ele praticamente se alimentava do meu pau. Enquanto punhetava o seu. Quando o puxei de volta ele sentou-se em cima de mim. Eu só conseguia admirar suas pernas bem desenhadas e as alisava vendo seu pau latejar batendo em meu abdômen enquanto ele alisava meu peito com uma cara de desejo tão intensa que em momentos achava que ele iria me devorar de tanto tesão. Roçava em cima de mim sem perder a masculinidade que tanto me atraía.

Ao me beijar pediu pra eu ficar por cima dele. Eu já imaginava que a hora da penetração estava chegando e foi o que houve. Como não havia lubrificante, ele usou a saliva e conduziu meu pau ao orifício dele. Era tão apertado que quando entrou a cabeça ele soltou um ruído de dor e gemido. Me dizia pra ir devagar com um tom que me fazia entender que era pra ignorar e simplesmente fazer do meu jeito. E fui com meu cacete todo dentro dele. Ele urrava e as vezes rebolava em meu pau enquanto eu deixava tudo aquilo acontecer.

Quando ele notou que eu estava prestes a gozar, tirou-a e se colocou em posição de frango e me disse que era pra gente gozar junto, que queria olhar nos meus olhos quando eu gozasse. Antes de penetra-lo olhei pra madeira dele e me veio a imagem de sua tatuagem bem ao lado: " me chupa". Eu taquei o foda-se e só obedeci ao meu tesão. Queria que ele entendesse que aquilo era não só vontade dele mas a minha. Então pela primeira vez mamei um pau na vida. E ele gritava e pedia mais e mais. desci minha língua e babei seu saco ate chegar em sua entrada que piscava pra mim. Quando mirei a penetração ele me olhou com uma cara de puto e mandou eu meter a minha piroca com força e que o fizesse gozar com o meu pau enterrado nele. Foi a deixa pra eu fazer o que eu ansiava. Penetrei sem pena e metia com tanta força que a cama não suportava o equilíbrio no seu ponto. Ele gemia e se masturbava com um nível de safadeza que nunca tinha presenciado nele.

Quando fui chegando ao ápice ele foi acelerando a punheta e pedindo pra eu leitar ele com toda força que podia e eu me tremia de tesao. Era aquele momento em que quando ele gozou antes de mim eu jorrei tudo que tinha dentro de mim e nos olhava com a mais intensa sensação de prazer que mal conseguiria descrever em palavras.

Ele conseguiu atingir um dos seus jatos no próprio rosto e fui limpar com a língua antes de finalizarmos o sexo com outro longo intenso beijo enquanto todo o seu leite se dispersava entre nossos abdomens ao nos abraçarmos encerrarmos o que era tão esperado por nós.

Fomos tomar banho sem palavras apenas com o rosto cheio de alegria. Estava feliz de verdade por ter perdido minha virgindade com ele. Aquele ato não foi pra mim apenas o fim de um ciclo com os meus desejos de juventude e sim o inicio de algo bem maior que atravessaria barreiras inimagináveis meses depois.

Quando nos secamos, foi preciso ficarmos apenas de toalha pois não havia roupa ali. Então fomos preparar um lanche pra depois sabermos o que fazer em seguida. Resolvi ligar o celular e ao iniciá-lo mensagens dispararam. Notei logo diversas notificações de Marcelo. Enquanto fingia não dar importância as mensagens, fui tentando puxar assunto enquanto comíamos os sanduiches que preparamos na cozinha americana. Léo também puxava assunto comigo. Me perguntando da minha rotina. O que pretendia fazer da vida. Eu respondia com empolgação queria que ele sentisse que estava tendo atenção, enquanto eu mirava as mensagens. Não deixava o silencio tomar de conta sequer um minuto. Então já perguntava coisas dele como sua família, suas amizades, como ele se interessou por skate. O que ele faria quando tivesse a liberdade que tanto queria. Todas as respostas eram bem rápidas e generalistas, porem uma especificamente foi bem desenvolvida: a ultima.

-Ah cara! A primeira coisa que vou fazer é me desintoxicar. Quero deixar tudo! Inclusive a bebida. Ela puxa a vontade sabe. Depois quero fazer algum curso. Ter uma profissão. Quero falar pra meus pais que sou feliz. Quero dar orgulho a eles. Depois quero ter um canto pra mim. Poder trabalhar. Me sentir útil. Mas eu sei que só vou conseguir isso se eu me afastar daquela cidade. Eu sei que é onde eu nasci e cresci, mas com as pessoas que eu convivi e que conheço hoje em dia, será difícil pra eu deixar. Quando eu estiver bem de vida quero ter uma companhia. Uma mulher pra que eu possa sentir algo – nesse momento ele olhou pra mim.- ou quem sabe até um homem. Não sei o futuro que vai dizer. Mas só acredito nisso se um dia aquele cara me deixar livre de tudo.

