Cão que tanto late não morde... uma cueca para a coleção

Um conto erótico de Xcontos
Categoria: Heterossexual
Contém 5363 palavras
Data: 15/09/2024 19:33:05

Cão que tanto late não morde...

uma cueca para a coleção

Pois é...!

O sujeito fala e fala que come todas... mas comeram a mulher dele.

(…)

Sempre achei que sexo é coisa entre duas pessoas, ou três, meia dúzia, que seja... mas é coisa para ficar entre as pessoas, não é preciso fazer e sair gritando pra todo mundo ouvir.

Digo isso, porque não sou de ficar contando minhas aventuras, prefiro ser do tipo come quieto.

Mas essa eu vou contar por que, simplesmente, não dá para ficar quieto quando se come a mulher de um cara que vive falando que come todas.

E mais ainda, a maneira como eu comi, onde eu comi.

Não posso ficar quieto.

Esse cara é meio amigo meu, mais por parte da mulher dele, pois trabalhamos os três juntos, mas eu já a conhecia de longa data.

Ela, que vou chamar de Luísa, sempre um amor de pessoa, desde os primeiros anos da faculdade, sempre discreta e, pelo que eu percebia, sempre muito fiel ao namorado, que agora é o seu marido.

Ele, que vou chamar de Juliano, veio trabalhar na mesma firma por indicação dela, mas desde que chegou já comecei a me enjoar com as suas piadas bobas.

Se fossem apenas bobas, até que ia, mas são piadas machistas, que colocam a mulher sempre num nível inferior, sempre a serviço do homem, sempre a fim de dar.

Logo comecei a chamar a sua atenção.

- Poxa vida, Juliano! Você fala de um jeito como se não respeitasse mulher alguma.

- E é pra respeitar? Mulher a gente tem é de comer... nasceram para ser comidas, fodidas.

- Mas você é casado, tem irmãs... sua mãe...

- Mas o que tem a ver? Estou falando é dessas mulheres por aí.

- Mas essas mulheres por aí também não são esposas, irmãs, mães?

- Já é a segunda vez que você fala da mãe. Não põe a mãe no meio, não.

- Mas eu não estou pondo a mãe no meio, só estou...

- Está pondo a mãe no meio, sim... Mas quer saber, o problema não é por a mãe no meio, o problema é por no meio da mãe.

Pronto. Mais uma das suas piadinhas bobas, tão bobas, tão desrespeitosas para com a mulheres, que eu, e mais alguns outros ali da firma, até já evitávamos fazer rodinhas de conversa com ele junto.

E evitávamos mais ainda sair com ele para beber, pois nem bem tomava o primeiro drinque ou a primeira cerveja e ele já começava a falar das suas conquistas.

Comia todas.

- Bom... vocês sabem, não é? Aqui, neste meu novo emprego, estou maneirando um pouco... com a patroa aí, tralhando juntos, tenho de ficar meio na surdina.

- Quer dizer que você não pegou ninguém por aqui, ainda? - perguntou um colega desavisado.

Levou um chute por debaixo da mesa, mas o mal já estava feito, Juliano deitou a falar.

- Pegar, pegar, chegar às vias de fato, ainda não peguei, mas isso é exatamente porque estou me controlando, dando uma de difícil... mas só por causa da dona da pensão. Não fosse por ela, eu já tinha traçado.

- Quem? - perguntou um outro colega, cuja namorada também trabalhava na firma, na mesma seção do Juliano.

Não levou chute por debaixo da mesa porque, com certeza, todos ali perceberam a preocupação do rapaz.

Mas a preocupação dele só aumentou, depois que o Juliano tomou mais uns goles e ele repetiu a pergunta.

- Mas quem é que você está pegando aqui na firma?

- Já falei que não peguei ninguém... ainda não peguei.

- Mas você disse que tem alguém interessada.

- Bom... isso tem. E não é uma só, não.

- Não é? Mas é alguém lá da sua seção?

Procurando evitar a briga, que com certeza logo ia se formar, entrei na conversa para mudar o rumo da coisa.

- Mas Juliano... fala das que você já faturou! Lá na outra firma... teve alguém?

