Sou o Cláudio, um cara que já passou por todas as experiências que a vida me ofereceu e que eu tive oportunidade de vivenciar. Hoje sou aposentado, vendo assessorias a empresas e palestras motivacionais. Vivo disso.
Consegui me desgarrar de tudo que a convencionalidade social fez grudar em mim. Atingi um estágio de desapego a tudo que me prendia a momentos ou pessoas ou coisas ou o que quer que fosse. O efêmero é minha mercadoria, para uso próprio e para venda nessas tais palestras e assessorias.
Num determinado evento, em Linhares, Espírito Santo, conheci Rifan, um cara novinho, alva pele, lábios carnudos e vermelhos, ruivos também os cabelos e os ralos pelos no rosto e restante do corpo. Suave de voz e de gestos. Em resumo: um lindo gay de 18 anos. Era plateia e veio falar comigo, com um livro para autógrafo – porque, como todo palestrante que se preze, também escrevo o teor das minhas falas, compiladas em livros, que complementam minha renda.
O rapazinho era estudante de Psicologia e bebia minhas teorias com avidez. Meu pau aprovou seu corpo e meu cérebro decidiu fazer dele comida – se houvesse espaço, naturalmente. A janela abriu-se através do autógrafo: “O efêmero é um tesão. Com desejo, Cláudio”. O efeito do veneno avermelhou a branca face e saímos dali juntos, para almoçar.
Entre iniciais insinuações, dúbias frases, toques despretensiosos, provocando sorrisos suspirados, em pouco nos descobrimos mutuamente interessados e, na sobremesa, acertávamos uma rápida viagem para conhecer uma praia naturista – na verdade, eu já me programara para ir; acompanhado é que era a novidade.
Através do Airbnb, encontrara uma pousada também naturista, próxima à praia. Lugar simples, agradável, como todo ambiente naturista. Os proprietários, Roberto e Carlos (não pude deixar de fazer piada com os nomes do casal), lindos varões (em todos os sentidos), “nus” receberam agradavelmente. Meu amigo precisou de algum tempo (pouco) para se habituar à nudez, mas minha prática de longos anos deixou-me à vontade desde que chegamos.
Era final de tarde. Ocupamos o quarto, tomamos banho (ainda separados) e fomos dar uma volta no local, para nos familiarizarmos. Meio de semana – éramos únicos. Um redário na varanda nos convidava ao desfrute e foi o primeiro contato mais íntimo que tivemos, os dois deitados na mesma rede, roçando-nos peles e corpos. Rolou o primeiro beijo – constatação de lábios especialmente deliciosos. Picas em riste, em busca de espaço. Carícias arrancando discretos gemidos. Movimentos meio desconexos na rede.
A aproximação de Roberto fez-nos conter um pouco. Veio saber se estávamos bem instalados e essas coisas que todo anfitrião pergunta. Além da simpatia escancarada, não tive como não notar o fogo do desejo estampado nas rápidas olhadelas que lançava sobre o corpo branco do meu parceiro, e mais evidente ainda a semiereção do robusto falo que lhe pendia por entre as coxas. Rifan, por sua vez, disfarçava mais desajeitadamente o desejo de ter aquele pau em si.
Entabulei conversa, o bastante para fazer ver aos dois minhas teorias sobre o efêmero e o desapego, e que eu não seria jamais empecilho para uma eventual foda dos dois. O papo rolou por aí, e ao cabo de meia hora, três paus duros sobressaíam-se no crepúsculo – mas cada um na sua, sem assédios mais explícitos. Até que Roberto foi cuidar de seus afazeres e eu carreguei carinhosamente minha presa para o quarto.
Entramos aos beijos e abraços e nos jogamos na cama, alimentando a coivara de mil infernos a nos consumir e nos comendo famelicamente. A porta, deixei-a, estrategicamente entreaberta, enquanto me oferecia ao ruivo branquelo. Decerto ele preferia ser fodido, mas eu também queria sentir uma rola a me devassar, e ao me escancarar para ele, nada mais lhe restou a não ser aprumar o mastro rígido em minha caverna ansiosa e já lubrificada, e me penetrar gemendo e me fazendo gemer.
Nossos ruídos, provavelmente, chegavam aos ouvidos de Roberto, que o vi passar na frente da porta entreaberta duas vezes (talvez três). Os ganidos aumentavam de intensidade na medida em que nossos corpos mais se eletrizavam e Rifan explodiu seu tesão líquido dentro de mim. Senti os jatos me invadindo e escapando pelas brechas que sua pica permitia – o cheiro delicioso de sexo se espalhando no ar.
Ele ofegante, eu cansado – adormecemos. Eu exausto da viagem (dirigira quilômetros), dormi mais. Acordei cerca de uma hora depois, sem Rifan na cama. Espreguicei-me deliciosamente, e me dirigi à cozinha, para beber água, ao fim de que resolvi apreciar a noite plenamente estrelada na varanda. Nesse instante, ouvi um gemido abafado, seguido de outros e do cadenciado barulho de corpos. Guiado pelo som, cheguei à sala de tv, onde Roberto enfiava-se gulosamente no cu arreganhado do meu amigo, que denunciava todo o prazer que sentia, nas caras e bocas que fazia, nos gemidos agudos que emitia. Sua pica rígida, balançava-se aos movimentos de penetração de Roberto. Este, ao me ver, teve segundos de hesitação, mas, diante de minha expressão de tesão e meu sorriso escancarado e cúmplice, sorriu de volta e continuou socando o cu do meu amigo. Sua rola deslizava suavemente e voltava até mostrar a cabecinha, para novamente entrar.
Era um quadro divino. Minha pica fez-se rocha. Aproximei-me da cena, catei a rola de Rifan com a boca e passei a sugar avidamente. Eu sentia a cabecinha dentro da minha garganta. Agachado como estava, podia ver bem de perto o pau de Roberto entrando e saindo e o ruído delicioso que fazia. A minha própria rola começou a babar, enquanto minha língua deixava a rola de Rifan e roçava no cacete de Roberto, no entra-e-sai contínuo.
Senti, então, os impulsos no cacete de Roberto e compreendi que eram os jatos se preparando para explodir no cu branco de meu amigo, que se fez ainda mais leitoso, enquanto o dono da pousada rugia gozando. Voltei a boquetar Rifan e segundos depois sentia seu mel inundar minha garganta, para, em seguida, meu próprio pau explodir entre meus dedos, que o punhetavam.
Ao sair de Rifan, a rola de Roberto abriu espaço para os borbotões de líquido que escorriam do cu recém visitado, e que ainda piscava, aberto e avermelhado. Roberto, como a agradecer a gentileza, tomou carinhosamente meu rosto e inundou minha boca com a sua, num beijo extraordinário, com gosto de tesão. Do tesão que recebi do meu amigo.