Olá, me chamo Karla e sou psicóloga clinica há muitos anos, durante esse tempo me especializei em sexualidade abordando diversos assuntos dentro do tema, até começar a clinicar especificamente dentro desse nicho. Resolvi escrever uma série de contos contando as histórias pelas quais já passaram em escritórios.
Obs.: Todos os nomes ou demais informações pessoais passadas aqui, são fictícios para proteger a identidade dos pacientes e demais envolvidos.
Conto 1 : O dilema da leitoa.
Er uma quinta a tarde quando eu iria entrar no que provavelmente seria meu último atendimento do dia, sai para tomar café na copa da clinica e quando voltei perguntei para a recepcionista sobre a paciente, ela me informou que a paciente deveria chegar em 10 min para a consulta, mas que talvez não viesse, pois essa mesma paciente já havia marcado e faltado a consulta várias vezes, sem dar mais satisfações, ficamos tagarelando um pouco na recepção e faltando 3 minutos para o horário da paciente que não havia chegado ainda, fui para o consultório aguardar lá. Com três minutos após o horário, a recepcionista bate na porta e pergunta se a paciente pode entrar, respondo :
- Claro! - Com um sorriso e em seguida a porta se abre, entra no escritório uma mulher de estatura média, cabelos pretos e cacheados, olhos claros e ENORME. Ela era uma gorda bem grande, tinha a pele branca e rosada, o rosto que possuía vários queixos também possuía grandes bochechas rosadas e olhinhos pequenos e pretos.
Eu a cumprimentei carinhosamente, como faço com todos os meus pacientes, e em seguida pedi que ela sentasse temendo que ela n coubesse na poltrona e gerasse ali um mal estar logo na primeira consulta, o que séria péssimo para a evolução do caso. Por sorte, apesar de visivelmente desconfortável, ela coube da poltrona. Começamos a conversar da mesma forma que início todos os atendimentos, com muita paciência como se fosse um soldado em terreno inimigo, sempre tendo cuidado para não pisar em nenhuma granada. Com 20 minutos de conversa, percebi que apesar de muito tímida, ela estava disposta a responder perguntas. Então questionei sobre as faltas nas consulta anteriores, ela baixou o rosto e respondeu que sentia vergonha do seu caso, que tinha medo de ser exposta. Eu sorri pra ela, e expliquei se tratar de um lugar seguro, que nada aconteceria sem seu consentimento. Ela balançou a cabeça, vamos lá, diga o que você gostaria de trazer para cá. Foi quando ela começou a contar uma breve história.
Quando pequena, ela sempre havia sido muito gorda sendo há mais nova de 4 irmãos, ela sempre sofreu muito bullying tendo ganho o apelido especial de Leitoa, aos 16 anos nossa Leitoa já pesava seus 100 KG, então você deve imaginar que ela n era a mais desejada ou popular da escola. A Leitoa até era inteligente, ela me contou que se formou em Administração pela Federal de SP, e também que nunca havia beijado nem transado com ninguém até seus 24 anos, o que lhe causava grande frustração psicológica e sexual, fazendo com que ela desenvolvesse uma masturbação compulsória, sendo essas masturbações, sempre acompanhadas de lembranças em que a leitoa foi humilhada ou ridicularizada.
Acontece que ela acabou desenvolvendo um desejo sexual enorme pela humilhação, e pela exposição, a leitoa começou a entrar em sites e a buscar da pior forma possível saciar seus desejos sexuais, até chegar o ponto em que ela ficava se expondo em chats e site na internet, apenas para receber a atenção de um ou outro homem que estava disposto a lhe dar um pouco de humilhação. Ela começou a se masturbar cada vez mais e mais e a correr riscos no trabalho ou perto de pessoas, e também a comer e engordar mais com o desejo de ser mais humilhada, atingindo o peso de 180 kg. Aderindo a uma pratica conhecida como feedorismo, recentemente a leitoa havia ficado com medo de engordar tanto e resolveu procurar uma sexóloga para tratar o seu problema.
Depois daquela primeira sessão, a leitoa sempre ia e se sentia nem a vontade para contar de suas experiências e de como se humilhava, começamos a tratar a raiz do problema, identificando a humilhação como uma forma do cérebro contornar situações extremamente traumáticas. Concordamos que ela continua a ser a Leitoa se quisesse, mas que n iria mais se colocar em situações extrema de risco, como se masturbar em locais públicos ou lamber privadas ou comer papel higiénico sujo, pois isso poderia lhe causar mal a saúde. Hoje a leitoa continua com o tratamento psicológico, e apesar de ainda virgem, e se expondo na internet, consegue pelomenos controlar seus impulsos sobre a masturbação.