- É mesmo, Juliano... fala lá do seu outro emprego... - começaram a falar alguns outros colegas, que também haviam percebido o caminho que a coisa estava tomando.

- É isso aí... fala quem você comeu por lá! Fala quem...

- Quem? Põe quem nisso minha gente! Da faxineira à secretária da diretoria... não perdoei ninguém, transbordei. Mas o meu problema foi a secretária.

- A secretária... por que?

- Adivinha! Enquanto eu estava comendo a faxineira... as duas faxineiras, ninguém ligava muito. Uma era solteira e tinha um namorado muito dos cornos, a outra era casada, fiel e tudo o mais, até que entrou na minha conversa, mas o marido nunca aparecia por lá, nunca desconfiou de nada.

- Não mesmo? Ele não queria te enfiar umas azeitonas, não?

- Ele, não... nem conheci. Mas o marido da chefe do departamento do pessoal...

- O que tem ele?

- O que tem ele...? Tem que a mulher era das mais sérias, religiosa, usava sempre aqueles vestidões compridos...

- E você comeu...!

- Claro! Vocês sabem muito bem que não existe mulher direita, apenas mulher mal cantada... vai daí que depois de uma semana ajudando a mulher com uns arquivos, conversa vai, conversa vem...

- Motel!

- Mas que motel! É muito caro. A primeira vez foi ali mesmo, na sala de arquivo morto. Só levantei aquele vestidão dela e cráu. Depois, nas outras vezes, foi num hotelzinho barato que tem lá perto.

- E o marido?

- Nem desconfiava de nada. Ia buscar ela na firma de em vez em quando, mas não desconfiava de nada, até que...

- Pegou vocês no flagra. - cortou um colega, aproveitando que o Juliano estava, mais uma vez, com o copo na boca.

- Pegou nada. Nem sabe quem eu sou... Se soubesse, eu já estava morto. Ele andou um tempão pelas ruas dali com um 38 na cintura, querendo descobrir quem havia seduzido a mulher dele.

- Seduzido!

- Mas não é? Vou te contar, viu! Do mesmo jeito que existe mulher sem vergonha e mulher a fim de ficar sem vergonha, também tem namorado frouxo, marido frouxo, daqueles bem cornão mesmo.

- Mas por que você fala isso... o cara não estava desconfiado, não estava a fim de te matar?

- Pois estava. Disse que ia para o inferno junto comigo. Mas ele não estava desconfiado, ele sabia de tudo... só não sabia quem era o comedor.

- Mas como ele sabia?

- Pois a tonta da mulher não contou pra ele!?

- Cruz credo! Mas por que ela fez isso?

- Porque a gente brigou... Ela me viu de conversinha suspeita com uma menina novinha que havia entrado na firma e já quis tirar satisfação, dizendo que havia se deitado comigo, por amor, se entregado por amor...

- Ela queria o quê... casar com você?

- Sei lá! Só sei que fui brincar, dizendo que nem tinha comido a menina ainda, e a mulher entrou em desespero, faltou três dias no serviço, e quando voltou foi logo me falando que tinha contado tudo pra ele e pedido perdão.

- Pedido perdão... Mas ele não perdoou, com certeza.

- Mas não falei? Cornão daqueles... queria me matar, mas já estava de amores com a mulher, pegando ela na firma todo dia, enchendo de beijos... e olhando para os lados, procurando suspeitos.

- Eu hem! Se isso acontecesse comigo eu podia até esquecer o cara, não querer nem saber quem é, mas a mulher... rua.

- É... mas parece que o cara lá perdoou a mulher porque o pastor falou que ele devia perdoar e...

- Ah...! Mas o pastor era o primeiro que eu matava... depois a mulher.

- E o cara também. Eu não deixava vivo pra ficar aí se gabando, rindo de mim às escondidas. - falou um outro colega que até então estava quieto.

- Isso é verdade. - voltou a falar o Juliano. - Tenho por mim que ninguém vai ficar rindo nas minhas costas, mato os dois... quer dizer, eu mataria, se descobrisse alguma, mas como sei que tenho a mulher mais fiel do mundo...

- É mesmo, Juliano... você tem certeza disso?

- Mas claro! Por que? Por acaso você está insinuando que...?

