Triângulo Amoroso XXXIV

Categoria: Heterossexual
Contém 3650 palavras
Data: 08/09/2024 14:16:41

CONSEQUÊNCIAS

Tanto Marcia como Lukas ficaram aliviados quando, depois de rodarem menos de uma hora, chegaram a casa. A viagem foi de puro constrangimento e poucas palavras foram trocadas entre os três viajantes.

Era um domingo de manhã e no dia seguinte estariam retornando às suas atividades normais. As férias de final de ano tinham acabado e, com a volta de Alberto programado para quinta-feira daquela semana tudo voltaria ao normal.

Isso é o que acreditava o Lukas. Para ele, o retorno de Alberto serviria para que a Laura fosse controlada pelo marido que ao mesmo tempo voltaria a fazer suas visitas esporádicas em seu apartamento e ele poderia se deleitar vendo sua amada esposinha entregando seu corpinho sedento de sexo ao amante, pois, em virtude deles já estarem sem se verem por mais de vinte dias, provavelmente o encontro entre eles seria de sexo muito intenso.

Entretanto, não era isso que pensava Marcia. Mais viva que o marido e com maior capacidade de avaliar as consequências das coisas que faziam, ela temia que o período de liberdade e intenso prazer que ela tinha em transar com o Alberto estava chegando ao seu final.

Se remoendo com as dores musculares em virtude de uma noite mal dormida em um carro, ela sabia que as consequências iriam muito além das dores que estava sentindo naquele momento e passou o dia todo pensando sobre isso e, cada vez mais, ia adquirindo a certeza de que sua vida estava prestes a sofrer outra mudança radical.

Tanto é que, ao irem para a cama e o Lukas começar a fazer carinhos nela, Marcia o evitou tentando não magoá-lo:

– Ai amor. Você se importaria da gente deixar isso para amanhã? Meu corpo ainda está todo dolorido e estou muito cansado.

Essa era a primeira vez na vida que o Lukas recebia um não de Marcia quando queria transar. Quer dizer, a primeira em que ele não via como um motivo realmente justo, pois antes, sempre que ela evitava transar com ele, dizia que era por estar esperando pelo Alberto e queria ficar bem tesuda para o amante. Ele, como bom corninho que era, compreendia isso e não reclamava.

E dessa vez ele também não reclamou. Não era da natureza de Lukas reclamar de nada.

Na segunda-feira a Marcia chegou cedo ao escritório e, por coincidência, Laura também. Elas chegaram com poucos minutos de diferença sendo que a advogada chegou antes e ficou sentada atrás de sua mesa, porém, com a porta do escritório aberta. Ela não explicou para Marcia quando essa lhe perguntou o motivo disso que sua intenção era ver quando ela chegasse. Foi por isso que, antes mesmo que ocupasse o seu lugar costumeiro e iniciasse seus trabalhos, foi chamada por Laura.

Marcia entrou no escritório sem conseguir esconder sua apreensão. O simples fato se Laura ter chegado antes dela já era estranho e de ter adotado como sua primeira providência chama-la para entrar na sala dela podia significar um monte de coisas, porém, o mais provável era que a mulher ia querer falar sobre a atitude dela no motel.

E ela estava certa, pois antes mesmo que ela se sentasse, Laura já estava falando:

– Escuta Marcia. Ajude-me a entender você. Que bicho foi que te mordeu sábado à noite para você agir daquele jeito.

A apreensão de Marcinha virou nervosismo na mesma hora. Ela não esperava que a Laura fosse direto ao ponto. Em sua imaginação e da forma como a mulher sempre se comportava, ela estava esperando por uma conversa aonde a outra iria insistir em que ela estava errada, principalmente pelo fato delas terem transado na noite de sexta para sábado. Pega desprevenida, ela usou o que as pessoas normalmente usam nesse instante que é o de usar o ataque como forma de se defender e foi direta:

– E como é que eu deveria agir? Talvez você esperasse que eu te entregasse meu marido de bandeja.

Isso foi o bastante. O clima ficou pronto. Duas frases mal colocadas fizeram com que uma conversa que poderia ter levado a uma compreensão de seus sentimentos se tornasse um debate do que é certo e errado e, o pior de tudo, quem é o maior culpado.

Sim, o maior culpado, pois nessa situação, se for para apurar culpas, ninguém sai ileso. Um marido trai a esposa porque não tem em casa o que gostaria de ter e vai procurar fora e, quando é o inverso, acontece a mesma coisa, apenas com a culpa da mulher parecer sem bem mais grave do que a do homem. Isso apenas para citar uma situação, porém, qualquer uma que você colocar vai ter vários culpados.

Ninguém pode dizer, analisando todos os fatos que levaram esses quatro personagens a essa situação que o Alberto seja um inocente que foi seduzido ou que a Marcia se deixou levar apenas pelo deslumbramento de uma vida diferente. O Lukas, principalmente ele, não tem do que reclamar porque praticamente empurrou a esposa para os braços de Alberto. Que dizer, ele empurrou sim, mas não precisou fazer muita força não, porque ela já estava prontinha para fazer isso e, cedo ou tarde, acabaria fazendo sem a ajuda dele, O sonho dele em ser corno só facilitou e fez com que as coisas acontecessem com mais rapidez.

A Laura talvez fosse a vítima dessa história. Isso se não considerarmos que ela, envolvida até o pescoço na profissão que escolheu, estava negligenciando seu lado mulher e o sexo com o marido era sofrível. Para piorar, ela começou a acompanhar todo o romance do marido com a amante e, em vez de agir e acabar com tudo logo que percebeu o que acontecia, se deixou levar pelas vantagens que a traição do marido estava lhe proporcionando, pois ela voltou a se sentir mulher, desejada e, melhor que isso, com desejos que há muito tempo estavam adormecidos em seu corpo.

Culpa era o que não faltava, porém, em vez de tentarem solucionar isso em uma reunião entre todos os participantes dessa situação, as duas mulheres acabaram por entrar nisso sem a presença dos maridos e isso só podia significar uma coisa: elas se acusaram mutuamente.

Laura, logicamente, tinha mais fatos para cobrar de Marcia. Afinal, foi a outra que se entregou ao seu marido e, para piorar tudo, ficava cheia de ‘não me toques’ quando a coisa ameaçava virar para o lado de seu próprio marido. Isso era uma coisa que Laura não entendia, pois se era para ser liberal, tem que ser em todos os aspectos. Liberdade é uma faca de dois gumes e ninguém nesse mundo pode se dizer liberal se não oferecer a mesma liberdade aos outros.

Isso, segundo Laura, não é ser liberal, é ser hipócrita.

E, apesar evitasse usar essa palavra, era isso que ela pensava sobre Marcia. A garota estava agindo como uma verdadeira hipócrita ao achar que tinha o direito de ir para a cama com outro homem e ficar zangada quando surgia essa possibilidade para o seu marido.

Marcinha, por outro lado, não tinha a vivência de Laura e não conseguia se expressar de uma forma lúcida quando então poderia montar uma defesa com argumentos forte e contundente. Naquele dia, ela aprendeu que dominar seu marido o levando a aceitar tudo o que queria era uma coisa, conseguir o que queria de Alberto usando seu corpinho sempre pronto para o sexo era outra e fazer com que Laura compreendesse isso uma terceira totalmente diferente.

Quando, já vencida e com as lágrimas a lhe borrar a maquiagem, Marcia ouviu Laura dizer que não tinha mais sentido continuar aquele assunto com ela naquele estado e sugerir para que ela usasse o banheiro privativo que ela tinha ao lado de sua sala para se recompor, Marcia já estava planejando o seu futuro.

Sua primeira intenção era fazer algo que atingisse à Laura. Ela queria vingança. Porém, quando estavas no banheiro se olhando no espelho concluiu que qualquer coisa que fizesse iria atingir também ao Alberto e isso ela não queria. Decidiu então mudar seu plano.

E os planos de Marcinha foram se alterando durante aquela manhã e, cada vez mais, ela se imaginava em uma situação aonde ela e o marido deveriam se afastar de Laura e Alberto e essa ideia virou determinação no momento em que ela se retirava para o almoço, fazendo com que ela retornasse à sua mesa, pegasse todos os seus objetos pessoais e saísse do escritório.

Marcinha não olhou para trás, pois ela sabia que aquilo era um adeus.

Sem apetite, sem disposição para mais nada, ela sequer foi até o restaurante. Como um autômato, entrou no metrô, ocupou um acento vago de onde foi retirada por um funcionário do mesmo que lhe informava que tinham chegado à última estação. Quando sentiu que a garota estava fora do ar, o servidor tentou encaminhá-la para um atendimento médico, porém, ela recusou terminantemente e a única coisa que ele conseguiu arrancar dela foi o nome da estação em que ela devia desembarcar. Sem ficar muito perto dela, ele ficou no vagão até chegar à estação e percebeu que sua iniciativa tinha sido providencial, pois se não fosse ele, Marcinha teria passado novamente do local onde devia sair do trem. Alertada por ele, é saiu caminhando da mesma forma que antes e somente um milagre explica o fato dela ter chegado ilesa em sua casa.

