Eu acordei no dia seguinte com minha cabeça doendo de ressaca e de culpa. Eu nunca havia traído meu marido, 5 anos de casados mais 2 de namoro e eu nunca havia nem flertado com outro homem e na noite anterior eu havia transado com o irmão dele, um cara 12 anos mais novo, recém saído da faculdade e que detesta meu esposo com todas as forças do seu corpo.
Quando abri os olhos vi Marcos dormindo nu do meu lado da cama, ele já havia chegado do plantão e como sempre, fez de tudo para não me acordar, tomou o banho, trocou de roupas e dormiu. Me levantei para preparar o café para quando Marcos e Leandro acordassem, e fiquei com um turbilhão na mente, meus pensamentos divididos entre a culpa que eu sentia e o desejo de Leandro acordar logo para que eu pudesse me agarrar com ele rapidinho, antes que Marcos acordasse. Meus pensamentos me torturavam de culpa e tesão, lembrando dos 18 cm de pica grossa, dura como uma coluna de pedra, de Leandro e ao mesmo tempo imaginando a dor que eu causaria a Marcos se ele descobrisse o que aconteceu.
Passou algumas horas até que um deles acordou. Eu estava sentado no sofá, tomando uma caneca de café quando Leandro atravessou o corredor e ficou na porta da sala, sem camisa, vestindo uma samba canção, com seu pau caído, pendendo meia bomba, marcado no tecido. Ele estava com cara de sono.
– Bom dia, Leo, tem café na cozinha.
Sem falar nada, ele foi até a cozinha, preparou seu café da manhã e veio para a sala. Sentou no lado oposto do só, o mais distante possível de onde eu estava, colocou o prato no braço do sofá e ficou comendo em silêncio, assistindo os vídeos que eu deixei passando no youtube.
– Dormiu bem? – Perguntei com a voz trêmula, no que ele respondeu afirmativamente apenas com sons onomatopaicos – Acordou com ressaca? – outra resposta sem palavras, agora negativa.
Leandro comia sem tirar os olhos do prato ou da TV, ele não olhava para mim nem para responder minhas perguntas. Eu queria tocar no assunto, mas não sabia como chegar lá sem ser muito direto e ele não me ajudava a desenvolver uma conversa. Ainda fiz algumas outras perguntas que ele respondeu com sons ou com palavras monossilábicas. Quando ele terminou de comer, meu cunhado se levantou sem falar nada, levou seu prato para a cozinha e voltou ao quarto de visitas, só saiu novamente quase meio-dia quando Marcos já havia acordado.
O sábado foi um dia comum, eu e meu marido levamos meu cunhado para passear pela cidade e quando anoiteceu ele foi dormir cedo para a prova no dia seguinte. Quando a prova terminou, Leandro quis ir direto do local do exame para a rodoviária, ignorando completamente o convite que tinhamos feito para levá-lo para almoçar.
A partir desse dia eu vi pouco o Leandro, das vezes que nos encontramos em reuniões de família ou quando eu ia para o interior visitar meus sogros ele agia naturalmente, ou seja, com pouca conversa com todo mundo e sem dar abertura para puxar assunto. Isso me tranquilizou bastante, sou muito feliz no meu casamento e muito apaixonado pelo Marcos. Me convenci de que o que aconteceu foi um deslize uma experiência impulsiva que não iria se repetir.
Porém os meses passaram e eu fui ficando com vontade de levar rola novamente, eu batia punhta uma, duas vezes por dia imaginando dando a bunda, as vezes para o Leandro ou para o Marcos, mas também para algum colega de trabalho que acho atraente, um amigo ou até um desconhecido que vi na rua e achei gostoso. Apesar de preferir ser ativo, eu gosto de dar o cu e a abstinência estava me deixando com muita vontade.
Nas férias do ano seguinte fomos passar 15 dias na casa dos meus sogros, o resultado do concurso já tinha sido divulgado e o clima estava horrível pois Leandro não tinha conseguido passar em nenhum dos dois que tinha feito, nem o da viagem para minha cidade nem outro que ele tinha feito em outro lugar. As comparações com Marcos, o médico que entrou na faculdade direto do ensino médio, eram constantes e Leandro estava sempre irritado e brigando com seus pais. Mesmo Marcos não concordando com as atitudes dos pais e pedindo para que eles parassem de fazer isso, mesmo sendo Marcos quem pagava cada curso preparatório, cada despesa nos dias de prova, Leandro culpava seu irmão e sempre que podia brigava com ele.
A única coisa que Leandro tinha contra Marcos que agradava sua família era a heterossexualidade. Ainda que os pais deles aceitarem nosso casamento e vivêssemos em harmonia, eles nunca esconderam o orgulho de ter um “filho homem”. Mesmo com a diferença de idade de mais de 10 anos, seus pais sempre trataram Leandro como o Homem da Casa pois esse era o filho que iria continuar a descendência, iria gerar herdeiros casando com uma mulher.
Certa tarde durante aquelas férias, as coisas esquentaram na casa. Leandro estava brigando com sua mãe, dona Lêda. Ela queria que ele voltasse a estudar, mas Leandro estava desmotivado além de não ter nenhum concurso em vista, isso não importava para ela.
– Você tem que estudar é bem antes, para quando o concurso for anunciado, você já vai estar bem na frente do outros candidatos – insistia ela.
– Ai eu estudo e o concurso não sai e eu só perdi tempo porque vou ter que estudar para outro.
– Você tem que focar – ela continuou – seu irmão Marcos estudava para o concurso antes mesmo de saber se ia ter anúncio.
Essa foi a gota d’água, ao ouvir o nome de Marcos entrar na conversa, Leandro se descontrolou e começou a gritar com sua mãe, os gritos eram ferozes, agressivos, tão raivosos que por um instante eu, que estava na sala fazendo meu trabalho, fiquei com medo e me levantei para ir aonde eles estavam. Quando cheguei, Marcos já tinha entrado na briga, ficando entre Leandro e sua mãe que estava se tremendo, nervosa, com lágrimas nos olhos de surpresa pela postura do filho. Leandro gritava com Marcos, inchando o peito, partindo pra cima do meu esposo aos poucos, com os punhos cerrados, Marcos também já estava prestes a partir fisicamente contra seu irmão.
– Gente, pelo amor de Deus – eu gritei – olha a situação de dona Lêda – eu falei indo em direção a minha sogra.
Ao ver como a mãe estava, os dois filhos se desarmaram, Leandro saiu pisando forte e bateu a porta do seu quarto com tanta força que eu suspeitei que alguma coisa foi quebrada ali. Marcos ficou abraçando a mãe, tentando confortá-la. Quando ela já estava mais calma, meu marido disse que ia levá-la para a casa da tia, para ela ficar longe de Leandro um pouco e se acalmar mais, ele perguntou se eu iria junto, mas eu ainda não tinha terminado meu trabalho e lembrei que só ele estava de férias, eu só estava acompanhando de home office.
Quando eles saíram, eu voltei para a sala, sentei na mesa e continuei a fazer o meu trabalho no notebook, um pouco nervoso pois Leandro estava muito alterado e tinha medo dele surtar comigo sozinho naquela casa.
Dez minutos depois que meu marido e minha sogra se despediram de mim, Leandro saiu do quarto, passou por mim sem falar nada, ainda com as expressões visivelmente irritadas e foi até a cozinha. Abriu a geladeira, bebeu um copo de água e voltou, mas dessa vez ele parou na sala, ficando em pé atrás de mim. Eu fingi naturalidade e continuei meu trabalho até que o silêncio foi cortado pela voz de Leandro.
– Falta muito aí? – perguntou.
– Não, já estou terminando – respondi com a vez tremendo.
Meu coração disparou, eu ainda estava muito impressionado com a situação que tinha acontecido pouco tempo atrás, eu tentava fingir naturalidade, mas minha voz entregava todo o nervosismo que eu estava sentindo. Foi quando eu sentir o tecido do short de Leandro encostar em meu braço, eu paralisei, sem consegui me concentrar, fingi que estava trabalhando, até que senti meu cunhado ainda mais perto do meu braço, pressionando sua mala contra mim.
– Quer levar pica? - ele perguntou.