- Parou! Parou! Vocês não vão se desentender agora, não é?

- É mesmo. E você ainda nem contou o caso com a secretária.

- É mesmo... vou contarO Juliano contou o rolo que quando o diretor da firma descobriu que ele estava comendo a secretária que ele, o diretor, queria comer.

- Foi isso que deixou o homem puto da vida, estava doidão para comer a mulher, mas tinha medo de chegar com tudo, porque ela era casada, só ficava jogando verde, esperando alguma coisa... aí eu chego direto e como direto. Foi demissão na hora, bastou ele descobrir. Fui chamado no departamento do pessoal, ninguém soube me explicar nada, mas eu bem sabia o motivo.

Mas a verdade é que nem prestei muita atenção nos detalhes na forma como ele enriquecia a coisa, pois eu bem imaginava, tinha como certeza, que a maior parte da história era invenção dele, como era em todas as outras histórias.

E eu tinha razão.

A história verdadeira sobre o suposto caso dele com a secretária do diretor quem me contou foi a Luísa, a sua esposa.

Aconteceu que enquanto ele falava, a Luísa havia saído da firma e foi se juntar a ele para irem embora para casa. Ele não viu ela se aproximando por trás, também não percebeu nossos sinais e chutes por debaixo da mesa, tão empolgado que estava em contar a sua aventura... ela ouviu, mas fingiu não ouvir, a parte final da história.

- História mesmo, só história. - ela me disse, na segunda-feira, quando, trabalhando ao seu lado, achei que devia fazer algum comentário, e falei que a via como uma mulher e tanto, por suportar histórias do marido.

- Como assim?

- Por que ele é um fanfarrão daqueles, fala mais do que faz e, já faz tempo que acredito que fazer mesmo ele não faz nada.

- Vamos tomar uma cerveja?

- Vamos.

Explico...

São dois momentos diferentes.

Primeiro foi aquele comentário, na segunda-feira, ficou naquilo mesmo... havia mais gente por perto.

Depois foi uma sexta-feira, quando, a contrário da vez anterior, ela é quem estava na rua, esperando pelo marido.

Foi então que fiz o convite e ela aceitou... mas, percebi, só aceitou porque sabia que logo a marido estaria ali também.

Tomamos uma, daquelas de garrafa, tomamos outra... e foi no meio dessa outra, vendo que a Luísa já estava meio alegre, que perguntei sobre o caso dele com a secretária.

E ela falou não só do caso com a secretária como também de outros casos que o maridoinventava... só inventava, e inventa ainda. Ele não pegou secretária alguma, nem teve coragem de cantar, só escreveu um bilhete... e o bilhete logo estava nas mãos do diretor, o amante dela, pois que era casada.

- Daí... demissão direto.

- Antes fosse só isso... O diretor ameaçou levar o bilhete polícia, obrigou o Juliano a pedir demissão... onze anos de firma jogados fora.

- Que merda...! Desculpe! Quem ouve ele falando.

- Que merda mesmo! Pode falar, pois que ele, com essa mania, só arranja merda... Acredita que ele teve de se esconder de um cara por longo tempo... o cara queria matar ele, só não matou porque não sabia que era ele.

- Ele tinha co... tinha saído com a mulher do cara?

- Tinha nada. Só espalhou que tinha... que tinha comido.

- Eu hem! Levar azeitonas com culpa já é cruel, imagine levar sem ter feito nada.

- Mas como não fez? Se o que vale é a intenção e, pior, se o que conta é o que se falha, se espalha, então ele bem merecia ter levado umas azeitonas.

- Mas me fala uma coisa, Luísa. Você...

- Já sei... Por que continuo com ele... não é isso o que vai me perguntar?

- Na verdade, é. Fica meio difícil entender a sua situação.

- Eu gosto dele... tirando essa mania de inventar histórias de aventuras sexuais, ele é um bom homem, um bom marido... estragou tudo com aquele emprego perdido, a gente estava para comprar um apartamento, sair do aluguel... mas, já estamos nos ajeitando novamente.

- Tudo bem, até entendo, mas não muito.

- E o que é que você não entende?

- Você... não fica com ciúmes, raiva...?

