Parte (1)
Sim, o inacreditável acontece e nos surpreende de uma forma incrível. Eu sempre fui muito ativo sexualmente e bastante liberal por muitos anos. Tive uma boa vida, desde a adolescência, cheia de experiências e aventuras. Quando solteiro, era mesmo um bom devasso, e não posso dizer que não fiz quase de tudo dentro de uma vida heterossexual. Me casei com trinta anos e continuei sendo um macho muito ativo e viril com minha esposa por trinta anos de casamento. Mas, mesmo que eu não parasse para pensar no assunto, minha potência e capacidade invejável, certamente não ia durar para sempre. Um dia a gente começa a descobrir que depois dos 60 anos, a capacidade sexual do homem começa a ficar comprometida.
Eu sou o Gilcley, tenho 62 anos, e sou casado com a Mabel, que tem 50 anos. Ela, uma linda mulher morena cor de canela, dos olhos verdes, filha de baianos de Ilhéus, dona de um corpo escultural, perfeito, e mesmo depois de ter tido dois filhos, se mantém belíssima e em forma, melhor do que muita mulher com 40 anos.
Eu sou apaixonado pela Mabel e ela por mim. Mas isso não foi suficiente para que, depois de três décadas de casamento, nossa relação não sofresse um grande abalo.
É esta trama, com momentos muito incríveis e inacreditáveis que pretendo contar nesta história. Mas, para isso, tive que pedir a ajuda de um escritor que aprendi a admirar lendo seus contos. Recorri a ele, pois não tenho o dom da narrativa.
[Nota do Autor] – Recebi no meu e-mail a história deste casal. Faz pouco tempo. Poucas vezes, tenho a oportunidade de ter acesso a depoimentos e narrativas de ambos os integrantes da relação. Queriam contar sua história. E relataram dramas, momentos muito emocionantes, e outros excitantes ao extremo. Achei que daria um belíssimo conto. Por isto, esta história deu trabalho, mas ficou muito rica em detalhes. Espero que gostem.
#Mabel: Eu comecei a perceber que alguma coisa não estava bem com o Gilcley, meu marido, que eu chamo de Gil, porque ele tinha mudado bastante o seu comportamento. De uma hora para outra ele parou de me procurar. Antes ele vinha sempre, se esfregando, me agarrando, toda hora estava muito excitado.
Não me deixava tomar banho sozinha que ia logo me agarrando no banheiro. Gostava de fazer sexo praticamente todas as noites, e algumas vezes, ao amanhecer. Já acordava muito excitado. E ele é um amante excepcional. Foram muitos anos de prazer intenso e regular. Mas, recentemente, ele mudou. Aos poucos, desde o início do ano, foi deixando de fazer o que fazia. E até nossas transas foram diminuindo. Claro que eu cobrei, me esforçava para provocá-lo, ele me acariciava, me bolinava, me chupava, mas não conseguia endurecer o pau para me foder. Ele disse que estava passando por uma crise de libido, e ia procurar um especialista. Fez exames, e o médico falou que estava tudo normal. Só que ele perdeu mesmo o interesse, e por isso evitava sexo. Me evitava, e eu fui ficando muito angustiada, e até desconfiada.
Insegura, resolvi fazer dieta, passei a malhar muito mais, perdi até o único quilo a mais que havia adquirido, fiquei mais em forma, como nunca. Minhas colegas mais novas de academia dizem ter inveja do meu corpo. Mais firme, me bronzeei, tomei colágeno, fui ficando muito melhor do que eu já estava. O espelho me mostrava isso.
Mesmo assim, o Gil me evitava, arranjava trabalho, desculpas de que tinha coisas urgentes para tratar. Até indisposição física ele alegou. Ele nunca tinha sido desse jeito. Comecei a pensar que devia haver uma amante na história. E chamei-o para uma conversa a sério. Estava no meu limite.
Ele negou que tivesse qualquer outro envolvimento ou interesse, afirmou que me amava demais, mas se sentia impotente, e não tinha nem capacidade de me trair. Ele se mostrava também muito preocupado com aquilo. Não sabia o que estava acontecendo. Pedi que ele fosse procurar ajuda médica, urgente. Eu já estava subindo pelas paredes e apenas as chupadas dele e masturbação não me aliviavam mais. Sempre fui uma mulher muito quente, gosto de sexo com ele, foi ele que me acostumou assim, e já estava desesperada.
Ele foi se consultar e visitou uns três especialistas, cada um falava uma coisa. Fez uma batelada de exames, até análise do fio do cabelo com um médico horto-molecular. Investigaram se tinha queda de hormônios, algum trauma psicológico, problemas disfuncionais da parte sexual, falta de motivação, e sei lá mais o quê. Claro que depois dos sessenta anos, ele não era mais o mesmo, mas não era para ter impotência. Mais de um mês se passou em exames e agendamento de consultas. E eu cada dia mais acesa, me queimando por dentro. Meus “acessórios” passaram a ser acionados com muita regularidade. E eu esperando o que meu marido ia fazer para superar aquela situação.
O pior é que parece que nesse tipo de situação de carência, devemos emitir mais feromonas, pois a atenção dos homens, seus olhares, aproximações e cantadas aumentaram, o que me deixava também muito mais incomodada. Não podia nem sentir perfume masculino ou cheiro de creme após barba que eu ficava acesa.
#Gilcley: Eu não sabia exatamente o que é que havia me acontecido. Pois também era estranho o que eu apresentava. Não foi de um dia para a noite. No fundo da minha mente, havia uma desconfiança, mas eu não queria acreditar. Eu me negava a admitir que tinha perdido o tesão, em consequência de uma mudança de interesse.
Meses antes, eu havia conhecido um sujeito, no meu clube, e estabeleci com ele uma certa camaradagem, trocando ideias sobre nossas preferências esportivas.
Eu me formei engenheiro, e trabalhei duro, até que resolvi fundar minha própria empresa. Fui bem-sucedido e progredi. Estava bem de vida, com vários empreendimentos em curso. Dinheiro não era meu problema.
O tal colega do clube, o Lauriel, é um sujeito bem-apessoado, bem colocado na vida, um pouco mais novo do que eu, talvez, 45 anos, tem um escritório de advocacia, e é muito comunicativo. Quando nos conhecemos assistindo uma competição esportiva, resolveu puxar assunto, e ficamos papeando um tempo na lanchonete do clube, tomando um café e falando das competições. Assim começou nossa amizade. E esses encontros se repetiram mais vezes.