Eu penetrava meus olhos pesados nele. Não sabia se era a bebida ou as poucas horas de sono, ou o sexo intenso. Talvez a combinação de todos. Meu olhar pra ele era através da alma. Era como se quisesse ver além daquela manifestação verbal.

-Você definitivamente é uma pessoa diferente do que pensei.

- E o que você pensava de mim?

-Achava você antipático quando chegou aqui. Só queria ficar no quarto trancado. Só saía a noite. Não falou muito comigo. E depois de ontem achei que só gostava de curtição sem pensar no dia de amanhã.

- Eu fiquei assim por que não queria vir pra cá. Luiz que quis que eu viesse pra conhecer Marcelo e esse festival. Na verdade, queria estar em casa. Eu sabia que estando com ele uma semana, usaria muita droga. E a droga você já viu que muda a pessoa.

Léo prestava atenção em mim a todo momento e quando silenciou, Eu falei que havia uma esperança, mas precisava ver algumas mensagens. Ele ficou com cara de interrogação. Logo fui ver as mensagens de Marcelo:

“Pedro vou te mandar áudios te explicando tudo. Escute no ouvido. Não deixe Léo escutar. Você vai precisar dizer isso pra ele mas é melhor do seu jeito".

Teclei pra iniciar uma sequência de áudios e condunzi o celular ao ouvido.

Áudio 1: "Cara, tem duas noticias uma boa e a outra ruim. A boa é que Luiz não tem essa gravação. Ele me falou que não iria adivinhar que tinha acontecido aquilo lá. E que as câmeras eram apenas por segurança".

Áudio 2: "A ruim é que a chantagem vem de Caio. Ele de alguma forma conseguiu o vídeo escondido de Luiz e fez uma cópia pra ele. Depois deletou do servidor do Luiz.

Áudio 3: "Depois disse pra Luiz que falasse a Léo sobre o vídeo, ou ele que iria expor ele por aliciar menores a pornografia. Luiz ficou com medo de Caio por tudo isso. pelo fato de ser viciado".

Áudio 4: "A prisão de Léo não é Luiz, Pedro. É o Caio".

Áudio 5: "Vocês precisam encontrar o celular de Caio e deletar vocês mesmo. Agora não é mais comigo. Fiz o que pude".

Áudio 6: "Antes que você pense que Luiz está mentindo vou adiantando que não tá. Falei pra ele que gravaria um vídeo solo com ele mesmo me filmando. Mas que meu pagamento seria ver um vídeo de Caio comendo Léo, como havia combinado com você".

Áudio 7: "Ele disse que nada feito. Não tinha como me pagar. Por que não tinha isso especificamente. Então disse que Caio me falou sobre essa gravação da casa. Ele disse que Caio não disse isso por que a verdade era outra. Ai ele me falou tudo".

Áudio 8: "Eu conheço o Luiz. Ele tá falando a verdade. Vou ver minha gata. Agora é com vocês".

Fiquei extasiado depois de ouvir. Meu semblante preocupou Léo. Eu não sabia nem por onde começar. Não tinha muito tempo pra enrolar então resumi. Ele me olhava incrédulo. Não sabia o que ele estava sentindo. Em seguida ele pediu pra ouvir os áudios.

Ele Não ficou muito surpreso no final sabia que tinha o dedo de Caio só não sabia que seria a mão inteira.

-A gente precisa achar o celular dele - falei.

Leo não disse nada. Apenas transfigurou uma raiva que conseguia me fazer sentir todo aquele emaranhado de mentiras e traições. Ele depressa saiu do quarto e ficou a beira da piscina olhando pra baixo. Eu na porta só observava.

Ele se jogou na piscina com um mortal lindo de se ver. Demorou a subir com um longo mergulho. A situação estava mais pra um descarrego de raiva do que o surgimento de outra tragédia. Quando ele emergiu na piscina gritava pra mim algo inaudível. Os sons fortes dos trovões me impedia de ouvir. Ele repetia mas só conseguia ouvir partes do ele dizia, mas notava um rosto transfigurado de ódio. Ao me aproximar ele somente falou que aquilo era o fim de Caio e Luiz. E complementou:

- Eu vou jogar toda essa merda no ventilador. E seja lá o que acontecer eu vou sobreviver.

Eu estava enganado.

Continua...

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Comentários

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Assim você me mata do coração, cara!! Sua escrita é viciante. E essa cena de sexo e paixão então, pqp...sensacional!

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