- E você acha que não fico, que não tenho vontade de dar o troco?

- Primeiro!

- Que primeiro?

- Primeiro da fila. Quero ser o primeiro.

- Que fila, homem?

- Você não vai dar o troco? Quero ser o primeiro.

- Que amigo você é, hem!

- Desculpe... me empolguei.

- Pois pode parar de empolgação... só falei que às vezes fico com vontade de dar o troco, nem sei se vou dar...

- Dá, sim. Eu te ajudo.

- Ajuda no quê?

- Te ajudo, oras! Me ofereço para ser o primeiro.

- Não vai ajudar nada. Nem sei se vai acontecer... e mesmo que acontecer, vai ser um só. Não sou desse tipo, não preciso disso.

- Primeiro e único, então. E quem disse que você não precisa disso? Todo mundo precisa.

- Mas eu não disse que não preciso... o que eu disse é que não preciso colecionar homens.

- Então coleciona eu, pelo menos.

Dei sinal para a Luísa de que o Juliano estava se aproximando, mudamos de assunto, ele chegou junto, fingiu que não, mas percebi que não havia gostado de ver a mulher dele tomando cerveja com outroNão toquei mais no assunto com a Luísa, o Juliano também parecia meio diferente comigo, até que, umas duas semanas depois, ela me procurou, ainda no escritório da firma.

- Escuta... rápido e sem muita conversa... ele vai viajar para a casa dos pais no próximo final de semana.

- Sim... e o que tem?

- Não sabe o que tem... não quer ser o... o único?

- Sério? Vamos combinar, então, eu te pego...

- Não pega nada... quer dizer, vai pegar... mas vai ser lá em casa.

- Na sua casa! Tá louca?

- Louca por quê? Vai ficar com medo, agora?

- Não, mas e as suas crianças?

- Elas vão estar dormindo, com certeza. Você chega lá pelas dez, um pouco antes... nem vão te ver.

- Mas no seu apartamento...?

- Sim. Eu não posso e nem quero ir a motel ou qualquer outro lugar, tem de ser lá... eu quero.

E não teve jeito de convencê-la do contrário. Uma hora ela dizia que não tinha com quem deixar as crianças, noutra hora dizia que tinha medo de motel, que podia ser vista, que...

Fazer o quê?

Vai comer a mulher na casa dela, do marido, na toca do lobo... ou deixa pra lá?

Afinal, era apenas mais uma mulher, nenhum atrativo especial, mesmo sendo bem bonita e gostosa. E além do mais, tudo o que ela queria era se vingar do marido, só isso.

Ou será que não?

Bom... a verdade é que, de repente, comecei a entender a filosofia do Juliano, passei a pensar como ele... não podia dispensar.

Ela queria o nosso encontro num sábado à noite, dia de maior movimento, principalmente para quem mora num apartamento, como ela. Imaginei que ela não estava tendo a noção das coisas, pois ali era muito mais arriscado do num motel.

Num motel era só deixar um documento, e o risco de encontrar alguém conhecido é o mesmo que ganhar na mega sena.

Tá certo! Ganhar na mega sena é mais difícil, mas receber o amante na própria casa, num prédio de apartamentos...!?

Tudo bem que, a seu pedido, deixei o carro longe, para que ninguém o reconhecesse depois. Mas tive de passar pela portaria do prédio, me anunciar ao porteiro às dez... quase dez da noite, dizer que era uma amigo e precisava falar com o Juliano.

- A esposa dele disse que ele está no banho, mas que o senhor já pode subir.

Mas subo o caralho! - pensei.

O que essa mulher está pensando... que armação é essa?

O cara sai do banho, me encontra ali... vou me explicar como?

Estava mesmo para desistir, virar no pé, e ela havia imaginado isso, pois ligou no meu celular.

- É só para disfarçar... seu tonto. Estou sozinha aqui, as crianças já estão dormindo.

Bom... a vontade foi maior, e acabou vencendo... vontade de me enroscar no corpo gostoso da Luísa, vontade de afogar o meu ganso naquela sua gruta quente e úmida... com certeza quente úmida.

Subi.

