Uma grande mudança em nossas vidas.
Cap 1 O INÍCIO 1.5
Anteriormente na última parte deste capítulo:
“Vic estou mandando esses prints para que fique ciente do tipo de pessoa que você está envolvida. Embora duvido que não saiba das intenções do Pedrão.”
“O que eu respondi para ele é verdade. Fica tranquila que não me importo com o que está fazendo aí, já era esperado, certo? “
“Apenas lembre que tudo que fazemos tem consequências. Espero que tenha consciência do que está fazendo e que isso seja sua escolha. Se for assim, saiba lidar com as consequências. “
“Ótima noite! “
…………..
(Victoria)
Ao ler essas mensagens do Fe, fiquei completamente sem chão. O desespero instaurou-se em meu coração de tal forma que comecei a me sentir tonta e a ter a sensação de que meu coração estava saindo pela boca.
Nunca imaginei que o Pedrão estava falando sério quando disse que iria mandar tudo para ele e ainda ameaçá-lo daquela forma. Naquele momento em que ele falou que iria mandar, eu sinceramente achei que se tratava apenas de uma tentativa de se firmar como o macho alfa dominador, e que falar aquelas coisas era apenas para "ajudar" em seu objetivo momentâneo.
Uma angústia forte surgiu ao pensar sobre o que o Fe estava sentindo naquele momento. Como pude fazer isso com ele? Confesso que esta foi uma das poucas vezes em que “agradeci” por ele ter esse problema de enfrentar situações conflitantes e, mais ainda, por ele ter começado a se viciar em tocar guitarra bem nesses últimos dias.
Com esses pensamentos, que de certa forma amenizaram a culpa que sentia, e ajudada pelas lembranças das meditações e do uso correto da respiração que minha terapeuta me ensinou, consegui segurar toda aquela ansiedade e adormecer. Estava exausta.
No meio da noite, por causa de um pesadelo, que irei relatar a seguir, comecei a entender e ter finalmente alguma consciência do que estava me acontecendo.
No pesadelo, o mesmo que tenho desde os 17 anos, meu ex-namorado está me dominando de quatro.
“Assim, minha putinha… empina essa bundinha…”
“Ah, Alberto… calma… você está me matando,” reclamei sem convicção.
Ele então começa a puxar meu cabelo e a penetrar ainda mais forte por trás.
“Vou gozar dentro da sua bucetinha e, depois vou me arrumar… não esqueça que hoje receberemos meus dois primos. Quero que você seja uma putinha comportada… entendeu??”
“Sim… sim… senhor,” respondi enquanto empurrava meu quadril contra o dele.
Ao me virar, o rosto que vi naquele corpo bombando por trás me assustou e me fez acordar.
Era o rosto do Pedrão…
Essa lembrança que ataca meu subconsciente durante o sono realmente é real. Meu ex- namorado, apesar de não me deixar ter muitas amigas, me afastar dos meus familiares e demonstrar ciúmes desproporcionais ao que acontecia, mandava eu transar com seus primos e um amigo de infância.
Eles diziam que eu tinha que agradecer por estar namorando. Na época, me achava “cheinha” e isso me fazia ter uma dependência emocional de Alberto, que depois entendi ser um sociopata contumaz.
Naquela noite, não consegui dormir. Comecei a debater comigo mesma: por que os gatilhos que minha mente criou não se manifestaram quando me aproximei do Pedrão?
Uma garota, amiga da Laís (minha amiga de balada), tentou me alertar, mas tanto eu quanto a Laís apenas caçoamos do suposto “ciúmes” da garota.
Por que eu estava cometendo os mesmos erros? O que deveria fazer?
Sem pensar muito, peguei meu celular e mandei diversas mensagens para o Fe. Eu queria explicar tudo, pedir perdão e dizer o quanto o amava.
Novamente, o sono venceu meu corpo e minha mente e adormeci; porém, antes de dormir, tranquei a porta do quartoFernando)
Eu estava satisfeito por ter enviado aquelas mensagens para a Vic. Naquele momento, realmente não estava preocupado com o que ela estava fazendo naquela viagem; a única coisa que me preocupava era se ela tinha plena consciência do que tudo aquilo poderia significar para ela e sua família, e se, mesmo assim, era vontade dela continuar.
Resolvi então retomar a atenção ao que realmente me importava no momento e desliguei meu celular. Eu estava decidido a voltar para a banda, encarar de vez uma vida de músico, e todos os ônus e bônus do que isso significaria, principalmente em relação à parte financeira.
O primeiro passo para isso seria ter uma conversa séria com minha família. Eu sabia que minha mãe, apesar de sempre mais severa, era a voz da razão daquele casal e sempre se preocupou com minha felicidade, mesmo errando em muitas ocasiões.
