Meu nome é Beatriz, ou Bia, para os mais íntimos.
Tenho o péssimo costume de sair para as baladas todo final de semana, isso desde que me entendo por gente, antes bancado pela minha mãe e meu pai, que pagava pensão. Nunca fui de estudar e, ao sair da escola, entrei para os famosos nem-nem. Nem estudava nem trabalhava. Meu querido pai aproveitou a oportunidade e parou de pagar a pensão. Consegui fazer ele me dar algumas mesadas por mais um tempo, mas eram raras e inconstantes.
Aconteceu que minha mãe veio a ficar desempregada e, logo no primeiro final de semana, não estava nem um pouco a fim de ficar em casa no sábado à noite o que nos levou a discutir de manhã até o final do dia, até que ela resolveu ir na casa de uma amiga para espairecer. Nossa discussão foi até a garagem, enquanto ela abria o portão, entrava no carro e saia, deixando o portão aberto para eu fechar.
Seu Roberto, nosso vizinho, que estava na frente de sua casa na mesma, hora acabou ouvindo parte de nossa briga e, assim que o portão da garagem fechou, ele aproximou-se, perguntou se estava tudo bem e, claro, por estar brava, respondi na lata que não estava e acabei desabafando, meio que por cima, o que havia acontecido. Para minha surpresa, ele pegou a carteira, tirou duas notas de cem Reais e me entregou.
– O que é isso? – perguntei incrédula.
– É para você sair com suas amigas!
Olhei para o dinheiro, depois para seus olhos afetuosos e disse:
– Desculpe, seu Roberto, mas não posso aceitar!
– Não se preocupe. – ele falou ainda estendendo a mão – A nossa empregada faltou semana passada e a Gabriela teve que limpar toda a casa. Se você quiser, você passa aqui na segunda e faz uma faxina e estaremos quites.
O único pensamento que me deixava indecisa em aceitar ou não o dinheiro era o fato de que, o que o senhor Roberto tinha de amistoso, a dona Gabriela tinha de antipática. imagine uma vizinha chata que implica com tudo e todos e você vai ter ideia de como ela é.
Do outro lado, para quem nunca tinha trabalhado na vida, receber o pagamento antes de fazer o serviço era tudo de bom. Então, coloquei nossas diferenças de lado, peguei o dinheiro, agradeci e corri para casa para me trocar. O dinheiro não era muito, mas pelo menos eu não precisaria ficar em casa assistindo tv a noite toda.
Assim que cheguei em casa encontrei minha mãe na sala e começamos a brigar. Para não contar a verdade, disse que uma amiga me emprestou o dinheiro, o que a deixou ainda mais irritada, já que não teríamos como pagar o empréstimo, então, dei a única resposta que me veio:
– Eu vou arrumar um emprego, pode deixar!
Me conhecendo melhor que eu mesma, ela começou a rir descontroladamente. Isso subiu meu sangue de tal forma que eu gritei:
– Você vai ver, mãe! Vou pagar minha amiga e ainda vou ter dinheiro para sair todo fim de semana!
Gargalhando, minha mãe saiu de meu quarto me deixando enfurecida, tanto que, no domingo, nem conversamos, apenas ela aproveitou para tirar sarro de mim sempre que nos encontrávamos.
Na segunda-feira, assim que minha mãe saiu para fazer um bico na loja de uma amiga, fui até a casa do senhor Roberto para faxinar sua casa e poder esfregar na cara da minha mãe, mas assim que eu toquei a campainha, quem atendeu a porta foi sua esposa chata:
– Ah, é você?
Fiquei receosa ao vê-la, mas obedeci a ordem que ela deu em seguida:
– O Beto falou que você viria limpar minha casa hoje, pode entrar!
Enquanto caminhávamos até os fundos da casa, onde ela mostrou os produtos e equipamentos de limpeza, ela aproveitou para perguntar sobre minha mãe, mais especificamente sobre o desemprego dela, com um arzinho bem cínico.
– Ela tá se virando! – limitei-me a responder.
Na lavanderia, antes de sair, ela falou:
– Espero que saiba o que está fazendo!
