MINHA VIROU DO AVESSO [2] ~

Um conto erótico de robson
Categoria: Gay
Contém 2400 palavras
Data: 03/08/2024 05:55:54

A professora estava na sala dando aula e ela para a aula e diz:

- Vocês podem para com essa conversa?

Ficamos calados e dei um soco no braço dele.

- Por que você me bateu?

- Por fazer a professora chamar nossa atenção.

- Não acabou o papo ainda?

Professora posso dizer mais uma coisa?

Levantei e falei para a classe:

- Pessoal esse é o Gabriel... Ele é meio chato... e é só não ligar muito para ele.

E ele me dá um soco no braço.

Olho para ele e falo:

- Rapazes... ele está disponível.

Todos caem na risada e ele fala:

- Vai ter troco.

A professora diz:

- Nossa... o Robson fez uma piada? Gabriel, vocês vão ser ótimos amigos.

O nome dela era Sônia. Ela era muito legal com os alunos; tratava a todos muito bem.

Depois, no intervalo, ele havia feito amizade com todos na sala.

As aulas foram normais.

Na saída do colégio ouço alguém me chamando. Era o Gabriel.

- Posso ir na sua casa?

- Não.

- Apareço às duas.

Pensei comigo: ele não sabe onde moro mesmo, pode aparecer.

Cheguei em casa e minha mãe estava preparando o almoço. Cumprimentei-a e fui para meu quarto trocar de roupa.

Tiro minha roupa e fico deitado só de cuequinha e pego no sono.

De repente abro meu olho e levo um susto, pois o Gabriel está sobre mim, de quatro, me olhando.

Me levanto e ele deita do meu lado da cama.

- O que está fazendo aqui? Como você chegou aqui? Quem deixou você entrar?

- Sua mãe.

Fui para a cozinha e falei para minha mãe:

- Mãe... como a senhora deixa um estranho entrar na nossa casa?

- Ele não é estranho... e o Gabriel é nosso novo vizinho. E ele disse que vocês estudam na mesma classe.

- Por que a senhora deixou ele entrar no meu quarto? Eu poderia estar pelado...

Ela me olha e diz:

- Então falta pouco.

Percebo que estou só de cuequinha e vou para meu quarto vestir uma roupa.

- Você fica lindo de cuequinha! – ele fala.

- Vai pastar.

Ele vai atrás de mim. Visto uma roupa e volto para a cozinha.

Ele sempre me seguindo.

Sento na mesa e ele ao meu lado.

Meu pai chega do trabalho.

- Que milagre o meu filho acordado essa hora!

- Oi Gabriel.

- Espera... Desde quanto você é meu vizinho?

- Faz quase dois meses.

- E só agora que eu fico sabendo?

- Você não sai daquele quarto... como quer saber das coisas?

- Quem disse que eu fico trancado no meu quarto?

- Sua mãe. Faz dois meses que estou aqui e te vi só hoje...

Depois de um tempo minha mãe serviu o almoço.

O Gabriel não quis, pois tinha almoçado e ficou assistindo TV na sala.

Terminei de almoçar e fiquei assistindo TV com ele até dar a hora para ir para a aula de inglês. Fui para a aula e ele foi para sua casa.

- Tchau!

- Até mais tarde!

Achei meio estranho ele falar isso, pois de noite estaria fazendo meu curso, mas não liguei.

Na outra escola procuro minha sala e vejo vários amigos da outra escola, inclusive meu melhor amigo, o Flávio.

Havíamos combinado que iríamos fazer o mesmo curso.

Ficamos conversando até que olho para a porta e vejo, surpreso, o Gabriel vindo em nossa direção.

Ele se aproxima e vai me abraçando e tenta me dar um beijo no rosto. Eu dou um passo para trás. O pessoal para de conversar e fica nos olhando.

Ele cumprimenta todo mundo e ficamos conversando.

Não demora muito e a professora chega em sala e sentamos os três, próximos e, para nossa surpresa, é a Sônia, nossa professora.

Ela olha para nós três.

- Vocês de novo?

- Mas professora, por que a surpresa se a senhora já conhece quase a classe toda?

- É que vocês me dão mais trabalho.

Olho para o Gabriel e ele diz:

- Não fiz nada.

As aulas foram tranquilas, mas sempre com o Gabriel próximo.

O mais estranho é que depois que ele conheceu o Flávio, ele não deixava nós dois sozinhos. Ele sempre estava por perto.

Também não participava das conversas... ficava mudo, só escutando.

Mas quando eu estava sozinho ele ia conversar com o pessoal da classe.

Na saída meu pai nos esperava. Estava encostado no carro.

Meu pai ficou parado eu disse:

- Vamos?

- Não vai esperar o Gabriel?

Não demorou muito e ele chega.

Ele senta atrás, junto com o Flávio. Dou a volta no carro e sento no banco do motorista. Ele fica surpreso.

- Você sabe dirigir?

- Sei faz uns seis meses.

Quem me ensinou a dirigir foi meu pai. O carro em que estávamos era meu, pois tinha ganhado num sorteio. Era um Astra. Mas o carro estava no nome do meu pai. De vez em quando ele deixava eu dirigir, mas nunca sozinho.

- Está com medo?

- Sim.

- Então aperta o cinto.

Meu pai e o Flávio só riam da cara dele.

Peguei o caminho mais longo, pois fazia tempo que não dirigia.

Deixei o Flávio em casa e depois o Gabriel.

- Está vendo? Sou um bom motorista... você ainda está vivo.

Ele não disse nada e foi para sua casa.

Pela manhã, estou tomando meu café, toca a campainha e vou atender. Era o Gabriel.

Ele me abraça e tenta me beijar.

- Você quer parar de ficar me abraçando e me beijando?

- Você não gosta ?

- Claro que não!

- Pois eu adoro abraçar você.

Entramos em casa e minha mãe pergunta se ele não quer tomar café.

Ele pega a xícara que eu estava tomando.

Olho para ele e ele sorri.

Saímos para a escola e encontramos com Flávio no caminho e fala:

- Gabriel, ainda está vivo?

Ele não diz nada, como se não fosse para ele.

- O que ele tem?

- Eu que sei?

Na escola foi tranquilo, mas daquele jeito... o Gabriel sempre por perto quando eu estava com o Flávio.

No fim da aula saímos os três juntos.

Tentava puxar assunto com Gabriel e ele era monossilábico.

Aquele clima deixou os três sem assunto até chegarmos. Cada um foi para sua casa.

Minha mãe estava na cozinha. Tomei um copo d’água e fui para meu quarto.

Troquei de roupa; coloquei só um shortinho e deitei na cama... e acabei pegando no sono.

Não demorou muito e acordo com alguém em cima de mim.

- Boa tarde, Robinson!

- Dá pra sair de cima de min?

- Só depois de fazer uma coisa.

- O quê?

E ele me beijou no rosto.

- Agora posso.

E sentou na cama.

Eu me levantei e apoiei na cabeceira.

- O que você tem contra o Flávio?

- Nada.

- Por que você não gosta dele?

- Por que me pergunta isso?

- Ele conversa com você e você não responde. Ele é super legal; conheço ele há anos.

- Não vou com a cara dele.

- Tem algum motivo?

- Não... só não gosto dele.

- Vai gostar quando conhecer ele melhor.

- Duvido.

Meu pai bate na porta avisando para ir almoçar.

Ele ficou na sala assistindo TV enquanto almoçávamos. Terminei e fui assistir com ele.

Estava na hora de ir para a academia e meu irmãozinho aparece de sunguinha e chama o Gabriel para nadar na piscina, pois estava um solzão.

- Vocês têm piscina?

- Temos. Ele saiu correndo até o quintal para vê-la.

- Vamos nadar?

- Não posso, tenho academia; vai com meu irmão.

- Quero ir com você.

- Então vai ficar na vontade, estou de saída.

- Aonde você vai?

- Academia.

Meu irmãozinho grita

- Você não vem, Gabriel?

- Vai na frente que daqui a pouco estou lá.

- No sábado venho aqui para nós dois aproveitarmos a piscina.

- Não tenho sunga.

- E daí? Nada de cueca... ou peladinho, se quiser.

Não falei nada e saí. Ele ficou brincando com meu irmão na piscina.

Eu nado peladinho, mas é quando não tem ninguém por perto.

Quando voltei da academia ele ainda estava brincando com meu irmão na piscina.

- Vai entrar?

- Você é surdo? Não tenho sunga e tenho que tomar banho para ir pra escola.

O resto da noite foi tudo normal, com o Gabriel esnobando o Flávio.

Na saída estamos os três no portão e percebo que o Gabriel está olhando para os lados, procurando alguma coisa.

- O que você está procurando?

- Nossa carona.

- Que carona?

- Seu pai não veio nos buscar?

- Claro que não! É só de vez em quando!

Fomos embora caminhando. Chegando em minha casa ele para e fica me olhando.

- O que foi agora?

Mais uma vez ele me abraça e beija meu rosto.

- Sonha comigo?

- Vou pensar no seu caso.

E fomos para nossas casas.

Logo pela manhã, na hora de irmos para a escola, toca a campainha e minha mãe diz:

- Não vai atender?

- Eu não... deve ser o Gabriel.

- Pode entrar que a porta está aberta!

Era ele, todo sorridente e cumprimentando meus pais.

- Por que não foi abrir a porta?

- Pra você não ficar me agarrando.

- Não seja por isso...

E me abraçou na frente da minha mãe.

Ela ficou meio que assustada.

- Mãe, liga não... ele é meio bobo.

- É que eu adoro abraçar seu filho.

Minha mãe, mais uma vez, estava colocando alguma coisa para eu comer, na minha mochila e ele fica olhando.

- O que foi?

- Nada.

Ela pegou a mochila dele e colocou várias coisas pra ele também.

No caminho para a escola encontramos o Flávio e ele diz:

- Arranjou outro irmão?

- Por quê?

Ele olha para o Gabriel e ele estava comendo as coisa que minha mãe havia colocado em sua mochila.

- Não vai oferecer?

- Não; dá você os seus.

Dei alguns para ele que também foi comendo.

O resto do dia foi normal.

Na volta para casa saímos os três. A rotina de sempre.

Depois que ficamos sozinhos, ele quer saber se vamos nadar no sábado.

- Vou chamar o Flávio, assim você conhece ele melhor, fora da escola.

- Acho melhor não; você sabe que não vou com a cara dele.

- Está bem, não chamarei.

Ele dá um sorriso e me abraça.

- Obrigado!

E cada um foi para sua casa.

Logo pela manhã ele nem aperta a campainha e vai entrando... e vai me abraçando.

Meu pai olha meio assustado e eu olho pra ele.

- Liga não... ele é assim mesmo, meio bobo.

- Vocês vão nadar na piscina amanhã? Disse meu pai.

- Vamos sim, seu Ângelo.

- Quem mais vem?

- Apenas eu e o Gabriel; mais ninguém.

- E o Flávio? Faz tempo que não o vejo... anda sumido. Chama ele e faremos um churrasco.

- Vou chamar e ver se ele pode vir.

O Gabriel fez cara de quem não gostou da ideia.

Minha mãe estava colocando as coisas de sempre: bolacha, chocolate e barra de cereal.

- Que milagre é esse que você comeu as coisa que eu coloquei para você ontem?

O Gabriel foi logo dizendo.

- Comeu nada; ele deu tudo para o Flávio.

- Claro, você não quis dar para ele...

- Então vou colocar mais coisas para você dividir com o Flávio.

E colocou para o Gabriel também.

- Ele está ficando mal acostumado. Ontem pai, ele estava esperando você ir nos buscar na escola. E ficou esperando e resmungou durante todo o caminho. Agora a senhora está mimando ele com doces.

- Primeiro que eu não resmunguei, seu mentiroso, seu ciumento!

Estávamos de saída. Meu pai tirou a carteira do bolso e me deu dinheiro para eu compra lanche na cantina.

- Vocês devem ser doidos. – disse o Gabriel.

- Olha a boca moleque. Por que você diz que somos doidos? Por qual motivo?

- Pensa bem... sua esposa compra coisas para ele levar para a escola e ele não come e traz tudo de volta. E o senhor dá dinheiro para ele comprar lanche que ele não compra.

Meu pai tira o dinheiro da carteira e dá para ele.

- Você tem razão... dou até dinheiro para quem me chama de doido.

- Obrigado, senhor doido!

- De nada, filho postiço!

- Que negócio é esse de filho postiço?

- Não fica com ciúme, irmãozinho!

- Deus me livre de ter um irmão como você!

E fomos para a escola.

E encontramos com o Flávio pelo caminho. O Gabriel estava comendo seus doces e olho para ele.

- Não vai oferecer para o Flávio?

- Sua mãe colocou para ele na sua mochila.

- Oba Rob... cadê?

Dei pra ele e quando chegamos na escola os dois haviam comido tudo.

Enquanto as aulas não começavam, falei para ele se não queria ir tomar banho na piscina no sábado.

Ele aceitou na hora.

As aulas foram normais, com o Gabriel emburrado.

Também... o que eu podia fazer? Meu pai que pediu para chamá-lo.

Fomos embora juntos e Flávio disse que estaria em casa às nove.

O Gabriel apareceu em casa à tarde e com um pouco de conversa. Ele estava mais sorridente.

No Sábado pela manhã, acordo com o Gabriel em cima de mim, sorrindo pra mim e como sempre me beijando no rosto.

Ele fica me olhando.

- Não vai mandar eu sair de cima de você?

- Não, você não me escuta, só faz o que quer.

- Vai levantar agora?

Olho para o relógio e ainda são sete e meia.

- Vou dormir mais um pouco.

- Então dá um espaço pra mim.

- Eu estou pelado.

- Mentiroso.

- Quer ver?

- Não... Vou deitar por cima do edredom mesmo.

Ele fica olhando eu dormir e não demora muito o Flávio chega, pulando sobre nós dois e nos abraçando. Estava feliz.

Olho mais uma vez para o relógio e não tinha passado nem meia hora.

- O que vocês dois têm hoje para acordar tão cedo, fizeram xixi na cama?

- É que hoje estou feliz.

- Qual é o motivo?

Eu encostei na cabeceira da cama e o Gabriel sentou ao meu lado. Ele fez um suspense e falou:

- Estou namorando.

- Quem é a menina, Flávio? Quanto tempo faz?

- Quase três meses.

- É por isso que sumiu aqui de casa... Eu conheço?

- Sim... é a Tânia, do outro terceiro.

- Ela é uma gata.

Levantei da cama e abracei ele.

E o Gabriel ficou olhando, espantado.

- Você está pelado!

- Claro! Eu te falei. – e fui para o banheiro.

O Flávio riu da cara do Gabriel.

Fiz minhas necessidades, tomei um banho e voltei para o quarto.

Para a minha surpresa, os dois estavam conversando e rindo.

- Estão falando de mim?

- Claro que não. Estava perguntando para o Gabriel se ele tem namorada, mas ele disse que está interessado em alguém.

- Eu conheço, Gabriel?

- Conhece.

- Quem é? eu também conheço?

- Conhece, mas a pessoa ainda não sabe que gosto dela.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 26 estrelas.
Incentive Contosdolukas a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de ContosdolukasContosdolukasContos: 464Seguidores: 102Seguindo: 41Mensagem Jovem escritor! Meu email para contato ou trocar alguma ideia (contosdelukas@gmail.com)

Comentários

Foto de perfil genérica

Quem nunca teve amor platônico. Conto mara

0 0