O ENTEADO - 1ª PARTE: NO RITMO DE PINK FLOYD

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Homossexual
Contém 1011 palavras
Data: 18/08/2024 14:43:20
Última revisão: 18/08/2024 18:22:19
Assuntos: Gay, Homossexual

Conheci Janaína numa feira literária. Uma bela mulher de seus quarenta e poucos anos, charmosa, cabelos vermelhos, pele branca, corpo no auge de sua gostosura. Divorciada. O filho, Tiago, não quisera ficar com ela nem com o pai – dava-se melhor com a avó, mãe dela. Ambiente e situação propícios, terminamos juntando os trapinhos, após alguns meses de conversas, passeios, leituras em comum e tórridas fodas.

Às vésperas de Tiago fazer 18 anos, sua avó e anfitriã faleceu, e ele, triste e inconformado, sentiu-se sem chão (e sem teto). O pai constituíra nova família, na qual não o cabia. Ressabiado, ainda sem asas para ganhar o mundo por conta própria, apelou para o bondoso coração da genitora – que, abalado pela perda da própria mãe, sorriu com a possibilidade de ter o filhote de novo sob seus cuidados.

Confesso que fiquei meio receoso de ter uma nova presença masculina em casa, mas, ao mesmo tempo, compreendia perfeitamente a situação. Concordei. E Tiago veio morar conosco. A recente perda da avó ainda o machucava, e ele passava a maior parte do seu tempo fechado em seu quarto, em seu mundo, com suas dores e dissabores.

Aos poucos, como toda ferida aberta que vai sarando, a dor do rapaz foi se fazendo cicatriz e ele foi se abrindo para a vida além do quarto. Foi quando pude conhecê-lo melhor, e constatar que eu tomara a atitude acertada. Ele puxara à inteligência (e à beleza ruiva) da mãe. Viciado em leituras as mais ecléticas, isso nos aproximou muito, e em pouco tempo nos tornamos grandes amigos, e nos afeiçoando um ao outro. Tirávamos onda mutuamente, ríamos e nos divertíamos bastante juntos, com a mãe, e mais ainda sem ela por perto.

Sua festa de dezoito anos – um discreto almoço para os amigos mais íntimos, num restaurante, foi a oportunidade de ele apresentar Samantha, sua namorada há cerca de seis meses, fazendo brotar dos olhos de Janaína lágrimas de reconhecimento de que seu filhote já era um homem. Eu, na verdade, já soubera da namorada há certo tempo, que Tiago me contava tudo que rolava na sua vida; eu nada comentava com Janaína, para ela não se sentir enciumada. Eu sabia, por exemplo, que o “filhote” não era tão ingênuo quanto a mãe imaginava que ele fosse, pelo contrário, tinha uma mente bem avançadinha – naturalmente fruto das muitas e variadas leituras realizadas. Além do mais, se tornara um belo e gostoso rapaz, que por vezes visitava minha lasciva imaginação masturbatória, mas sem maiores desdobramentos.

Numa oportunidade, Janaína fora convidada para ser curadora de um festival literário numa cidade vizinha, e precisava viajar alguns dias antes, para organizar tudo. Acertamos que eu e Tiago (e provavelmente Samantha também) apenas iríamos no final de semana, para o evento. Isso me aproximou ainda mais do meu enteado e numa tarde dessa semana a sós, em casa, começamos a bebericar, conversar, bebericar, discutir literatura, bebericar, ouvir música, bebericar e fomos ficando... digamos... mais descontraídos.

Ao som de Pink Floyd – que ele também curtia bastante – dançávamos desengonçadamente e nos desafiando quem conseguia tirar a roupa do outro, ao som da música. Coisa de quem estava com alguns graus etílicos a mais comandando o cérebro. Numa enorme espuma sobre o chão, começamos o interessante jogo: eu tentava tirar sua camisa, ele esquivava o corpo, enquanto investia sobre mim, buscando retirar a minha. Os movimentos eram coordenados pela coreografia sugerida pela música.

