Em Trancoso combinamos de ser tudo o mais calmo possível, para chegar com o corpo e a cabeça em paz em Salvador. Faríamos os passeios que desse, sem pressa e o foco seria viver o que estivesse próximo a casa que ficamos, dessa vez, nada isolada, bem no centro do distrito.
Todos os dias de viagem logicamente a gente ligava para saber como Mih estava, sempre após ela chegar da escola. Mas minha mãe me enviou uma mensagem cedo dizendo que ela estava com um pouco de febre e não a levaria para aula. Provavelmente só a garganta dela tinha inflamado, mas não deixa de dar uma preocupada, ainda mais que ela fica um dengo que só quando está dodói. Liguei assim que nos acomodamos, no meio do papo ela solta:
- Mãe, a senhora já vai trazer o meu irmãozinho?
- Não, filha, não é assim que funciona... - falei
- Mas a senhora disse que era depois do casamento - disse-me chateada
- Seu irmãozinho vai chegar, amor, você não precisa se preocupar com isso, tá? - tentei
Nisso Juh saiu do banho e se juntou a ligação.
- Oi, meu amorzinhoooo, estou com tanta saudade... - disse para Mih
- Oi, mamãe, também estou com muita saudade... - respondeu
- Tá assim por conta da saudade ou porque tá dodói? - Perguntou Juh
- Porque não tenho um irmãozinho ainda! - disse enfaticamente
Júlia me olhou com uma expressão de: "vixe, e agora???"
- Tem que ter calma, linda, mas você vai ter um irmãozinho, isso que importa! - respondeu tentando passar animação
- Tá... - respondeu totalmente desanimada
Com mais um pouquinho de conversa e mudando o foco, conseguimos transformar aquele clima de enterro fazendo planos para quando a gente chegasse em casa, as coisas que faríamos juntas e Juh prometeu que ela poderia brincar com a gente do que quisesse.
Ao terminar a ligação continuamos a conversar sobre o assunto.
- É... Ela está mesmo ansiosa para ter um irmão... - falei
- Será que ela vai ter ciúme? - Perguntou Juh
- O que é o ciúme? Uma emoção que desponta quando nos sentimos ameaçados a perder algo que é importante para nós... Ela não é uma pessoa ciumenta, só com você, e vai envolver você diretamente, então acredito que sinta um pouco mas não de cara. Quando não for mais uma novidade e quando fizer parte da rotina dela aí sim vamos saber as proporções.
- Aiiii, a gente tem que tomar cuidado para ela não se sentir menos amada, só vamos multiplicar o amor mas tem que ficar claro para ela... - disse Juh já se preocupando
- Vamos vivendo, amor, uma coisa de cada vez, teremos um longo percurso até a adoção ainda - falei fazendo carinho em seu rosto
- Espero que a gente tenha muita sorte e seja rápido, aí teremos duas fininhas lindas - falou empolgada
- Filhinhas? Menina então? - Perguntei me contagiando com sua animação
- Falei no automático, mas não seria má ideia, não é? A gente se dá muito bem cuidado de Mih - disse-me
- Acho uma ótima ideia, gatinha, vão nos pedir mesmo um filtro, é bom a gente ir conversando sobre. - Respondi
E enquanto a gente ajeitava as malas fomos falando sobre, chegamos a conclusão que seria sim uma menina, de 2 a 4 anos, sem irmãos. Esse último quesito ainda poderia ser conversado, de acordo com a situação que estivéssemos.
O papo nos fez muito bem, uma empolgação sem fim. Nós duas queríamos muito viver aquilo. Nossa família era linda, e com certeza ia aumentar, mas a felicidade em planejar tudo aquilo, estava transbordando de dentro de mim. Antes de Júlia entrar na minha vida, eu não queria mais um relacionamento sério quem dirá mais filhos e agora eu estava ali cheia de ideias para o futuro, me imaginando com no mínimo mais dois filhos. Ver ela tão animada também me dava uma satisfação enorme, era mútuo, era recíproco.
Em um clima adorável, fomos conhecer famoso Quadrado, Juh ficou indignada porque na verdade é um retângulo e isso me fez rir o percurso quase inteiro. Tem uma igrejinha linda que vários famosos se casam e aí começou a minha mania de tirar foto de toda igreja ou expressão de fé que eu veja para enviar a minha sogra, minha mulher diz que sou puxa saco, mas eu prefiro dizer que estou cultivando nossa relação, rs!
Fomos ao Mirante que fica logo atrás da igreja e a visão era linda, tiramos várias fotos ali e procuramos um lugar para almoçar nas casinhas coloridas. A maioria só abre próximo do anoitecer mas conseguimos um lugar. Fomos passeando, olhando as paisagens, fazendo mais registros até que chegamos em uma feirinha de artesanato onde encontramos o mesmo casal que nos convidou para o luau, depois dos cumprimentos, eles nos convidaram novamente para outro rolê, dessa vez um pagodinho que ia rolar em um bar, aceitamos, e fomos juntos.
O céu estava bem estrelado, tanto em Caraíva, quanto em Trancoso dá para apreciar bem.
Sentamos para beber um pouco e um tempo depois o som ao vivo começou, nós quatro estávamos nos divertimos muito até que o cara puxou um baseado, eu olhei disfarçadamente pra Juh como se quisesse dizer: "eu aviseeeei" e ela riu um pouco. Ele viu o riso dela e nos ofereceu.
- A gente não curte, mas pode ficar a vontade - disse Juh
E os dois começaram a chapar, não deveria ser o primeiro deles naquele dia.
Continuamos a conversar e entramos no assunto relacionamento, eles falaram como se conheceram, a gente também, falamos sobre nosso casamento, eles disseram que estavam tentando engravidar e foi fluindo. Eis que do nada o rapaz pergunta: - Mas vocês têm o relacionamento aberto?
Comecei a rir e respondi: - Não, fechado, trancado a sete chaves, selado!
- Trancafiado! - completou Juh
- Monogâmico, restrito a nós duas! - Continuei rindo
- Exclusivo! - falou Juh rindo também
- Entendi, entendi... - Disse o cara
- É que vocês são muito bonitas, desde que batemos o olho sentimos interesse... - disse a mulher
- Aaaah, a gente agradece mas é impossível... - falei
- Não temos interesse, somente na amizade de vocês, pode ser? - Perguntou Juh
- Claro! - confirmaram os dois
Pouco tempo depois eles foram ao banheiro e nós começamos a rir bastante da situação.
- Nunca que eu vou dividir meu bombonzinho, mds - falei
- Se você beijar outra boca que não seja a minha, eu... raspo seu cabelo, bato seu carro e apago todos os seus documentos do notebook - disse com um certo humor
- Você não precisa se preocupar com isso, a única boca que eu quero beijar é a sua - falei e a beijei
Ela sentou de lado no meu colo e respondeu sorrindo: - Eu sei, você consegue me passar essa segurança mesmo sem me dizer nada - e nos beijamos novamente, dessa vez por mais tempo
- Mas você acha que eu ia ficar bem careca? - Perguntei ironizando e levei um tapa mas era visível que ela tinha entendido o teor humorístico
- É brincadeira, gatinha - confirmei para ela ainda rindo e me aproximando para enche-la de selinhos
Os nossos amiguinhos não voltaram mais e resolvemos aproximar um pouco mais do bar para curtir a música, que estava muito boa, nesse momento tocava Insegurança do Pixote, tinha boa partipação do público e no momento do "eu não vou te trair com ninguém, meu amor, você tem minha palavra" eu enfatizei diretamente para Juh por causa do que a gente tinha acabado de conversar e imediatamente caímos na risada. Depois o grupo musical puxou umas antigas do Exaltasamba, nós continuamos na vibe, curtindo aos beijos e gargalhadas. Felizmente nossa playlist de Pagode e Forró dão match!
