Uma grande mudança em nossas vidas
Cap 1 O INÍCIO 1.4
Anteriormente na última parte deste capítulo:
Estava exausta e atirada naquela cama como se tivesse sido usada e descartada. Após alguns longos minutos sozinha e em silêncio, Naty voltou com um copo de água gelada, perguntou como eu estava e me fez um pedido.
- Por favor, Vic, tenha cuidado com o Fe.. Ele faz terapia desde os 10 anos de idade. Ele é uma pessoa que guarda tudo para ele, ele evita ao máximo confrontos. Tenha misericórdia dele se você não quiser nada, mas se quiser, não o faça sofrer. Por favor. Ele é como um irmão para mim.
………
Os minutos que fiquei sozinha naquele quarto fizeram com que me sentisse tão mal comigo mesma, que nem consigo explicar com palavras.
Todo o cenário em que me encontrava contribuía para me deixar naquele estado. O silêncio sepulcral daquele cômodo associado com a iluminação mínima oriunda do corredor e que entrava pela porta do quarto apenas pelas frestas que vinham por baixo e do pequeno buraco da fechadura da porta.
O odor característico do sexo que aconteceu a minutos parecia invadir minhas narinas e atacar a minha mente. Era um cheiro mínimo, mas que parecia estar potencializado por todo estado psicológico em que me encontrava.
É claro que este estado não era pelo que acabou de acontecer, já que já estive em diversas outras situações como esta, ficando realmente acabada após transar com muitos homens que realmente me possuíram de uma forma que me fez perder minhas forças e até desfalecer . Inclusive o Fernando…ah Fe…
Uma imensa angústia começou a apertar ainda mais meu peito, comecei a sentir meu coração acelerar num ritmo quase insuportável e a falta de ar começou a ficar evidente. A respiração estava difícil. Arfava sem conseguir fazer a quantidade correta de oxigênio chegar até meus pulmões. O silêncio e a escuridão eram mais do que opressores…. eu fiz merda!!! Eu sabia que fiz merda…
Não conseguia reunir forças para me levantar, para gritar, para nada. Como pude fazer isso com ele com seus amigos do condomínio? Este lugar e aquelas pessoas que até então parecia ser o seu único refúgio seguro.
Mesmo se ele não me confrontar, eu não conseguiria não me desculpar. Principalmente por tê-lo deixado sozinho sem nem me despedir. Por que faço isso comigo mesma? Por que me auto-saboto todas as vezes que tenho chance de ser feliz? E para que? Para ser usada e deixada jogada na cama por um casal de lésbicas…
Eu já não estava conseguindo suportar aquela situação em que me encontrava quando Naty abriu a porta do quarto com um copo de água gelada na mão. Se antes a luz do corredor parecia escassa, agora ela começou a invadir o quarto de forma agressiva, causando um breve desconforto em meus olhos.
-;Vic, tudo bem com você? Você não levantou mais daí até agora
Ao dizer isso, ela fechou a porta do quarto, foi até a porta do banheiro, deixou ela aberta e acendeu a luz.
Logo após, de maneira sutil, ela se encaminhou até a beirada da cama sentando logo em seguida. Ao mesmo tempo em que esticava a mão para me entregar o corpo de água, ela me fez um pedido que ficou marcado para sempre em minha vida, em meu coração e minha memória até os dias de hoje.
- Por favor, Vic, tenha cuidado com o Fe.. Ele faz terapia desde os 10 anos de idade. Ele é uma pessoa que guarda tudo para ele, ele evita ao máximo confrontos. Tenha misericórdia dele se você não quiser nada, mas se quiser, não o faça sofrer. Por favor. Ele é como um irmão para mim.
Após dizer essas palavras ela aguardou pacientemente eu sair de um estado inicial de surpresa, ainda com a mão esticada com o copo que me oferecia. Após alguns segundos de indecisão, resolvi me levantar, peguei o copo e sentei ao seu lado.
Com a minha aproximação ela direcionou seu olhar para baixo e disse com a voz carregada de tristeza.
- Eu…eu acabei de terminar com a Paty.
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ela pegou a minha mão que estava sobre minha coxa e me explicou:
- Não foi a primeira vez que a Paty fez isso. Desde que começamos a namorar ela não perdeu uma única oportunidade de dar em cima das namoradas dos nossos amigos.
Após essa revelação ela me encarou com um olhar sério:.
- Esse tipo de coisa precisa ter o consentimento e a aprovação do casal. Por que só vale a pena se for algo bom para todos. E…para mim, não era, nunca foi.
Por conta de seu olhar sério e um pouco invocado, percebi que aquela afirmação não foi feita apenas para me relatar o problema de seu relacionamento, mas também como uma forma indireta de iniciar o assunto que viria a seguir.