Os risos soltos, a falta de uma coordenação mais sóbria, ou sabe-se lá o que mais, foram tornando as investidas mais intensas e as resistências mais frágeis. Agarramo-nos e fomos retirando nossas camisas, simultaneamente; seu corpo branco e cheiroso roçando no meu peito, enquanto o desnudava, provocava-me ondas de tesão, que eu não sabia se deveria explicitar ou resguardar, pois não conseguia definir qual era a dele.

Idênticos movimentos fizeram com que retirássemos as bermudas um do outro e aí não deu mais para disfarçar minha vara rígida estufando a cueca. Nem precisava, porque a dele também estava ereta sob sua sunga. Mas, como se fosse um mútuo acordo tácito, continuamos nossa brincadeira ao ritmo da dança e reagindo às investidas do outro. As cuecas foram as peças que mais demoraram a sair, pois nos atracávamos sobre a espuma, nossos corpos se misturavam, por vezes eu sentia seu braço pressionando meu pau, outras vezes a posição levava meu rosto a acomodar-se sobre seu falo.

E, seja pelo cansaço, seja pelo mútuo desejo – àquela altura incontrolável –, num movimento dramático inspirado por “Hey you”, liberamos nossos paus rígidos e bundas ávidas. Ainda assim continuamos nossa “luta” corporal, de dominar os movimentos do outro, nossas peles roçando-se numa sensualidade louca, inspirada pela musicalidade da banda.

Não sei exatamente em que momento, ou que movimento nos propiciou a posição em que ele “me imobilizou” sob seu corpo, montado em minhas costas. De repente, a introdução estranha e cheia de sinos de “Hight hopes” fez nossos corpos magicamente pararem de se mexer e fui sentindo a insinuação de seu pau na minha entrada; abri mais as pernas, facilitando, e Tiago foi entrando lentamente, eu o sentia avançar suavemente pelo meu interior até perceber o toque de suas coxas sobre minhas nádegas.

Seu membro pulsava, parado, dentro de mim, enquanto seu corpo quente pousava sobre minhas costas e sua respiração arrepiava minha nuca. Seu corpo iniciou um delicado movimento de sair e entrar, produzindo-me um prazer que nunca julguei ser possível sentir. Meu jovem enteado me fodia com a suavidade de quem dançava Pink Floyd sobre nuvens. Eu sentia meu pau babando sob minha barriga, prensado por meu corpo, e a cada movimento de Tiago, mais sensível se mostrava, até que senti os raios de prazer me percorrerem e eu explodir num gozo intenso. Eu sentia meus jatos quentes encharcando minha barriga, enquanto meu cu se fechava e se abria, ao ritmo das expulsões magmáticas do meu pau, o que terminou provocando no meu fodedor inevitáveis movimentos orgásticos, e pude sentir também sua erupção em meu interior.

Os gemidos de gozo eram, inacreditavelmente, no ritmo de Pink Floyd.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 44 estrelas.
Incentive ClaudioNewgromont a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Tito JC

Cheguei a ouvir o som forte da banda e o ritmo dos corpos nessa luta sensual, em busca de prazer. Gosto dos textos sobre jovens se descobrindo com homens mais velhos, é o meu tema favorito... Muito bom queridão!!! Como sempre, um primor de texto!

0 0
Foto de perfil de ClaudioNewgromont

Obrigado, querido... Bote aí Pink Floyd e goze em nossa homenagem! Beijo na cabeça da rola.

0 0
Foto de perfil genérica

Show. O assunto é meio repetitivo mas a sua forma de descrever faz toda a diferença. O respeito pela dor da perda, o entrosamento, confidencias até chegar nesse banho de espuma sensacional e altamente sensual, só vc que é fodão pra detalhar essa transa deliciosa. Por mim já valeu mas se quiser contar mais vou adorar gozar mais uma vez. Obrigado. Beijos.

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom.

Será que vai haver continuação?

fredcomedorr2022@gmail.com

0 0

Listas em que este conto está presente

Amor de picas
Contos com temática gay.