Uma tarde, conversávamos animados, até que apareceu a esposa dele, a Selmary, para buscá-lo, e ele me apresentou. Fiquei muito admirado ao vê-la.
Uma loira muito bela, de seus 40 anos, um corpo escultural, usando um traje esportivo, colante, para prática de exercícios. Soube que ela vinha da academia. Aquele short de malha muito justa, colado em seu corpo, modelando suas curvas e formas, deixando suas lindas pernas expostas, a bunda muito saliente, e um top justo que mal acomodava dois seios de médios para grandes, firmes e de mamilos demarcando a malha.
Era uma roupa que a deixava muito provocante. Ela não é linda, mas é bem bonita de rosto e tem um lindo cabelo loiro natural amarrado em um rabo de cavalo. A mulher chama a atenção por onde passa. E o marido todo orgulhoso com ela ao lado.
Deu um beijo no marido e me cumprimentou simpática. Eu não deixei de notar que ela usava uma tornozeleira dourada, com um pingente em formato de moeda onde havia um belo “Q” dentro de um símbolo do naipe de espadas. Eu sabia que esses símbolos são usados como forma de identificar uma “rainha de espadas”, mulher disponível e liberada pelo parceiro para encontrar uma outra companhia sexual. Eu já havia lido sobre esse assunto. Então, identifiquei de imediato.
A esposa ou namorada que exibe com isso a sua forma liberal de viver e de maneira mais facilitada, atrai os seus parceiros eventuais que percebendo a simbologia e intenções se mostram interessados, satisfazendo-a nos desejos mais eróticos, permitidos pelo marido cuckold. Logo em seguida notei que o Lauriel também tinha uma pulseira num dos punhos, bem masculina, de couro castanho trançado, com dois centímetros de largura, tendo uma chapa de ouro retangular encaixada, onde se via um símbolo de uma cabeça de touro estilizada, com seus chifres, esculpida em baixo-relevo. Eu, um homem bem experiente e bem informado, sabia o que significava. A loira certamente devia ser uma hotwife, e seu marido um liberal, que a permitia ter relações extraconjugais com outros homens.
Na hora, pego de surpresa, sabendo do que se tratava, fiquei muito excitado ao perceber aquilo. A loira era sexy e se exibia ali, num ambiente majoritariamente masculino, com uma roupa muito sensual, sem nenhuma timidez. O Lauriel se mostrava alegre e simpático e não se incomodou com aquilo. Mas, depois dos nossos cumprimentos, eles logo se despediram e se afastaram. Lauriel me disse que um dia iria me convidar para conhecer o sítio deles. Fiquei encucado, pensando no que levaria um homem daqueles e casado com uma mulher daquelas, belíssima, a aceitar dividi-la com outros parceiros.
Eu nunca fui um moralista conservador, nem nada disso. Mas, uma coisa é a gente ler e saber das coisas, a outra é ver ao vivo e a cores, na nossa frente, um exemplo daqueles. Um casal liberal assumido e desinibido. Na hora, fiz uma comparação com a minha esposa, e por um momento, me imaginei no lugar daquele outro, com uma esposa hotwife. Imaginei a Mabel no lugar da loira. Confesso que me surpreendi. Não esperava a reação que eu tive.
Senti novamente naquele dia uma excitação estranha, diferente de tudo que eu já havia sentido antes. Não sabia que reação era aquela. Me deu um tesão incrível. Claro que na sequência, quando voltei para casa, fui pesquisar sobre o assunto, li muitas matérias de especialistas, vi que a pratica do swing é uma coisa mais comum do que parece, e no final acabei encontrando um site de contos eróticos, com histórias de casais liberais, traições, maridos cornos e outras histórias. Eu fiquei muito intrigado e curioso com tudo aquilo. O tema, o assunto, as situações arrojadas, me excitavam demais. Passei a ler com muito interesse. E eu ficava imaginando se a Mabel teria coragem de agir daquela forma liberal como a esposa do Lauriel. Eu pensava: Será que ela teria tesão de ficar com outros? Sabendo como ela gosta de sexo, imaginei que talvez tivesse vontade e nunca revelou. Teria ela alguma fantasia nesse sentido? Eu ficava sempre excitado imaginando se ela, talvez, fantasiava algo parecido, mas teria vergonha de assumir.
Hoje, enquanto conto minha história, refletindo, me recordo que aquilo mexeu muito comigo, e me despertou muito o interesse para conhecer melhor tudo aquilo.
Eu não sabia o que a minha mulher diria sobre o assunto, então, fiquei me preparando para ter uma conversa com ela a esse respeito. Foi um desastre.
Numa das noites em que estava fazendo sexo com a Mabel, eu comentei sobre o assunto, contei o que eu havia lido, e ela me chamou de louco tarado, que não bastava o meu interesse exagerado por safadeza, ainda ia querer nos misturar com aquele tipo de promiscuidade. Fiquei meio travado. Levei um susto com a reação dela. Mabel rejeitou aquele assunto e eu não toquei mais naquela questão. Foi bem frustrante.
#Mabel: Na noite em que o Gil veio com uma conversa de sexo liberal, de saber o que é que eu achava de incluir outros na nossa relação, minha primeira reação foi desconfiar que ele estava querendo um álibi para fazer sexo com outras. Tarado como ele sempre foi, era o que mais parecia. Nunca fui muito ciumenta, mas eu sempre tive muito medo da promiscuidade, por trazer riscos à saúde, por trazer riscos à perda do respeito entre o casal, e por achar que poderíamos perder aquela mágica do encanto que um casal deve ter na sua relação. Eu sempre fui muito apaixonada por ele e ele me satisfazia plenamente no sexo. Jamais ia pensar em trazer outros para nossa cama. Aquilo me chocou bastante. Eram receios mais do que legítimos, e tratei de refratar. Depois de umas explicações dele, dizendo apenas que tinha ficado curioso, veio a segunda onda de insegurança. Achei que ele estava sem jeito de me dizer que andava enjoado da esposa. Isso me deixou um pouco deprimida, o que me fez cortar aquele assunto na raiz.
Como o Gil não tocou mais naquela conversa, e não falou mais nada, eu achei que tinha sido apenas uma curiosidade passageira, o que me deu um grande alívio. Eu me esqueci daquilo completamente, nossa vida seguiu normal, por mais alguns meses, e, tempos depois, quando surgiram os primeiros sintomas de perda de libido do meu marido, eu apenas fiquei com a sensação de que ele estava mesmo perdendo o tesão na esposa. Foi quando me esforcei mais para melhorar minha aparência, passei a usar roupas mais ousadas, e a tentar provocar mais o interesse dele. Mas parece que funcionou ao contrário. Ele realmente foi piorando e se afastando, evitando cada vez mais nossas relações, que ficaram mais mornas e insípidas. Ora, eu sei que ele é um excelente amante, ativo e muito viril, sabe satisfazer uma mulher na cama, é bem experiente, então, aquilo me assustou muito. Estava achando que eu não o excitava mais. Meu marido parecia ter perdido o tesão por mim. Fiquei assustada.
#Gilcley: Eu realmente, tinha perdido o pique, o tesão, e me sentia totalmente sem vontade de fazer sexo com a Mabel. Não perdi o tesão sexual, mas perdi o interesse de fazer sexo com ela. Desenvolvi uma espécie de rejeição. E eu não sabia direito como agir. Mas ainda me via excitado, quando lia contos eróticos, ou via algum vídeo onde casais liberais faziam swing ou ménage. Era contraditório. Nessas horas eu ficava realmente muito excitado, mas quando pensava em Mabel, e na sua reação negativa com a minha curiosidade, negando-se até a conversar sobre o assunto, sofria uma esfriada enorme no meu tesão, como se ela jogasse água fria na minha libido, eu perdia a vontade e evitava. Cheguei a tentar fazer sexo com ela algumas noites, mas falhei, o que aumentou ainda mais a minha sensação de frustração. Resolvi, depois de uns dias, evitar. E a partir desse ponto, começamos a nos desentender, a brigar por qualquer coisa, a ter implicâncias um com o outro, por detalhes estúpidos. Nós nos gostávamos, mas não estava havendo mais química, e eu não sabia mais o que fazer. Da minha parte, evitei insistir em sexo, para não ter mais conflitos.
#Mabel: Uns dois ou três meses depois, eu já estava desesperada, meus vibradores, antes tão bons para me ajudar, passaram a me dar raiva, pois não resolviam mais a minha necessidade. E eu realmente vivia irritada com o Gil, que passou a ficar mais tempo fora, trabalhava até mais tarde, em casa estava sempre envolvido com outras coisas, lendo algum livro em seu tablet, ou notebook, quando não se fechava numa sala para ver futebol na TV. E não tínhamos mais uma relação de companheirismo.
A nossa vida conjugal estava desgastada e em ponto de ruptura. Fiquei muito mal, triste, frustrada, pois sou apaixonada pelo Gil, e estava vendo aquilo nos destruir. Até os nossos filhos perceberam que o clima estava pesado. Mas eles tinham já a vida deles para cuidar. O tempo ia passando e nos distanciávamos mais, nem conversávamos muito, somente falando o essencial, cada um se distraindo para o seu lado. Até que um dia, por uma questão qualquer, nos desentendemos mais agudamente. Tivemos uma discussão muito forte, por nada, e nós dois nos exaltamos muito. Chegamos a falar alto, e gritar um com o outro. Achei que estávamos próximos da separação. Pelo menos, foi o que o Gil falou. Ele disse que daquele jeito não era mais saudável continuar juntos. Eu fiquei chocada. Tomei uma porrada que me deixou fora do eixo.
Quando nos acalmamos, horas depois, eu pedi encarecidamente que ele procurasse ajuda. Eu falei que iria procurar aconselhamento. E mais dois meses se passaram.
#Gilcley: Nesse tempo, eu me aprofundei em ler e conhecer sobre a prática do cuckold, vi muitos depoimentos e entrevistas dos casais liberais, e estava sabendo que tinha imensa curiosidade naquele tema. Mas, como a Mabel não queria conversar sobre tudo aquilo, eu passei a trocar informações com outros casais liberais que fui conhecendo de forma virtual. E procurei manter o contato com o Lauriel que sempre encontrava no clube de tiro. Foi nessa época que minha capacidade de ereção do pênis desapareceu de vez.
#Mabel:
Eu também, nunca havia comentado com ninguém sobre aquele problema nosso, mas, um dia, já bem desesperada, conversando com uma amiga que é terapeuta, acabei dizendo que estava vivendo um momento difícil no casamento, e tivemos uma conversa mais franca onde expus o que me acontecia. Essa amiga me deu uns conselhos, e recomendou que deveríamos nos afastar do nosso ambiente, quebrar a rotina, fazer uma viagem juntos, mudar de ares, e sugeriu umas férias só para o casal. Falou que juntos em outro ambiente, novamente voltaríamos a nos entender.
Cheia de esperança, fui falar com o meu marido, sugerindo se ele não achava bom a gente dar uma pausa na nossa vida já corriqueira, cheia de rotinas, e fazer uma viagem. Para minha surpresa, ele achou que era uma boa ideia. Respirei mais aliviada.
#Gilcley: Depois da nossa última briga, eu já estava completamente frustrado, angustiado com o meu problema, e saturado de uma relação que só nos afastava. Eu continuava gostando muito da Mabel, mas não achava que estávamos sendo felizes. Me sentia culpado por ter aquele tipo de reação. Nas horas de fuga, eu me refugiava no meu escritório, nos vídeos, nas histórias que eu lia de contos eróticos, e me frustrava ao ver que muitos casais tinham sua parceria e cumplicidade, viviam a vida experimentando novidades e emoções, sem sofrer abalos em sua relação, o que mostrava que eles se gostavam mesmo, e se permitiam a liberdade de cada um desfrutar o que tivesse vontade, sem fazer nada oculto ou à revelia do outro. E sem medo.
Cheguei a manter contato com o Lauriel, pensando em conversar com ele e ver se ele tinha algo a me aconselhar. Mas, não deu certo de encontra-lo fora do clube. O tempo passou, então, resolvi programar nossas férias antes do final do ano, e procurei um local.
Confesso que me inspirei em um conto erótico que eu li, do autor Leon Medrado, que achei muito marcante. Por isso, depois, voltei a procura-lo para contar esta história.
Acabei encontrando um lugar que parecia ideal para umas férias relaxantes, numa pousada no litoral da Bahia, que é um delicioso refúgio na natureza. Com apartamentos, em bangalôs, a pousada conta com uma estrutura muito aconchegante com restaurante simples, mas muito bom, uma piscina, sauna, sala de massagem, e uma praia circundada por coqueirais. Atrás, os morros cobertos pela Mata Atlântica, e à frente uma praia limpíssima, banhada por mar de águas quentes e cristalinas. Também há um riacho, na encosta, que forma cascatas e algumas piscininhas naturais.