Entrando no apartamento, foi para o quarto e, sem tirar uma peça de roupa, atirou-se na cama e deixou o desespero tomar conta dela, chorando copiosamente até que, exausta e sem mais lágrima, caiu em um sono turbulento.

E foi dessa forma que o Lukas a encontrou quando chegou em casa. Com toda a paciência do mundo, ele só conseguiu arrancar dela a informação de que ela nunca mais retornaria ao escritório aonde trabalhava e que deveriam, com muita urgência, encontrar um lugar para morar e liberar aquele que o Alberto havia arrumado, cortando assim todo e qualquer vínculo com ele.

Lukas ficou muito sentido com isso. Aquilo para ele representava o fim de uma relação que lhe dava muito prazer. Porém, como sempre, ele não questionou sua esposa e apenas prometeu que no dia seguinte iria procurar por um imóvel para alugar.

Encontrar outro apartamento foi fácil. Ainda na terça-feira o Lukas chegou em casa dizendo à Marcia que, pelo menos já conseguia conversar com ele, que ela poderia escolher entre três. Por saber que todas as opções ficavam próximas ao local de trabalho do marido, ela prometeu que no dia seguinte, quando ele se dirigisse à empresa para trabalhar, ela iria com ele e daria uma olhada no apartamento.

Dito e feito. Nenhuns dos apartamentos disponíveis poderiam ser comparados com o que Alberto arrumara para eles. Isso, porém, não foi problema nenhum. Marcinha já esperava por isso e não reclamou. Escolheu, sem demonstrar nenhum entusiasmo, aquele que achou melhor.

A pressa que ela tinha de se mudar esbarrou em um novo problema. A imobiliária exigia um fiador para o aluguel e eles não conheciam quase ninguém. Quer dizer, Lukas ainda tinha amizade com alguns colegas de sua firma, mas Marcia tinha restringido suas amizades com Alberto e Laura e isso afastava a possibilidade dela pedir para algum conhecido de seu antigo emprego.

Por sorte, Lukas já tinha conquistado o respeito de seus superiores e bastou um deles saber desse problema que já se voluntariou em ser seu fiador. Mesmo assim, as providências com relação á assinatura do contrato não transcorreu com a velocidade que Marcia desejava e não foi possível ela se mudar naquela semana.

O motivo de ela desejar sair logo do apartamento tinha nome e CPF. Alberto retornaria dos Estados Unidos na quinta-feira e, como era de se esperar, ao ser informado que Marcia tinha se desligado da empresa e depois de tentar inutilmente falar com ela pelo telefone, não esperou sequer pelo encerramento do expediente e correu para o apartamento dela. Não conseguiu falar com a garota que, mesmo estando em casa, resistiu bravamente ao seu desejo de abrir aquela porta e se atirar nos braços dele e permaneceu deitada, com as mãos tapando os ouvidos, até que ele desistisse e fosse embora.

Na sexta-feira a cena se repetiu depois que o celular de Marcinha começou a dar informações de ‘fora de área’, o que indicava que ela havia desligado o mesmo depois de insistentes ligações de Alberto. Novamente ele não atendeu.

Alberto, que na noite anterior tivera uma discussão muito tensa com Laura, algo que nunca acontecera antes, dormira no quarto de hóspedes e saiu de casa antes dela acordar. Ao chegar ao escritório se dedicou a ligar para o número de Marcia e até ousou em pedir para que sua secretária fizesse o mesmo e lhe passasse o telefone quando ela atendesse. Marcinha não atendeu a nenhum dos dois. Com a agenda lotada, Alberto não teve tempo de se dirigir até a casa de Marcia e usou os poucos momentos livres tentando falar com ela pelo telefone na esperança que ela atendesse. A única coisa que conseguiu foi receber as mensagens de telefone fora de área.

Alberto concluiu corretamente que Marcia não queria falar com ele, mas errou ao pensar que ela não havia atendido à porta no dia anterior quando ele esteve lá porque não estava em casa. Pensando assim, ele decidiu criar uma situação da qual ela não poderia fugir e, ao terminar o expediente, foi até o local em que ela morava, estacionou o carro de uma forma que tinha a visão de todos os que entravam no prédio e aguardou. Ele achava que não haveria como ela se recusar a conversar caso se visse frente a frente com ele.

As horas passavam e cada vez mais ele ficava mais nervoso. O lógico seria que Marcia tivesse encontrado emprego em algum escritório de advogado e chegaria em casa antes das dezoito horas, porém, já tinham se passado quarenta minutos dessa hora e nem sinal dela. Resolveu que ficaria ali pelo menos até às vinte horas, pois caso não falasse com ela, pelo menos teria a oportunidade de falar com o Lukas, pois esse sim, chegaria por volta das dezenove horas.

Não adiantou. Não que o Lukas tivesse se recusado de conversar com ele. Ao contrário, ao ser interpelado por Alberto o rapaz o atendeu com toda a gentileza do mundo só não aceitando a sugestão dele para que subissem para conversar no aparamento, o que deu ao Alberto a dimensão exata do que estava acontecendo. Marcinha estava sim em casa, apenas não queria conversar com ele. Ao perceber isso, ele se deu por vencido e aceitou a sugestão do jovem para que conversassem em uma lanchonete ali perto.

Durante aquela conversa o Lukas agiu como se estivesse pisando em ovos. Mas ele não era páreo para o Alberto e sua experiência que, com muita sabedoria, foi conseguido conduzir a conversa de forma que, quando se desse conta, o rapaz já tinha revelado grande parte do que acontecera durante a visita de Laura na cidade em que eles estavam passando as férias. O pior de tudo para Alberto foi constatar que sua esposa lhe havia contado a verdade, pois no fundo ele desejava encontrar alguma coisa de diferente daquilo que ouvira da parte dela e assim teria uma grande discussão.

A verdade era que o Alberto, que sempre evitou discussão, estava muito a fim de ter uma com Laura e usar a raiva que sabia que sentiria para falar algumas verdades a ela. Mas não ia ser aquele assunto que causaria isso.

Com muita paciência, ele ouviu o Lukas explicar para ele que, no momento, era melhor ele não entrar em contato com a Marcia, pois achava que isso não faria bem a ela. A princípio o Alberto não quis aceitar, mas ao ver que Lukas estava irredutível, ele entendeu que tinha que respeitar a decisão do rapaz.

Quer dizer, ele tinha a firme convicção de que se tratava apenas na vontade de Lukas e não sabia que o rapaz estava apenas atendendo a um pedido da esposa. Ela realmente não queria ficar frente a frente com o amante. Segundo ela, antigo amante.

No início da semana seguinte o casal desocupou o apartamento do amigo do Alberto e foi o Lukas que se encarregou de entregar a chave para ele. A Marcinha sugeriu que ele deixasse a chave na portaria do prédio aonde funcionava o escritório, mas o Lukas não aceitou. Ele fez questão de ir até a sala de Alberto e não só lhe devolveu a chave como fez questão de deixar claro o tanto ele era agradecido por tudo o que aquele homem fizera para ajudar a ele e à sua esposa. No final, ele se despediu dizendo:

– Adeus Alberto. Foi muito bom conhecer você e quero que você saiba que não tenho nenhum arrependimento com relação ao que aconteceu. Eu faria tudo de novo e lamento ter acabado desse jeito.

– É verdade mesmo. Eu também gostei muito do que vivi. E olha Lukas, quero que você saiba que eu te respeito muito. Não é o fato de você ter aceitado tudo entre eu e a Marcia que estou falando isso. Você só se rendeu a um desejo seu e quando tudo começou a dar errado você agiu como um homem honesto e foi firme em manter essa honestidade não se rendendo aos joguetes de outras pessoas.

Lukas entendeu aquilo como uma crítica à Laura e respondeu:

– Você também não pode ficar remoendo culpas e culpados Alberto. Todo mundo tem culpa, já que nada aconteceu sem que os outros quisessem.

Alberto ia dizer algo, porém, a maturidade que viu em Lukas ao falar isso fez com que ele pensasse melhor. Sem conseguir dizer mais nada, ele apenas se levantou, deu a volta em sua mesa e abraçou Lukas que, ao ver que ele se aproximava, ficou em pé. Durante o abraço, ele disse:

– Olha, eu quero que você e a Marcia sejam muito felizes juntos e, se em algum momento você precisar de mim, saiba que estarei aqui para te ajudar. Sei que no momento a Marcia vai ficar contra você me pedir algo, eu respeito isso também, mas quando ela superar isso, saiba que estarei aqui por vocês.

Lukas se desvencilhou do abraço e se afastou de Alberto; Virou-lhe as costas e saiu daquela sala sem dizer nada. Ele sabia que em algum dia no futuro eles voltariam a se encontrar, só não saiba que levaria mais de cinco anos.

Não demorou em que Marcia fosse contratada por uma empresa e foi designada para atuar no departamento jurídico daquela empresa. O que ela aprendera durante o tempo que trabalhou no escritório de Alberto foi muito útil para ela e, aconselhada por seu chefe, naquele mesmo ano prestou vestibular e foi aprovada para o curso de direito. Logo a empresa lhe ofereceu meia bolsa de estudo o que ajudou em muito.