Já com meu pai era diferente. Eu era filho único e sempre senti que meu pai não tinha orgulho de mim como filho, por tudo que já conversamos anteriormente. A vontade de sua aceitação era muito mais forte do que o medo de sua rejeição, até porque sempre me senti um pouco rejeitado.
Já estávamos no dia 29 de dezembro e, pela manhã, aguardei todos se levantarem e pedi para conversar. Falei que era um assunto sério sobre meu futuro.
Minha mãe me respondeu apenas com um olhar de preocupação, porém demonstrando ternura e transbordando amor direto para minha alma. Perdi alguns segundos me comunicando com minha mãe apenas pela troca de nossos olhares.
Meu pai pediu para conversarmos em seu escritório. Eu quis negar, impor minha vontade sem confronto. Era minha vida, era minha decisão.
Quando fui reclamar, minha mãe me puxou pela mão e me deu um abraço e um beijo no rosto. Logo após, nos soltamos, ela segurou minha cabeça com as duas mãos e falou:
- Não se preocupe. Vá conversar com ele. Fique tranquilo.
As palavras de mamãe derrubaram minhas defesas. Naquela altura, não havia por que pensar que ela estaria ajudando meu pai. Ela nunca me trairia.
Após entrarmos no escritório, meu pai me surpreendeu. Pediu desculpas por tudo, desde os acontecimentos em minha infância até o momento em que me conduziu a desistir de meus sonhos.
Nunca vi meu pai chorar. Ele estava com o corpo rígido, encolhido, os olhos fixados no chão e o rosto todo molhado pelas lágrimas. Ao falar, eu senti algo diferente. Ele também gaguejava em algumas palavras.
- Me desculpe. Eu também tenho esse nosso probleminha. - Ele falou com muita dificuldade.
- Eu consegui superar me fazendo de forte e não me deixando afetar por tudo que acontecia por causa deste problema. Essa fórmula deu certo comigo, eu achei que era o melhor para você.
Após essas primeiras palavras, ele me encarou com os olhos ainda inchados, vermelhos e com lágrimas escorrendo.
- Percebemos que quando você está feliz, consegue vencer esse seu problema. Duas coisas te fizeram visivelmente feliz ultimamente. Aquela moça, Victoria, certo? E esses dias em que você se dedicou a aprender essas músicas.
Eu nada respondi, apenas continuei olhando para ele sem acreditar. Estava mentalmente me protegendo para qualquer truque, mas não veio. Nem naquela manhã e nem em nenhum outro dia até o momento.
- Você está certo em largar a faculdade? - Me perguntou, voltando à sua seriedade habitual.
Demorei para responder, mas resolvi deixar clara minha decisão falando, sem medo. E neste momento, não tive nenhum tipo de dificuldade.
Um sorriso tímido apareceu em seu rosto. Ele levantou, foi até o cofre que tinha em seu escritório, abriu-o e me mostrou documentos de duas contas poupanças em meu nome.
- Uma dessas contas foi aberta pelo vovô…- Após começar a falar, ele começou novamente a chorar. Meu avô faleceu há pouco menos de dois anos, e isso ainda doía muito em meu pai.
- Seu avô abriu essa conta poupança para ajudar a pagar sua faculdade. Não foi necessário, então ele escreveu em seu inventário para te entregar quando se casasse.
Um olhar de espanto invadiu meu rosto e lágrimas começaram a cair dos meus olhos sem que eu pudesse evitar. Após alguns minutos em que ambos choramos e remoemos nossas saudades de forma individual, meu pai continuou:
- Essa segunda conta, sua mãe e eu abrimos quando você entrou na faculdade. Faz três anos, certo? Ela seria para te ajudar no seu consultório. Conversamos e queremos que você pegue esse dinheiro, guarde e use quando necessário para te ajudar nessa sua nova carreira.
Eu fiquei sem reação. Queria agradecer, abraçá-lo, chorar com ele em meus braços, mas não fiz nada, apenas continuei tentando segurar as lágrimas.
- Seu amigo Marcus me ligou. Acho que você deveria saber. Ele e sua amiga, Naty, são pessoas que confiamos muito. Ele quer seu bem e sempre te ajudou.
Fiquei novamente sem resposta. Mas no meu consciente, eu sorria por dentro. Realmente aquilo era o esperado. Marcus sabia que estaria cem por cento à vontade se falasse com meus pais antes de deixar a faculdade e assumir de vez a carreira de musico. Ele se antecipou e sua jogada deu resultado.
- Temos apenas uma exigência. - Meu pai falou com a voz mais alta e séria.
Não sabia o que esperar. Será que ia ser novamente envolvido em jogos psicológicos por meu pai? Ele aguardou um pouco para falar, criando uma expectativa que fazia meu coração disparar.
- Queremos estar presentes nesses shows. Ele já nos enviou, inclusive, entradas para um camarote que disse ser VIP, mas queremos sua concordância para estarmos lá.
Nesse momento, não me aguentei; corri até meu pai e o abracei como sempre quis fazer. O abraço forte e muito carinhoso, simplesmente perfeito!
Após minutos ele me largou e segurou minha cabeça, encarando meus olhos da mesma forma que mamãe fez há pouco.
- Eu sempre, sempre… me orgulhei de você. Nós só vivemos...EU só vivo, para te ver feliz. Seja feliz. Essa é a nossa única exigência.
Não consigo relembrar desse momento sem me emocionar. Muita coisa, muita coisa mesmo, que estava pesando toneladas em minhas costas desapareceram naquele instante.
Uma felicidade inundou minha alma de tal forma que não consegui me conter. Mandei mensagens para Marcus e Naty contando tudo sobre aquela conversa.
Após a euforia passar e depois de tomarmos o melhor café que me lembro até hoje, eu senti que algo estava vazio. Sentia como se uma peça importante do tabuleiro da minha vida ainda não estivesse corretamente posicionada.
Só então abri meu celular e vi diversas mensagens da Vic pedindo desculpas pelo que havia feito durante a viagem. Precisei responder da forma mais adequada possível, mostrando-me tranquilo com a situação.
Falei que queria apenas sua amizade e contei sobre a conversa com meus pais e como estava feliz.
Parece incrível, mas apenas por enviar essas mensagens, aquela sensação de vazio diminuiu muito. Ela era minha amiga muito antes de pensarmos em ir para a cama. Eu não sentia tanta falta da amante Vic quanto da minha amiga Vic. Foi isso que contei através das mensagens daquela manhãvictoria)
Na manhã seguinte, acordei com batidas insistentes na porta do meu quarto . Inicialmente, recusei a abrir, mas cedi quando ouvi o Pedrão falar.
Ao abrir a porta, Pedrão entrou de maneira abrupta, empurrando-me para trás.
- Que porra é essa? Vou ter que pegar a chave da sua porta? - disse ele, claramente irritado.
Eu fiquei em silêncio, sem saber o que responder. Pedrão mandou os outros voltarem para o churrasco, pegou minha mão e me fez sentar em seu colo. Com a outra mão, começou a me acariciar, e seu olhar agressivo suavizou.
- O que aconteceu? Meus amigos fizeram algo errado com você? - perguntou, seu olhar penetrante.
- Não... eles não me fizeram nada. - respondi, tentando desviar meus olhos dos seus.
Depois de um tempo em que ele acariciou meu rosto e meus cabelos, eu consegui retomar a fala.
- O Fe... ele... me mandou os prints da conversa de vocês e ...
Antes que eu pudesse terminar, ele me interrompeu com um sorriso de deboche.
- O que o corninho disse para você?
Nesse momento, eu senti um impulso de defendê-lo, de dizer a Pedrão para parar de falar com o Fernando daquela maneira, mas novamente permaneci em silêncio.
- Eu não te disse que ia falar com ele? Naqueles prints tinha algo que eu fiz que não estava combinado?
Meu corpo ficou rígido. Novamente, abaixei os olhos e comecei a balançar a cabeça negativamente.
Internamente, lutava, tentando fugir daquele homem e de sua argumentação que, embora verdadeira, não deveria prevalecer.
Eu aceitei porque fui levada a aceitar. Não tinha condições de responder conscientemente naquele momento.
Uma outra voz em minha mente se contradizia. Eu tinha feito tudo de forma consciente. Eu aceitei, e o simples fato de estar em seu colo daquela maneira fez essa ideia ganhar força até se sobressair.
- Vamos fazer o seguinte... - Ele disse, rompendo o silêncio do quarto. - Hoje nós ficaremos de namoradinhos. Você ficará apenas comigo e aproveitaremos o churrasco, a piscina e a praia que estão pagando para a gente.
Um leve sorriso que surgiu em meu rosto de forma involuntária me traiu mais uma vez. Ele então me levou ate a cama e começou a me beijar.
Não era um beijo de um predador, mas sim de um cara que queria impressionar. Ele me fez esquecer de tudo com aquele beijo.
Após alguns minutos ele já estava no meio de minhas pernas me comendo gostoso. Me segurando pelo pescoço me fazendo olhar dentro de seus olhos. Ele não me fodia como no dia anterior, ele estava fazendo amor.
Seus movimentos eram lentos e cadenciados. Em pouco tempo eu já estava aguentando todo aquele pau sem sentir dor. Era impressionante como ele realmente me treinou para sentir prazer com aquele negócio dentro de mim.
Meus olhos já mostravam meu desejo de ser possuída com mais força, com mais vontade. Ele dava risada, segurava meu queixo e me fazia continuar olhando em seus olhos.
Parecia que ele queria que eu implorasse para ser devorada. E foi o que eu fiz.
- Pedrão...me fode com força...por favor
- Você quer isso minha putinha? Quer mesmo? Depois vai ficar trancada no quarto…
- Não...não vou...nunca mais!! Por favor.
Ele então pega forte em minha bunda me levantando e me coloca dentro de seu pau por cima.
Neste momento ele me deixou comandar tudo, ritmo, intensidade e profundidade. Eu já estava cavalgando como faço com os outros, seu tamanho já não era problema. Minha ppk já era dele, ele já tinha me tomado para ele.
Após minutos eu já não aguentava mais. Parecia que a cada orgasmo minhas forças eram roubadas de mim. Ele então colocou os dedos em minha boca e mandou eu chupar. Após alguns minutos eu entendi por que ele pediu isso.
Ele começou a introduzir os dedos, um por um em meu cuzinho. Eu, no começo neguei, falei que não ia aguentar.
- Shiiiii...minha putinha… do mesmo jeito que acostumei sua boquinha e sua bucetinha vou fazer também com seu cuzinho.
Ele então começou a meter os dedos, três no total, com força. Muita força. Poderia exagerar falando que ele me movimentava por cima dele apenas por causa daquele movimento, mas não foi bem assim.
Eu fiquei paradinha, com o pau dele atolado inteiro dentro da minha bucetinha, mas ele metia os dedos com uma mão e com a outra segurava a polpa da minha bunda. Suas duas mãos fortes me faziam movimentar com aquele pau enorme me empalando.
Ele me fez gozar apenas com esse movimento, e com este momento ele me perguntou novamente.
- Quer que coma seu cuzinho?
Não tinha como negar e sabia que ele iria me fazer implorar. Apenas fiz o que ele queria, implorei…
Ele me tirou de cima, e já pegou seu celular para filmar. Me colocou na posição de frango assado e começou a meter devagarinho.
Ele não parecia em nada o Pedrão que todos tinham medo, ele ia com muito cuidado e carinho. Ele tinha essa técnica de fazer as mulheres se acostumarem com seu pau. Ele ganhava centímetro a centímetro com naturalidade.
Nem parecia que meu cuzinho era virgem. Ele sabia, todos sabiam...e ele agora estava tomando posse de meu último buraquinho também.
Com um pouco menos da metade dentro ele continuou me atacando com seus olhos, mas largou as duas mãos de meu rosto e cabelo, lambeu umedecendo seus polegares e começou a apertar e massagear meu clitoris utilizando seus dedos como se fosse uma pinça. Nesta hora gozei mais uma vez.
- Minha putinha...olha para câmera e fala de quem é esse cuzinho.
- Esse cuzinho é seu!! É seu...meu negao....meu cuzinho, meu corpo, minha alma…
Após dizer isso ele deu uma risada de deboche e eu percebi o que tinha falado. Já era tarde. Esse vídeo ia ser usado contra mim em algum momento, pensei.
Ele logo colocou um pouco mais e começou a fazer um movimento lento. Ele segurou seu pau na base, com uma mão e me falou.
- Hoje nós vamos apenas até aqui. Mas ate o final da viagem esse cuzinho será totalmente meu. E só meu...entendeu? - Após falar isso ele colocou com um pouco mais de força até sua mão.
- Ah...entendi....quer dizer...sim senhor...- Respondi com dificuldade por causa da sensação que estava sentindo. não saberia descrever, mas foi uma das mais intensas da minha vida.
Ele novamente deu uma risada de deboche e mandou eu falar para o corninho, para o Fe, de quem era o cuzinho dele.
Nesta hora eu tentei pedir para ele não fazer isso. Ele prometeu que não me filmaria falando algo para humilhá-lo. Pedrão nada respondeu e continuou tomando posse de meu cu. Ele ia até quase tirar tudo de dentro e metia até a sua mão. Num ritmo cadenciado.
Eu aguentei o quanto pude, mas toda aquela situação fez com que perdesse o controle. Implorei para ele meter com mais força.
- Isso...minha putinha...implora para o negao arregaçar seu cuzinho...pede...implora…
- Por favor Pedrão....por favor.
- Diga de quem é esse cuzinho....
- É seu, só seu…
- Avisa o corno que ele é só meu…
- Ele é seu....eu sou sua.... sempre que quiser...ele vai ter de aceitar...o corninho vai ter que aceitar.
Após dizer essas palavras ele começou a meter forte, tão forte, que realmente parecia que alguém estava batendo numa madeira com força dentro de meu quarto, tanto é que, em pouco tempo, Vaguinho e outros entraram no local. O fdp já pegou sua câmera e filmou o final…
Para finalizar esse relato, de como o Pedrão tomou posse de meu corpo por completo. Ele me colocou de joelhos e gozou novamente em meu rosto. Foi muita porra, mas não tanta como no outro dia.
Ele me mandou tomar banho e eu fui, mas o chamei para conversar.
- Pedrão, eu queria ficar aqui no quarto um pouco mais hoje de manhã, mas à tarde vamos para praia ou ficamos juntos em algum outro lugar que queira. Mas esses dias estão muito intensos. Preciso me recuperar.
- Sem problemas, minha putinha. Mas você sabe que amanhã e depois de amanhã você vai se comportar certo?
- Sim...só mais uma coisa. Promete que não vão mandar mais fotos e vídeos. Por favor.
- Prometo. Mas eu quero você bem putinha, ainda hoje e nos próximos dias, combinado?
- Sim senhor. - Respondi com um sorriso.
Consegui descansar até por volta das 16 horas, quando um dos rapazes veio me chamar a pedido de Pedrão. Era curioso observar como todos pareciam submissos a ele, até mesmo Claudinho, Memo e Boca-Torta, meus colegas de faculdade que sempre se apresentavam como os grandes cafajestes.
Sem ter muito o que fazer, mandei o garoto que me chamou sair e me troquei rapidamente. Escolhi um biquíni mais comportado, também selecionado por Pedrão.
Esse final de tarde e essa noite foram maravilhosos. Pedrão e eu saímos para a praia, caminhamos, tomamos caipirinhas e comemos porções à beira-mar. É claro que eu não paguei nada; Pedrão colocou tudo na conta dos meninos.
Confesso que estava um pouco confusa com o comportamento de Pedrão, mas isso me fez lembrar do meu ex-namorado Alberto e dos momentos bons que também tínhamos vivenciados juntos.
Eu conhecia a verdadeira natureza de Pedrão e sabia que tinha cometido um erro ao não ter valorizado o que sentia a respeito naquele momento.
Observando tudo de longe, depois de tantos anos, percebi que o alerta do Fe havia sido verdadeiro e que eu não entendi e valorizei a situação na hora certa.
Voltamos para a casa e lá estava acontecendo uma grande suruba. Pedrão me envolveu de tal maneira que, burra como sou, infelizmente, acabei participando.
Foi muito intenso, foram muitos ao mesmo, na boca e ppk, e por incrível que pareça, eu não senti tanto tesão como imaginava que sentiria.
Parecia realmente que o Pedrão me preparou para ter prazer apenas com ele e eu senti como se estivesse lá apenas para satisfazer os rapazes, sem me preocupar em ter prazer também.
Por volta das 4 da manhã, fui liberada por Pedrão para voltar ao quarto. Dormi até cerca do meio-dia, mas, ao acordar, a tranquilidade da viagem iria acabarFernando)
O restante daquele 29 de dezembro foi realmente histórico para mim. É emocionante relembrar todos aqueles acontecimentos.
Depois da conversa com meus pais, fui encontrar o Marcus na casa dele e seguimos para a garagem do Coutinho, nosso baterista.
Era impressionante como a dinâmica da banda, as brincadeiras e as conversas entre todos continuavam as mesmas, mesmo depois de mais de cinco anos em que não estive presente.
Durante o trajeto, Marcus me contou que sua irmã Camille havia assumido o cargo de empresária da banda, e, desde então, as coisas estavam andando bem do ponto de vista profissional.
A banda estava se preparando para gravar um disco com cerca de 12 músicas, sendo que a gravadora exigia no mínimo 10. Já tinham finalizados 7 delas e, claro, Marcus esperava minha contribuição. Afinal, eu havia composto 4 daquelas músicas, duas sozinho e duas em colaboração com outros integrantes.
- Pô, cara, só não entendo por que vocês continuam nessa de power metal. Por que não colocamos umas máscaras esquisitas e fazemos um som menos refinado? – perguntei, realmente curioso.
- Nossa alma é metaleira, meu amigo. Mesmo em baixa, a gente ainda conseguiria fazer música apenas com power metal ou algo próximo disso, – respondeu Marcus com uma segurança impressionante.
- E tem um outro motivo... – Marcus começou a falar, interrompendo-se para pegar o celular e mostrar uma foto.
- Temos como vocalista a Michele, e ela ama power metal. Não dá para deixar uma gata dessas de fora, né?
Sem conseguir esconder o constrangimento, acenei positivamente com a cabeça. Chegamos ao local pouco depois, e foi emocionante reencontrar o pessoal num estúdio de música (mesmo um improvisado numa garagem).
Quando começamos a tocar algumas músicas, me emocionei como um virgem que perde a virgindade. Rsrs.
Por volta das 20 horas, o ensaio foi interrompido. Iríamos viajar no dia seguinte, mesmo que apenas por alguns quilômetros, e todos estavam ansiosos e cansados.
Só então lembrei de olhar meu celular. Havia muitas mensagens de Vic, sempre com o mesmo bla-bla-bla. Decidi responder de forma mais incisiva, dizendo que não estava preocupado com o que ela estava fazendo e que a nossa amizade era o que me interessava no momento.
Depois, comecei a contar sobre o meu dia em detalhes. Falei sobre como foi a conversa com meus pais, o ensaio, e até enviei alguns vídeos, ressaltando o quanto sentia falta dela, sempre destacando que era “como amiga”.
Mais tarde, meus pais me levaram a um restaurante japonês que adoro. Ao voltar, vi algumas mensagens que me assustaram.
Eram prints de conversas que um amigo de Naty havia enviado para ela e que ela me repassou. Os prints mostravam conversas entre Claudinho e Boca-torta, amigos de Vic que eu conhecia de conversas anteriores. Eles estavam num dos grupos restritos dos alunos da do curso de educação física da faculdade.
Neles, eles mencionaram que Pedrão tinha conseguido uma nova puta que estudava na faculdade e que ele estava a treinando durante a viagem.
Logo após mandaram vídeos da Vic com meu ex -colega de república, em que ele mesmo falava se direcionando ao “corninho” dela.
Em outro vídeo a própria Vic falava, enquanto estava com o pau daquele negão em seu cu, que “pertencia” completamente ao fdp do Pedrão e, inclusive, ofereceu seu cuzinho. Algo que eu sempre quis e só faltava implorar por ele.
Ele continuou se gabando com uma frase que me deixou atormentado por muitos anos:
“Para os punheteiros e putanheiros de plantão. Essa loirinha daqui a pouco estará lá no site. Como é “carne fresca" , sairá mais caro que o normal, mas sei que vocês não vão perder a chance.”
Sim...aquele fdp realmente cafetinava as meninas da faculdade e parecia que a Vic tinha caído na dele.
Enviei as mensagens para Vic mais uma vez e desliguei meu telefone. Sabia que ela havia lido minhas mensagens anteriores, e, mesmo assim, tudo aquilo aconteceu após ela ler minhas mensagens, naquele mesmo dia 29 de dezembro.
Novamente tinha convicção que era uma escolha dela como lidar com a situação, e eu precisava me afastar disso por enquanto.
Desconectado das preocupações, concentrei-me em me preparar para o dia seguinte, que prometia ser mágico. Eu estava determinado a não deixar que nada estragasse esse momento especial.
Infelizmente, as escolhas dela eram dela, e eu não podia fazer mais nada a não ser seguir em frente e aproveitar o que estava por virvictoria)
Acordei no dia 30 de dezembro com uma sensação de mal-estar inexplicável. Algo não parecia certo, e, por reflexo, peguei meu celular para verificar as mensagens de Fe. Só então percebi que tinha passado quase um dia inteiro sem me comunicar com a pessoa que mais amava.
Apesar do dia maravilhoso que tinha passado com Pedrão, a realidade da situação começou a se revelar para mim.
A euforia da noite anterior começou a se desfazer, e a inquietação tomou conta dos meus sentidos. Eu percebi que, ao longo da noite, durante a suruba, as outras meninas foram desaparecendo até que restaram apenas eu e uns seis rapazes.
Em meio à confusão, eu tinha me deixado levar, mas agora, o que realmente estava acontecendo parecia muito mais perturbador.
Ao abrir as mensagens de Fe, encontrei uma quantidade imensa de mensagens. A dor no coração ao ver essas mensagens me consumiu.
As primeiras respostas eram típicas de Fe, distantes e um pouco indiferentes. Pareciam uma resposta automática aos meus textos detalhados sobre o que estava acontecendo. Eu estava começando a ficar angustiada com a frieza nas suas palavras.
Então, comecei a ler as mensagens em que este mesmo homem frio e indiferente expressava suas emoções mais profundas. A carga emocional nas suas palavras, especialmente ao descrever a conversa com seus pais, me deixou extremamente tocada. Eu comecei a chorar sozinha, sentindo-me boba pela fragilidade.
Continuando a leitura, encontrei mensagens do começo da tarde, onde Fe estava se preparando para um ensaio com a banda. Ele havia enviado alguns vídeos de sua performance, e ele estava maravilhoso, lindo e visivelmente emocionado. A sua paixão e dedicação eram evidentes e me emocionaram ainda mais.
Porém, as mensagens que realmente mudaram a minha perspectiva foram os prints das conversas dos amigos da faculdade.
Nelas meus colegas de faculdade falavam coisas completamente absurdas sobre como Pedrão havia me conquistado e já estava me “treinando “ para me prostituir.
Eles mencionaram detalhes crueis, afirmando que Pedrão me tratava como uma "carne fresca" que seria exibida em seu site para ser “comercializada”. E que as festas de nosso curso nunca mais seriam as mesmas.
Mais algumas mensagens com o mesmo teor foram me deixando com tontura e me causando náuseas. Mas o ápice foram os vídeos do próprio Pedrão, confirmando tudo o que meus colegas de turma falaram anteriormente em vídeos dele se gabando.
Para acabar de vez de destruir minha mente e minha alma, ele mandou o vídeo em que eu lhe entregava meu cuzinho e falava aquelas coisas terríveis direcionadas ao meu “corninho”.
Nesta hora eu só queria ligar para o Fe, falar que nada daquilo importava. Sei que serei julgada e com ração, mas vocês não imaginam o quanto a sensação de saber que o Fe, o meu amor, tinha visto tudo aquilo, me fazia morrer por dentro. Eu nunca vou conseguir me desculpar com ele, nunca.
O impacto dessas mensagens foi devastador. Meu primeiro impulso foi simplesmente deixar aquela casa, mas a sensação de traição e a necessidade de justiça me impulsionaram a tomar uma atitude drástica.
Sem pensar muito, saí do quarto quase sem roupas, já que a noite anterior tinha exposto tudo. Reuni todas as garotas no banheiro da piscina.
Com o rosto vermelho de raiva, falei:
— Olhem, meninas. É assim que esses FDP nos veem. Precisamos fazer algo a respeito.
Para minha surpresa, elas começaram a rir. A reação delas foi inesperada e desalentadora. A minha paciência começou a se esgotar e eu estava prestes a confrontar uma delas quando Carol, uma das garotas mais simpáticas, me abraçou e sussurrou em meu ouvido, com um olhar fraternal:
— Todas nós somos garotas de programa. Fomos muito bem pagas para estarmos aqui.
Aquela revelação me deixou atônita. Eu estava em choque, quase desmaiando. Carol me ajudou a voltar para o quarto, e, ao sair daquele banheiro, ouvi risadas e piadinhas direcionadas a mim das outras garotas.
A sensação de traição e a compreensão da minha situação só aumentaram ainda mais a minha confusão e desesperoFernando)
No dia 30 de dezembro, pela manhã, meus pais me acordaram cheios de alegria e empolgação. Eles estavam tão à vontade que até pediram para ir ao show usando camisetas de bandas.
A única camiseta do Angra que me restava, daquela época em que eu ainda estava em forma, entreguei para minha mãe. Para meu pai, entreguei uma camiseta da banda que seria homenageada pela banda que seria a atração principal das duas noites, Judas priest.
Ver meus pais com aquelas camisetas significava muito para mim. Era um sinal claro de que eles realmente compartilhavam da minha felicidade e empolgação.
Infelizmente, Naty não pôde estar presente, pois ainda estava viajando e só retornaria no dia 1. E quanto à Vic, pensar nela só me causava mal, então simplesmente a deixei de lado naquele momento.
O esforço mental necessário para controlar toda a minha mágoa e decepção foi significativo. Até mesmo como amiga, Vic estava me decepcionando, e isso me consumia.
Decidi me concentrar em aproveitar ao máximo o que estava vivendo com meus pais, sem pensar no que estava acontecendo naquela infame viagem.
Tiramos muitas fotos que se tornaram porta-retratos obrigatórios em nossas casas.
Chegamos ao hotel que Camille havia reservado para a banda, gentilmente financiado pelo dono do estabelecimento onde iríamos tocar.
Meus pais subiram para o quarto e permaneceram lá até perto do horário do show. Eles só iriam se dirigir ao local do show próximo ao horário da nossa apresentação, já que, teoricamente, não poderiam ficar nos camarins por não serem membros da banda ou funcionários.
Ficou decidido que sairíamos do hotel para o local do show por volta das 17 horas, e assim fizemos. A empolgação e a ansiedade eram evidentes. Era a realização de um sonho.
Subimos ao palco pontualmente às 22:00, e a primeira música já me emocionou profundamente.
Ela tinha o refrão mais bonito da banda, e, considerando tudo o que tinha me acontecido nos últimos dias, tinha um significado muito forte para mim.
A música se chama “Running Alone.” Não era a mais complicada tecnicamente para se tocar, mas quando as luzes se apagaram e começamos a tocar sua introdução, meu coração disparou, e as lágrimas que eu tentava conter começaram a aparecer.
Não vou citar toda a letra, mas a parte antes e depois do refrão me emocionou intensamente. Era exatamente o que eu precisava: aquele impulso, aquele empurrão, uma nova motivação para viver.
Eu não tinha controle sobre minha vida há tempos, mas sabia que precisava reagir.
Lembrar da sensação de tocar essa música naquela oportunidade ainda me arrepia até hoje. Foi o que me deu forças para seguir em frente, me reconectar com minha paixão e encontrar um novo propósito.
“Answer me,
What happned to your life?
Answer me, what do you hide?
The storm made us angry, I don't know!
Spreading the fear
Old friends like enemys, be strong!
And hide all your tears
Revolting the high command
Don't let it drown
Captain took off before the dawn.
Answer me,
What happened to your life?
Answer me, what do you hide
Can't you see
Salvation without fight?
Can't you see it?
That you are blind
Under the sun
In a solitary world
I am running alone
Scars on my face
Weary hands from digging dirt
I was dying all alone
Am running?
Where am I?
Where has everyone gone this time?
Left my future far behind
I am nothing but the sole survivor
Under the sun I still see this world burning
Scars on my face shows
the eyes of a man running”
Para finalizar o show, após o público, em pé e com entusiasmo, pedir nosso retorno, decidimos iniciar a parte final da apresentação comigo tocando sozinho, no meio do palco, a introdução da música com o violão acústico. Tratasse da música que mais tinha significado para mim naquele momento: o clássico "Rebirth."
Enquanto as luzes se apagavam e a introdução da música começava a ecoar pelo recinto, eu senti uma conexão profunda com cada acorde e cada letra.
"Rebirth" não era apenas uma música para mim; era um símbolo de renovação e transformação.
Quando comecei a tocar, fazendo dupla com a nossa vocalista , a emoção foi indescritível. Cada nota, cada palavra parecia ressoar diretamente com o que eu havia vivido nos últimos dias.
Eu realmente renasci naquele momento. O mundo, pelo menos por aqueles minutos, se resumia àquele show e àquela música.
O público estava em êxtase, e eu estava completamente imerso na experiência, sentindo como se tudo o que eu havia passado tivesse sido para chegar até ali, para tocar "Rebirth" com todo o meu coração.
A energia do palco e a resposta do público criaram uma atmosfera mágica, e eu soube que estava vivendo algo especial. A música se transformou na trilha sonora de uma nova fase da minha vida, marcada pela coragem de enfrentar meus desafios e pela alegria de estar novamente em sintonia com minha paixão.
Ao final da apresentação, o sentimento de realização e de renovação foi profundo. A conexão com a banda, com o público e com a música fez com que todos os esforços e as dificuldades recentes parecessem válidos. Eu sabia que estava entrando em um novo capítulo da minha vida, e "Rebirth" seria sempre o marco dessa transformação.
Cooling breeze from the summer day
Hearing echoes from your heart
Learning how to recompose the words
Let time just fly
Joyful sea-gulls roaming on the shore
Not a single note will sound
Raise my head after I dry my face
Let time just fly
Recalling, retreating
Returning, retrieving
A small talk you're missing
More clever, but older now
A leader, a learner
A lawful beginner
A lodger of lunacy
So lucid in a jungle
A helper, a sinner
A scarecrow's agonizing smile
Oh Oh! Minutes go round and round
Inside my head
Oh Oh! My chest will now explode
Falling into pieces
Rain breaks on the ground! -blood
One minute forever
A sinner regreting
My vulgar misery ends
(And I) ride the winds of a brand new day
High where mountains stand
Found my hope and pride again
Rebirth of a man
Por todo este simbolismo, não poderia não colocar toda a letra desta música.
Para completar aquela noite com chave de ouro e realmente recomeçar minha vida, no camarote vip pago pela gravadora, a pedido de Camille, conheci uma garota, uma loirinha que mexeu com meus sentimentos.
Estava me sentindo pronto para recomeçar também minha vida amorosa e não quis perder tempo.
Continua…
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