Danielle: Trans, Evangélica - Capítulo 01 - Eu amo vocês.

Um conto erótico de Rafaela Khalil
Categoria: Trans
Contém 2805 palavras
Data: 01/09/2024 19:02:52
Última revisão: 01/09/2024 20:05:18

— Danielle?

A bonita garota loira olhou para Danielle na sala de espera, ela aguardava junto com mais duas pessoas

— Eu! — Respondeu se levantando imediatamente analisando cada centímetro daquela mulher desconhecida, mas estranhamento amistosa

— Pode entrar — Mostrou a porta de entrada da sala

Danielle se levantou e passou por ela em direção à sala.

O ambiente era estranho, estante de livros, um canto com brinquedos organizados, poltronas confortáveis e um divã, uma prateleira com livros grossos e de títulos chatos filosóficos e psicológicos, Danielle se perdeu ao entortar a cabeça para ler os títulos, movia a cabeça delicadamente da direita para a esquerda lendo cada uma dos títulos então percebeu algo do seu lado que a assustou fazendo dar um passo apressado ao lado oposto.

A mulher a olhava atenciosa, esticou a mão

— Meu nome é Priscilla, igual o seu, tenho dois “L”s — Falou de forma amistosa

— Prazer — Danielle pegou a mão dela e a cumprimentou sorrindo envergonhada

— Sua primeira vez em uma consulta psicológica eu suponho — Priscilla falou de forma estranhamente intima

— É sim — Danielle respondeu sem pensar

— Bem, sente-se ali, melhor pra gente bater um papo inicial depois você pode escolher outro lugar, fica a vontade — Apontou para a poltrona que ficava de frente para outra.

Danielle se sentou, Priscilla pegou uma jarra de água e colocou na mesinha em frente a elas, com dois copos de vidro transparente.

— Então, vamos lá — Priscilla disse pegando um bloquinho — O que te trouxe aqui?

Danielle observou, sentia vergonha de falar algo, tentou uma manobra evasiva

— Eu, eu — Pensou em algo inteligente ou mesmo engraçado, mas não conseguiu

— Ta bom, eu sei — Priscilla disse parecendo compreender — Posso fazer perguntas para você? Acho que assim é melhor pra começarmos

— Por mim ok — Pensou que assim era melhor

— Vamos tirar o elefante da sala, você é transexual certo Danielle? — Priscilla falou de uma maneira que normalmente seria bem agressiva, mas o ambiente parecia tornar as coisas mais amenas

Danielle se afundou na poltrona confortável, os olhos escondidos por trás dos óculos grandes, apenas fez que sim com a cabeça

— Responda com palavras, por favor, as palavras tem poder e aqui mais ainda — Sorriu amigável

Danielle se arrumou na poltrona

— Sim, eu sou — Resolveu não repetir o que ela havia dito

— Ótimo, aliás, sua voz é muito feminina, como seu visual, você se considera passável?

Danielle sorriu pelo elogio, havia lutado muito para chegar até ali

— Obrigada, sim, eu sou passável, a senhora da sala de espera me chamou de “Moça” — Respondeu contente

— Passável? O que é isso? — Priscilla inclinou a cabeça vagarosamente

— É do verbo passar — Danielle coçou a cabeça — É como se eu pudesse me passar normalmente por uma mulher de verdade, entende? Se eu me passo eu sou passável, se percebem que eu sou trans eu não sou passável

— Entendi — Priscila ergueu as sobrancelhas — Imagino que essas pequenas tratativas devem fazer uma enorme diferença pra você certo Dani? Posso te chamar assim?

— Pode sim — Danielle pensou na resposta — Faz, faz muita diferença, mas não foi sempre assim

— E como era antes de ser assim? — Priscilla fazia perguntas certeiras desconcertando Danielle

— Antes — Danielle pensou — Eu comecei a transição tarde, com dezenove anos, então meu corpo se desenvolveu pela testosterona mais do que eu gostaria

— Essa idade é considerada tarde para a transição de gênero? — A psicóloga parecia querer entender mais sobre o que era uma pessoa Transexual — Desculpe as minhas numerosas perguntas, você é a minha primeira paciente transexual, eu li muito sobre isso e sempre fui muito interessada mas nunca tratei alguém diretamente

Danielle pensou por um segundo

— Eu vou ser tipo uma experiência para você? — Perguntou sem pensar muito e se arrependeu do tom mais enérgico

— Não diria uma experiência, é um aprendizado, tratativa da psique eu sei, tratei centenas de pessoas, homossexuais, heteros, pessoas com depressão e tendências suicidas, mas seu caso me pareceu peculiar você não tem os pontos que são dominantes em outras pessoas transexuais.

— Que pontos? — Danielle perguntou curiosa

— Depressão, disforia, tendências à suicidio, tendências à mutilação, anorexia e outras coisas autodestrutivas

Danielle arrumou o cabelo castanho atrás da orelha

— Acho que eu já passei por muita coisa, agora não estou mais assim, creio que é uma questão de maturidade, a maioria de nós não chega onde eu cheguei tão bem, acho que é por que eu sou uma pessoa naturalmente calma.

— Parece que isso fez muita diferença, por que não me conta desde o início?

— Início? desde que eu era pequena?

— Sim, quando você percebeu que não queria ser homem?

— Foi diferente, eu sempre soube que eu era uma garota, fiquei chocada quando soube que não era

— Você hoje tem vinte e oito anos, certo? — Priscilla perguntou olhando em um papel

— Sim, quase trinta

— E hoje você sabe o que você é?

— Eu sou uma mulher transexual — Danielle respondeu tranquila

— Então você se considera uma mulher de verdade? — Priscilla reforçou o que Danielle havia dito

— Não, eu não sou uma mulher de verdade isso é algo que as pessoas afirmam e querem que eu repita, mas não é verdade, eu sou muito parecida com uma mulher, mas eu nasci biologicamente como homem, meu visual é semelhante, quase idêntico, mas eu não serei nunca uma mulher — Danielle fez uma pausa — Veja em, existe Mulher e Homem eu sou outra coisa, nem melhor nem pior só uma Mulher Transexual.

— Interessante, você parece estar certa do que diz

— Estou sim, tenho poucas certezas e uma delas é de que eu não sou uma mulher nem um homem eu sou uma mulher transexual

Priscilla parecia anotar algo no papel

— Você ia dizer sobre seu entendimento inicial, eu queria entender isso, pode falar mal?

— Sim, eu devia ter uns seis anos de idade quando eu entendi que não era uma garota mesmo — Danielle falou e seu olhar pareceu atravessar Priscilla

*** Vinte e dois anos atrás ***

— Moisés!

— Moisés — Dona Tereza chamou — Acorda menino vem aqui!

Moisés olhou para a mãe, desenhava em um pedaço de papel

— To ouvindo — Falou olhando pra mãe

— Vamos trocar de roupa, você vai cortar o cabelo

Moisés passou a mão no cabelo, era comprido, adorava aquilo, adorava a textura, gostava do calor quando dormia e ele cobria seu rosto.

— Não quero — Respondeu assustado

— Não vai doer — Tereza falou carinhosa

— Não mãe, deixa assim — Pediu a mãe

— Coisa nenhuma, coisa feia esse cabelo grande, isso é coisa de mulherzinha, você por acaso é mulherzinha? — Ela perguntou se aproximando dele

Ele não respondeu a principio, mas a mãe o encarava

— Não? — A resposta foi em tom de pergunta

— Claro que não Moisés, seus primos falam que você é mulherzinha por que estão tirando uma com a sua cara, não seja bobo, você é um homenzinho

Moisés parecia confuso, as supostas chacotas dos primos não o incomodavam ele simplesmente não entendia o por que eles riam pois dizer isso para ele era como afirmar que o céu era azul ou que a água era molhada.

— Não quero mãe!

