Como imaginei, Kamila acordou com uma carinha bem melhor no dia seguinte. Ficamos de papo na cama por um bom tempo. Ela já estava mais falante, então nem toquei no assunto que a trouxe aqui. Geralmente as dores de cotovelos dela duram no máximo 3 dias, algumas nem isso. Eu sinceramente acho que ela nunca amou alguém de verdade, pelo menos não depois que a conheci. Mas toda vez que ela se envolve com alguém ela jura que está amando. Eu já disse a ela que ela precisa de ajuda especializada, não é normal esse tipo de comportamento. Mas ela nunca me leva a sério e sinceramente já cansei de dar murro em ponta de faca.
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Sai da cama já eram quase nove horas e fui para o banheiro tomar um banho antes de comer algo. Logo que entrei, Kamila já veio entrando comigo me olhando com uma cara de safada. Fui tirar a roupa e ela ficou ali me comendo com os olhos. Eu fingi que nem estava vendo, eu já sabia o aconteceria em seguida. Eu fui até o chuveiro, liguei e conferi a temperatura da água. Assim que comecei a molhar meu corpo já senti Kamila me abraçando por trás e colando seu corpo no meu. Ela já tinha tirado suas roupas, só de sentir seu corpo, eu já me arrepiei toda. Ela veio até meu ouvido, disse que estava com saudades e já deu uma leve mordida na minha orelha. Ali eu perdi totalmente o meu controle.
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Kamila sabia dos meus pontos fracos, foram muitas noites de sexo sem compromisso durante esses 8 anos. Ela sabia onde tocar, como tocar e com que intensidade tocar para me dar o máximo de prazer possível. Isso era um troca gostosa entre a gente porque eu também sabia exatamente o que fazer para dar muito prazer a ela. Fui tirada dos meus pensamentos com ela massageando meus clitóris com sua mão. Soltei um gemido alto com o prazer que senti com seus toques. Logo ela me penetrou com dois dedos. Enquanto seus dedos me fodiam gostoso, ela apertava meus seios com a outra mão e falava muita sacanagem no meu ouvido. Eu já gemia descontroladamente com o prazer que eu sentia. Ela aumentou o ritmo dos seus dedos dentro de mim e logo gozei gostoso neles.
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Ela nem deu tempo de eu me recuperar direito e me virou de frente. Ela se ajoelhou na minha frente e começou a me chupar. Ela sabia como meu clitóris ficava sensível depois do primeiro orgasmo e concentrava sua língua e lábios nele. Eu levei minhas mãos até sua cabeça e forcei meu tronco para frente. Ela me olhava nos olhos enquanto fazia movimentos em círculos em torno do meu clitóris. Eu não tinha forças nem para gemer direito. Eu tentava respirar o máximo que eu podia, porque eu sabia o que estava por vir. Ela começou a me sugar gostoso, ela devorava meu clitóris com seus lábios. Eu senti meus músculos se contraírem e um orgasmo tomar conta do meu corpo. E não era um simples orgasmo, ele era menos intenso que o primeiro mas durou o dobro de tempo. Era muito bom sentir aquela descarga de prazer percorrendo meu corpo.
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Quando voltei a mim olhei e Kamila estava sorrindo limpando sua boca com as mão. Ela disse que eu tinha dado um banho nela sem ela nem ter entrado debaixo do chuveiro. Eu tinha molhado uma boa parte do seu peito, pescoço e seios. Mas ela gostava daquilo porque ela sempre ficava ali parada esperando aquilo acontecer. Logo ela se levantou e me encheu de beijos. Kamila era do tipo de mulher muito safada, porém muito carinhosa também. Ficamos trocando carinho até eu me recuperar e retribuir todo o prazer que ela tinha me dado. Kamila amava ser chupada. Ela se desmanchava na minha boca. Ela dizia que ninguém conseguia fazer ela sentir tanto prazer como eu. Realmente nem sabia se era verdade, mas que os orgasmos dela eram muitos intensos, era. Dava para perceber isso quando ela gozava. As vezes eu achava que ela iria desmaiar. Ele virava os olhos de verdade, só dava para ver o branco do olho quando eles se abriam parcialmente.
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Depois de tomar um banho a gente foi almoçar, já estava meio tarde para tomar café. Chamei Kamila para a gente ir em um barzinho no centro mais tarde e beber uma cerveja. Ela disse que iria comigo sim, mas precisava ir em casa trocar de roupa. Combinamos de eu passar na casa dela às 13 horas para a gente ir. Terminamos o almoço e ela se foi. Eu subi pro meu quarto e fui escrever um pouco. Não sei porque mas o sexo também me inspirava. Escrevi uns textos bem interessantes em pouco tempo. Quando era 12:30 meio eu fui trocar de roupa e passar uma maquiagem básica. Vesti meu jeans rasgado, minha camisa preferida do LP, coloquei meu tênis e sai. A casa da Kamila não era longe da minha, morávamos no mesmo bairro a duas quadras de distância uma da outra.
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Não demorei muito e ao chegar na esquina da casa dela eu escutei uns gritos de mulheres. Um deles com certeza era de Kamila. Já corri o mais rápido que pude. Quando virei a esquina vi Kamila tentando se defender de 3 mulheres. Uma estava agarrada nos cabelos dela e as outras duas davam tapas dela. Ela tentava se soltar, mas não conseguia. Eu já cheguei correndo e dei um chute frontal nas costelas da mulher que estava mais perto de mim. Ela caiu colocando as mãos sobre o local do chute e deu um berro de dor. As outras olharam assustadas e a que estava segurando os cabelos de Kamila não conseguiu olhar por muito tempo porque dei um direto bem na ponta do seu nariz. Mais um berro de dor. A outra que estava dando tapas na Kamila perdeu a coragem e foi se afastando. Eu conhecia bem elas, era mulher, a filha e a irmã do Reginaldo. A que acertei primeiro era a filha, eu a conhecia bem da época do colégio e faculdade. Íamos de ônibus juntas para cidade vizinha para estudar. Seu nome era Adriana. A mãe dela estava com o nariz sangrando e não conseguia falar nada. A tia dela já estava a uns 5 metros de distância só olhando.
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Tamires: Qual é o seu problema Adriana? Que covardia é essa com minha amiga? O que ela te fez para você vir bater nela na porta da casa dela?
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Adriana: Essa puta estava dormindo com meu pai!
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Tamires: Ela é solteira, pode dormir com quem ela quiser. Quem deve respeito a sua mãe é ele, não ela. Respeito esse que ele nunca teve e todo mundo sabe disso. Então vai lá bater nele e leva essas duas aí antes que eu perca minha paciência com vocês.
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Adriana: Ela seduziu meu pai, ela não vale nada e você sabe, não vem defender essa piranha não.
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Kamila: Eu sei muito bem a amiga que tenho. Mas parece que você não conhece o pai que tem, ou se finge que não sabe igual sua mãe. Seu pai sempre saía com as alunas dele em troca de notas boas. Inclusive com amigas suas. Se você realmente é tão cega assim e não sabe o que a cidade toda sabe, é só você pensar um pouco. Tenta lembrar das suas amigas que eram péssimas em matemática mas quando seu pai era o professor delas as notas eram iguais ou melhor que as suas.
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Adriana parou um pouco e começou a pensar. A mãe dela, que já tinha conseguido parar um pouco do sangramento, começou a falar que era mentira. Mas Adriana do nada começou a xingar e não era eu. Acho que ela tinha lembrado de algo. Ela pediu para mãe dela ficar calada. Tentou se levantar, mas não conseguiu. Fui até ela e estendi as mãos. Ela demorou um pouco, mas resolveu aceitar minha ajuda. Depois me agradeceu e me pediu desculpas pela confusão. Olhou para Kamila que estava ali calada e se desculpou. Kamila disse que estava tudo bem. A mãe dela foi protestar, mas Adriana pediu para ela ficar calada porque elas estavam erradas e a chamou para ir embora. Eu fui até a Kamila e perguntei se ela estava bem. Ela nem me respondeu e me abraçou agradecendo por eu ter salvado ela.
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Levei ela para dentro de casa e para variar ela estava sozinha. Sua mãe trabalhava de cozinheira em um restaurante. Ela vivia mais no trabalho que em casa. Acho que Kamila sentia muita falta da mãe, mas infelizmente a mãe era viúva e não tinha ninguém para ajudar ela. Ou passava mais tempo com a filha ou coloca comida dentro de casa. Fora os estudos que ela pagou para filha e ainda pagava. Kamila estava no último ano de administração. Entramos juntas mas infelizmente ela perdeu um ano por causa de um idiota que ela namorou. Ele pediu para ela abandonar os estudos por puro ciúmes. Mas nem quero lembrar disso, eu já estava com raiva o suficiente no momento. Kamila não tinha a menor condição de sair, ela não estava muito machucada. Só tinha alguns arranhões, porém era visível que aquela situação tinha mexido com ela.
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Tentei cuidar dela e dar meu apoio. Mesmo eu sabendo que ela também estava errada na história e merecia ouvir um monte, eu não falei nada. Ela estava bem calada e não chorou mais depois que entramos. Era até meio estranho ver ela calada. Ela parecia pensativa, eu estava torcendo para ela estar refletindo um pouco na vida. Eu tinha esperança que algum dia ela iria mudar. Na verdade eu torcia muito para isso acontecer. Ainda quero ver ela bem e feliz com alguém que realmente a mereça.
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Tinha uma meia hora que eu estava ali com Kamila quando meu celular tocou. Era minha prima Cibele. Atendi o mais rápido que pude. Ela perguntou se eu tinha tempo para conversar porque tinha um assunto muito sério para resolver comigo. Eu disse que podia, me levantei da cama da Kamila e só fiz sinal para ela que ia sair para conversar ao celular. Fui para sala e sentei no sofá. Conversei durante quase uma hora com minha prima. Quando desliguei eu estava bem animada. Corri para o quarto para contar para Kamila, mas ela estava dormindo. Me deitei ao lado dela e fiquei pensando que finalmente minha vida iria mudar. Eu até tentei dormir também, mas não consegui. Minha adrenalina estava a mil.
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Depois de mais de uma hora ali deitada vi Kamila se mexer, olhei para seu rosto e vi que ela tinha acordado. Ela me olhou e abriu um sorriso. Depois me perguntou onde eu tinha aprendido a brigar. Eu expliquei que eu e meus dois irmãos temos pouca diferença de idade. O mais velho que é casado é só um ano e pouco mais velho que eu. O outro que mora comigo e minha mãe, é só dois anos mais novo. Quando éramos criança a gente brigava muito e tive que aprender a me defender. De todo jeito eu apanhava na maioria das vezes, mas fui aprendendo a bater também. Só no final da minha adolescência que paramos de brigar. Hoje nos damos muito bem, mas antigamente o pau quebrava. Kamila disse que tinha entendido e ficou me olhando.
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Kamila: Quem era na ligação? Eu tinha esquecido. Você demorou e acabei dormindo. E você está meio diferente, parece bem animada com alguma coisa.
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Tamires: Ah, era minha prima Cibele. Ela quer que eu vá trabalhar para ela na sua lanchonete por uns tempos e depois quer que eu fique no hotel no lugar dela.
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Kamila: E você aceitou?
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Tamires: Claro, não posso perder essa chance não, Ká.
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Kamila: Então você vai morar em Curitiba?
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Tamires: sim, vou na segunda se tudo der certo.
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Kamila: Por favor, me leva com você. Pelo amor de Deus! Eu preciso sair dessa cidade!
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Pronto, agora eu não sabia o que fazer. Se eu falo não, ela vai ficar com raiva. Se eu falar sim eu posso estar arrumando um problema enorme para mim.
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Continua:
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Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper