Debaixo do cobertor

Da série DEPENDÊNCIA
Um conto erótico de Marquesa de Sade
Categoria: Heterossexual
Contém 764 palavras
Data: 16/08/2024 15:07:17

Já que a fase inicial já tinha passado, e a libertinagem propriamente dita, só não estava sendo processada, devido às dúvidas que tinha em relação ao marido, Ivete estava curtindo cada dia mais, esse romance extra-conjugal. Volta e meia, era uns amassos dentro do carro, daqueles em que só se vê o vidro embaçado por causa das respirações fortes. O amante André era viril; não negava fogo em quaisquer circunstâncias, e o binga funcionava mesmo debaixo d’água, que o diga as piscinas em dia de folga.

Foi assim, cada vez mais, ele chegando mais próximo. As chupadas embaixo da mesa, provindas da mulher do chefe eram constantes. Foi evoluindo, até que foi convidado a frequentar a casa. Chegava o fim do expediente dos três, e lá se ia, a primeira dama da empresa no banco do passageiro; André, como bom assessor, ia dirigindo, para que o chefe ficasse se espreguiçando atrás, totalmente alheio ao caso que a mulher estava tendo, pelo menos era o que se imaginava.

O caso adentrou a residência, e por conveniência, quem mais bebia era o marido, para que apagasse na hora H, e debaixo de suas barbas, a sacanagem da esposa se prolongava. Invariavelmente, depois que botava o esposo para dormir, ia para debaixo do cobertor do amante – Sim, André passou a pernoitar também, no quarto de hóspedes. Rúbens acordava de madrugada, e não encontrando a mulher do lado, já sabia onde investigar, e numa noite foi para o mencionado quarto. Estava sóbrio naquela ocasião, mas quando olhou, só viu André no leito, e um volume além do normal nas cobertas. Falou com o assessor no dia seguinte:

− Sabe André, houve uma coisa esquisita ontem à noite. Desculpe, mas fui te vigiar no quarto.

− O quê? O que o senhor viu? Se não for do seu agrado, eu páro de comparecer.

− Você estava com cara de que tinha uma puta te chupando!

− Sério? Só a cara? – O alívio de André foi repentino, mas satisfatório, e tratou de emendar, pegando carona na brecha – Uma vez, uma puta me chupou dentro do banheiro da casa dela, e eu esqueci o sapato do lado de fora. O pai chegou para o almoço, e sorte que era dia dos pais, a moça saiu sozinha do banheiro, e eu perdi o calçado.

Rúbens achou engraçado, e vendo que o funcionário puxou um cigarro, bateu o isqueiro pra ele. Depois perguntou:

− Mas se ela deu o teu sapato para o pai, como explicou que era usado?

− Sei lá! Talvez tenha dito que o mascate deixou como bônus pelo vestido.

− Que vestido?

− O que eu tive que trazer para pagar o boquete.

− Mas como o sapato serviu para o pai?

− Não sei se serviu. Só sei que foi assim, e eu fiquei descalço, e ainda tive que ficar por duas horas sobre uma viga de cobertura de banheiro.

− Há,há, há! − Rúbens continuava achando engraçado.

Saíram para falar do serviço, e o chefe convidou-o para juntos, novamente pegarem a secretária loira. Foi um certo sacrifício para André, pois já estava exausto de tanto gozar na boca de Ivete, a mulher do patrão, na última noite. Deste caso, a esposa sabia, pois por mais que se esconda debaixo do cobertor, o voluma denuncia. E chegaram os dois em casa da patroa, com cara de quem tinham comido uma puta, e como estavam no mesmo “grau rem”, o ciúme se alavancou. Ivete pegou um cálice de vinho e foi atirar no marido. O mesmo saiu da frente, no puro reflexo, e o líquido atingiu a camisa do amante.

− Mil desculpas! – exclamou Ivete, e puxando-o pelo braço, disse: − Venha, vamos escolher uma camisa do Rúbens para trocar!

− Será que alguma coisa minha serve para ele? – disse, já pensando na esposa, mas claro que se referia à diferença de altura, de pelo menos 10 centímetros mais baixo que o outro.

Rúbens já tinha certeza, mas tomou mais uma por mais 10 minutos antes de entrar no quarto, só de meias, e em silêncio. Ivete estava agachada em frente ao rapaz, cujas calças estavam nos pés, e a cueca estava ao meio das coxas. Ela, além de chupar a pica com voracidade, ainda cheirava todas as partes da virilha e da camisa, que ainda não tinha sido removida. Com certeza estava procurando vestígios do perfume da loira.

Rúbens saiu sem dizer nada, e sem ser percebido. Passou-lhe pela cabeça uma certa dúvida: “Por que será que estou deixando passar? Será que é assim que tem que ser?”. Virou mais uma dose. Também acabou achando que está se tornando alcoólatra.

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Marqueza de Sade a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de Marqueza de SadeMarqueza de SadeContos: 21Seguidores: 11Seguindo: 0Mensagem Sou de Astorga, e qualquer título com nome de música de Chitãozinho e Xororó não é uma mera coincidência.

Comentários