Ela me recebeu na porta, usando um vestido branco, longo, de alças, mas com nada mais que indicasse estar preparada para um encontro amoroso. Cumprimentou-me normalmente e me conduziu para a sala, bem iluminada, notei. Me fez sentar, começou a falar.

- Escuta... sei que você pode estar pensando mil coisas de mim, da minha conduta, mas nunca fiz nada de errado para com o Juliano e... bom, o que eu quero dizer é que... ele merece sofrer um pouco e... e por isso quero plantar uma sementinha, deixar ele com a pulga atrás da orelha, só para ele ver o quanto é bom. É só isso, só por isso, entende.

- Só por isso... quer me usar, então?

- Claro que não! Fosse assim e poderia ser qualquer outro.

- Sei... mas só plantar uma sementinha... então... eu vim até aqui pra nada, a gente nem vai...?

- Claro que vamos! Você vai passar a noite aqui, comigo... Quero aproveitar também, não é?

E falando, levantou-se, foi até a cozinha, e voltou trazendo uma bandeja com copos, gelo e bebida. Continuou falando.

- Eu praticamente só tomo cerveja, e já tomei uma para diminuir o meu nervosismo... mas sei que você gosta de um uisquinho... tem vodca... eu te acompanho... assim relaxo um pouco mais... - ela foi falando, enquanto me conduzia até um dos sofás.

- Jura que o Juliano não está por aí?

- Para com isso, homem! Pensa que sou louca? E por favor... acho que não fica bem falarmos dele agora, não é?

- Tem razão, não falemos mais nele... mas vamos tomar a bebida dele.

- Imagina! Ele não tem costume de ter bebida em casa... comprei só para nós dois.

E então notei que, de fato, as garrafas de bebida ainda estavam por ser abertas... abri.

Bebida, gelo, degelo, um primeiro beijinho, uma emoção gostosa de coisa nova... e acho que emoção ainda maior pra ela, senti isso.

Mais bebida, mais beijinhos, beijos, beijões, seus seios já estavam de fora, sua mão ávida, acompanhou prontamente a minha quando a puxei para fazer um reconhecimento do meu falo, ainda escondido sob a calça.

Também fiz reconhecimento naquele seu triângulo... que vibrou ao meu contato.

Um tanto mais de bebida e eu entendia porque ela havia falado em beber para passar o nervosismo, relaxar. É que aquele medo todo que eu estava sentindo, mas não queria admitir, foi se dissipando, fui ficando mais leve, solto... tão leve que quando ela me conduziu para o quarto eu já não estava ligando pra mais nada... se o Juliano estivesse ali, se ele aparecesse ali... eu estava pouco me importando.

O quarto já estava meio escuro e escureceu mais ainda quando ela encostou a porta, deixando apenas uma fresta.

Abracei-a pela cintura, senti por inteiro o seu corpo, e logo senti mais ainda, quando o vestido caiu aos seus pés e só a calcinha protegia a sua intimidade.

Coisa divina, pecadoramente divina, tocar aquele tecido liso, macio, por sobre as suas nádegas, o seu triângulo.

Suas coxas estavam cuidadosamente depiladas, podia sentir na ponta dos dedos. Depiladas, hidratadas, perfumadas... mereciam os meus lábios.

Num movimento conjunto, eu procurava deitá-la na cama, enquanto ela tirava a minha roupa.

E foi assim, já sentada, eu em pé, que ela teve o primeiro contato de terceiro grau com o meu pau.

Pegou, apertou na mão, passou na face, deu um beijinho, massageou...

Eu fico, e acho que todo mundo fica, meio incrédulo num momento como esse. Incrédulo e estupefato... de repente, aquela sua amiga de longa data, sua colega de trabalho, esposa do seu agora também colega e quase amigo...

De repente aquela mulher estava ali, sentada na borda da cama, chupando o meu pau.

E se não bastasse, estávamos na cama do casal... com certeza o Juliano me dava uns quarenta tiros se presenciasse aquilo.

Mas a verdade é que a mistura de uísque com vodca mais aquela boquinha quente e úmida me afastavam por completo de qualquer pensamento diferente... eu só queria sentir o quão gostoso ela me chupava.

Mas chupei também.