Tratei de organizar tudo, nossos filhos já crescidos ficaram em nossa casa, mas sempre em contato com os tios, e eu me programei para estar livre e sem compromissos. A Mabel também tratou de se preparar e quando foi no final de setembro, em plena primavera, partimos para lá. Fomos de S.U.V. para temos facilidade de locomoção e poder visitar toda aquela região, que é belíssima. A viagem foi tranquila, ouvindo música e já em clima de descontrair.
Ao chegarmos, como ainda não era temporada de verão, a quantidade de hospedes era bem pequena. Mas já fazia bastante calor e o dias ensolarados prometiam mesmo ótimos momentos de prazer.
Desde o momento em que chegamos, houve uma espécie de desanuviamento das tensões, e decidimos nos descontrair e aproveitar. Estávamos atenciosos e cuidadosos um com o outro. Parecia que todo o problema havia ficado para trás.
A praia foi o elemento mais convidativo, e fazíamos boas caminhadas, tomávamos banho de mar, de sol, e comíamos sempre cardápios simples, saudáveis e gostosos. Parecia que tudo ia ser superado.
Nos dois primeiros dias a Mabel usou os biquínis que eu já conhecia, que eram pequenos, mas não eram escandalosos. Ela se mostrava tímida ainda, tentando se acostumar com o lugar. E eu não me sentia seguro ainda para tentar sexo com ela, com medo de falhar. Logo no terceiro dia, estávamos mais relaxados, e numa das noites, tentamos fazer um sexo tranquilo e sem pressa. Foi tudo muito bem nas preliminares, a Mabel ficou muito excitada, eu a beijei muito, acariciei, fiz uma boa massagem, chupei os seios, fiz sexo oral, chupando sua bocetinha com calma, enfiei meu dedo no cuzinho, que ela adora, e com isso ela teve dois orgasmos. Eu estava quase lá, meu pau ficou até meia bomba, chegou e se enrijecer, mas, de uma hora para outra, quando eu pensei que ia penetrar, perdi a ereção, e foi frustrante. Mabel ficou bem quieta, para evitar que nos desentendêssemos, mas eu vi que apenas gozar na minha boca não foi bastante para ela. Mas não reclamou. E ficou por isso.
Dormimos sem conversar sobre aquilo, e eu já estava achando que ia ter que apelar para o famoso comprimido azul. Eu tinha medo de tomar remédio. Meu receio é que aquilo se tornasse uma dependência, fora os riscos colaterais. Então, ainda estava tentando superar o problema, na base dos estimulantes naturais, suplementos vitamínicos, pó de guaraná, e outros estimulantes em cápsulas que o meu médico havia me receitado, dizendo que a minha testosterona iria subir com o tempo. No dia seguinte, quando acordei, a Mabel estava trocando mensagens no celular, e eu imaginei que fosse para saber de nossos filhos, então não questionei.
Fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal, depois vesti um maiô de banho, um calção azul e uma camiseta cinzenta, me preparando para tomar café e ir à praia. Quando saí do banheiro a Mabel estava terminando de teclar no celular, meio sorridente, e foi ao banheiro se aprontar. Peguei meu telefone celular e fui ver se havia alguma mensagem importante. Tinha um desejo de bom dia da Mabel no grupo da família, e depois mensagens corriqueiras de amigos. Entre elas, vi uma mensagem do amigo do clube dos C.A.C., marido da loira, gostosa. O Lauriel e a Selmary, me convidavam para visitar sua chácara no final de semana. Eu agradeci e disse que estava viajando de férias. Falei da pousada em que estávamos e prometi que quando regressasse marcaríamos a ida ao sítio. No entanto, foi bom saber que ele procurou manter contato.
Lauriel era uma pessoa que eu já confiava e poderia consultar se precisasse. Fiquei muito curioso de saber mais sobre o relacionamento dele e da esposa. Prometi que iria manter mais contato com ele.
De repente, vi a Mabel saindo do banheiro, pronta para irmos tomar o nosso café da manhã no refeitório do restaurante, no bloco central da pousada. Levei um susto.
Estava com um vestidinho branco tomara que caia, bem colante no corpo, de um tecido de malha com gominhos, tipo colmeia de abelha, até pouco abaixo da cintura, e depois tinha uma parte com saiotes curtinhos, sobrepostos como babados, que iam um pouco abaixo da linha da bunda, bem curtinho. Era uma espécie de saída de praia, mas muito sexy. Suas pernas sensuais ficavam bem expostas e seu lindos pés estavam calçados em sandálias de borracha também brancas. Mabel depois de três dias já estava bem queimada de sol. A roupa contrastava com a cor morena de sua pele, o que a deixava ainda mais atraente.
Assobiei:
— Fiu, fiu! Que surpresa! Está muito bela!
— Gostou? Obrigada. – Ela disse sorrindo, e trocamos um beijinho enquanto dávamos as mãos, e seguimos para o restaurante.
Eu aproveitei para perguntar:
— Não vamos à praia depois? Você não veio com biquíni?
Ela me deu um sorriso, piscou o olho e respondeu?
— Está aqui na minha sacola, depois eu coloco.
Na hora nem me preocupei. Fomos nos sentar à mesa do refeitório e quando ela se sentou à minha frente, o vestidinho curto subiu, e pude ver que deixava à mostra boa parte das coxas quase até à virilha. Quase deu para ver a xoxotinha. Exclamei:
— O que você tem por baixo?
— Nada, não coloquei nada. – Ela respondeu.
Na hora me deu um certo tesão, pois a Mabel não era de ter aquele tipo de arroubo, e eu em seguida, sorri:
— Opa! Agora sim! Ficou bom. – Falei.
— Não comece o que você não consegue acabar. - Ela me recomendou, fingindo de invocada.
Deu uma pausa e depois disse:
— Estou me vestindo para você, para ver se ajudo e tiro você desse momento ruim. Mas, não estou mais resistindo, e não sei quanto tempo ainda aguento. Se você não der conta, alguém há de dar. Fique esperto.
Na hora, dei risada, pois ela falava de um jeito meio brincalhão, provocador, mas sem ofensa. Mas, eu sabia que era um desabafo dela, eu já havia levado aquela situação longe demais. Não respondi na hora, pois fomos nos servir no bufê central do refeitório, e nos minutos seguintes nos concentramos na comida. Aos poucos foram chegando mais alguns hóspedes e tomamos nosso café em harmonia. A pousada ainda não estava com muitos hóspedes.
#Mabel: Naquela manhã eu havia teclado com a minha amiga terapeuta, a Selva Maria, que me deu umas dicas de como eu deveria agir para provocar um pouco o meu marido. Nos últimos dias ela havia dado muitos conselhos e trocávamos mensagens todos os dias. Por isso, eu estava daquele jeito, muito mais arrojada do que sou normalmente, mas como era um local onde éramos desconhecidos, eu estava mais à vontade. Acontece que com aquela brincadeira de parecer mais sensual, eu atraía mais olhares para cima de mim, e aquilo também mexia um pouco comigo. Eu me via mais desejada, me sentia um pouco mais excitada do que normalmente estaria. O que era uma sensação muito boa.
Os bicos dos meus seios, salientes, ficavam marcando a malha fina daquele vestidinho que estava sobre meu corpo nu. Notei o brilho do olhar do meu marido, o que me dava esperanças, mas também percebia que havia um certo traço de tristeza e angústia. Parecia que ele não estava mais à vontade, como antes. Ele realmente estava passando por uma fase complicada.
#Gilcley: Naquele dia, depois do desjejum, que foi reforçado, pois passava já das 9h30, saímos para a praia. Bastava sair do bloco central da pausada onde ficava o restaurante, cruzar a varanda e já estávamos com o pé na areia. Nos descalçamos e fomos caminhando pela praia de areia branca e fina, andando na beira da água, até um trecho onde praticamente não se via mais ninguém por perto. Vimos poucas pessoas na praia naquele horário. Mabel pegou um biquíni branco na sua bolsa de palha à tiracolo e suspendendo o vestido até acima da cintura, mostrando sua bocetinha linda e carnuda, amarrou a tanguinha de um biquíni muito pequenino, realmente muito sexy, que além de ser fio dental, o pequenino triângulo frontal mal cobria a sua bocetinha. Ela estava bem depilada, apenas com um pequenino retângulo de pelos no púbis, acima da rachinha.
Fiquei ali admirando aquilo, sua ousadia, e claro que senti uma certa excitação de ver como ela estava fazendo tudo para me provocar. Aquilo me animou muito.
Eu sentia libido, e ficava excitado, mas não conseguia a ereção. Em seguida, ela abaixou a parte de cima do vestido, deixando os lindos peitos expostos, e colocou o sutiã do biquíni, que era também muito reduzido, mal cobrindo metade do seio, deixando as laterais de cada peito, de fora.
Eu a olhava satisfeito e ela me encarou, despiu o vestido retirando-o pela cabeça, e guardou em sua bolsa de palha. Eu elogiei o biquíni, dizendo que ela ficou muito sexy nele. Mabel sorriu, agradeceu e respondeu:
⸺ Estou fazendo o que eu nunca fiz, me exibindo, pois sempre fui muito discreta, mas agora, estou apostando todas as fichas.
Dei risada e respondi:
⸺ Então, de certa forma, a situação está me ajudando e ajudando você.
⸺ A sorte é que aqui, longe de conhecidos e num ambiente novo, me ajuda. Minha terapeuta me disse que eu tenho que me soltar mais, me fazer mais desejada. – Disse ela.
⸺ Mais desejada? Mabel, você é desejadíssima. Quem a vê, deseja. Se gostar de mulher, fica vidrado em você. - Eu respondi.
Mabel era inteligente e espirituosa. Cantarolou:
⸺ “Quem eu quero não me quer, quem me quer eu nem desejo”...
Acabei dando risada pelo jeito dela. Naqueles dias eu já sentia mesmo uma descontração maior e nossa sintonia melhorava, menos críticas, menos implicâncias e menos cobranças de parte a parte. Ela estendeu sua mão e prosseguimos nossa caminhada.
Fomos até perto do final da praia, uns quatro ou cinco quilômetros, havia uma elevação rochosa, onde as ondas se chocavam. Vimos ali um grupo de jovens, surfistas, aproveitando a formação de ondas mais fortes naquela região, certamente com um fundo do mar com pedras, mais irregular. Decidimos retornar e já sentíamos o sol queimando mais intensamente. Conforme retornávamos, vimos que a praia perto da pousada já estava mais ocupada por hóspedes, e eles olhavam admirando a Mabel e sua beleza singular. Notei que ela ficava um pouco mais inquieta, reparando que chamava a atenção, e logo me pediu para tomarmos um banho de mar. Deixamos a bolsa de palha dela, e minha carteira, numa das cadeiras de descanso que ficavam ali na areia, perto dos guarda-sóis, colocados pela pousada, e fomos nadar. Brincamos na água por uns dez minutos, na parte além da formação das ondas, com água na altura do peito. A água estava numa temperatura gostosa e muito límpida. Nada a dever ao Caribe.
Quando resolvemos sair, notei que o biquíni branco da Mabel, por ser de uma malha muito delicada, molhado, deixava ver através do tecido a mancha dos seus mamilos castanhos mais escuros e também o pequeno retângulo de pelos do púbis. Na saída da água eu não disse nada, reparei mas fiquei quieto. Sabia que ela ia ficar envergonhada.
Só depois que chegamos onde estavam as nossas coisas, eu já ia comentar, quando vi um rapaz forte, de maiô justo de natação, vermelho e amarelo, se aproximando. Era um rapaz de uns 25 anos, forte, um corpo elegante e tinha um símbolo na sua camiseta, onde se lia “Salva-Vidas”. Ele fez um sinal chamando nossa atenção, se aproximou e disse:
⸺ Vocês são novatos por aqui? Primeira vez né? Eu sou da equipe de Salva-Vidas da pousada. Vi que entraram bastante além da arrebentação. Queria avisar que não devem entrar além daquela linha de boias coloridas, pois pode haver correntes marinhas fortes. Tudo bem?
Eu agradeci e notei que ele olhava admirado para a Mabel. Ela também reparou no olhar mais insinuante dele. Foi quando ele estendeu a mão para nos cumprimentar, primeiro a ela, dizendo:
⸺ Sou o Lucky. Muito prazer. Podem contar comigo, estarei sempre por aqui nos meus turnos. Até ontem eu estive de folga.
Cumprimentamos e agradecemos. Antes de sair, ele me olhou e falou:
⸺ Não deixem de usar filtro solar, pois aqui o nosso astro-rei é bem forte.