Cinco minutos com ela e eu já estava me arrependendo, e estava pronta para dar uma resposta bem mal-educada, mas me contive quando ela disse que estava de saída para o trabalho e, no fim do dia, acertaria comigo.
Eu sempre ajudei minha mãe a cuidar da casa, então não tive tantos problemas assim, o maior obstáculo foi limpar a casa inteira sozinha, o que me deixou exausta.
Perto das cinco horas, seu Roberto chegou. Educado como sempre, me cumprimentou e elogiou o trabalho, sentando na poltrona enquanto eu dobrava as roupas que havia tirado do varal. O estranho foi o fato de ele ter apenas pego uma cerveja e sentado lá, sem ligar a televisão, jornal ou celular e ficar apenas vendo eu trabalhar. Confesso que fiquei um pouco encabulada, ainda mais pelo fato de eu estar usando uma bermuda leggings e um top por conta do calor, e, quando olhava para ele, eu dava um sorriso amarelo e ele correspondia com um sorriso de orelha a orelha e levantava a garrava de cerveja como se brindasse comigo.
Por sorte, dona Gabriela não demorou para chegar e foi logo dizendo que, para uma menina como eu, até que estava bom o trabalho.
Aquilo me enervou, mas eu estava cansada demais para brigar e, quando ela abriu a carteira e me entregou duzentos reais, a raiva passou e uma confusão instalou-se em minha cabeça.
– O que é isso?
Falei sem pensar, o que fez com o casal risse da minha inocência, pelo menos devia ser o que a dona Gabriela pensava.
– É seu pagamento, bobinha! – ela disse – Ou você quer trabalhar de graça?
Olhei para seu marido que apenas assentiu com a cabeça, então eu entendi que ele não havia contado sobre o adiantamento o que me deixou feliz por receber duas vezes pelo mesmo trabalho. Combinamos de eu voltar lá na próxima segunda, o que eu concordei na hora.
Em casa, esperei minha mãe com o dinheiro sobre o sofá, enquanto eu beliscava uns salgadinhos assistindo à televisão. Minha mãe mal acreditava no que via e teve até que ligar para a dona Gabriela para confirmar. Em seguida, ela me disse que eu deveria pagar minha amiga, o que eu concordei. Como eu não havia falado valores, e ela não saía ha tempos, acreditou quando eu disse que tinha emprestado apenas cem reais e que agora tinha dinheiro para o próximo sábado.
Na sexta-feira, minhas amigas combinaram de ir à um barzinho, o que eu topei na hora, porém, sentadas à mesa, bebendo sem parar, acabei gastando quase todo o dinheiro e só me dei conta da besteira quando elas combinaram de ir em uma balada que inauguraria neste final de semana. Como eu não queria ficar em casa enquanto minhas amigas se divertiam sem mim, me bateu um desespero que só foi amenizado quando eu dormi, mas voltou com força quando eu acordei, já perto do meio-dia.
Nessa hora só me veio uma ideia na cabeça; fui até a calçada e fiquei sentada no degrau por um bom tempo, apenas esperando o senhor Roberto abrir o portão para sair para falar com ele:
– Tudo bem, seu Roberto?
Ele abriu um sorriso, me olhou de cima a baixo e respondeu:
– Melhor agora, princesa!
Fiquei sem graça, mas não me deixei abalar.
– Então! – falei e dei uma pausa para criar coragem – Será que o senhor não poderia me adiantar o valor da limpeza como fez na semana passada?
Sua expressão me deixou claro que ele negaria o pedido, então fui rápida.
– Eu prometo que dessa vez eu devolvo o dinheiro depois que a dona Gabriela me pagar!
Ele olhou para um lado, depois para o outro, pegou a carteira e me deu o dinheiro.
– E não precisa devolver, depois a gente acerta.
Sem nem me dar tempo para agradecer, ele acelerou e logo o carro virava a esquina.
Com o dinheiro em mãos, sai com minhas amigas a noite como sempre fizera e, na semana seguinte, tudo se repetiu, e na outra, na outra, até eu perder a conta.
Num sábado, que tinha tudo para ser como os últimos, eu fiz o que fazia quase todo dia, sai bem cedo para fazer uma caminhada pelo bairro, porém, nesse dia, seria bem diferente.
