Capítulo 2
**A Primeira Experiência**
O quarto estava silencioso, iluminado apenas pelo brilho fraco da lua que entrava pela janela. Jean dormia tranquilamente no colchão ao lado da cama de Maicon. O som de sua respiração suave preenchia o espaço, enquanto o outro estava inquieto, os pensamentos revolvendo dentro de si.
Ele olhava para o teto, sentindo o coração bater mais forte a cada segundo que passava. A presença ao lado, tão próxima, trazia à tona uma série de sensações e desejos difíceis de lidar. O corpo do amigo era uma constante lembrança de algo que começava a perceber, mas ainda não conseguia nomear.
Em um impulso quase involuntário, ele se levantou da cama. Olhou para Jean, o peito se apertando com a mistura de medo e curiosidade. Lentamente, caminhou até o colchão. As mãos tremiam levemente, mas uma força interna o empurrava adiante.
Ajoelhou-se ao lado do amigo, observando-o por alguns instantes. Ele parecia tão sereno, a luz da lua delineando os contornos de seu rosto e corpo de maneira quase hipnotizante. O desejo de estar mais próximo era avassalador. Hesitou, mas, movido por algo mais profundo, deitou-se ao seu lado, sentindo o calor do corpo contra o seu.
Por um momento, tudo ficou em silêncio, exceto pelo som de suas respirações. O nervosismo o dominou, mas logo Jean, ainda sonolento, se mexeu levemente, puxando-o para mais perto, num abraço quase inconsciente.
O toque fez o corpo estremecer. Sentiu a respiração do outro mais próxima de seu pescoço, o peso de seu braço ao redor da cintura, e logo, a pressão inconfundível do corpo contra o seu. A excitação começou a crescer, o corpo reagindo ao toque, e ele percebeu que aquilo era exatamente o que queria, mesmo sem entender totalmente o porquê.
Sem palavras, rebolou levemente, ajustando-se à proximidade, testando os limites do momento. O coração disparou ao sentir a ereção pressionando suas costas, e, ao mesmo tempo, ele próprio já estava excitado, perdido naquela mistura de medo, curiosidade e desejo.
Jean abriu os olhos lentamente, seus dedos acariciando o peito do amigo de maneira suave, quase instintiva. Ficaram assim por alguns segundos, os corpos entrelaçados, o desejo aumentando com cada toque, cada respiração. Finalmente, seus olhares se encontraram, e naquele momento, não precisaram dizer nada. O que quer que estivesse acontecendo, era inevitável.
Os lábios se tocaram, primeiro de forma hesitante, mas logo o beijo se intensificou, cheio de paixão e curiosidade. Maicon sentiu seu corpo ceder completamente ao momento, entregando-se a algo que nunca havia imaginado, mas que agora parecia a única coisa que fazia sentido.
Enquanto se beijavam, Jean acariciava o corpo de Maicon, explorando cada centímetro de sua pele com toques suaves, enquanto o outro retribuía, puxando-o para mais perto.
Um fogo latente parecia acender entre eles, e cada toque despertava uma nova faísca. Jean explorava o corpo com um cuidado inesperado, como se tentasse compreender cada linha, cada curva, cada pequena imperfeição. Seus dedos deslizavam pela pele com toques leves, hesitantes, como se uma parte dele ainda tentasse entender o que estava fazendo.
Por outro lado, Maicon estava dividido entre a excitação do momento e o turbilhão de emoções que o envolvia. Sabia que aquele momento mudaria tudo, mas ao sentir o corpo próximo, era impossível resistir. Puxou Jean para mais perto, intensificando os beijos, que rapidamente passaram de suaves a famintos, consumidos pelo desejo crescente.
O silêncio no apartamento foi substituído por pequenos gemidos, respirações ofegantes, e o som dos corpos se aproximando. Maicon podia sentir a ereção do outro pressionando contra ele, pulsando com uma urgência que o deixou ainda mais ansioso. Mas, ao mesmo tempo, uma parte de si ainda hesitava. Seria aquele o momento em que cruzaria uma linha da qual não poderia voltar?
Interrompeu os beijos, seus lábios agora buscando o pescoço de Jean, descendo lentamente por seu corpo. Seus beijos percorriam a pele quente, cada toque uma mistura de desejo e dúvida. Quando finalmente se encontrou de frente para a ereção do amigo, uma onda de hesitação passou por ele, mas o desejo, tanto físico quanto emocional, falava mais alto.
