Em 8 anos de relacionamento, Lore e eu só tivemos uma grande briga onde quase terminamos nosso relacionamento. N q nesse tempo a gente n discuta ou discorde uma da outra mas, nunca precisamos nos afastar novamente.
Lore msm irritada ou triste tem uma facilidade imensa em perdoar e conversar. Pd estar o maior caos do mundo, ela ainda pd estar c raiva mas sempre vai me acolher c um abraço qdo eu for até ela. Eu sou um pouco diferente... Se fico chateada ou brava, e ela vem até mim, precisa rolar uma certa conquista, e n é charme, eu realmente demoro um pouquinho a mais p voltar ao normal. Mas ela sempre consegue tirar risos de mim após situações complicadas!
Eu estava namorando uma mulher experiente em tds os âmbitos de sua vida as escondidas, é óbvio q passava pela minha cabeça q em algum momento ela ia cansar disso, pq se n era fácil p mim, imagina p ela q n tinha motivo algum p ter uma vida velada ao mundo. Lore sempre tentou me emitir segurança qto a isso, dizia q eu teria tempo p decidir qdo conversar c meus pais sobre a minha sexualidade e contar sobre nós duas. Nos meus momentos reflexivos, c minha cabeça sabotando td cm sempre, eu me agarrava c tds as forças em suas palavras, mas tinha mt medo de perde-la. Eu estava extremamente cansada de viver assim tbm, queria liberdade de ser qm sou, meu único medo era desapontar meus pais, seria difícil de qualquer maneira pq eu já sabia q n aceitariam.
Qdo estávamos na casa dos meus pais, Lore torceu bem feio o tornozelo, e eu a chamei para ficar uns dias cmg pq queria ajudá-la, msm c bastante medo de chegar alguma notícia aos ouvidos dos meus pais. Esse meu medo n era cego, eles conheciam mt gente q estava no meu círculo social, facilmente poderiam ficar sabendo da forma errada. Eu morria de sdd e odiava me despedir final de semana, então voltar p casa c Mih e encontrar meu amorzinho lá estava sendo um sonho.
Certo dia, uma sexta-feira para ser específica, ao chegarmos meus cunhados estavam lá para levar Mih para casa do pai, juntamente com Victor meu primo q estava iniciando um relacionamento c Loren e Sarah que tbm tinha começado a namorar c Lorenzo há pouco tempo. Ficamos ali conversando um pouco e Lore me enchendo de carinho pq estávamos c sdd até o horário da partida deles.
Lore disse q tinha preparado uma surpresa, e qdo chegamos ao quarto ele estava c pétalas espalhadas por td canto, na cama tinha um buquê de girassóis repleto de fts nossas e chocolate. N era nenhuma data especial, eu nunca esqueço uma, e ela disse q era só em agradecimento por eu estar cuidando de tudo. Fiquei hiper emocionada, eu n esperava nd, n sera acostumada a receber esse tipo de demonstração de afeto, estava fzd td de coração e amando aql vidinha, msm no fundo estando c medo.
Fomos tomar banho e pegou fogo, a sobremesa acabou vindo antes do jantar pq fizemos amor de um jeito... Foi quente, foi completo, prazeroso, exaustivo. Terminou e eu me sentia completamente sem forças, cm se minha energia tivesse ido embora nos diversos orgasmos q tive. Lore é uma mulher muito sensual, ela faz de td p me surpreender, me satisfazer e me deixar cada vez mais louca por ela.
Jantamos, ela tinha pedido no nosso restaurante fav, e depois ficamos conversando e rindo, fui para seu colo pq eu amo um grude, amo toque físico, amo morder, beijar, acariciar, fzr cafuné. Graças a Deus arranjei alguém igual a mim nesse sentido.
Colamos nossas fotinhas na geladeira, Lore mais me desconcentrou do q colou pq c ela atrás de mim, cheirando e beijando meu pescoço n tinha cm eu n ir de encontro aos seus lábios há cada 5 min, é muita provocação e ela sabe q eu não aguento.
Entre mais alguns beijinhos, já no sofá, Lore lembrou de uma aposta q fizemos, onde ela n tinha dito oq queria de mim, achei q fosse ouvir alguma proposta sexual indecente, mas ouvi um pedido doce, cheio de propósito e planos sólidos.
- Mora cmg? - me pediu c o rostinho mais fofo do mundo vindo me beijar, mas dessa vez eu n tive reação p continuar.
