<<<<Gabi>>>>
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E lá estava eu de novo na cama com Fabi no maior papo. Ela parecia elétrica mas com razão. As coisas estavam correndo melhor do que se esperava. Com o dinheiro que José Roberto iria depositar para ela dava para ela pagar a dívida no banco, pagar o restante da colheita e sobraria uma boa grana. Ela já estava fazendo planos para o futuro e começou a me incluir neles. Aquilo realmente me deixou muito feliz.
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Ela me contou tudo que o delegado falou para ela. Também explicou com detalhes a conversa com o tal advogado. Eu achei justo ela querer todo o dinheiro, inclusive o que ela gastou para tentar recuperar o solo que não tinha nenhum problema. A conversa foi rendendo e do nada o assunto mudou e já falamos de outras coisas. Não sei nem como a gente foi parar no assunto Nat, mas era nítido que Fabi gostava muito dela. Acho que não seria tão fácil eu recuperar meu posto de melhor amiga. Até porque Nat não era só uma amiga, era também a amante, a primeira mulher e a única mulher da Fabi. Ciúmes, não, eu não sentia ciúmes nem da amizade nem do envolvimento delas. Primeiro que eu gostei muito da Nat, segundo que ela era linda. Até eu queria uma amante igual ela. 🤭
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Mas o assunto Nat me fez lembrar do que tinha acontecido. Achei que era melhor não esconder nossa conversa da Fabi já que não tinha motivos para guardar nosso segredo. Contei tudo para Fabi que entendeu de boa e ainda elogiou a atitude de Nat. Fiquei aliviada por não ter mais nenhum segredo com ela e também por ela ter reagido tão bem.
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Dormimos tarde aquela noite, mas dessa vez consegui acordar Fabi de manhã quando minha mãe chamou para o café. Fabi foi cedo para cidade com todas as notas dos produtos que gastou para recuperar o solo para tirar um xerox e deixar com o advogado do José Roberto. Eu fui ver como andavam as duas colheitas. Do sítio e da fazenda, tudo estava correndo bem. Fabi voltou na hora do almoço e disse que tinha resolvido tudo.
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Os dias foram passando e as coisas correram bem. O inquérito já estava na mão da justiça. Fabi já tinha recebido as quatro parcelas do dinheiro do café roubado. As colheitas finalizadas. Fabi organizando tudo na fazenda com minha ajuda e do Geraldo que acabou virando um porta voz dos funcionários. Falei com Fabi que ele seria um bom encarregado e ela concordou e deu o cargo a ele. Depois da colheita dei uns conselhos para a Fabi recuperar a lavoura mais rápido. Seu Geraldo gostou das ideias e já sabia do que eu tinha feito nas lavouras do sítio. Ele e meu tio eram bons amigos. Ele conversou com Fabi e ela me ofereceu um trabalho como agrônoma da fazenda. Eu amei, claro.
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D° Sandra parecia outra pessoa, sua saúde melhorou muito e ela voltou a ter uma vida normal com a ajuda do marca-passo. Fabi pagou o empréstimo, devolveu o dinheiro da minha mãe e do meu tio. Ela recebeu mais um boa grana que a justiça recuperou com Tião e Carlos, mais o pagamento de José Roberto pelos gastos dos produtos para o solo. Depois de tudo acertado fizemos umas contas, eu, ela e o Geraldo. O dinheiro iria dar sim para manter a fazenda até a próxima colheita. Isso deixou todos bem animados.
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Eu e Fabi estávamos cada vez mais grudadas. Eu dormia mais com ela do que na minha casa. Ela já tinha conhecido minhas amigas de São Paulo por chamada de vídeo e ela gostou das meninas. O grupo que eu fazia parte no whats agora tinha mais integrantes. Fabi, Nat, Bárbara, Carla e Eloisa a namorada da Sophia. Era fofoca e conversa fiada o dia todo. Eu me divertia quando tinha tempo de entrar para por o papo em dia.