Naquele exato momento levei o copo de água até minha boca e dei uma boa golada. Não há nada melhor do que uma água gelada para curar uma ressaca. Porém, aquela água, mesmo sem gosto algum, desceu com um gosto tão amargo que fica difícil de esquecer.
Não irei relatar todo o diálogo porque sinceramente não lembro exatamente o que foi dito, mas o mais importante foram as informações principais oferecidas por ela: os pais do Fe nunca lidaram bem com seu problema de fala e o modo como ele se defendia dos insultos e gozações que recebia desde bem novinho. Devido a severidade com que seus pais o repreendiam, aos poucos ele foi simplesmente deixando de responder aos insultos e gozações das outras crianças, o que naturalmente resultou na manutenção dessas situações com uma piora gradual na intensidade e periodicidade com que ocorriam.
Aos dez anos de idade, após um garoto, que era dois anos mais velho que ele, o ofender de uma maneira mais humilhante do que o habitual, ele perdeu o controle e descarregou toda sua fúria. Essa parte é melhor ser relatada como me foi relatado:
“Eu nunca vi alguém naquele estado. Ele era mais fraco e menor do que aquele moleque, e, mesmo assim, o Fe conseguiu derrubá-lo no chão e o acertou com muitos socos no rosto.”
“Ele foi impedido de matar o garoto apenas pela intervenção de dois homens adultos, um professor e o segurança do colégio, que conseguiram realizar a contenção com dificuldade. Ao se levantar ele estava ofegante, com as mãos roxas e manchadas de sangue. Mas o que me faz ter pesadelos até hoje, foi o modo como ele olhou para todos. Seus olhos estavam sem brilho, parecia que seu corpo estava oco, não havia alma ou consciência dentro dele.”
Logo após esse relato ela apertou minha mão, me encarando e mantendo o rosto fechado e sério.
- Você me entendeu? De tanto guardar todos aqueles sentimentos ruins, em um certo momento ele explodiu.
Com o relato de Naty a angústia e o sentimento de culpa em meu interior aumentou. Não sei se ela percebeu ou não, mas continuou…
Ela me explicou que o Fe quase foi preso por que realmente o garoto quase faleceu. Ele só não foi preso ou enviado para um reformatório por que os pais do agressor conseguiram convencer o juiz do caso a não penalizar o Fe pelo o ocorrido, após muitos testemunharem todas as torturas psicológicas que meu amor sofria de seu filho e amigos.
Ela me explicou também, que os pais tiveram que tirar o Fe da escola que ele estudava, que era particular, e o transferiram para uma escola estadual. Com este dinheiro eles foram obrigados a cumprir o acordo feito com o juiz e o levaram para fazer tratamento com um psicólogo. Porém, esse psicológico é amigo de seus pais, e, até hoje, ele atua no sentido de “ensinar” o Fe a se afastar emocionalmente das situações e pessoas que possam lhe trazer desconforto, usando para isso uma característica desconhecida por mim até o momento, que é a capacidade de hiper focar sua mente em determinados objetivos ou alvos. Com isso, ele se afasta emocionalmente de todo o resto, fazendo uma defesa mental e psicológica das situações que o deixam desconfortáveis.
Por fim, ela me explicou que ele vem usando a dificuldade que vem tendo de acompanhar o ritmo das aulas de seu curso da faculdade para fazer com que sua mente ganhe a disputa com seu coração e faça ele achar que não serve para ser meu namorado. E também utiliza esse fato de não sermos namorados para se obrigar a aceitar tudo o que eu havia proposto até o momento.
Porém, quando surge uma situação ou algo muito fora da curva ou que amplie seu desconforto, ele consegue vencer essa defesa mental e passa a se impor em relação à situação específica. - Completou Naty.
- Foi o caso de não me deixar ir para a república…-
Respondi baixinho, para mim mesma.
Naty pareceu ter me ouvido e completou
- Exatamente…o problema é que você já está extrapolando. - me respondendo novamente me encarando de forma séria.
Ela então voltou a relatar o que aconteceu com ele após ele chegar no apartamento.
- Quando nós viemos para o quarto eu deixei a porta meia aberta. Achei que ele merecia pelo menos assistir.
Naty recomeçou a falar e, logo após, voltou a olhar para baixo e ficar retraída.
- Ele chegou da churrasqueira, parou em frente a porta do quarto e nos viu. Você não poderia vê-lo porque estava com o rosto debaixo de mim e a Paty, embora de costas, nem iria se importar com ele. - Disse com a voz carregada, querendo chorar.
Dessa vez fui eu que peguei sua mão e a apertei como que lembrando que estava lá para ajudar.
- Ele nos viu…eu apenas consegui olhar para seus olhos e percebi que eles perderam o brilho. A sua fisionomia… seu rosto era péssimo, porém, ele apenas piscou para mim e fechou a porta.