— Não quer o que? — Ela perguntou fazendo uma careta

Ele apenas segurou o cabelo como se tentasse esconder dela

Ela pareceu se irritar

— Deixa de bobagem menino, você vai cortar esse cabelo sim! — Falou em tom enérgico

— Não mãe! — Moisés agarrou o cabelo, mas foi arrastado pela mãe para o quarto e deu um berro — Nããão

Levou um tapa no rosto e a mãe o jogou no chão

— Não faz escândalo, deixa de besteira, você vai cortar esse cabelo sim! — Tereza falou pegando o chinelo — Ou você vai apanhar

Moisés se encolheu no canto com as mãos na cabeça e os olho fechados

— Vai apanhar ou cortar o cabelo? — Tereza perguntou agressiva

Ele não respondeu

Ela deu uma chinelada na perna do garoto e ele gritou assustado

— Cabelo ou surra? Escolhe! — Tereza falou de forma violenta

— Surra! — Moisés disse choroso

— Ah seu sem vergonha — Ela o pegou pelo braço e o levantou de forma rudimentar o jogou na cama e deu uma chinelada na bunda do garoto — Você vai apanhar e vai cortar esse cabelo, eu não criei filho atribulado não tá ouvindo, você vai tirar esse cabelo de mulherzinha

Ele se encolheu na cama e ela deu outra chinelada

— Anda, tira essa roupa! — Foi até o guarda roupas e pegou calças e camiseta novas jogou pra ele — Se veste

— Eu não quero ir mãe — Moisés disse choroso

Tereza avançou com fúria e deu dezenas de chineladas nos braços costas e pernas do garoto que se encolhia segurando o próprio cabelo

— Anda! — Tereza gritou o empurrando e puxando a calça dele com violência

As chineladas eram fortes, ardiam e faziam barulho, Moisés então obedeceu, mesmo com muito choro acabou se vestindo, a mãe o ajudou, pegou um lenço

— Para de ser manhoso, para de chorar — Falou limpando o rosto dele — Eu sei o que é bom pra você, você precisa confiar em mim, você tem que cortar o cabelo para pararem de fazer piada com você ou você quer que te chamem de mulherzinha?

— Eu não ligo — Moisés respondeu com os olhos escorrendo lágrimas

Tereza fechou os olhos e abaixou a cabeça

— Você não sabe ainda, mas eu ligo, seu pai liga, seus irmãos ligam, você vai me agradecer no futuro

*** No consultório ***

— E cortou seu cabelo? — Priscilla perguntou ao sentir a pausa distante de Danielle

— Cortou sim, a cada corte doía de verdade em mim, eu gritei tanto que minha voz ficou rouca, precisaram de dois homens para me segurar na cadeira enquanto cortavam, eu fiquei sem falar com minha mãe por duas semanas, entrei em greve de fome, levei algumas surras por isso, por essa “manha” — fez um sinal de aspas com os dedos — que minha mãe dizia. — O olhar de Danielle era triste

— Moisés — Priscilla disse pensativa mostrando a caixa de papel para Danielle

Danielle olhou para ela com os olhos vermelhos recebendo o lenço e tirando os olhos para limpar os óculos

— Você já mudou seus documentos tirando esse nome?

— Sim, não uso mais meu nome morto em lugar nenhum, troquei em todos os lugares possíveis

— Isso foi importante para você pelo visto

— Sim, Moisés não combinaria muito comigo hoje em dia

Ambas riram

— Sim — Priscilla concordou — Seria no mínimo estranho

— Seria — Danielle respondeu já sorridente

— E por que Danielle? — Priscilla perguntou curiosa

— Hmmm — Danielle murmurou — Eu — Pensou um pouco mais — Não foi eu quem deu esse nome, deram ele pra mim

— Deram? — Priscilla disse interessada — Então temos algo incomum, o meu também me foi dado por outra pessoa, era o nome da minha tia que morreu quando ainda era nova, minha mãe fez uma homenagem a ela