Ao passar na frente da casa do seu Roberto, eu o vi no portão. Ele acenou para mim e eu fui ver o que ele queria.
– Sabe o que é, Bia, a Gabriela mandou eu arrumar minha oficina, mas limpar não é o meu forte.
– Então o senhor quer que eu limpe para o senhor?
Respondi com um sorriso de quem estava sendo muito esperta.
– Se você não se importar?
– Claro que não, seu Roberto! Por tudo o que o senhor fez por mim, é o mínimo que eu posso fazer!
Fomos até a tal oficina e, para minha surpresa, estava tudo limpo e organizado. Olhei para o seu Roberto e falei:
– Mas está tudo arrumado!
Ao me virar, vi ele parado em frente a porta fechada.
– Está sim, eu sei! – Ele apoiou a mão em uma mesa – Mas mesmo assim eu queria cobrar as ajudas que tenho te dado nesses últimos meses.
Não sei se foi intencional, mas ao seu lado havia um calendário e me dei conta de que havia se passado quase três meses que eu tinha a mesma rotina.
– Mas, como o senhor quer que eu pague? – perguntei balbuciando.
Ele abriu o zíper da calça e a abaixou, juntamente com a cueca, deixando seu cacete grande duro à mostra. Meu coração batia tanto que parecia que iria sair pela boca. Levantando a cabeça, seu Roberto me encarou e disse, com toda a calma do mundo:
– A gente pode manter tudo como está, com você faxinando a casa na segunda e eu pagando dobrado no sábado. – com sua mão, ele masturbou-se na minha frente, bem lentamente – Eu só quero que você me faça uma chupetinha de vez em quando!
O primeiro pensamento que me veio foi o de fugir dali, mas minhas pernas não me obedeciam e, percebendo minha hesitação, ele disse:
– A Gabriela não gosta muito da sua mãe nem de você. – apesar de toda a tensão da situação, ele continuava a se masturbar – E ela só a aceitou aqui porque ela odeia limpar a casa e eu insisti muito apelando para a situação financeira complicada em que vocês se encontram.
Finalmente ele soltou seu cacete, mas não parou de falar:
– Cabe a você, princesa, decidir o que vai fazer.
Ele afastou-se da porta e encostou na mesa, deixando o caminho da porta livre.
Toda a imagem que eu tinha do senhor Roberto ruiu naquele momento. O homem bondoso e generoso e amável, tinha se tornado um tarado que só queria se aproveitar de mim.
Percebendo minha indecisão, ele pegou a carteira e novamente tirou duas notas de cem reais, colocando-as ao seu lado na mesa.
– Temos um acordo?
Nesse momento um filme me passou na cabeça, recordando-me das brigas de meus pais, da separação, dos finais de semanas intermináveis que eu passava sozinha, e de como minhas amigas me ajudavam a suportar esses momentos, das vezes que o senhor Roberto tinha ido em casa para consertar o chuveiro e das reclamações de sua esposa que começavam quando eles entravam em casa até a hora de saírem.
Isso me fez colocar algumas culpas nas pessoas envolvidas, como minha mãe que não tinha dinheiro para eu sair, no meu pai que vinha visitar só em datas especiais, e às vezes nem isso, mas o que serviu como último incentivo foi me lembrar de um dia eu saí de casa para ir à uma festa vestindo um vestido bem curto e justo e eu ouvi a dona Gabriela sussurrando para o marido:
– Essa aí logo logo aparece com uma barriga pra mãe dela cuidar.
Me subiu um calor e fui na hora brigar com ela, xingando-a de filha da puta pra baixo e, sem mudar a cara de peixe-morto que ela tem, ela respondeu:
– Só estou falando a verdade, meu bem!
Abaixei e peguei uma pedra para arremessar, mas, para sua sorte, o seu Roberto estava chegando em casa na mesma hora e segurou minha mão e pediu, quase implorou, para eu ir embora que ele iria resolver com a esposa.
Não sei o que eles resolveram, só sei que no dia seguinte ela me pediu desculpas e colocou a culpa no vinho barato que o marido tinha comprado. Só aceitei o pedido pelo fato de o senhor Roberto estar ao seu lado e fazê-la prometer que nunca mais falaria assim comigo.
