A republica dos Machos (27)

Um conto erótico de Yuri
Categoria: Homossexual
Contém 1204 palavras
Data: 13/08/2024 20:25:34

XXVII

XXVII

Em período próximo a fechamento de semestre, era comum encontrar tudo entregue às moscas na casa.

"Aqui até os mosquitos são putos", pensei estapeando um que me mordia as canelas.

Por pouco, Fabrício não me pegava exatamente quando passei pela sala às escuras, apenas a lanterna de parede dele iluminava uns papeis e a ele próprio derreado sobre o punho, dormindo.

- Tadinho deve tá cansado... - eu sussurrei e sorri "ele ia amar levar uma mamada" mas me controlei.

Eu voltei a caminhar pé ante pé sem olhar para frente apenas a luz do banheiro do meio estava acessa quando passei por ela, ouvindo os zumbindo de máquina ligada.

- Ei! - bradaram.

"Porra!", pensei, sem me virar de imediato. "Para de fogo Yuri, se você quiser, pode dizer não...", eu voltei de costas e acenei para Pedro.

- Oi...

Ele raspava o peitoral deslizando a máquina por sobre a barriga.

- Tá livre agora? - ele perguntou.

Eu não resistia a rola. Era algo dentro de mim. Uma força mais forte me atraía direto para aquela imagem de homem nu pronto para foder.

- Eu... - vacilei querendo resistir.

Pedro uniu as sobrancelhas.

- Que foi não fez a chuca?

Era uma excelente desculpa para evitar sexo anal "eis a oportunidade" pensei mas a visão daquele homem na minha frente me perguntando se estava livre, era muito difícil dizer não simplesmente.

- É... não... - forcei.

- Que vacilo Yuri. Um bom passivo tá sempre pronto...

E sorriu safado descendo a maquina até a altura dos pelos acima do pênis. Ele sabia que meus olhos seriam atraídos para aquele ponto.

- Ainda posso mamar... - falei engolindo saliva.

Ele abriu um sorriso ainda mais cafajeste.

- Assim é que eu gosto!

"Quando na vida vou ter essa oportunidade novamente?", eu me convencia, entrando no banheiro, e abrindo a boca sedenta.

Eu chupei o pau de Pedro dando atenção as bolas que ele havia "podado", os pelinhos faziam cocegas na minha língua. A modéstia que se foda! Eu mamava uma rola assim como Simone Biles salta um cavalo.

- Tá cada vez melhor!

E o reconhecimento pelo bom desempenho vinha, Pedro disse assim que terminei de engolir sua porra.

Mas eu precisava era dar faço aos estudos.

Eu entrei no quarto e pela primeira vez desde que havia chegado na Republica, travei a entrada da porta. Meu corpo pedia cama. Adormeci pensando em arrumar algumas peças de roupas para passar uma semana na casa do Maicon.

E acordei com Betão em cima bem rente ao meu rosto o calor do corpo dele e o seu cheiro estavam bem no meu rosto. "Eu estou com o halito ótimo para uma conversa tão próxima", pensei me remexendo debaixo dele praticamente.

- E aí? - falou.

- Oi pra você também... - respondi.

Ele falava baixinho com a cara bem próxima da minha, quase furando meu nariz com o seu:

- Os caras estão loucos atrás de você - ele confessou - fala baixo, eu disse a eles que você não estava em casa.

- Eles quem?

Betão contorceu o rosto gozando com a minha cara:

- Juarez, Fabrício e Duval, todos procuraram por você enquanto tu dormia.

- Que horas são?

- Tarde, tipo umasVocê ainda, nada?

Eu olhei para o centro das pernas dele. Betão abaixou a cabeça até tocar com o queixo o alto do peitoral, e sacodiu. Uma ideia passou pela minha cabeça.

"Não custa tentar não é?", pensei comigo mesmo "ele já tentou de tudo mesmo se não der certo não será culpa minha e eu me livro de uma vez".

- Eu não curto caras - ele disse - só para você saber si...

- Tá, tá, isso não é importante - "já estou na canoa furada da mentira mesmo" - só confia em mim...

- É um comprimido então? - ele perguntou.

- Não, não...

- Então o quê? - parecia um menino ansioso.

- Fecha os olhos - pedi.

- Agora?

- Não, amanhã - falei meio impaciente - claro que é agora Betão.

Estávamos a um palmo de distância, dava para ver as marcas das cicatrizadas de espinhas há muito superadas.

- Mas você precisa sair de cima de mim antes né? - falei baixinho também.

Ele sorriu e sentou-se na cama dele fechando os olhos em seguida de forma muito obediente. Eu vasculhei minhas coisas em busca de um frasco de óleo suave de amêndoa para o corpo. "Não vai ser maldade tirar uma casquinha né?".

- Fala uma música que você gosta - eu pedi - mas tem que ser uma que te deixe relaxado.

Eu estava com meu spotfy e o youtube a postos esperando pela música que Betão falaria. O sono ainda fazia minha boca abrir e fechar mas ele continuava impávido colosso.

Ele respirou algumas vezes deu um sorrisinho de canto como se recordasse alguma coisa e logo desarmou os ombros.

- Tem uma em especial...

- Ótimo, pode ser essa - incentivei.

Betão continuava de olhos fechados diante de mim, sentado na cama, as mãos pousadas sobre as coxas.

- Você vai rir...

- Pode dizer...

- É uma que meu avô cantava na mesa - ele sorriu - a gente tinha que insistir para ele cantar porque quando começava sempre chorava no final. A música trazia lembranças para ele.

Eu estava curioso para saber mais sobre aquela história e sobre a música porque ele estava bem hesitante em dizê-la. Betão abriu os olhos e fixou em mim. Eu estava com o celular em uma mão e o óleo na outra.

- Mas o que... - ele franzia as sobrancelhas.

- Fecha os olhos, e diz logo a música.

Ele respirou fundo e o peitoral largo encheu-se e esvaziou:

- Mas eu só quero ter uma ereção novamente como a música que meu avô cantava para a gente da família vai ajudar?

"Excelente pergunta, garoto!", pensei mas fazendo as vezes de um psicólogo / guru / charlatão, insisti:

- Fala, confia em mim - "até eu acreditei nisso".

Ele enfim soltou a língua e falou de forma bem baixinha enchendo as bochechas de manchas vermelhas e aumentando um pouco as respirações, espalmando as mãos no lençol da cama.

- Che gelida manina...

Por ser italiano, não compreendi de primeira e não esperava por uma coisa como àquela. Estava longe de ser uma música que excitasse a libido de quem quer que fosse mas embarquei e cliquei no áudio da música.

Ele ficou ouvindo e tamborilando os dedos mas não perguntou mais nada. Eu fui até o Betão, e pedi bem perto do seu rosto:

- Fala um pouco sobre esse tempo em que seu avô cantava a mesa...

Enquanto ele tentava formular alguma coisa para dizer e sob efeito da música, fui puxando sua camiseta. Betão aceitou depois do susto e eu consegui ter acesso as suas costas e peitoral. Ele começou a falar sobre sua infância e seus primos, e as viagens a ilha, do outro lado da cidade, quando vinham do interior para cá para curtir as férias.

- Seu avô era italiano?

- Descendente...

Eu enchi a mão com óleo e deslizei por seus ombros ele se retesou todo sob o toque das minhas mãos, eu estava de joelhos no colchão, atrás de suas costas.

- Ah uma massagem... - ele disse - isso é meio estranho...

- Continua falando sobre sua adolescência, - pedi.

Enquanto eu passeava com as mãos pelas costas e pelos músculos de Betão ouvia sua voz narrar os acontecimentos em sua família, e não pensei em sexo, e tenho certeza que ele também não.

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Comentários

Foto de perfil de Jota_

Não pensou em sexo por enquanto né! Hahaha

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Já viu gente que quando cria algum vínculo sentimental acaba perdendo um pouco do tesão? Pois é não é o Yuri hahaha

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Omagina todos te fedendo ao mesmo tempo

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Provavelmente ainda vai acontecer, do jeito que ele é puta

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Olha o respeito, um puto sim, pura só as vezes hahaha valeu pela leitura

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Será? Que maldade! Todos de uma vez. No mínimo vai sair em uma cadeira de rodas hahaha valeu pela leitura

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