Fiz um sinal de positivo, e ele se afastou. Só depois eu disse para a Mabel:
⸺ Seu biquíni molhado fica bastante transparente, e deixa ver um pouco a mancha dos mamilos.
Foi quando a Mabel se examinou mais atenta e admirada exclamou:
⸺ Maldita Selva Maria. Ele me mandou os biquínis e não me disse nada.
⸺ Como é? Eu perguntei sem entender nada.
Mabel explicou:
⸺ A Selva Maria, minha amiga terapeuta, sabendo da nossa viagem, me deu de presente dois biquínis, este, e um bege, que eu nem tirei da embalagem. Hoje, resolvi usar, peguei este e coloquei na bolsa, sabia que eram pequenos, pois ela me disse que eram para eu arrasar na praia, mas não sabia dessa transparência. E agora?
⸺ Agora, relaxa e faz de conta que não liga. – Eu disse.
⸺ Como não liga? É como se eu estivesse praticamente nua. – Ela contestou.
Eu perguntei:
⸺ Você não viu a plaquinha no corredor na saída para a praia? Diz: “Nesta praia, por ser um ambiente reservado à pousada, é permitida e está liberada a prática de topless ou nudismo, ficando a critério dos hóspedes”.
Mabel me olhava admirada:
⸺ Juro que não vi a placa. Mas não vi ainda ninguém fazendo isso.
Passei uma vista de olhos em volta e mostrei a ela:
⸺ Tem duas mulheres ali adiante numa das barracas, com topless. Mais à sua esquerda, tem outra, também de topless, e lá mais ao fundo, na última fileira de barracas e cadeiras, tem uma mulher totalmente nua. Você que não viu.
Mabel me olhava intrigada:
⸺ E como você já viu isso tudo? Que safado!
⸺ Mabel, eu vim olhando para cá, desde quando a gente chegou aqui da caminhada, antes de entrar na água. Você estava tão preocupada com as pessoas olhando para você que não olhou para ninguém. Não foi?
Mabel fez que sim, e sentada na cadeira de descanso, fez uma careta e exclamou:
⸺ Agora já era. Já viram mesmo. Vou deixar rolar. Faz de conta que eu nem sei.
Eu fiz um sinal de positivo, e falei:
⸺ Gostei dessa sua amiga Selva. Tem bom gosto para biquíni. Você ficou maravilhosa com ele.
Mabel me deu uma olhada de canto de olho, e disse meio com a boca torta, de crítica:
⸺ Se der resultado, vou até pensar em dar um presente para a Selva também.
Resolvi declarar minha admiração e me justificar:
⸺ Mabel, você é uma mulher linda, um corpo que parece ter vinte anos a menos. Não mudou nada desde que a conheço. As mulheres invejam você. É uma tremenda de uma gostosa, e acho muito bom que você desfrute do poder de sedução que tem, usando trajes mais provocantes. Eu adoro. Me sinto atraído e encantado, sempre. Mas, não sei mesmo o que está acontecendo. Estou tentando me reencontrar, e me recuperar. Não é nada contra você, ou com você, eu acho. Mas acaba sendo, pois, sem querer, você acaba pagando um preço de algo que não depende de você.
Mabel estava ainda meio mordida com alguma coisa e respondeu:
⸺ Tá bom, desculpe, vamos ver até onde vai isso. Mas saiba que beleza e juventude não duram para sempre. Se quiser mulher jovem e bela tem que aproveitar agora.
Fiquei calado. Não queria seguir naquela conversa, que poderia estragar nosso clima de descontração. Mudei de foco:
⸺ O salva-vidas ficou admirado quando viu você. Aposto que é a mulher mais bonita da pousada.
Mabel deu um sorriso, dessa vez, malicioso:
⸺ Uhhhmmm, até que o gatinho é interessante! Educado, lindos olhos cor de mel, e um físico bem atraente.
Dei risada e respondi:
⸺ Isso você não deixou de ver né?
Ela deu risada também. O clima voltava a ficar leve.
Ficamos a tomar sol por mais umas duas horas, e nesse período entramos na água para nos refrescar umas quatro vezes. Nas vezes em que entramos na água, o Lucky sempre estava de olho, vigiando para cumprir seu papel de salva-vidas, mas, quando saíamos da água ele sempre vinha mais próximo e falava alguma coisa, tentando nos tranquilizar. Por exemplo:
⸺ Fiquem tranquilos, eu estou de olho, podem nadar sossegados.
Eu sabia que era mais do que vontade de mostrar serviço, na verdade ele aproveitava para olhar melhor para a Mabel que saía da água com o biquíni molhado e bem transparente. O rapaz estava adorando ver aquilo.
Na última vez, eu brinquei com ela:
⸺ Você já tem um guardião inseparável. O Lucky não tira o olho de você.
Mabel deu risada e falou:
⸺ Bom, não estou dispensando ninguém. E ele é mesmo um gato bem interessante.
Levei na esportiva, e dei risada. Ela estava me provocando o ciúme e eu não ia entrar naquela vibe.
Depois que bateu a fome, resolvemos ir tomar uma ducha para ir almoçar, e assim fizemos. Tomamos banho, vestimos roupas leves e fomos almoçar. Tudo correu bem e depois do almoço, resolvemos tirar uma soneca.
#Mabel: Eu senti que o Gil percebeu o interesse assumido do Lucky, e resolvi usar aquilo para cutucar um pouco o ciúme do meu marido. Não fiz por maldade. Era verdade que eu achei o rapaz muito atraente, me lembrava, até, um pouco, o próprio Gil mais novo, quando eu o conheci. O mesmo sorriso meio safado, o olhar agudo e interessado, um belo físico, jeitão desembaraçado, tipo de malandro, com ginga de carioca.
Gostei de saber que ele estava interessado em mim. Não tinha nenhuma intenção maior, apenas a de provocar o meu marido um pouquinho, mas nem de longe imaginei que daria bola para o rapaz. Acontece que eu estava carente, e só por saber que tinha um macho bonito e gostoso me paquerando, fazia bem ao meu ego, e me deixava um pouco mais animada. Só isso.
Depois do almoço, voltamos para o nosso bangalô, pensando tirar uma soneca da tarde, mas eu tinha esperança de que o meu marido se animasse, depois de uma manhã inteira de meu desfile diante dele e da praia inteira, com um biquíni mínimo e muito provocante, que ao ficar molhado, deixava ver meus mamilos e os pelos da minha xoxotinha sob a malha fina. Eu queria sexo. Nos despimos e deitamos, ele reparou na marquinha de sol que já começava a se delinear no meu corpo, devido à diminuição do biquíni. Trocamos carícias, beijos, ele me alisava, me tocava deliciosamente com os dedos, chupava meus peitos, eu fiquei logo toda melada, mas ereção que era o que eu esperava, não acontecia. Eu estava para gozar nos dedos do Gil, mas percebi que ele não reagia e acabei interrompendo aquilo. Disse:
⸺ Amor, se não vai dar, tudo bem. Melhor não me deixar com vontade.