Voltamos para casa pela praia para apreciar melhor a noite e próximo da casa recebi uma proposta para deitar um pouquinho na areia, e obviamente fui. Júlia ainda não sabia que qualquer coisa que ela me pedisse, eu faria.
Deitei e ela apoiou a cabeça na minha barriga, dava para ouvir o som do bar ainda, a gente observava o céu e conversava, mas inúmeras vezes me peguei olhando para ela, aquele perfil era magnífico, e quando me encarava sorrindo eu perdia tudo.
- Eu nunca amei alguém como eu amo você - falei interrompendo o que ela dizia, eu não estava prestando atenção direito
Juh não esperava e virou assustada com a minha frase, mas positivamente, porque aos poucos um sorrisinho foi se formando em seus lábios
- Que lindo isso que você disse, amor - disse baixinho - Eu era bem insegura por você já ter outras experiências, você sabe, ouvir isso é... Não sei explicar direito, mas é muito bom
Comecei a fazer de leve um carinho no seu cabelo, mas eu queria mesmo era aqueles lábios nos meus.
- Vem cá, você tá muito longe da minha boca e eu quero um beijinho - chamei-a
Ela sentou na minha cintura e veio me enchendo de carinhos até o beijo, depois deitou com o rosto encaixado no meu pescoço. Apertei o abraço como se nunca mais fosse solta-la, naquele momento eu podia jurar que não faria isso.
- Se a gente continuasse era duas sanfonadas e acabava o forró... - disse com um time horrível quebrando o clima
- Amooooor!!!! - Exclamou rindo
- Duas palmas e já era o Tocantins???? - Continuei
- De onde você tira essas coisas? - Me perguntou
- Meu avô que tinha dessas piadinhas - falei
O tempo foi passando, as vezes a gente silenciava, mas do nada o papo voltava e fluía, os carinhos continuavam, muitos beijinhos. Agora só conseguia ouvir o barulho do mar, que ainda estava um pouco longe de nós, mas se aproximava.
- Eu quero que a gente tenha isso para sempre - falou no meu ouvido - isso de ser sempre tão transparente com o que sentimos, de conversar e rir das coisas, uma relação leve... Quero para sempre!
- A gente vai ter isso para sempre, amor - e puxei seu rosto para mais um beijo
- Vamos? Tá bem tarde - falei
- Eu também te amo - falou e dessa vez eu que me assustei pois não esperava - acho que é inapropriado dizer que mais do que já amei alguém já que romanticamente não se encaixa, mas eu te amo mais do que eu posso amar uma pessoa. - finalizou
Eu a encarei e seus olhinhos brilhavam olhando para mim, acho que os meus também.
- Gatinha, não tem mais nada que eu queira a não ser uma vida inteira ao seu lado! - e pela milésima vez naquela noite, nos beijamos
- A gente pode ficar até amanhecer? - Juh me perguntou
- Mesmo sabendo que amanhã vamos turistar por aí? - Perguntei e ela assentiu
- Então podemos... - concluí
Quando o dia começou a clarear, enterramos nossos poucos pertences e entramos no mar. Na parte de cima, algumas pessoas faziam suas corridas matinais, surfistas esperavam ondas (que pareciam não querer surgir) e começou a aparecer um pessoal alugando prancha de Stand Up próximo a nós.
- Bora? - convoquei
- Bora! - Aceitou
Só temos esse registro em nossas memórias mas eu adoraria ter uma foto. O solzão nascendo, nós duas lá no meio do mar sozinhas... Infelizmente fomos para longe demais e nossos bracinhos sofreram para voltar remando e depois disso, pegamos nossas coisas e voltamos para casa. Dormimos até umas 10h e fomos nos aventurar.
Visitamos as praias "por fora", dava para ir de barco que é mais rápido mas preferimos ir pela estrada de chão com quadriciclos.
- Vai devagaaaaaaaaaaaaaaaaaar! - eu ouvia mas ignorava
Quando paramos no primeiro ponto, que era a Casa dos Pescadores, ela disse: - Para o próximo, eu piloto!
E assim fizemos, Juh foi realmente um pouco mais devagar mas eu não tinha do que reclamar, estava agarrada aquele corpinho o tempo inteiro, por mim ela pilotava até para voltar, mas não foi o que aconteceu, Júlia me devolveu o comando e chegando na casa foi só o tempo de arrumar nossas coisas e nos despedir daquele paraíso. Pegamos um transfer pra Porto Seguro e passamos a noite no mesmo hotel da ida porque nosso voo seria pela manhã.
Fui acordar meu amor, nós estávamos bem cansadas, e ela reclamou que a gente sempre sai mais cedo do que precisa.
- Você quer dormir mais um pouquinho? - Perguntei ajeitando o cabelo dela
E Juh acenou que sim com a cabeça
- Espero que a gente não tenha nenhum problema, pode dormir mais 1h - falei olhando no relógio, mas acho que nem fui ouvida, ela já estava apagada
Deu o horário que eu combinei (comigo mesma) e fui lá novamente acordar a gatinha, que dessa vez não pestanejou, correu para o banho e se vestiu. Eu só estava aguardando-a, entramos no elevador e próximo ao térreo deu uma pane, o bicho tremeu, parou e desligou a iluminação. Júlia quase quebra minha mão apertando.
- Ferrou - falei
- E agora???? - Me perguntou
- Não sei, temos que esperar... - Respondi
Fui notando a inquietação dela e não era bom sinal, entrar em crise ali só ia piorar a situação.
- Ei, ei, ei, amor, vamos manter a calma... Daqui a pouco alguém abre e a gente sai - a abracei e senti seu coração quase saindo do peito - Quer sentar um pouco? - perguntei
Juh assentiu sentei com ela entre minhas pernas, apoiando seu corpo no meu.
O tempo foi passando, fomos ouvindo barulhos, provavelmente não demoraria mais tanto, mas o calor estava demais, arranquei a camisa e entreguei para Juh.
- Amor, o povo vai te ver sem roupa??? - perguntou-me
- Eu não estou aguentando mais e você tá na minha frente, me visto rápido ninguém vai ver nada - concluí e foi aceito pela muié ciumenta
- O nosso voo estaria saindo agora... - disse melancólica
- É... - confirmei
- A culpa é minha, se a gente tivesse saído no seu horário, mesmo que a gente ficasse presa no elevador daria tempo... - falou-me
- Amor, aconteceu, mas poderia não ter acontecido também... Agora já foi, temos que nos preocupar somente com o que dá para fazer agora, por exemplo, sair daqui e tentar trocar nossas passagens para o próximo voo - disse-lhe
Ela virou o rosto para cima e eu perguntei rindo: - Quer um selinho suado?
Juh riu e confirmou, então nossos lábios se encontraram.
Finalmente abriram e tivemos que escalar para sair, o pessoal do hotel queria muito explicar o que ocorreu mas tínhamos pressa apenas agradecemos e partimos para o aeroporto, conseguimos trocar nossas passagens e fomos tomar um cafezinho esperando, na verdade Júlia tomou um suco.
- Nunca mais questiono seus horários doidos, môh - disse sentando ao meu lado
- Incrível como eu sempre tenho razão... - falei ironicamente
- Vai ficar se achando? - me perguntou
- Vou! - confirmei dando um selinho
O voo foi tranquilo, chegamos 12h em Salvador e meu pai foi nos buscar com minha mãe e Mih. A gente quase não desgruda dela de tanta saudade, as bochechas ficaram marcadas de batom de tanto beijinho que recebeu de nós.
Meus pais só fizeram nos deixar em casa e foram para o interior, a casa ia sofrer uma pequena reforma.
- Agora eu posso escolher fazer o que eu quiser?? - Perguntou Mimi
- Siiim, de que você quer brincar? - Perguntou Juh
- De cavalo, quero andar no Spirit com vocês! - falou animada
Eu estava jogada no sofá, tudo que eu menos queria era sair de casa, levantei a cabeça com os olhos arregalados para Júlia que não disse nada.
Mamãe, você prometeu que eu podia escolher, não foi???? - Milena perguntou para Juh, porque percebeu que eu não queria ir
- Foi, filha... - confirmou
E em silêncio eu lamentei.
- A gente toma banho, almoça e vai, amor, mas não vamos demorar muito, tá?! - falei extremamente desanimada
- Tá boooooooom!!! - disse a animação em pessoa pulando em cima de mim e eu a agarrei porque estava morrendo de saudade ainda
Juh deu um beijinho em nós duas e ia levantando, eu segurei seu braço e disse: - Amor, começa a fazer umas promessas mais simples, eu imploro! - e ela riu indo tomar seu banho
Minha gatinha foi dirigindo, enquanto fui no banco de trás com Mih, ela acabou dormindo mas era gostosinho ter ela tão pertinho novamente.
Júlia desabafou que não sabia como seria agora com a mãe, depois da interação no casamento, não sabia como ela agiria. Dei o conselho que uso: - Seja um pouquinho cara de pau, converse como se tivesse resetado toda a treta, uma hora funciona...
Chegando lá, meu sogro veio nos abraçar, e depois Juh e Mih foram buscar o cavalo. Fui falar com D. Jacira que estava na cozinha. Eu a abracei, mostrei a foto da igreja e de algumas imagens, de início ela estava com aquele jeitão sério mas se animou, foi reconhecendo os santos e achou a igrejinha uma graça. Falei que assim que vi, lembrei dela, rs!
Juh chegou com Mih carregada e as três se abraçaram, Milena trocou de colo e Júlia tentou puxar assunto de como ela estava e coisas básicas, foi funcionando.
Saímos para ver Mih correr toda a área da pousada sozinha, depois com Juh, depois comigo e sozinha novamente. Ela não parava, eu estava moída, mas vê-la tão feliz com a gente, fazendo uma das coisas que ela mais ama... Deixava meu coração quentinho!
Antes de sair, fomos jantar, minha filha já estava dormindo no sofá e Juh fazia meu prato e minha sogra observava milimetricamente, eu não conseguia não reparar. Jantamos e minha muié sentou no meu colo me dando um beijinho, eis que minha sogra faz uma pergunta inusitada, que nunca imaginei que sairia de sua boca.
- Nesse negócio de vocês aí, quem é o homem?
- MÃE!!! - Exclamou Juh com os olhos arregalados, completamente vermelha, morta de vergonha
Eu tive uma crise de riso forte, chorei de tanto gargalhar
- Não tem homem, sogra - falei quando consegui, mas ainda rindo, eu tinha entendido o que ela tinha perguntado e então continuei - A gente faz o que sente vontade, se é que a senhora me entende...
- Chega, chega, chega - disse Juh encerrando o assunto
Meu sogro ria também mas o papo aparentemente morreu ali.
Na volta toda hora vinha na minha cabeça a pergunta e eu não conseguia parar de rir.
- Do nada ela pergunta isso, tanta coisa que poderia ser... Mds - disse Juh
- Você não queria interação, amor? Tivemos uma das boas hoje, inesquecível!
- Você amou isso, não foi? - Me perguntou com um sorrisinho tímido e eu confirmei
Assim que pisamos em casa, não contei conversa, coloquei meu pinguinho de gente no quarto e pulei na cama, mais tarde senti meu amor também deitando-se e só estiquei meu braço sem abrir os olhos para que ela se aconchegasse em mim. Dormimos bem juntinhas para acordar de volta a nossa rotina.