Nessa hora Naty começou a chorar de uma forma mais intensa.
- Eu…eu devia ter parado com que estávamos fazendo e ido lá falar com ele. Aquilo definidamente não estava certo. Mas…você é uma safada que sabe usar a língua…
Falou com um leve sorriso, me fazendo sorrir também.
Neste momento resolvo levantar e ir ate o outro quarto para encontrar o amor da minha. Quando estava chegando na porta, Naty me puxou pela mão me segurando para não sair. Não aceitando aquela interferência, respondi de uma forma brusca, gritando.
- Não me segure. Eu quero falar com meu namorado!
Após um primeiro momento de espanto, em que ambas ficamos um tempo paradas, Naty me abraçou fortemente e disse em meu ouvido com um sorriso.
- Namorado?
Logo após, ela soltou meu corpo e novamente encarou meus olhos. Acenei com a cabeça positivamente e tentei dizer algo mas ela me interrompeu.
- Por que então você não toma um banho e se arruma? Ou vai me convencer que ele merece receber você neste estado?
Paralisada por um misto de choque e incredulidade, um discreto sorriso apareceu espontaneamente em meu rosto e decido me acalmar e me preparar melhor para a conversa de logo mais.
- Eu acredito em você, digo, em vocês, por isso te contei tudo que sabia. Fique calma, dê um tempo para ele. Se você for agora ele pode se negar a te receber. Eu conheço ele há anos…espere um pouco e se arrume. Coloque uma cueca box dele e uma camiseta, vá sem demonstrar intenção de seduzi-lo, pois, se ele achar que você quer seduzi-lo, pode ser pior.
……
Quando finalmente cheguei em meu apartamento, após guardar tudo e deixar a área de churrasqueira do condomínio minimamente arrumada, ouço barulhos, gritos e gemidos oriundos do meu quarto.
Apesar da curiosidade, definitivamente não estava afim de assistir e, muito menos participar de algo com aquelas mulheres. No fundo me sentia muito magoado pela Vic sequer ter vindo se despedir.
Fui então até a porta do quarto para fechar a porta daquele quarto e, assim, diminuir um pouco os sons que atacavam meus ouvidos e meu ego.
Ao chegar perto da porta pude ver uma das cenas mais belas de toda minha vida até aquele momento. O fato de apenas a Naty ter me visto e ter me dado um sorriso acolhedor, pareceu ser providencial para conseguir me controlar e não deixar meu auto controle denunciar todos os sentimentos ruins que estavam impregnados dentro da minha mente e coração.
Fiz a única coisa possível no momento. Dei uma piscada para deixar Naty menos preocupada, por que pelo menos ela, tenho certeza que se importava um pouco comigo, fechei a porta e fui guardar as sobras do churrasco na geladeira.
Não sei quanto tempo demorou o sexo daqueles garotas… na verdade eu sou extremamente fraco com bebidas, acabei “apagando” sentado na cadeira da mesa da cozinha.
Num determinado momento, gritos de Naty me fizeram acordar e, infelizmente, presenciei minha amiga terminando com sua namorada e a colocando para fora de meu apartamento.
Sem saber o que fazer ou dizer. Nunca sei falar as palavras certas no momento certo… voltei para a cozinha, peguei um copo de água gelada e estava me encaminhando para a porta da cozinha para levar o copo para a Vic.
Naty então entra na cozinha me pedindo desculpas e me abraçando. Neste momento não tive forças para me segurar e começei a chorar. Me sentia um lixo por estar chorando. Um misto de vergonha e desesperança começou a golpear meu ego e meu consciente. Tentei segurar o choro e fazer minha mente parar de me fazer chorar mas, Naty sempre me conhecendo muito bem, me encarou com os olhos lacrimejando, limpou as lágrimas que escorriam por todo meu rosto, pegou o copo da minha mão e disse:.
- Vá para o quarto de hóspedes. Você sabe que ficará mal se não deixar todo esse sentimento ruim sair. Vá para lá, chore à vontade. Deixe que eu levo esse copo de água para ela.
Tentei argumentar, falar algo, me desculpar pelo término de seu namoro…mas ela apenas me encarou novamente e me pediu dessa vez, de um jeito que me faz ceder sempre.
Ela estava certa. Não era hora de falar com a Vic. Para falar a verdade, já estava na hora de acabar com tudo. Fui então ao quarto um pouco mais tranquilo. “Amanhã terminarei meu relacionamento com ela.” Parecia decidido.
Tinha também a questão da tal viagem de final de ano em que ela ficaria numa casa de praia com todos seus amigos comedores por quase uma semana. Realmente já estava na hora de acabar com tudo. Nem eu mereço isso!