Meu corpo inteiro congelou, eu queria mt aquilo mas definitivamente n podia, n antes de contar p meus pais. Fora de cogitação começar a nossa vida assim... Fiquei extremamente triste em ter q negar algo q no fundo do meu coração eu desejava ardentemente e tbm pq eu sabia q ia decepciona-la.
Segurei o seu rosto e disse: - Amor, não dá ainda... Você sabe o pq...
Eu consegui ver de perto td a animação dos seus olhos se transformarem em tristeza, e doía mt dentro do meu coração saber q eu estava causando isso.
Lore tentou me convencer, e eu fui ficando sem paciência e acabei dizendo q só o fato dela estar passando aquele tempo lá no ap já era um perigo, e q só estávamos vivendo assim por n ter outro jeito.
Eu me arrependo taaaaanto de ter me expressado assim, n era vdd, pelo contrário eu queria mt continuar a nossa vidinha daquela maneira, só n podia ainda. Claro q ela n ficou bem ouvindo isso, se despediu e mim e partiu. Eu já a conhecia, tinha certeza q ela choraria ao chegar em casa, seu olhar me dizia isso.
- Amor, não vai, por favor - tentei pela última vez
Mas eu vi o meu amor partir...
Fiquei desolada sem saber oq fzr por um tempo, as lágrimas caiam e eu sentia uma forte dor de cabeça, td q agt tinha criado n podia acabar assim ent eu decidi ir até a sua casa consertar o erro e me expressar da forma correta. Ao chegar lá, chamei muito e nada, aparentemente ela n estava em casa. Dps de uma briga daquela, onde ela teria ido? Fiquei preocupada por n saber seu paradeiro mas tbm tinha possibilidade dela só n querer me atender msm, ent fui p casa e a bloqueei em tds as redes sociais (nem eu entendo esse meu raciocínio hj em dia).
Passei o domingo inteiro mal, sem notícias e morrendo de sdd, tinha mts coisas de Lorena lá e td me fazia lembrar. C certeza eu a amava mt, n conseguis tirá-la da cabeça e ent liguei p um primo chamado Léo. Nós n tínhamos mais tanto contato pq a família inteira cortou relações c ele por ser gay, e era oq eu imaginava q aconteceria cmg tbm. Qdo criança, nós éramos mt amigos e eu achei q ele poderia me dar algum conselho sobre cm assumir finalmente minha sexualidade.
Eu estava um pouco desesperada na ligação e ele foi mt gentil, disse q íamos conversar pessoalmente pq ele estava de férias e dava p ir até minha casa. Passei o meu endereço e dentro de algumas horas o interfone tocou pois já havia chegado. Ele ficou mt feliz por por ter alguém "igual" a ele, e foi bem enfático q seria complicado, o histórico homofóbico familiar era vasto e foram mt perversos c o coitado do meu primo, ele vivia solitário só por amar alguém do msm sexo.
Qdo contei td a história c Lore ele disse: - Ent sua primeira vez foi c ela e vc já enganchou um relacionamento sério?
Eu confirmei
- Menina, vai dar por aí primeiro, se você quiser eu apresento umas amigas - falou rindo
- Nnnnnnn, eu n qro... N é só um lance, eu estou apaixonada, sabe? Eu a amo de vdd... Qro me casar c ela, eu nunca senti nada igual...
- Q azar, nem curtiu td q esse mundão pd oferecer - falou
- Olha, c ela eu já curti mt coisa e vc nem imagina o qto - falei e sem eu perceber um sorriso floresceu no meu rosto
- Pelo visto vc gostou msm da fruta - falou rindo
E eu sorri confirmando
Eu pedi desculpas p ele por n ter tentado uma aproximação antes e ele disse q foi bom demais poder me ver pq achou q jamais teria contato novamente c outro familiar e por mais q a liberdade de ser qm é fosse valiosa, de vez em qdo sentia falta de conversar c alguém do seu sangue.
Chegou um convite p uma festa de 10 anos da fundação do condomínio, eu estava sem animação mas Léo disse q iríamos c certeza.
Na segunda-feira, meu primo ainda dormia pq era cedo e o interfone tocou, pensei q poderia ser Lore, mas ela subiria direto por n precisar de autorização, era Victor, meu outro primo. "O que será que ele queria?" fiquei pensando.
- Loren pediu pra eu vim saber oq aconteceu - falou logo e me deu um beijo e um abraço
- Lorena n contou? - Perguntei
- Então aconteceu msm algo - falou sentando no sofá
- Acho q ela vai terminar cmg - e comecei a chorar
Ele foi bem atencioso e deixou eu me apoiar no seu peito só q n sabe reagir nessas situações ent só falou: - É foda né, mas oq rolou?
Contei sobre a proposta, oq eu acabei fld e o pq realmente eu n aceitei morar lá c ela, Victor disse q agt só precisava conversar e esclarecer td, pq sabia do nosso amor e n precisava terminar assim.
Fui me arrumar p trabalhar e ele desceu, achei q iria voltar p casa mas estava indo até a rua de Lore, provavelmente saber o lado dela tbm p contar a minha cunhada.
Já no trabalho, eu fiquei de olho no portão p ver se conseguia saber qdo Mih chegasse e talvez passar o olho em Lore mas nem sinal das duas. Tentei focar nas coisas q tinha p fzr e hrs dps ouvi uma voz mt conhecida na entrada da minha sala dzr: - Bom dia! Milena, minha filha, de tal série precisa receber as atividades em outro número.
Fiquei surpresa ao vê-la, mas suas palavras eram frias, seu semblante apagado, meio desligado... Resolvi tratá-la da msm forma.
- Qual o número q a senhora deseja passar?
E Lore me falou o número do pai de Mih. Fiquei cheia de coisas na cabeça, pq ele é um cara extremamente encrenqueiro, rico e c poder (juro, tem coisa q ele já fez q parece armação de filme). Faz de td p se intrometer e infernizar a vida dela, será que tinha tomado a guarda de Milena p ele?
Assim q ela saiu liguei p Loren q me explicou q na vdd, era só o aniversário da avó e Mih ficou p comemorar, e o meu coração sentiu um forte alívio.
No outro dia a noite, Léo e eu nos arrumamos p a festinha e fomos, estava td mt bonito, a música era animada e começamos a dançar, aos poucos fui animando. Lore chegou e sentou no bar, estava tão linda c um vestido bem justo preto e um batom bem vermelho, nesse momento meu mundo parou e eu só conseguia olhar p ela.
- É Lorena? - Perguntou Léo
- É... - confirmei sem tirar o olhar dela
Sentou uma mulher ao lado dela e começaram a conversar mt, senti a raiva subir e resolvi parar de olhar e começar a dançar c Léo p esquecer... Mas era impossível, estavam cada vez mais próximas e ela mexia no pé machucado de Lore... Deduzi q já tinha perdido, elas deviam estar juntas na noite q fui até a casa de Lore e ela n estava.
Achei melhor ir embora, e vi Lorena saindo tbm, passamos de moto por ela e Léo partiu para casa, precisava arrumar suas malas pois viajaria no dia seguinte para aproveitar melhor suas férias.
Fiquei tentando abrir o portão c as inúmeras chaves e n conseguia novamente, uma voz q eu conhecia mt bem perguntou: - Precisa de ajuda?
Eu ainda estava c raiva, n queria olhar p ela e neguei
Por trás de mim, cm em um abraço, seus braços fortes passaram por cima dos meus, suas mãos tomaram as chaves da minhas e como um flash, o portão se abriu.
Agradeci, e já entrando ela falou: - Posso pegar minhas coisas q estão aí?
Af, eu n estava esperando viver isso agr, ela queria dzr q meu sonho acabou msm?
Expliquei q eu ainda teria q arrumar e ela quis subir para esperar, pelo visto estava c pressa, talvez tivesse marcado c a mulher do bar.
Enquanto eu ajeitava td, comecei a me sentir bem mal novamente, eu n queria perde-la de jeito nenhum e qdo fui entregar td, perguntei: - Então nós terminamos assim?
- Vc qr terminar? - ela me perguntou de volta
E assim começou uma série de acusações, eu falei sobre a mulher, Lorena falou de Léo, eu joguei na cara q fui atrás e ela n estava em casa e acusei de já estar c alguma puta e nisso, aos gritos, ela explicou q havia torcido o pé e passou a noite no hospital... Eu realmente n imaginava, eu reparei q qdo ela foi na escola estava c o pé imobilizado mas nem pensei q teria acontecido mais coisas.
Expliquei sobre Léo, também sem paciência, e começamos a chorar. Após algum tempo, mais calmas, perguntei novamente: - Vc qr terminar?
- N, e vc qr terminar?
- N! - e me encostei timidamente sobre o seu corpo q passou o braço nas minhas costas me abraçando.
Eu estava c tanta sdd disso, de ter Lore pertinho de mim, sabendo q ela é minha...
Voltamos ao X da questão, expliquei o real motivo de n querer mudar p a casa dela sem ter a sexualidade assumida e pedi desculpas por n me expressar direito, ela nunca foi um peso p mim, eu simplesmente estava amando aquela rotina cuidando dos meus dois amores e tendo-as tão perto de mim.
Lore reconheceu q errou em sair tão irritada sem conversarmos e eu sabia q o arrependimento era real, pq se tem algo q ela é especialista, é em dialogar p resolver.
Ela me abraçou bem forte de disse: - Estava c tanta sdd, gatinha...
E foi tão bom saber q msm dps de td eu ainda era a "gatinha" dela, n sei dizer desde qdo o meu amor me chama assim, acredito q desde sempre, se tornou especial para mim esse jeitinho carinhoso de me tratar.
Eu dei um beijinho na sua boca e falei: - Você nem imagina o qto eu senti tbm...
Ela refez o pedido da aposta, combinado p nunca mais levarmos uma briga tão longe, sempre nos reconciliar antes de ir dormir... E isso funciona, embora nossas desavenças agr sejam bem mais fáceis de serem resolvidas.
Pulei no seu colo e puxei para um beijo de verdade, pedi q Lore dormisse cmg aquela noite e ela aceitou facilmente. Na cama eu grudei nela, e contei sobre os meus planos de falar de nós p meus pais, n sabia a melhor maneira ainda, mas n adiaria mais essa conversa. Ela quis me assegurar q embora nossos últimos dias n parecesse assim, entendia a complexidade da minha decisão e q era importante eu fazer isso somente qdo estivesse pronta, e q estaria cmg qdo fosse acontecer.
Assegurei q n demoraria mais, n queria contar por pressão, mas por necessidade de liberdade, de ser qm sou, e de simplesmente viver minha vida. Eu já era uma mulher de 20 anos q tinha esse direito, sabia q ia doer, o meu medo era n sentir mais o amor dos meus pais mas era algo q precisava acontecer.
Adormeci rápido, c os carinhos q estava recebendo naquele abraço q eu tanto senti falta e sentindo o cheirinho dela bem de perto. Só despertei no outro dia, e primeiro que a minha amada, meu coração estava feliz por td ter retornado ao eixo e acordar do ladinho de Lore é tão bom... Era oq eu queria p o resto da vida, c certeza.
Sentei na cama e só ent vi cm o tornozelo dela estava enorme, liguei p trabalho e avisei q n poderia ir, eu precisava levar essa mulher em algum médico.
Qdo estávamos indo, encontramos a tal mulher da festa, mas foi até bom pq ela revelou cm foi o fora q levou de Lore, ela disse q eu era a razão de todos os seus pensamentos, desejos e aspirações qdo a médica tentou flertar.
Eu era mt ciumenta, basicamente por ser insegura e n me achar suficiente, qdo vi a ortopedista se aproximar, senti logo o sangue esquentar mas qdo ela falou sobre o toco a levou, as coisas que Lore falou... Foi um soco no estômago, de um modo positivo, eu não esperava ouvir aquilo e fiquei completamente encantada. Estávamos brigadas e msm assim, ela ainda me considerava td aquilo. Fui o caminho inteiro muda, sentindo uma gratidão enorme no peito por ter encontrado alguém cm ela.
No outro dia, estávamos na rua, esperando meus cunhados saírem de uma baladinha, e eu perguntei p Lore se td bem agt ir no final de semana conversar c meus pais, eu estava decidida (morrendo de medo, mas decidida), além das pessoas queixando dos dois lados, todo ciúme, a saudade diária, eu n merecia viver escondida ou fingir ser oq n sou. Antes de dormir, escrevi um bilhetinho e colei no espelho p q ela pudesse ler de manhã (eu faço mt isso), nele eu aceitava morar c ela, após assumir nosso relacionamento.
Passei a semana extremamente aflita, suava frio, minhas mãos pingavam só de pensar em como seria o diálogo, oq eu poderia escutar mas o meu pior pesadelo era imaginar uma vida sem os dois. A terapia ajudava mas n era o suficiente, foi angustiante, nervos a flor da pele e a noite anterior a ida, foi pior ainda, td hr eu acordava e teve um momento q Lore tbm acordou, eu estava sentada e ela me convidou para seus braços, ficou conversando cmg, me acalmando c carinhos e me fez uma massagem perfeita, nem sei dzr qdo adormeci e dessa vez só acordei pela manhã.
A pousada n fica tão distante de Salvador, mas naquele dia parecia uma eternidade, e sinceramente eu n sei dzr se eu agradecia ou se isso me martirizava, eu queria mt falar td logo mas tbm n queria chegar lá e enfrentar td de frente. Qdo finalmente e infelizmente chegamos eu n conseguia sair, fiquei lá por um tempinho tentando controlar a respiração, eu precisava estar firme e n vacilar nas minhas palavras, era um dia importante.
Assim q entramos, fui recebida por meus pais c um sorriso bem receptivo e fiz questão de gravar na minha mente aquela imagem pq poderia ser a última vez q acontecia.
- Preciso conversar com vocês algo importante... - falei séria e eles nos levaram p o escritório.
- Tenho medo do q pd acontecer dps desse dia, qro deixar claro q amo mt vcs e o meu maior medo é perder isso
Visivelmente eles n estavam entendendo nd e eu fui direto ao ponto
- Eu me redescobri morando sozinha, me conheci de vdd, conheci ótimas pessoas também e uma dessas é Lore, ela vem me ajudando mt em td na minha vida, tem sido essencial e é mt especial... Ela me ama e eu também a amo e nós estamos namorando.
Minha mãe começou a gritar q n acredita q isso estava acontecendo, culpou o demônio, culpou Lorena, falou q agt devia ter vergonha, esbravejou q eu n voltaria p Salvador e meu pai estava claramente decepcionado cmg, n dizia nd estava escancarado no seu rosto.
- Eu sabia q essa conversa séria complicada mas eu n ia conseguir esconder uma coisa tão importante assim de vcs, nosso relacionamento n tem nd de errado, é só amor e hj eu estou me permitindo viver por completo... Eu vou voltar p casa, e vou fzr isso agr!
- Espera! - disse minha mãe e saiu do escritório
- Pai? O senhor quer dizer algo? - Perguntei
Ele demorou um pouco mas balançou negativamente a cabeça em resposta.
Eu sabia q de início n seria fácil p nenhum dos dois entender, mas tbm alimentava no meu peito a esperança de q meu pai talvez lá no fundo, aceitasse. Foi um erro pensar assim, eu n queria na vdd, tentei várias vzs fingir q n criava esse expectativa, mas n conseguia controlar, ela estava viva dentro de mim.
Qdo minha mãe voltou foi com o pobre do padre, sem entender nd, nos fez ficar a sós para debater o assunto. Achei q ele ia falar coisas horríveis tbm, mas n, ele me abraçou, falou q sabia q era um dia difícil mas q eu devia imaginar q era algo q minha mãe n esperava e completamente fora da realidade dela. Eu confirmei e ele continuou fld p eu n me preocupar, q ele conversaria c ela mas q eu tivesse paciência.
E o padre João realmente fez isso, na frente de tds ali, ele disse q era a minha vida, eu q podia guiar e q eles n podiam deixar de me amar por isso. Lógico isso entrou por um ouvido e saiu pelo outro, minha mãe se retirou e qdo meu pai tbm se juntava a ela, em um ato de desespero, eu me agarrei a ele, abraçando-o... Ele apenas se desprendeu e seguiu p o quarto.
Lore me abraçou, disse q eu era mt forte por estar assumindo minha sexualidade e nosso relacionamento de uma vez, q era um ato de coragem td aquilo e essa energia começou a me contagiar um pouco, eu chorava mas tbm me sentia aliviada, tirei 1 tonelada das costas. Agr eu podia viver a minha vida, c a mulher q eu amo, formando a nossa família e morando na nossa casa.
A sensação de ter uma má relação c os pais p sempre me assustava, mas eles tbm precisavam de um pouco de tempo p digerir a informação, e eu estava disposta a dar pq eu acreditava q um dia td poderia ficar bem. O que há entre Lore e eu é amor, e um amor n deve anular o outro.
No caminho de volta fui contando o apoio do padre, ouvindo músicas, e separando fotos c o amor da minha vida p postar no Instagram, eu estava mt feliz, me senti tomando as rédias da minha vida pela primeira vez, impondo minhas decisões e principalmente, vivendo a minha vida.