A republica dos Machos (29)

Um conto erótico de Yuri
Categoria: Homossexual
Contém 1194 palavras
Data: 18/08/2024 10:06:28

XXIX

Betão viciou naqueles momentos e sempre vinha com olhos enormes de cachorro pidão e eu como sou um fracote para muitas coisas inclusive e sobretudo para pedido de macho, cedia. Mas eu estava em uma das minhas... "como posso dizer", crises existenciais daquelas brabas de se sentir um completo objeto, o que era contraditório porque sentia prazer em ser o objeto "principalmente um macho desses!".

"O período longe desse ambiente vai me ajudar a pensar melhor", eu calculava comigo, e Maicon caía como uma luva perfeitamente adequada ao que eu estava pensando e sentindo no momento. Um escape. Uma fuga.

Maicon achava que eu não passaria mais a temporada em sua casa, e para falar a verdade, os meninos começaram a deixar de me procurar, porque também voltaram a caça. O que significava mais sossego para mim.

Mas minha decisão de ficar um tempo na casa do Maicon ganhou força e vida novamente na última "sessão de massagem com Betão".

Nos estávamos tão entrosados com aqueles momentos, que algumas barreiras começaram a desaparecer, e eu, por exemplo, me sentava nas costas do Betão apoiando as pernas nos meus joelhos no chão e passava a apilar suas costas com as mãos em punhos fechados untados pelo óleo.

Nossos diálogos ganharam relevos mais excitantes em seu conteúdo também.

- Eu sempre fui fissurado nas tetas das negas - ele disse ao fim da música - saca, mamar aqueles peitões!

- Tipo as da revista não é, seu safado!

- Sim cara! Tipo aquelas! - Betão disse esparramado debaixo de mim.

- Isso deve ter a ver com sua primeira vez.

Ele soltou um sorriso que percorreu todo o corpo.

- Você sempre fala em primeiras vezes.

- O que tem de mais? Eu lembro mesmo, acho importante.

- Como foi a sua?

Eu respirei fundo sem sentir a pressão na pergunta, a gente conversava numa boa, quase posso dizer, não fosse pelo que ocorreu depois, como amigos mesmo.

- Ah você não vai querer ouvir isso.

- Mas se eu que estou perguntando carai, - ele soltou rindo.

- Tá, tá, depois não reclama, - eu disse - lá vai, se você é fascinado por peitões, eu sempre fui fascinado por uma boa e suculenta rola de macho.

Esperei a reação do corpo de Betão aquela informação mas ele olhava para o lado esquerdo com as pálpebras relaxadas. Nos últimos dias eu sentia que ele permanecia mais tempo virado de barriga para baixo, mesmo quando finalizávamos as sessões.

"As massagens devem está aliviando o estresse físico", eu pensava comigo mesmo. O bizarro era que eu não pensava em sexo quando ficava passando a mão no corpo dele. "Pode uma coisa dessas?", e isso, me assustava um pouco, porque eu nunca me imaginara massageando um corpo masculino, sem sentir o meu próprio corpo reagindo aquele contato tão próximo.

- O Duval é meu amigo desde a infância, - eu disse - e ele foi o meu primeiro envolvimento sexual.

- Então você gostava do Duval por ele ter o pinto grande? - ele inqueriu.

Eu suspirei um pouco ofendido com a pergunta embora ela não estivesse muito distante da realidade, uma bichinha na adolescência, se impressiona fácil e se apaixona com mais facilidade ainda.

Eu tentei falsear uma pontinha de moral para cima dele:

- Você não ouviu direito, - falei - eu confiava, confio minha vida a ele, o Duval sempre esteve perto. Ele é como se fosse... como se fosse parece estranho e soa até incestuoso mas ele é como um irmão, amigo, sei lá...

Eu corei enquanto falava e não saberia dizer o motivo.

Betão tensionou um pouco a linha da coluna enquanto eu falava essa parte, e me empenhei naquele ponto entre as espaduas dos seus braços nas costas.

- Nossa Yuri isso é muito bacana cara. Tipo assim...

Ele começou a dizer se virando exatamente no momento em que eu ainda estava sentado próximo a seu cóccix. Betão não teve dificuldade em realizar esse giro comigo em cima dele, e eu pousei bem rente ao seu umbigo e para minha surpresa, em cima do seu pau duraço como um mastro.

Eu engoli em seco ao perceber o que estava rolando e dei um sorrisinho de canto. Betão ficou vermelho e interrompeu o que estava dizendo. Ele mesmo não havia se dado conta de que estava de barriga para cima.

- Acho que as sessões deram resultado hein? - falei meio sem jeito.

Eu movi meu joelho para a direita para sair de cima dele. Mas Betão segurou as dobras das minhas pernas.

- Ah, é, funcionaram, eu acho - ele disse ainda segurando. O pênis dele estava pulsando embaixo de mim. Quente e bem duro mesmo. Eu o sentia entre as minhas pernas exatamente no espaço entre elas, ali, na costura que levava para meu cuzinho. - Você... sabe por que...?

Eu engoli em seco sentindo minhas bochechas arderem. Após falar de tantas coisas com Betão, compartilhar tanta coisa, sobre a minha vida e ouvir sobre a vida dele, enfim, depois de compartilhar tanto, eu ficava constrangido em tê-lo assim, excitado embaixo de mim.

- Deve ser o óleo... - eu disse.

Mal tinha reparado nos movimentos das mãos de Betão sobre minhas coxas, aí sim, eu saltei de cima dele, e sentei na minha cama, com o coração batendo mais rápido no centro do peito.

- Eu te disse que vou passar uns dias na casa do Maicon, - tentei mudar de assunto sem encará-lo.

Aquilo pareceu uma outra língua, um outro contexto. "Eu estou fugindo de rola", pensei abobalhado...

Ele também estava nocauteado e respondeu na mesma sintonia de desconforto com que falei momentos antes:

- Quer que eu te leve a ilha nesse final de semana? - ele propôs se sentando no chão. - A gente pode conhecer aquele lugar que te falei...

- Acho que não, eu, eu, eu tenho umas provas.

- Ah...

A barraca armada do Betão continuava empurrando o short para cima e por mais estranho que possa parecer, e para mim era uma A N O R M A L I D A D E, assustadora, eu não estava morrendo de vontade de cair de boca nele.

Talvez o fato de conhecer mais o Betão, de estar mais próximo a ele, próximo a sua história, eu acho, impedia que eu visse nele um fodedor.

Eu fugi da raia, saí do quarto, deixando ele lá me olhando sentado no chão.

- Eu preciso de um tempo pra me organizar... - eu repetia para mim mesmo seguindo pelo corredor em direção a porta da rua. - Merda...

Eu tinha deixado meu celular no quarto tinha que voltar para pegar "e ainda é madrugada seu maluco!", suspirei sem saber para onde correr.

Acabei passando para o passeio, a noite estava fresca caindo uma garoa mas muito de leve. A casa de Lulu estava em silêncio, algo incomum, fiquei ali por uns minutos.

Duval apareceu na porta da casa de Lulu, descalço e sem camisa, eu levantei.

Sem perceber sorri para ele que sorriu de volta para mim e fui em sua direção. Não sei de onde saiu o carro mas quando virei para olhar em sua direção, estava praticamente em cima de mim.

Eu tombei para trás recebendo uma pancada forte na cabeça e dor nas costas.

"É um castigo por ter fugido da rola?", eu pensei confuso.

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Comentários

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Eu infarto!! Nas melhores parte o Azinho foge!! :0 Como ele disse, as primeiras vezes é a mais importante, e talvez… talvez acho que todos os homens que ele se relacione ele compare com o Duval (que no caso foi o seu “príncipe encantado”). Ah sei lá! Só divagando…. Amando muito sua narrativa 😍

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Se entrega, cara. O Betão já está todo na tensão sexual por você.

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Um excelente conto excitante, acho que o Betão é tesão mesmo, com os devidos cuidados tudo certo, já com o Duval , posso estar errado, mas é aquele amor desde jovem e pode ser algo muito bom.

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Se entrega logo! Hahaha o Yuri tá fritando a cabeça demais rs

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Tem mais é que aproveitar né? 😂😂

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E agora será que rola com Betão? Acho que só falta ele.

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É verdade, acho que só falta ele mesmo. Valeu pela leitura!

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Esse carinha está ficando meio chato é por estar se envolvendo emocionalmente? Ele está na onda do Betão ou tem algo mal resolvido com o Duval? Diz que não quer ser usado pelos machos da república, mas se fartou nas rolas deles.

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Ah você acha? Puxa! Foi mal odeio escrever coisa chata. Valeu pela leitura!

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Certamente não me expressei direito. Azinho, você não escreve "coisa chata". Você escreve muito bem.

O personagem é que "está do ficando chato". E sequer disse que ele "é" chato. Ele "está" chato. Acredito que seja parte de um processo de amadurecimento em que ele começa a perceber que ser o depósito de porra dos machos que ele conhece, já não esteja mais satisfazendo e ele verá que um envolvimento com sentimentos com alguém (Duval, talvez) torne o sexo ainda melhor.

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