Após alguns minutos em meu quarto, deitado na cama remoendo todo aquele sentimento ruim, recebi uma ligação de Marcus, meu melhor amigo (junto com Naty). Tive a certeza que os dois devem ter conversado sobre o que aconteceu mais cedo.
- Bom dia Marcus. Sabe que horas são?
Atendi já fazendo uma brincadeira para quebrar o gelo.
- Poh mano, preciso que você me ajude. Estou desesperado. O filho da puta do Guiga saiu da banda e teremos apresentação no clube xxx, sabe aquele local parecido com o manifesto, mas em Campinas?
Fiquei uns minutos em silêncio, sabia exatamente o que ele me pediria.
- Fe, está aí? Não foge, por favor.
Dando uma gargalhada, respondi.
- Cara, eu não pego uma guitarra há mais de 5 anos. Você quer que eu volte a tocar, para me apresentar ao vivo tocando as músicas do Angra?? Acho que nem um músico profissional conseguiria. Você deve estar “viajando” nos cogumelos que você usa por aí.
- Mano, você sabe que era para você ter virado músico. Você decidiu fazer medicina por conta da pressão de seu pai. Eu sei que não devo fazer isso, mas você sabe que você me deve e me deve muito. Me ajuda, por favor.
Sem ter o que fazer acabei por aceitar aquels proposta. Era uma loucura. O primeiro show seria no dia 30 de Dezembro e o segundo no dia 01 de janeiro. Teria menos de cinco dias para reaprender a tocar as músicas de uma das bandas mais difíceis, pelo menos para mim.
Neste momento percebi que deixei de pensar na Vic e foquei minha atenção no que me foi proposto. Estava animado, ha muitos anos não me sentia assim.
Acabei adormecendo pensando naquela proposta quando a porta do meu quarto se abriu e, ofuscado pela luz que vinha de fora, vejo uma figura angelical se aproximando. Era Vic, vestida apenas com uma cueca box e uma das camisetas que uso para ir para a academia.
Após fechar a porta do quarto ela se deita ao meu lado e tenta beijar na boca. Seu cheiro estava magnífico, mesmo utilizando meus produtos de banho. Seu rosto estava encantador, seu corpo então…
- Não!!
Fui taxativo.
- Por favor! Me desculpa, eu…
Vic começou a choramingar.
- Hoje eu só quero dormir. Estou magoado e cansado. Amanhã conversamos. Se tentar algo te mando voltar para o outro quarto.
Essa minha atitude me surpreendeu. Nem eu sabia que poderia me impor dessa maneira. Ela, safada como era, virou de costas, roçando sua bunda em mim. Vendo que conseguiu algo, virou o rosto e me chamou.
- Venha então. Me abraça. Também tô cansadinha.
…..
Ao me virar para dormir percebi que a Naty tinha razão. Nunca vi o Fe daquele jeito. Nem gaguejar ele gaguejou.
Uma angústia invadiu novamente meu peito. Me fiz de forte para não demonstrar como estava, mas quase não dormi naquela noite, apesar do cansaço e das bebidas do churrasco.
Acordei por volta das 09 horas da manhã e o Fe não estava ao meu lado. Um sentimento de pânico, de vazio, tomou conta de mim. Me desesperei com a possibilidade de perdê-lo para sempre.
O meu faro, porém, me trouxe novamente para a realidade. Um cheiro suave e gostoso do café que a família do Fe produzia, um dos melhores que já provei, me fez levantar e me obrigou a seguir para a cozinha, parecendo aqueles personagens de desenho animado de antigamente, sendo levado pelo cheiro das comidas. Rsrs.
Fe estava lindo. Com o mesmo tipo de cueca box, preta, e a camisa de treino do Corinthians. Aquela camiseta cinza que, na minha opinião, era a mais bonita de todas. O amor pelo Corinthians era uma coisa que compartilhamos de forma intensa.
Ao lado do Fe, estava Naty. Que sorria discretamente para mim tentando perceber alguma reação que demonstrasse um final feliz.
Quando fui em direção ao Fe para lhe dar um beijo apaixonado, ele virou o rosto novamente e falou para nós duas.
- Ontem foi a noite só das garotas. E hoje o dia também seguirá igual. Eu tenho que começar a reaprender as músicas do Angra.
Confesso que naquele momento não entendi nada, tentei argumentar, me impor, mas me segurei. Ele tinha razão em estar daquele jeito . “Ele tem o direito de se defender.” Pensei sem muita convicção.
- Fe, você sabe que amanhã eu viajarei para o interior de Santa Catarina com minha família e depois irei direto para a praia onde passarei o reveillon. Não iremos mais nos encontrar pessoalmente até o meu retorno.
Fe parou um pouco para pensar, puxou o ar de forma profunda e brusca e respondeu.
- Eu também tenho compromissos para esta semana. Vou tocar ao vivo com minha antiga banda e…
Neste momento ele parou e me encarou com um olhar sem brilho, rígido.