Danielle sorriu

— Que legal, o meu não é tão bonito e é meio complicado, envolve meu primeiro envolvimento com um homem — Danielle disse pensativa

— Se quiser falar sobre isso sou toda ouvidos — Priscilla pareceu presta

— Isso é um pouco complicado, por que se eu te contar você vai ter uma visão e não é a mesma visão que eu tenho hoje e nem na época

— Estamos falando de abuso, certo? — Priscilla perguntou curiosa

— Aparentemente sim, mas isso é para quem está de fora, não para mim

— Existem muitos transexuais que tem esse gatilho para se descobrirem pessoas Trans, você sabia?

— Eu sabia sim, mas no meu caso não foi um “gatilho para a minha decisão” — Danielle fez aspas na frase — Foi mais uma confirmação do que eu já sabia, confirmação do que eu queria para mim mesma

— Conhece o termo síndrome de estocolmo? — Priscilla pergunta

— Já ouvi falar, mas não me lembro — Danielle respondeu erguendo uma das sobrancelhas

— Tem esse nome por que foi documentado e catalogado na situação de sequestro que aconteceu em Estocolmo na Suécia, onde um grupo de pessoas que foram sequestradas acabaram afeiçoando aos seus sequestrados e acabaram, depois de muito tempo, protegendo e dando razão à eles

— Hmm — Danielle murmurou — Entendo, não sei se esse é o caso

— Bem, por que não me conta e eu lhe digo o que eu acho?

— Aconteceu quando eu era quase adolescente, naquela época eu tinha uma certa fixação por máquinas hidráulicas, tratores, caminhões e… — Pensou um pouco — De certa forma ainda acho bem legal. — Pareceu divagar por um instante — Um vizinho nosso que era caminhoneiro na época iria fazer uma viagem à Bahia com a familia e eu fiquei doida para ir por que era uma viagem em um caminhão, então minha mãe deixou que eu fosse

— Inusitado — Priscilla disse

— Mas as coisas não saíram exatamente como deveriam…

*** Dezesseis anos atrás ***

— Vamos mãe, vamos! — Moisés disse animado, sua mala de viagem estava pronta

— Calma, estamos indo, é no fim da rua, não vamos nos atrasar filho! — Tereza falou pegando alguns outros itens de higiene do seu filho

— Vaaaamoooossss — Ele disse ansioso com os cabelos grandes

Ele conseguiu arrastar a mãe mais rapido até a casa da familia que iriam fazer a viagem com eles, mas ao chegarem algo não estava bem, o caminhão estava estacionado na frente da casa, era gigantesco, estava carregado, coberto com uma lona, parecia poderoso, pesado, quente.

Moisés entrou no quintal, viu Antônio conversando com sua mãe, ambos com uma expressão triste

— O que foi? — Ele estava animado, mas foi minado pelo clima triste — O que aconteceu?

— Moisés — Antônio disse — Fátima minha esposa e Patrícia minha filha não vou poder ir, Gláucia está doente, elas foram ao hospital hoje cedo

— Não da para esperar elas? — Moisés disse preocupado

— Não, se não vou perder o tempo da entrega, preciso sair agora sem elas, e não vai dar pra você ir

Moises arrumou o cabelo, confuso, olhou para a mãe e para Antonio

— Eu não posso ir com você? — Perguntou com seu jeito delicado

Antônio olhou para Tereza

— Bem, poder pode… — Não completou a frase

— Não pode Moisés, você vai dar trabalho para o Antônio, ele vai trabalhar, não tem tempo para cuidar de criança

— Mas eu não sou criança mãe, eu sei já fazer as coisas de casa, sei muito, a senhora sabe!