Com mãos trêmulas, começou a baixar a samba-canção, revelando o pênis do amigo. Era mediano, mas a glande estava inchada, vermelha e melada, uma visão que fez seu coração acelerar. Estava diante de algo desconhecido, mas também diante de uma nova versão de si mesmo. Beijou suavemente a ponta, sentindo o gosto salgado e levemente metálico. Cada toque era um passo mais fundo em seu próprio desejo.
Jean soltava pequenos gemidos a cada lambida, a tensão no ar quase palpável. Quando Maicon abocanhou, primeiro devagar, ainda se acostumando com a sensação, ele sentiu o amigo estremecer abaixo dele. Aos poucos, os movimentos se tornaram mais seguros, e os gemidos se tornaram mais intensos. O prazer nos sons que escapavam do outro fez Maicon se perder ainda mais no momento.
Incapaz de conter a excitação, Jean puxou Maicon para cima de si novamente, suas bocas se encontrando com uma urgência quase desesperada. O corpo de Maicon agora rebolava sobre o pênis do amigo, já molhado pela saliva, criando uma fricção que fazia os dois estremecerem de prazer.
Jean, com as mãos firmes, separou as nádegas do outro, guiando-se com cuidado. O momento em que o penetrou foi intenso – uma dor afiada percorreu Maicon, fazendo-o fechar os olhos por um instante, mas ele logo os abriu, encarando o amigo como se dissesse que não parasse, que continuasse. Havia uma mistura de dor e prazer, uma sensação nova que o atravessava. Cada movimento era incerto, mas repleto de descoberta.
Ele foi gentil, seus toques cuidadosos, mas a intensidade entre eles aumentava. Maicon, imitando os movimentos que já havia visto em vídeos, rebolava sobre o outro, tentando encontrar seu próprio ritmo, enquanto a dor inicial dava lugar a um prazer desconhecido. Os dois se beijavam, suas línguas entrelaçadas como se buscassem mais do que apenas o prazer físico — havia algo mais profundo, mais complicado.
Os corpos suados se moviam em uníssono, cada estocada trazendo um novo gemido dos lábios de Maicon. O prazer era crescente, quase insuportável, até que, em um último movimento, Jean chegou ao êxtase, o corpo inteiro tremendo enquanto se derramava dentro do outro. Por um breve momento, tudo ficou em silêncio.
Exaustos, ambos permaneceram assim por alguns minutos, suados e ofegantes após a intensidade do momento. Aos poucos, o peso do que haviam feito começou a se instalar. O prazer e a euforia deram lugar a uma confusão crescente.
Maicon foi o primeiro a se mover. Seu corpo ainda pulsava com os resquícios do desejo, mas sua mente estava a mil. Num sobressalto, levantou-se apressadamente, o rosto queimando de vergonha. Sem olhar para o amigo, correu para o banheiro, fechando a porta com força. Seu coração batia forte, e ele mal conseguia processar o que acabara de acontecer.
Jean, por outro lado, ficou imóvel na cama, tentando entender. Seu corpo ainda estava quente, mas sua mente gritava de confusão. Em um movimento rápido, puxou as cobertas e se escondeu debaixo delas, como se pudesse apagar o que tinha acabado de fazer. "Puta merda, comi meu amigo", repetia, tentando se convencer de que aquilo não tinha acontecido. O que eles tinham feito? Como as coisas tinham chegado até ali?
O quarto estava silencioso quando Maicon voltou. Ele se deitou na cama em completo silêncio, sem dizer uma única palavra. Jean também permaneceu em silêncio, coberto da cabeça aos pés, tentando afastar os pensamentos que o atormentavam. O ar estava pesado, denso com a falta de comunicação entre os dois.
Quando o amanhecer chegou, Maicon abriu os olhos devagar, o peso da noite anterior ainda pressionando seu peito. Olhou ao redor e percebeu que Jean já não estava mais na cama. Uma angústia profunda se abateu sobre ele, e as lágrimas invadiram seu rosto. O que ele tinha feito? Sentiu-se perdido, incapaz de entender como tudo havia mudado tão rapidamente.
Se não fossem pelas provas, teria ficado em casa naquele dia, escondido de tudo e todos. Mas sabia que precisava ir. Levantou-se, o corpo pesado, como se cada movimento fosse um esforço imenso. No banheiro, deixou a água quente do chuveiro escorrer pelo corpo, tentando lavar a confusão que o envolvia. Depois, tomou seu café em silêncio, na esperança de que o tempo antes da aula fosse suficiente para colocar os pensamentos em ordem.
No entanto, seus planos foram interrompidos quando o telefone toca