- Você sabia que teríamos apenas esse fds antes de viajar e, mesmo assim, decidiu por nós dois ontem. Lembra? Agora eu tenho que resolver esse meu compromisso.
Ele novamente respondeu sem gaguejar e com uma firmeza que me fez tremer. Naty percebendo o meu estado levantou da cadeira, agarrou meu braço e falou.
- Eu perdi minha namorada…Por favor, me faça companhia hoje. Vamos ao shopping fazer compras. Conversar. É difícil ter um dia só das garotas, pelo menos com uma como você.
Após dizer isso ela me deu uma picadinha e entendi que tinha que voltar a jogar.
Neste meio tempo, Fe deixou a cozinha sem nem se despedir. Uma raiva tomou conta de mim, estava a ponto de explodir. Novamente a Naty me “salvou”.
- Dói né? Você foi deixada desse jeito, sem nem um beijo de despedida mas, pelo menos, você sabe que ele estará em seu quarto tocando sua guitarra. Ontem você fez a mesma coisa…mas… foi pra cama com outras pessoas.
Apesar de tentar me ajudar e ter razão, aquelas palavras me atingiram em cheio. Gatilhos voltaram a aparecer. Eu terminei de tomar o café com a cara fechada e me despedi. O Fe quase nem me olhou quando me despedi. Já Naty me olhou com um olhar de decepção e tristeza. Agora era eu que precisava de tempo para me proteger emocionalmente.
No final daquele dia fiz uma vídeo chamada apenas de calcinha para o Fe. Para pelo menos viajar com a situação entre nós resolvida. Ele, porém, se mantinha tão concentrado em suas músicas, em sua guitarra, que nem reparou que estava apenas de calcinha para ele.
Acabei me descontrolando e gritando com ele. Para resumir, vou apenas relatar o que ele me respondeu e como isso ficaria marcado para sempre.
“Você sempre faz o que quer, quando quer e com quem quer. Eu já estou ficando cheio de você tentando podar as coisas que me fazem feliz. Você não é minha namorada, é minha amiga. Isso você sempre deixou claro. Como minha amiga, espero apoio neste momento. Agora eu preciso desligar. Tenha uma boa viagem. Um ótimo natal e um…um…um…bo-bom a-no n-ovo.”
Neste momento, aquele final de frase deixou claro o que o incomodava. Mas ele estava certo, eu sempre exigi e nunca doei nada. Iria para uma viagem de orgia enquanto ele ficaria tocando sua guitarra ... .neste momento alguns gatilhos desapareceram. Porém, a tristeza e o medo da perda ainda invadia meu coração.
Quanto ao resto, a mudança de patamar de nosso relacionamento, não seria realmente resolvido naquele momento. Seria até pior pelo o que iria ocorrer durante meu tempo fora. Resolvi terminar a ligação e, logo após, terminar de preparar minhas malas.
……..
Relembrando dessa história, tenho certeza que houve algum tipo de comunicação entre Marcus e Naty. Os dois me conheciam desde a infância.
Marcus foi o responsável por me fazer voltar a viver e me relacionar minimamente com as pessoas ao meu redor após eu quase matar aquele garoto.
Ele me levou para fazer judô com seu tio, e isso me ajudou a canalizar minha energia e raiva que se acumulava dentro de mim. Aos poucos eu fui me enturmando com seus amigos do condomínio, nossos amigos até hoje. Ele também me apresentou ao mundo, infelizmente pouco conhecido e mal compreendido, do heavy metal. Além de todas as outras coisas nerds que amo até hoje.
Foi com a prima dele que tive minha primeira relação…e foi com sua guitarra que aprendi a tocar. Ele realmente me ajudou e muito.
Apesar disso, eu estava começando a perceber que realmente estava voltando a viciar em tocar guitarra e a gostar de música. Já haviam passados alguns dias, as celebrações do natal e, sinceramente, nem me lembrava que Vic estava viajando.
Hoje seria o primeiro dia dela naquela casa em alguma cidade litorânea que ela se negou a dizer, como parte de seus joguinhos.
Eu sinceramente já nem me importava mais, embora nossas conversas no dia 24 e 25 foram agradáveis.
Por volta das 10 hrs daquele dia recebi notificação de mensagem em meu celular e fui ver, talvez curioso para saber se era de Vic.
Não era de Vic, mas de forma improvável e desproposital, ou não, a mensagem era sobre ela. Na verdade, foram enxurradas de fotos de uma veterano da atlética da medicina nos grupos de alunos do curso.
Nessas mensagens apareceram fotos da Vic, com aquele biquíni que não cobria praticamente nada, e mais alguns caras e garotas. Me chamou a atenção o fato de parecer haver uns 15 caras e apenas 4 ou 5 garotas. Outra coisa que percebi, embora na hora achasse que fosse coisa da minha cabeça, era que em todas as fotos o enquadramento central parecia ser a Vic.
Aos poucos aquilo deixou de me preocupar, embora temesse que a qualquer momento alguma foto ou vídeo mais imprópria pudesse aparecer.
Mas foram as últimas duas fotos me deixaram realmente muito mal. Nelas, Vic estava no colo aos beijos de um negão que me lembrava muito o Pedrão. Aquele meu companheiro da república.
Mais uma foto, dessa vez, uma em que aquele “casal” aparecia feliz, sorrindo, parecendo fazer pose para a foto, percebi que realmente era Pedrão.
Nesta hora eu simplesmente resolvi ligar o foda-se. E voltei a focar, agora mais do que nunca, naquelas músicas. Já dei como certo o término com a Vic.
…..
Tanto a véspera como o dia de natal foram ótimos para nós dois. Conseguimos nos reconectar. Fui para a viagem jurando me “comportar”. Seria difícil mas valeria a pena.
Quando cheguei naquela casa enorme, numa praia deserta do litoral norte de são Paulo, uma sensação estranha, um sexto sentido me fez ligar o sinal de alerta.
Acho que todos devem reconhecer que isso era o mais natural, afinal, parecia ter mais de 20 homens naquele lugar, a maioria pelados ou com sungas apertadíssimas e apenas eu e mais quatro garotas. Estava claro a intenção daqueles FDP ao me convidar.
Um sentimento de insegurança começou a recair sobre mim, porém, fui recepcionada por um negão que conheci recentemente que me fez animar de forma espontânea.
Seu nome era Pedrão. Ele já chegou me abraçando e me beijando sem nem me cumprimentar. Ele andava de sunga, mas seu pau estava duríssimo e, pela primeira vez na minha vida, senti um pau dotado roçar na minha pele. Nas minhas coxas. Eu já não pensava direito.
Nosso beijo durou alguns minutos. Quando paramos de nós beijar ele puxou meu cabelo com uma mão e, com a outra, começou a me enforcar.
- Estava ansioso por você chegar. Sua putinha gostosa. Vamos lá para o quarto, eu separei um apenas para você.
Nesse momento ele me ataca com seus olhos, solta a mão que estava me enforcando e me dá um tapa no rosto, com todos os outros convidados presenciando o que estava acontecendo.
- Você será minha putinha nos primeiros dias aqui. Vou te alargar todinha. Mas no dia do réveillon nos queremos uma suruba e você terá que ser putinha de todos. Vamos para o quarto para você começar a se preparar. Você não será mais a mesma depois dessa viagem.
Um misto de medo e tesão tomaram conta de mim. É bom lembrar que naquele momento eu ainda não sabia a extensão da ferramenta de Pedrão, embora parecesse gigantesca. Mas o jeito como ele naturalmente me dominou me fez sentir algo que nunca imaginei antes.
No meio do caminho percebo um rosto remotamente familiar me encarando e tirando fotos de forma disfarçada. Pedrão percebeu meu desconforto e chamou o rapaz.
- Victoria, esse é Vaguinho. Ele é da atlética da medicina e nosso fotógrafo e cineasta particular. Não quero que você se preocupe ou fique tímida com as fotos e vídeos que faremos, entendeu?
Essa pergunta veio precedida de um novo puxão de cabelo e de um novo ataque de seus olhos em direção aos meus, mas que parecia atingir minha alma e consciência.
Respondi apenas com um aceno de cabeça. Pedrão então puxou forte meu cabelo, deu novo tape e ordenou:
- Me responde com respeito, sua puta. Você entendeu.
Sem saber o que ele queria dizer com aquilo, apenas respondi do jeito que achei apropriado.
- Sim senhor.
Respondi timidamente.
- Ninguém ouviu sua resposta. Você entendeu?
Nessa hora desviei o olhar para o chão e respondi alto, quase gritando.
- Sim senhor!!
Após uma risada de deboche de ambos, Pedrão me leva para o quarto. Me puxa com uma mão e com a outra leva minha bagagem.
Após entrarmos no quarto ele mandou eu tomar um banho rápido. Completamente submissa, como nunca estive antes, fui até o banheiro e entrei no chuveiro. Mesmo não demorando muito tempo, esse banho pareceu interminável para mim.
Eu estava caminhando para um lugar que não teria nenhum controle e que, provavelmente, me faria perder definitivamente o Fe. Lembrar dele naquele momento foi mais doloroso do que todos podem pensar, mas foi a lembrança de seus olhos, de seu rosto e a esperança de um futuro para essa mulher que parecia ter nascido para ser objeto dos homens, me fez ter um ânimo a mais.
Até pensei em ser forte e fugir daquele lugar mas o que eu vi após eu sair do banho me fez me entregar completamente.
……
Aquele dia estava mais longo e cansativo do que os anteriores. Talvez as fotos que recebi e a falta de mensagens de Vic, era a causa daquele cansaço mental em que me encontrava.
Mas eu me negava a pensar assim. Usei o foco e o empenho para reaprender aquelas músicas como combustível para negar o que estava sentindo novamente.
Comecei então a tentar fazer um exercício de forçar minha memória para o momento em que decidi largar a banda e focar na preparação para o vestibular de medicina.
Lembrei, não conseguindo segurar as lágrimas, que foi realmente após uma longa e tensa conversa com meu pai que resolvi largar a música, sair da banda, até de maneira não muito legal com Marcus, pois tudo foi decidido de forma repentina. Consegui lembrar todo o jogo psicológico que meu pai utilizou e, o que me deixa mal até hoje, é que eu realmente tenho e tinha consciência de tudo…não sou tapado, ou um inocente, eu percebi tudo e mesmo assim aceitei. Não conseguia me impor nem mesmo para decidir meu próprio futuro.
Essas lembranças me ajudaram a tentar mudar algumas coisas em minha vida. “Irei a partir de agora, retomar o controle da minha vida.” Pensei, de forma decidida.
Quando percebi, já tinha reaprendido todas as 7 musicas que iríamos tocar. E mais que isso, não vi o tempo passar e nem me preocupei mais com a Vic. Era a melhor coisa a se fazer.
……
Ao sair daquele banheiro vejo Pedrão completamente pelado deitado na cama. Ele da uma risada e me chama.
- Vem putinha. Hoje você vai conhecer o que é homem de verdade.
Eu não tenho palavras que consiga descrever aquela cena. Como já falei anteriormente, não gosto de ficar falando em centímetros, mas não dá para deixar de falar o tamanho daquele pau.
Ele parecia ter quase o dobro do comprimento do pau do Fe e a grossura, nossa!! Nem pensei direito em como caberia dentro de mim tudo aquilo, ou como aguentaria. Eu estava simplesmente hipnotizada, sendo chamada para me encontrar com aquele pau sem pensar nas consequências.
Deitei ao lado do Pedrão que me puxou pelo cabelo e deu um beijo intenso. Com a outra mão ele pegou a minha mãozinha e levou para seu pau.
- Faz carinho putinha. Sente ele com a mão. Esse pau vai fazer você virar uma puta de verdade.
Eu não conseguia fechar a mão para pegar aquele negócio. Ele então levantou, ficou de joelhos na minha frente e começou a enfiar aquele pau na minha boca.
Ele fez de um jeito delicado, cadenciado, embora forçando um pouco mais para dentro de tempos em tempos. Eu engasgava um pouco ele parava e falava.
- Shiiii…quietinha putinha…deixa eu fuder sua boquinha. Deixa tudo com o negão.
Ele mantinha meus cabelos em sua mão de uma forma firme, e mesmo indo com calma, estava claro que ele estava simplesmente treinando minha boca para receber seu pau.
Após dezenas de minutos seu pau já estava todo babado, assim como meu rosto. Eu me mantive firme e já ia ao máximo que conseguia sem precisar ser guiada pela sua mão.
Ele então tirou seu pau da minha boca e me fez olhar em seus olhos.
- Eu sei quem você é, Vic. Você é a vagabunda que chupou o Ramon numa festa e agora faz do idiota do Fernando seu capacho.
Nesta hora eu gelei. Fiquei pálida. Essa era a última barreira. Era algo que o Fe me fez implorar para nunca passar.
- Não se preocupe. A gente também faz dele o que agente quer. Eu vou filmar e fotografar nos dois fodendo e eu mesmo vou mandar e falar com ele. Agora! Se você não for uma putinha obediente, o Vaguinho vai mandar tudo para os grupos da medicina. Isso acabaria com qualquer chance de vocês namorarem, certo?
Eu respondi do jeitinho que ele mandou para não apanhar mais, mas eu estava assustada e angustiada. Tinha que me submeter, pelo nosso bem. Pensei assim, talvez para tentar me deixar um pouco menos culpada.
Pedrão então mandou mensagem para Vaguinho que parecia um cineasta profissional. Trouxe diversas câmeras diferentes, triple e outros equipamentos. O que seguiu a seguir foi uma das maiores surras de pau da minha vida.
Aquele negão foi logo me pegando pela bunda e me colocando para sentar em seu pau. Antes de enfiar ele sussurrou em meu ouvido.
- Eu prometo que não diremos nada humilhante direcionada para o Fe. Mas eu quero você gemendo, gritando igual uma puta. Depois de mim, dois outros caras vão te comer e você vai ser uma boa putinha, entendeu?
- Sim senhor….
Respondi resignada.
Ele então colocou a cabeça de seu pau na entrada de minha buceta, que naquela altura já estava encharcada e mandou eu ir descendo aos poucos, mas sempre avançando. Igual ele fez com a minha boca.
Confesso que no começo eu quase morri de dor, mas a sensação de ter aquele negócio me abrindo, invadindo minha PPK e tomando aquele espaço todo para si me deixava louca. Não sei quantas vezes gozei naquele pau e quando ele mandou eu acelerar um pouco eu quase desmaiei.
Ele então assumiu o comando e utilizando a força de suas mãos e braços me tomou completamente. Quando eu vi o vídeo, me chamou a atenção um líquido branco e espesso que apareceu envolvendo seu pau. Me senti num filme pornográfico, e aquela sensação era maravilhosa.
Pedrão ainda me comeu de quatro me fazendo molhar a cama de um jeito que nunca fiz na vida. No final me colocou de joelhos e gozou uma porra em uma quantidade assustadora em meu rosto, cabelo, peitos. Enfim, por todo meu corpo.
Ele tinha finalizado. Tinha tomado posse do meu corpo. Eu só não sabia ou não queria pensar a respeito até anos mais tarde. Talvez pudesse ter interrompido tudo o que passamos se tivesse visto e combatido isso precocemente.
Após me deixar de joelhos toda gozada ele falou para Vaguinho gozar em mim também.. Ele ainda batia sua punhetinha e parecia querer apenas autorização de Pedrão para gozar. Ele gozou em meu rosto.
Logo após, Pedrão deixou o quarto, me mandou tomar um banho e colocar o biquíni que tinha escolhido para mim. Sim…vocês entenderam bem, naquele dia que o mostrei para o Fe, antes tinha mostrado para aquele fdp.
Desci e participei do churrasco e das “brincadeiras” naquela tarde. Já no começo da noite os dois amigos do Pedrão me levaram para um outro quarto e me comeram. Uma foda normal, apesar de ter sido dois ao mesmo tempo.
Acabei adormecendo naquele quarto mesmo!! Só fui despertada por um pesadelo. consegui “fugir”sem acordá-los e fui para meu quarto. Só aí consegui privacidade para usar meu celular. Pensei em ligar para o Fe, mas ele já tinha me mandado mensagens que me deixaram perturbada.
…,
Consegui “tirar” “Temple of shadows”, inclusive os solos, e, logo após, acabei adormecendo de cansaço. Estava exausto mas feliz e orgulhoso de mim mesmo.
Peguei meu celular para ver se havia alguma mensagem da Vic ou da Naty, mas as mensagens que recebi me assustaram..
Pedrão, sim, esse mesmo fdp, me mandou fotos e vídeos da Vic, sendo comida por ele e outros caras. Até aí tudo bem, já era imaginado. Mas a mensagem a seguir me assustou.
“Fala seu bostinha! Tô mandando esses vídeos e fotos da sua princesinha com o negão aqui. Ela realmente é maravilhosa. Já tomei ela para mim. “
“Mas não quero que você fique bravo com ela, na verdade, você a partir de hoje, será um corninho manso e feliz.”
“ Caso não aceite por bem, será por mal. Ah, o Vaguinho mandou algumas fotinhos para os grupos da medicina, certo? “
“Imagina se essas fotos e vídeos vão parar nesses grupos ou se algum parente de vocês dois recebessem eles por engano?”
“Entendeu? Seja um bom corninho. To cuidando bem da nossa putinha, fica tranquilo. “
Sinceramente já tinha ligado o foda-se para tudo isso. Para a Vic na verdade. Respondi sem realmente me preocupar.
“Fique à vontade. Não quero mais saber dela e acho que não volto mais para a faculdade.”
“Quanto a família. Eu não vou continuar com ela, então se isso cair na mão de alguém da minha família eles saberão por que separei.”
“Já a família dela…é problema dela.”
Fiz então o que eu achava ser a última coisa que poderia para a Vic. Não por obrigação, mas para que ela soubesse o que aconteceu, inclusive o que respondi e decidisse o que fazer da vida.
Mandei os prints dessa conversa para ela e desliguei o celular, após mandar as mensagens a seguir. Não queria ser incomodado por ela e mais ninguém, pelo menos nesta noite que estava exausto.
“Vic estou mandando esses prints para que fique ciente do tipo de pessoa que você está envolvida. Embora duvido que não saiba das intenções do Pedrão.”
“O que eu respondi para ele é verdade. Fica tranquila que não me importo com o que está fazendo aí, já era esperado, certo? “
“Apenas lembre que tudo que fazemos tem consequências. Espero que tenha consciência do que está fazendo e que isso seja sua escolha. Se for assim, saiba lidar com as consequências. “
“Ótima noite! “
Continua…
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