— Não é isso Moisés, deixa, na próxima você vai — Tereza falou severa

— Não mãe, dá para eu ir, eu juro que não vou atrapalhar, por favor

Teresa olhou para Antônio

— Dá para ele ir sim — Antônio disse — Não tem muito o que fazer, só a viagem mesmo, eu cuido dele, vamos parar todas as noites para dormir na estrada e sairmos cedinho, só nós dois vai ter muito mais espaço e vai ficar mais confortável, mas se a senhora quiser pode vir também

Tereza olhou confusa, pensou um pouco, parecia nervosa

— Tá bom, mas preciso que você me ligue todo o fim de dia antes de dormir, conseguem isso? — Teresa impôs sua condição aflita

— Pode deixar Dona Teresa, a gente te liga sim, mas preciso ir agora, deixa ou não? — Antonio perguntou apreensivo

— Deixa mãe, por favor — Moisés deu pulinhos afeminados, mas logo se lembrou que a mãe não gostava e se recompôs — Por favor mãe — Falou de um jeito mais masculino

Ela olhou ele de cima em baixo, respirou e se aproximou dele dando um abraço

— Você já é um homem, sua chance de se portar como o tal, ajude ele com o caminhão como um homem que você é entendeu? — Teresa afirmou olhando Moisés dos olhos

Ele queria revirar os olhos, mas sabia que isso estragaria tudo

— Tá bom mãe — Falou parecendo concordar

— Então podem ir então — Tereza falou forçando um sorriso

*** No consultório ***

Um pequeno alarme soou na mesinha à frente delas

— Dani — Priscilla chamou a atenção — Estou adorando conhecer sua história, mas infelizmente nosso tempo acabou

— Tudo bem, estou aprovada? — Danielle perguntou curiosa

— Aprovada para o que? — Priscilla perguntou se levantando

— Para fazer as outras consultas

Priscilla riu

— Olha, você me parece bem profunda, eu não tenho que aprovar você, mas você tem que me aprovar, eu adorei sua historia e sinto que você tem muita coisa para contar, se quiser voltar fique a vontade vamos continuar semana que vem

— Eu gostei de falar, quero voltar sim, quero contar isso, nunca falei para ninguém

— Agradeço a confiança — Priscilla disse satisfeita.

Danielle saiu do consultório se despedindo e desceu as escadas de incêndio do prédio o telefone tocou, era Armando, seu namorado

— Oi amor — Atendeu o telefone — Estava na terapia

— E como foi? — Armando perguntou curioso

— Foi legal — Danielle disse entristecida, o que havia dito havia mexido com ela mais do que havia imaginado

— E por que a voz triste? — Armando perguntou

— Não sei, eu acho que preciso de colo, posso ter você hoje pra mim? — Perguntou carente

— Não sei, vou tentar dar um jeito e te falo tá bom? Preciso ir, beijo — Respondeu apressado

— Beijo… — Danielle respondeu, mas ele já havia desligado o telefone

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Atenção o capítulo 2 está aparecendo fora da ordem na listagem de capitulos

O nome é

Capítulo 02 - A viagem de caminhão link

https://www.casadoscontos.com.br/texto/Rafa

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Foto de perfil de Rafaela KhalilRafaela KhalilContos: 117Seguidores: 245Seguindo: 1Mensagem Autora Brasileira, escritora de livros de romances eróticos para quem não tem frescura

Comentários

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Passeando pelos de amigos em busca de contos que ainda não li, este seu me chamou a atenção pelo título que indica uma ambiência quase paradoxal.

Foi uma boa surpresa. Excelente construção de texto, um ótimo começo para a delicada história de Danielle.

Parabéns, Rafaela! Escrita maravilhosa.

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Oie, obrigada pelo comentário, fico contente que tenha gostado. Terminei de escrever o primeiro livro dessa história, vou começava o terceiro, ele estava disponível no meu clube de assinantes no http://apoia.se/rafaelakhalil

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Muito legal! Salvei o link, com certeza vou dar uma olhada em breve.

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Rafa, tuas histórias são muito envolventes! Parabéns pelo conteúdo!

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O começo é bom. Estou gostando bastante da história!

Só avisando que falta o capítulo 2.

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Oi, não falta, o site colocou fora da ordem, mas esta aí. Dou o link no fim desse

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