Quando senti que um descuido a mais e eu estaria ejaculando na sua boca, fiz ela parar, joguei-a deitada, ajoelhei-me no chão, entre as suas coxas, me pus a beijar a sua calcinha.

O marido entra casa, na maior inocência e cheio de amor familiar.

O marido ouve alguns gemidos, verdadeiros gritos de prazer, caminha até a porta do quarto, acende a luz.

O marido vê a sua esposa, na sua cama, pernas abertas, escancaradas, e um cara ali, lambendo a buceta dela, olhando a buceta dela.

O que faz o marido?

Juro que só fui pensar tudo isso depois, porque naquele momento eu só queria pensar em dar prazer à Luísa, sentir o perfume gostoso que ela havia espalhado por toda a xana, correr a língua sobre a sua calcinha, penetrar a pontinha da língua por entre as bordas do tecido, fazer ela arquear os quadris, projetar tudo para frente na expectativa de um contato direto das nossas carnes... minha língua contra as suas dobras, seus sulcos, seu grelo, a entrada da sua vagina.

Não fui eu quem tirou a calcinha da Luísa, foi ela mesma. Torturei-a tanto que num certo momento ela não aguentou mais, apoiou os pés, ergueu os quadris e empurrou o tecido para as coxas, para os, logo colocando-se toda aberta novamente, e puxando a minha cabeça para o seu triângulo, para ser chupada diretamente.

- Você me deixa louca, homem. - ouvi ela dizendo, murmurando, na verdade.

Chupei a xoxota da Luíza pelo tempo e com a delicadeza que ela precisava. Delicadeza em alguns momentos, apenas leves roçares de língua, de lábios. Fúria em outros momentos, quase arrancando seu grelo com os dentes, quase adentrando a sua gruta com a boca, a face, a cabeça.

Foi alternando delicadeza e fúria que deixei a Luísa completamente entregue, prontinha para o ápice... mas antes, ainda sobrou alguma delicadeza da pontinha da minha língua naquele seu furinho mágico, cobiçado.

Ela fez algum protesto na forma de murmúrios, de fechamento das pernas, de leves empurrões com as mãos, até que me afastou de vez, quando eu já iniciava alguma tentativa com o dedo.

- Para, homem! Aí não é lugar de mexer. Que coisa! - ela foi falando, enquanto se ajeitava no meio da cama e me oferecia uma camisinha que havia apanhado na cabeceira.

A primeira foi no papai e mamãe, e nem dava para ser diferente, com todo o fogo, todo o tesão que já estávamos. Mas foi um papai e mamãe "violento", cheio de energia.

Sempre vibro quando a mulher abraça com os braços e com as pernas, e a Luíza me abraçava de uma maneira que eu nunca havia sido abraçado antes.

Algumas mulheres nem abraçam com as pernas, outras abraçam sem apertar, apenas passam as pernas por sobre as pernas da gente. Mas a Luísa, assim como pouquíssimas, me abraçava pela bunda, pela cintura... abraçava e apertava, me puxava para dentro dela.

E o diferente com a Luísa foi que em alguns momentos, na maior parte do tempo, na verdade, ela me abraçava mesmo era só com as pernas, enquanto seus braços se estendiam sobre a cama e suas mãos agarravam o lençol, reviravam o lençol.

Com uma mulher tão gostosa como ela, e que transa tão gostoso como ela, não sei porque o Juliano precisa de outras mulheres.

E nem queria saber, só queria socar naquela gruta, socar e socar, até me despejar em gozo.

E me despejei. Nem me demorei muito, é verdade, mas foi o tempo suficiente para ela também entrar na reta final e gozar quase junto comigo, só um pouquinho depois.

Que coisa maravilhosa ver uma mulher gozar, sentir uma mulher gozar, sabendo que você é quem está fazendo ela gozar!

E se for a primeira vez com ela... e se ela for a mulher de alguémEmendamos a primeira com a segunda ou a segunda com a primeira, pois a Luísa, ao contrário de muitas mulheres que precisam do maior tempo para recomeçar, nem recomeçou, simplesmente porque nem parou... gozou feito uma louca, agarrando e unhando as minhas costas nesse momento, depois, logo depois, voltou a agarrar o lençol e me abraçar ainda mais forte com as pernas.

- Gostoso! Gostoso...! - ela murmurava, gemia, gritava.

Mas, talvez, não devesse ter gritado tanto.

Vendo o seu fogo, saí de cima, deitei, fiz ela me trepar... trepar e ficar mais louca ainda, gritar mais forte ainda, entrar num frenesi indescritível e gozar outra vez.

Só parou a sua agitação quando, já no finalzinho do seu gozo, aconteceu a cena que eu nunca havia imaginado que um dia fosse acontecer comigo.

Ela continuou me cavalgando, só mudou um pouco a posição. Antes, no auge da sua loucura, ela havia ficado de cócoras, para abrir melhor as pernas e subir e descer o corpo com mais liberdade, sentindo o meu pau de cabo a rabo.

Agora, ela estava, novamente, de joelhos na cama, seu tronco sobre o meu corpo, ainda penetrada, mexendo, vagarosamente, o quadril... um rebolar que parecia lhe dar imenso prazer, dado o modo como ela parecia "estudar" cada milímetro do meu pau, cada nervo, cada veia saltada, da cabecinha até a base, da base até a cabecinha, descendo relaxada, subindo apertada, mordendo...

- Ele gosta que eu fique por cima... diz que consegue se segurar mais tempo.

- Também estou gostando, você é...

Não terminei de falar, pois que a cena realmente inusitada não foi essa, mas, sim, duas crianças, um menino e uma menina, que invadiram a cama exatamente no momento em que ela terminava de falar e eu começava.

Tentei desaparecer, sumir para dentro dela, pular a janela, mas ela, tranquila, me prendeu com as coxas e continuou o que estava fazendo... apenas cobriu os nossos corpos com um lençol.

E como fazia bem devagar, na penumbra, e corpos cobertos, as crianças nem estavam percebendo.

E mesmo que percebessem...

- Pai... leva a gente no shopping amanhã?

- Ele leva, filho... ele leva.

- Mas pai... você compra aquele...

As crianças continuaram fazendo perguntas, eu evitava responder, com medo que não reconhecessem o pai, e a mãe, ainda mexendo, mordendo, se antecipava nas respostas, prometendo, em nome do pai, tudo o que as crianças queriam, enquanto pedia que elas voltassem para o outro quarto.

Finalmente, as crianças se foram, sem que ela, a Luísa, saísse de cima... mas o meu pau já estava mole. Tanta tensão, prejudicou o tesão.

Ela teve de sair de cima e se por a me chupar... e também a me oferecer para ser chupada.

Fizemos um 69 muito quente. Nem sei como, mas ainda consegui fazer, me acender novamente, ficar trincando.

Comecei a mexer no seu traseiro, ela tirava a minha mão. Tirou várias vezes, até que falou:

- Hoje, não. Noutro dia.

Maravilha! - pensei, enquanto já me decidia que a próxima vez seria na minha casa ou num motel... ali, jamais.

E jamais, mesmo.

Interrompemos o 69 já em brasa, os dois, subi por cima dela, penetrei, dobrei suas pernas, ela juntou seus pés sobre as minhas costas... acho que foi a transa mais louca que já tive.

Depois do nervosismo passado, aquela foi, sem dúvida, a minha transa mais louca, como se já não fosse loucura eu estar ali, na casa do Juliano, no seu quarto, na sua cama, transando com a mulher dele, com os filhos dele sobre o meu peitoApesar de tudo, dei a segunda, cheguei na terceira... ela eu nem sei quantas, e consegui dormir.

A verdade é que não aguentei ficar sem dormir. Havia bebido, transado, passado momentos de estresse.

Foi ela quem me acordou, um pouco depois das cinco horas da manhã.

- É melhor você ir, agora.

- Claro! Eu já devia ter ido faz tempo. Na próxima vez a gente vai...

- Depois a gente conversa... toma, veste esta cueca.

- Mas esta não é minha. Eu é que não vou vestir cueca de outro e...

- Não é dele, não, seu tonto. É novinha... presente.

- Mas... e a minha.

- Pode esquecer... vou guardar de recordação.

- Recordação!? Você está maluca? Que fetiche é esse?

- Falou tudo... é mesmo um fetiche. Os homens não gostam de colecionar as calcinhas das mulheres...?

- Você está colecionando?

- Comecei hoje, mas vou parar hoje mesmo. Pode ficar sossegado que não haverá mais ninguém... nunca houve e nem vai haver.

- Mas eu não estou perdendo o sossego. Quem vai perder é ele, se descobrir essa cueca estranha.

- Mas essa é a ideia... pode ter certeza de que o seu amigo vai perder completamente o sossego.

Chamei ela de maluca, tentei recuperar a minha cueca, mas não teve jeito. Ela foi me apressando para que eu saísse, até que saí, vestindo uma cueca nova e carregando recordações dos momentos de prazer... e dos momentos tensos.

Passei pela portaria um pouco antes das seis e entendi, então, porque ela quis que eu chegasse um pouco antes das dez... horário de troca de turno. Um porteiro me viu entrar, outro me viu sair.

Mas o que ela pretendia com isso eu não sei... quer dizer, até sabia. Ela só queria tirar o sossego do Juliano, mas sem deixar uma prova concreta... apenas suspeitas, fofocas dos porteiros, crianças dizendo que ele havia prometido isso, prometido aquilo... e a cuecaA mudança no humor, no estado de espírito e no comportamento geral do Juliano foi quase que imediata e num crescendo cada vez maior.

Já não se ouvia mais ele falar tanto das suas conquistas, já não fazia mais tantas piadinhas bobas, já não conversava mais com quase ninguém, apenas comigo... justo comigo.

Eu ouvia ele dizer que as coisas não andavam bem, mas ele relutava em falar o que estava acontecendo, até que um dia...

- Você anda bebendo muito, ultimamente, cara. Desse jeito vai até se prejudicar no trabalho.

- E o que mais posso fazer? O que você faria se descobrisse que a tua mulher está dando pra outro?

- Dando pra outro...? Mas... a Luísa...? Eu não acredito. Ela não me parece... Você tem certeza disso?

- Certeza eu não tenho, mas está na cara, e o pior...

- O que é que está na cara... o que é o pior?

- Ela anda recebendo macho lá em casa, na nossa cama.

- Tá maluco, cara? Como é que você pode imaginar uma coisa dessas?

- Não estou imaginando... as crianças... os porteiros...

Quase que perguntei da cueca, mas preferi dar outro rumo.

- Bom, meu amigo... se a coisa está nesse pé, então o melhor a fazer é separar dela.

- Mas nunca!

- Nunca? Não estou entendendo... se você já não tem sossego...

- Não tenho... mas se eu largar dela, aí é que não vou ter mesmo. Como é que eu vou descobrir como foi, quando foi, aonde... como é que vou descobrir quem é o desgraçado?

- Mas por que você precisa descobrir tudo isso?

- Por que? Porque eu não quero aquela desgraçada rindo de mim nas minhas costas por ter me colocado chifres, e muito menos eu quero um filho da puta rindo porque comeu a minha mulher... Como é que eu vou saber quem é o cara? Tenho que descobrir. De repente, um dia, posso estar frente a frente com ele, conversando com ele, e o cara rindo de mim...

Realmente, a Luísa havia tirado completamente o sossego do Juliano... o sossego e a lucidez.

Mas como ela passou a evitar falar comigo, e eu comecei a evitar o Juliano, só pude ficar sondando as coisas de longe.

Enquanto isso... me lembrei... gelei ao me lembrar, que o prédio dos dois tinha câmeras, que minhas imagens estavam lá, gravadas.

Entrei meio que em pânico, mas acabei descobrindo uma "amiga" que também mora naquele prédio e que poderia me fornecer um álibi para eu estar por lá. O único problema é que ela é casada e seria preciso conversar com o marido, explicar a situação.

Mas como até agora o Juliano parece não ter se lembrado das câmeras... ou as imagens até já foram apagadas...

Só lamento a Luísa não querer mais nada comigo, pelo menos não parece querer, pois mal nos falamos... quer dizer, sempre conversamos, mas apenas sobre o trabalho e outras trivialidades, apenas isso.

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