E foi esse pensamento que fez com que eu me aproximasse do senhor Roberto, ajoelhasse na sua frente, segurasse sua rola com minhas mãozinhas delicadas e, com os lábios unidos, desse um beijo estalado na cabeça melada que ele me oferecia.
Eu não era uma mulher muito safada, acho que entre minhas amigas eu era até a mais recatada, mas eu tinha quase certeza de que nenhuma delas deveria feito o que eu fiz, aceitar fazer sexo oral em um homem com o dobro da idade e ainda mais por dinheiro.
Abri a boca e deixei seu cacete adentrar em mim, chupando timidamente, contida, mas aos poucos acelerando meus movimentos, até tirar um gemido de meu vizinho, além de um elogio que fez meu tesão ir às alturas.
– Isso, Bia! Assim! Puta que o pariu! Que boquinha é essa! Nunca recebi um boquete melhor em toda minha vida!
E isso que eu só tinha começado.
Comecei um vai e vem rápido, deixando minha saliva escorrer abundante pelo queixo, fazendo um boquete todo babado e barulhento, empurrando a cabeça tanto quanto eu conseguia, e mesmo assim conseguindo colocar apenas um pouco mais que a metade de sua rola dentro de mim, uma rola grande e diferente dos meus rolos do passado.
– Olha pra mim!
Ouvi a ordem e obedeci. Levantei a cabeça e fiquei uns instantes parada, com meia rola dentro da boca e fiquei admirada ao ver o êxtase que a expressão de meu vizinho evidenciava.
– Você não faz ideia de quantas vezes eu imaginei você assim, Bia!
Aquelas palavras me acertaram em cheio e acelerei a cabeça, ao mesmo tempo que as mãozinhas punhetavam o restante do pau babado que não cabia em minha pequena boca.
Com um movimento rápido, suas mãos suadas e fortes me agarraram a cabeça, e, se antes era eu quem o chupava, agora era ele quem fodia minha boca com um intensidade que me fazia perder até a noção de onde eu estava.
O som aquoso que saia de minha boca era ensurdecedor e o ar que eu tentava respirar era muito pouco para saciar meus pulmões. Agarrei-lhe as pernas e cravei minhas unhas em suas coxas, fazendo com que ele olhasse para mim, porém, ao invés de compreensão, o que seus olhos apresentavam eram raiva e luxúria como eu nunca tinha presenciado.
– Larga minha perna, vagabunda!
Fiquei apavorada com aquele ser que estava longe de ser o meu querido e atencioso vizinho. Agarrei no pé da mesa atrás dele para ter um apoio e em minha camiseta, puxando-a para baixo, esgarçando seus elásticos, buscando um pouco de alívio na curra oral que a que eu me submetia.
Desse ponto em diante, não nos demoramos muito e, diferente de todas as poucas vezes em que eu havia chupado algum dos meus namorados ou ficantes, o senhor Roberto não afastou minha cabeça, nem ao menos avisou que estava perto de seu orgasmo, ele simplesmente começou a gozar em minha boca, enchendo-a com seu leite quente e viscoso que eu, por conta da surpresa e inexperiência, não conseguia nem engolir nem respirar, ainda mais com ele a continuar fudendo minha boca, apesar de meus soquinhos fracos em suas pernas.
Quando ele finalmente me soltou, tombei para trás, sentada, tossindo e tentando desesperadamente recuperar o ar ao qual havia sido privada. As duas notas de cem apareceram bailando em minha frente até chegarem ao chão e caírem em uma poça de saliva e porra.
Humilhada, olhei para cima e tive que ouvir a degradante frase:
– Bia, seu boquete valeu cada centavo!
Em seguida, Roberto arrumou as calças e, antes de sair da oficina, falou:
– Te vejo segunda!
Nem tive tempo de responder, nem coragem também. Fiquei sentada por um tempo, pensando na situação à qual eu havia me sujeitado e tentando entender que tudo aquilo era real. Finalmente levantei-me e fui para casa, desviando da cozinha onde eu ouvia os sons de talheres tilintando nos pratos.
Em casa tomei um banho demorado e fui para o quarto e só acordei com minha mãe entrando toda feliz trazendo uma novidade.
– Filha! Consegui um emprego novo!