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O final de ano chegou e foi incrível. Meu pai veio com minha madrasta e eu amei ter eles aqui. Quando chegou janeiro as coisas melhoraram. Chegou Heitor com a família e pôde conhecer eles pessoalmente. Conheci também Felipe e Naiara. As casas estavam cheias de gente. Nat chegou dois dias depois e pude até que enfim conversar mais tempo com ela. Realmente ela era muito gente boa. Com certeza eu queria ela na minha lista de amigas.
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As coisas estavam muito bem e no segundo dia que Nat estava na fazenda senti Fabi meio estranha. Nada que chamasse muita atenção mas ela estava mais calada. Na primeira oportunidade que tive perguntei a ela se estava tudo bem. Ela sorriu e disse que sim e perguntou o porquê. Eu só disse que achei ela meio pensativa. Ele disse que não era nada demais, que estava tudo bem sim. Que não era para eu me preocupar com isso. Então resolvi deixar aquilo de lado.
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No outro dia estávamos na beira da piscina e notei Fabi do mesmo jeito, meio avoada. Eu sabia que tinha algo errado, mas se ela não quis me falar eu não iria perguntar de novo. Mas aquilo ficou na minha cabeça. Estava bebendo uma cerveja conversando com Fabi, Nat e Bárbara, quando Nat disse que iria ao banheiro. Falei que iria com ela porque estava precisando. Perguntei a Fabi e Bárbara se elas queriam bebidas que eu já pegava na volta, Bárbara aceitou, mas Fabi disse que para ela já estava bom. Saímos e a gente foi no quarto da Fabi. Eu fiquei esperando Nat ir primeiro e quando ela saiu eu falei com ela.
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Gabi: Nat, a Fabi está com algum problema que eu sei, conheço bem minha amiga. Você por acaso sabe o que é? Se sabe pode me falar? Se não puder tudo bem, eu vou entender.
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Nat ficou pensando o que dizer, ali eu vi que ela sabia, mas por algum motivo não podia me dizer.
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Gabi: Olha, nem precisa falar nada, eu já entendi. Só me responde uma coisa. Ela está bem? Tipo eu tenho que me preocupar com algo? Eu fiz algo de errado? Me dê uma luz, por favor.
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Nat: Ela está bem sim. Não se preocupe. Mas sim ela está com um pequeno problema, mas não posso te falar. Mas tenho certeza que ela vai te contar, só de um tempo para ela. E não se preocupe que você não fez nada de errado. Vai ficar tudo bem com ela e com você também. Te juro que se fosse algo grave eu te contaria.
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Gabi: Eu entendi. Vou esperar ela me contar então e obrigado por me tranquilizar.
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Eu fui ao banheiro rapidinho porque não foi só uma desculpa para falar com Nat, eu realmente queria ir lá. Voltamos para a piscina e eu esqueci a cerveja de Bárbara. Voltei até a cozinha rápido e peguei para ela. Ficamos ali de papo até o início da tarde. Depois me despedi de todos e resolvi ir para casa. Nat e Fabi foram comigo até a entrada do sítio. Depois nos despedimos e eu fui para casa tomar um banho e descansar. Eu não tirava da cabeça o que Nat me falou. Pensei em várias coisas que podiam ser o problema da Fabi, mas nenhuma fazia muito sentido. Resolvi esquecer aquilo e fui jantar. Logo minha mãe chegou junto com meu pai e minha madrasta. Eles foram jantar e eu fiquei com eles na mesa para conversar. Era a última semana deles ali. Queria aproveitar ao máximo a companhia deles.
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Consegui tirar um pouco aquilo da cabeça e aproveitei o máximo meus dias com o pessoal ali. Principalmente com meu pai e minha madrasta. Mas infelizmente no final de semana eles se foram e eu fiquei bem triste. Eu amava muito meu pai e para ser sincera amava minha madrasta também. Foi ruim demais ver eles partir. Fabi e Nat ficaram tentando me alegrar o tempo todo. No fim deu certo e eu já estava mais animada.