Aproveitando a sobra de dinheiro em virtude de ela ter que pagar apenas a metade do sua faculdade, ela fez com que o Lukas também fosse para a faculdade e ele optou pelo curso de Ciências Contábeis. Como o curso dele era de quatro anos enquanto o dela era de cinco, eles iriam se formar no mesmo ano.

A partir da mudança de apartamento, o casamento de Lukas e Marcia tomou outro rumo. Durante três anos eles se dedicaram apenas um ao outro. Não que não tivesse fantasias entre eles, mas essas ficaram apenas no campo da fantasia e era ela que era a mais dedicada em fazer com que aquele casamento desse certo, pois a despeito dela ser o centro de gravidade na vida de Lukas que a adorava, ele fazia de tudo para vê-lo feliz.

Ocorre que o Lukas acabou demonstrando ser o mais sociável entre os dois. Era ele que tinha mais facilidade em fazer novas amizades e, entres os amigos, aconteceu de uma moça que estudava na mesma classe que ele se casar e, com a indicação dele, alugou um apartamento no mesmo prédio que eles. A garota tinha a mesma idade que eles e também era muito simpática, o que fez com que ela e Marcinha se tornassem amigas muito próximas.

Até que, essa proximidade fez com que elas começassem a revelar detalhes da intimidade de cada um e isso foi o gatilho para algo de novo acontecer na vida do casal.

MUDANÇAS DE RUMO

Não era bem isso que eu tinha em mente ao começar a escrever esse conto. Só que eu estou muito incomodado por não conseguir publicar com uma frequência constante os novos capítulos e por isso resolvi encontrar um final e, quem sabe, no futuro, iniciar uma nova temporada com a história desse casal.

Não são as cobranças dos leitores que me fizeram tomar essa decisão. Sou eu que me sinto incomodado.

Cada vez que eu entro no site me vem à mente que eu tenho um conto pendente e que há dias não publico nada. Na verdade, eu sou o maior cobrador de mim mesmo.

Acontece que está difícil. Muitos fatores convergiram para chegar a essa situação. Uma eleição para ganhar (não, não sou político, apenas trabalho em política, mas não na campanha propriamente dita, pois sou aquele que cuida da papelada e controlo o cumprimento das normas por parte dos candidatos). É muito serviço, acreditem.

Não bastasse isso a saúde está cobrando o preço por ter me dado uma vida sem grandes problemas. Eu me sinto grato à vida e por isso estou tentando tocar a vida mais devagar. Já corri o que precisava.

Agora, eu encaro essa relação com os meus leitores como um compromisso que eu devo cumprir e, garanto a vocês, vou cumprir sim.

Portanto, me desculpem e vamos aguardar uma situação mais tranquila para que eu possa voltar a publicar com a assiduidade necessária.

Meu obrigado a todos.

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Comentários

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Isso aí Nassau....por nós, claro que gostaríamos da continuidade deste conto,pois apesar de uma mudança significativa no enredo,para dar uma calmada e um desfecho na história,seria interessante uma continuidade do casal.Mas concordo plenamente com você, primeira a vida particular,o trabalho,a família sempre junto,depois viria fazer o que gosta,no tempo certo e com tempo disponível para raciocinar e criar história.Parabens colega e bom trabalho ,pois é ele que garante a comida na mesa. 👏👏👏👏👏

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Parabéns pela atitude.

Nós leitores agradecemos pela sua atitude. As vezes é decepcionante ficar atualizando a página e não ver a continuação. Confesso que não li sua obra ainda. Espero pela publicação do último capitulo para ler uma série, pois em várias ficou no ar, sem continuação.

Agradeço pela sua atitude de dar um fim, mesmo que depois, em outro momento, faça uma nova temporada com uma continuação.

Demonstra, assim, respeito pelos seus leitores e fãs.

Att.

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Sempre saõ muito bons os teus contos e logico a gente entende o trabalho que vc tem e sempre mais importante a saude tranquilo sempre estarei te apoiando

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Oh Nassau, não tenha pressa, tudo ao seu tempo, não se cobre pela rapidez da publicação, não faça isso, vc é um gigante como autor, e pra quem aprecia seus contos, tem o prazer de esperar por eles, mesmo que demore, sempre virá com o seu melhor, com certeza.

Obrigado pelo carinho e cuidado que vc tem por nós leitores!

Abraços, e obrigado!

👏🏼👏🏼👏🏼👊🏼👊🏼👊🏼👊🏼👊🏼

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