O meu marido entendeu, não disse nada, nos beijamos, e ficamos quietos por longos minutos. Quando percebi o Gil dormia profundamente, ressonando forte. Me levantei da cama com cuidado para não o acordar, e saindo do quarto, fui beber água. Depois, coloquei o mesmo vestidinho curto que usei pela manhã, e resolvi descer para tomar um café com bolos. Era meio da tarde, e haviam poucas pessoas no refeitório. Pedi um café grande, numa xícara de chá, e dois pedaços de torta de amêndoas que eu adoro. Fui me sentar numa das mesinhas que ficava do lado de fora, na varanda coberta. Logo trouxeram o meu café e os pedaços de torta. Quando comecei a comer vi o Lucky se aproximando. Já estava vestido com uma camiseta azul marinho, e bermuda branca, calçava sapatênis e estava todo perfumado. Ele me cumprimentou e perguntou:
⸺ Boa tarde. E cadê o maridão?
⸺ Está dormindo. Aproveitando as férias para relaxar. – Respondi.
Ele novamente perguntou:
⸺ Posso tomar meu açaí na sua companhia? Já estou de folga, terminei o meu turno de hoje.
⸺ Claro, sente-se aí – Concordei.
Ele se sentou à mesa, na minha frente, e logo chegou o açaí que ele havia pedido.
Ficamos conversando normalmente, sobre detalhes da pousada, das atrações da região, e dos horários das marés, naqueles dias. Eu percebi que o rapaz me olhava de um jeito bem interessado, mas, como ele mantinha a conversa num nível de respeito e educação, eu fui deixando seguir. Até que acabei meu café com bolos e ele acabou o açaí. Então, ele me perguntou:
⸺ Quer dar uma caminhada pela orla? O sol já está bem suave e não faz tanto calor.
Minha primeira reação, foi agradecer e declinar, mas, pensei melhor, e sabendo que por umas duas horas o Gil ia dormir sereno e sem interrupção, resolvi aceitar, pois a companhia do rapaz era agradável, e ele ia me ajudar a passar o tempo. Saímos do restaurante e antes de pisar na areia eu descalcei as rasteirinhas que estava usando. Ele também ficou descalço e deixamos nossos calçados sobre um banquinho. Ao sairmos pela areia ele disse:
⸺ Seus pés são lindos, perfeitos.
⸺ Obrigada. – Agradeci e não ia dar prosseguimento, mas ele continuou:
⸺ Aliás, com todo o respeito, você é uma mulher muito linda. Eu já trabalho aqui na pousada faz um ano, e poucas vezes tivemos uma hóspede tão bela. – Ele falou.
⸺ Agradeço sua simpatia, mas não posso acreditar nisso. Acho que você exagerou de propósito. – Eu falei sorrindo.
Ele ficou me olhando, calmo, deu de ombros e disse:
⸺ A beleza é uma para cada um, cada um gosta de uma coisa, e eu confesso que fiquei encantado quando a vi hoje na praia. Achei você muito linda. Agora, mais uma vez confirmei. Além de bonita, é muito simpática.
Eu sabia que ele estava tangenciando a rota de uma abordagem mais informal, mostrando seu interesse em mim, sem ser grosseiro. Eu sorri e mostrando meu anel de casamento, falei:
⸺ Olha, vou receber seus comentários como elogios, sem maldade, e apenas para não deixar passar, quero lembrar que eu sou casada, portanto, você não deve exceder muito os limites formais dessa nossa conversa. Posso interpretar mal.
Ele ergueu as mãos, como se pedisse perdão, e falou:
⸺ Por favor, não quero faltar ao respeito.
Fiquei quieta e continuamos caminhando, andamos mais uns cem metros e em menos de cinco minutos ele falou:
⸺ Olha, vou ser muito sincero. Mesmo sendo casada, eu não podia deixar de reconhecer que é muito bela e atraente. Isso não é crime, eu acho. Foi um elogio sincero.
Ele deu uma pausa, me olhou sorridente, para depois continuar:
⸺ E quanto a ser casada, não vejo problema em elogiar, vocês podem ser um casal liberal, não podem? Então, como posso saber se não conversar?
⸺ Como é? – Perguntei.
Não entendi direito o que ele disse, e novamente perguntei intrigada:
⸺ Não sei o que você está dizendo. Pode se explicar?
Ele fez que sim, e enquanto caminhávamos ele falou:
⸺ Muitos casais que vem para a pousada, são liberais, tem relacionamento aberto, e já aconteceu de os maridos permitirem às suas esposas, uma aventura extraconjugal, com um parceiro solteiro, aqui neste ambiente onde são desconhecidos de todos, e com pessoas de confiança. Eu já fiquei com algumas.
Quis me certificar que ele falava o que eu havia entendido:
⸺ Você, deu um jeitinho de dizer que, se por acaso, eu e meu marido tivermos um relacionamento aberto, e eu aceitar, você já está se insinuando? Foi isso que entendi?
O rapaz me olhava, agora um pouco tenso. Pensou uns segundos para falar:
⸺ Bem, não é uma coisa que se pode ir perguntando diretamente. Mas, se eu não perguntar, não vou saber. Por favor, me desculpe se achou minha colocação abusiva. Só quis mesmo dizer que fiquei impressionado com a sua beleza e sensualidade.
Ele deu uma engolida, antes de falar:
⸺ É um elogio, já disse, e também, uma confissão de minha admiração. Mas por favor, se não gostou eu não toco mais nesse assunto.
Na hora, eu fiquei bastante admirada, pela ousadia dele. Por outro lado, intimamente entendi que ele estava certo, tinha que tentar saber, e eu não podia ficar sem dar resposta. Procurei manter a calma, embora por dentro estivesse um pouco nervosa. Falei:
⸺ Olha, eu e meu marido, nos consideramos bastante liberais, confiamos um no outro, não somos ciumentos, não controlamos a vida do outo, respeitamos a individualidade do parceiro. Temos trinta anos de casados. Mas isso, não nos obriga a abrir a nossa relação. Não é a minha vontade, e não sei se é a dele. Se é isso que queria saber, está respondido. Não me ofendeu, pois foi educado e hábil na sua forma de especular, mas se meu marido fica sabendo desta conversa, da sua abordagem, ele pode ficar invocado com você, achar que faltou ao respeito com ele, e com razão.
Dei uma pausa para ele entender bem o que eu havia falado, e continuei:
⸺ Eu não escondo nada dele, portanto, você agora vai depender da maneira que ele vai interpretar a sua atitude. Eu até posso entender as suas razões, mas acho que foi afoito, e até meio especulador. Se ele se queixar na administração, pode dar ruim para você. Portanto, agradeço a sua companhia até aqui. Mas acho que vou voltar à pousada.
Lucky, que é bronzeado de sol, ficou lívido de susto. Paralisado. Levantou as mãos juntas pedindo perdão:
⸺ Ah, por favor, eu não quis faltar ao respeito. Nem abusar da sua confiança. Me perdoe, não façam nada. Eu peço, preciso muito deste emprego, vamos esquecer isto. Pode ser?
Eu percebi que ele realmente não era um jovem abusado, era apenas afoito e impetuoso. Resolvi acalmá-lo:
⸺ Olha, não queremos prejudicar você. Mas eu não sei o que o meu marido vai achar, sentir ou dizer. E não vou esconder nada dele. Mas, não creio que ela vá dar queixa. Apenas, você vai, na primeira oportunidade, pedir desculpas a ele e se explicar.
Notei que ele ficava assustado, abalado, e punha a mão na cabeça, angustiado. Ficou em silêncio, por uns dez segundos, pensativo, e depois falou:
⸺ Eu fiz merda. Desculpe. Você tem razão. Vou pedir desculpas ao seu marido, e já estou me desculpando com você. Eu me enganei completamente. Li os sinais totalmente errado.
Eu não entendi nada daquela última parte e questionei:
⸺ Que sinais? Entendeu errado como?
Ele respirou fundo e foi dizendo:
⸺ Vou tentar explicar. Muitos casais que vem para a pousada, são liberais. Estão cada vez mais frequentes. Eu conheci vários aqui, de meia idade, e as esposas aproveitaram para ficar comigo, com a concordância do marido. Acho que buscam satisfazer suas fantasias e aqui não se sentem presos a nada. Quando vi vocês, seu comportamento liberal, seus trajes sensuais, esse vestido curtinho que você usa sem nada por baixo, que eu percebi, seu biquíni mínimo e transparente, você sem ter vergonha de se exibir, e seu marido bem à vontade com isso, eu me confundi. Entendi os sinais de forma equivocada. Achei que eram liberais também, assinalando que estavam abertos a uma abordagem. Depois, agora de tarde, você veio sozinha para o lanche, como sempre acontece com os outros casais, o marido deixa a esposa mais livre. Eu me aproximei, você não rejeitou minha aproximação, conversamos, aceitou caminhar comigo, eu achei que estava dando oportunidade para eu me abrir e procurar saber melhor sobre vocês.
Ele parou, me olhou atento e vendo que eu não parecia brava, continuou:
⸺ Encantado com a sua beleza, eu me apressei, fui invasivo, tentei abordar, sem tomar o cuidado de estudar melhor a situação. Fiz cagada. Me desculpe.
Eu ouvi aquilo, assustada. Não acreditava que eu dera aqueles sinais, mas depois que ele falou, todos, na sequência, até que fazia sentido. Fiquei cheia de vergonha, e exclamei:
⸺ Nossa! Que confusão! Não foi nada disso. Entendeu tudo errado. Me desculpe se dei essa impressão. Como sabe que eu não tenho nada por baixo?
Ele disse:
⸺ Foi sem querer que eu vi, você sentada, abriu as pernas algumas vezes, para cruzar, e eu pude ver entre elas.
⸺ Nossa! Que vergonha! – Exclamei.
⸺ Não, eu que estou errado. A culpa é minha. Por favor, não me leve a mal. – Ele tratou de recorrer.
Eu precisava encerrar aquele mal-entendido. Disse:
⸺ Olha, foi então um mal-entendido. Vamos fazer de conta que não existiu. Eu explico ao Gil, e depois você se desculpa. Mas, não falamos mais nisso. Tudo bem?
O Lucky me olhava com expressão mais satisfeita, parecendo muito aliviado. Ele fez que sim com a cabeça, e com as mãos juntas como a fazer uma oração, exclamou:
⸺ Graças aos céus! Obrigado! Me desculpe! Mil perdões. Por favor, não fiquem magoados comigo. Eu agradeço muito.
⸺ Tudo bem. Pode ficar calmo. Já nos esclarecemos. – Eu falei.
Ficamos ali, parados na praia, por alguns segundos, então, eu resolvi encerrar o passeio:
⸺ Olha, vou voltar para a pousada. Não se preocupe. Fique tranquilo.
⸺ Eu a acompanho de volta. Por favor, para não parecer que nos desentendemos. – Ele tratou de dizer.
Me virei e fui caminhando. Fomos voltando e ele ao meu lado, andava calado. Na hora, me lembrei que ele sabia que eu não usava nada por baixo do vestido, talvez tivesse visto a minha xoxota, e não sei por qual motivo, senti uma ligeira onda de arrepio na minha pele, meus seios se enrijeceram e minha xoxota pulsou. Era impossível evitar que meus mamilos não espetassem o tecido e eu nem podia disfarçar para não dar ainda mais nas vistas. Segui caminhando e para quebrar aquele silêncio que me incomodava eu disse:
⸺ Vou falar com o meu marido. Não tome a iniciativa de falar com ele. Eu darei o sinal para você saber a hora que deve falar. Tudo bem?
⸺ Tudo bem. Como achar melhor. Qual será o sinal? – Ele questionou.
Dei a minha ideia:
⸺ Eu vou falar que você tem algo a lhe dizer. Ele vai saber do que se trata e você se explica. Pode ser?
⸺ Sim, pode ser. Nossa! Agradeço muito. – Ele concordou.
Estávamos chegando novamente na pousada, eu peguei as minhas sandálias, calcei e segui para o nosso bangalô. Ele ficou me observando de longe e mais uma vez tive a noção de que estava mesmo provocante com aquele vestidinho sem nada por baixo. Conforme eu andava, a sainha balançava e quase mostrava a bunda. Eu continuava excitada sabendo que ele me observava caminhar para o bangalô.
Continua na parte 2.
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