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No outro final de semana o resto do pessoal se foi. Eu tinha amado conhecer eles e gostei de cada um deles. Até mesmo Felipe que conversei poucas vezes me pareceu ser legal. Mesmo me dando vontade de rir toda vez que eu olhava para ele e lembrava da história que Fabi tinha me contado de como conheceu Nat. O irmão da Fabi e sua família eram pessoas incríveis. Naiara também. Ela era boa de papo e até deixou Felipe algumas vezes sozinho para vir ficar conversando com a gente. Principalmente com Nat, isso pelo jeito não agradava muito o Felipe.
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Eu ainda tinha o resto do mês de folga, mas não tinha muito o que fazer. Eu ficava muito com Fabi e Nat, mas não o tempo todo. Eu não queria ser a empata foda da história. Então mesmo com a insistência delas para eu ficar mais com elas eu sempre dava um jeito de deixá-las sozinhas. A semana foi passando e na quarta Cinthia me ligou e pediu por favor para eu levar a Suelen pro meu sítio. Eu até me assustei e perguntei o motivo. Ela disse que iria viajar com seu pai para os USA, que decidiram em cima da hora e Suelen não podia ir porque não tinha passaporte. Ela falou que iria ficar 15 dias lá e não queria deixar Suelen sozinha. E também Suelen estava com muita saudades de mim. Eu disse que eu iria amar receber a Suelen aqui na minha casa. Cinthia disse que era só eu convidar e que nos dias juntas conseguiríamos convencer ela.
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Não foi difícil convencer Suelen a vir. Ela não queria ficar sem ter o que fazer sem seu amor e estava com saudades de mim. Cinthia comprou as passagens de ida e volta para ela. Na sexta de manhã a loirinha mais fofa do mundo estava descendo do ônibus na minha cidade. Fabi foi comigo buscar ela porque como imaginei Suelen trouxe uma mala bem grande e uma mochila. Não iria ter como eu buscar ela de moto.
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Quando Suelen me viu ela largou sua mala para trás e veio correndo me dar um abraço. Ela me encheu de beijos. Até um selinho rápido ela me deu. Aquilo era novidade para mim, mas nem liguei porque sei como ela é. Quando nos soltamos ela estava com os olhos cheios de lágrimas. Ela se emociona fácil tadinha. Eu apresentei Fabi a ela. As duas já tinham se falado no grupo várias vezes. Suelen sabia da nossa história. As duas deram um abraço e ficaram conversando enquanto eu fui buscar a mala da Suelen. Dali seguimos para casa e para variar Suelen foi agarrada comigo o tempo todo. Durante o caminho ela disse no meu ouvido que Fabi era muito bonita e que Cinthia disse que um selinho ela podia me dar. Eu sorri com aquela informação.
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Fabi nos deixou na minha casa. Nos despedimos e prometemos ir na casa dela para almoçar com ela e Nat. Guardamos as suas coisas no meu quarto. Claro que a gente iria dormir juntas, eu nem questionei isso para ela. A gente ficou conversando no meu quarto por um bom tempo depois de arrumar as coisas dela. Chamei ela para ir almoçar com Fabi. Ela pediu para tomar um banho rápido primeiro. Eu a esperei e a gente se foi grudadas uma na outra. Fabi já nos esperava e assim que entramos foi a vez de Nat ganhar um abraço da loira. As duas também já tinham uma certa intimidade por causa do grupo. Menos mal que o papo rendeu fácil ali na sala. Logo minha mãe chamou para a gente almoçar. D° Sandra já nos esperava na mesa.
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Depois de apresentar Suelen a minha mãe e a D° Sandra a gente foi almoçar. Depois do almoço a gente foi para a varanda de frente a casa conversar. Tinha vários bancos, mas Suelen sentou junto comigo e ficou grudada comigo. Quem olhasse achava que ela era minha namorada. Isso era normal para nós duas e para quem conviveu com a gente em SP. Conversamos um pouco ali, mas vi que Fabi não estava muito legal. Parece que ela ainda estava com problemas. Depois de um tempo ela se levantou e disse que ia beber água e sumiu. Nat percebeu e disse que ia ver o porquê da demora.
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Eu achei aquilo muito estranho. Fabi estava com algum problema com certeza. Mas o que poderia ser? 🤔
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Continua..
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Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper