EU e Sandro teríamos nossas vidas radicalmente mudadas quando... Vou começar pelo começo.
O problema é que eu tinha desejo sexual pelo garoto, meu vizinho de rua, morava numa casa ao lado da minha, jogávamos bola, essas coisas. Um dia aproveitei que estávamos sozinhos para conversar um pouco, num intervalo do trabalho da escola que levávamos para fazer em casa. O garoto sentou ao meu lado no sofá, perguntei o que ele estava estudando. A resposta me surpreendeu, Sandro se preparava num cursinho para prestar vestibular em Biologia, no final do ano. No momento, estudava anatomia e reprodução sexual humana, envolvendo, é claro, um homem e uma mulher.
Sandro sabia que eu era bom aluno e fora muito bem nas provas semestrais.
Falei que conhecia algumas histórias de transexuais muito interessantes. Agora ele tinha a oportunidade de me conhecer um pouco mais a respeito de minha aparência.
(Explico: sou homem, bissexual, ativo com mulher e passivo com homem, e gosto de me travestir, isto é, vestir-me com roupas femininas, fazer maquiagem, calçar sapatos de salto alto, pentear meus longos cabelos ou usar perucas variadas. Nessa ocasião, era assim que eu estava vestido, ou melhor, travestido.)
Ele demonstrou algum interesse em ouvir o que eu tinha a dizer.
Então continuei a farsa, ops! a conversa, disse que algumas pessoas, como eu, nasceram com um transtorno de personalidade, os psiquiatras chamam de disforia de gênero, não se conformam muito com o seu sexo biológico, preferiam pertencer ao sexo oposto, chamam isso de disforia de gênero...
Percebi que o menino não estava captando muito minha explicação. (Um parêntese: Sandro é jovem, muito jovem, um lindo moreno, mais pra claro, abundantes cabelos, bunda pequena, pele lisinha e brilhante, olhos evasivos, boca sensual, meio desafiadora...) Sugeri a Sandro que fizesse perguntas, tirasse dúvidas sobre o assunto.
- Mas você... tem essa coisa aí?
- Que coisa?
- Essa doença... Vestir-se de... mulher!
Sandro corou.
- Isso não é doença, meu lindo! É apenas a maneira que eu encontrei de expressar minha sexualidade. Eu sou homem, tenho pau...
Sandro, tadinho, ficou corado de novo e levou as mãos ao rosto (envergonhadinhoMas prefiro chamar meu pau de clitóris, que é...você deve saber, o grelo, né? Porque meu pênis é pequeno.
- Por que o clitóris é chamado assim? - Sandro perguntou.
- Ué, foi o nome que os médicos deram, é como se fosse um pequeno pênis, que toda mulher tem na parte superior da vulva, em cima da entrada da vagina.
Eu procurava me manter o mais sério possível, mas por dentro sorria da ingenuidade do garoto. Pelo menos, assim eu pensava.
– E o que quer dizer dis... não sei o quê de gênero?
Ignorei as tolas perguntas. Resolvi radicalizar.
- No reino da buceta, pica não entra.
- O quê… Como é?
- Em história de buceta, pica não entra.
- Como assim?
- Quando vou transar com uma mulher, digo pra ela que tenho grelo, não pau, entende?
Percebi que o pobre Sandro não estava entendendo nada.
Eu queria chegar logo na parte sobre beijos e masturbações. Meu plano era seduzir e acariciar “distraidamente” as coxas bem torneadas (ele estava de short) de Sandro enquanto levasse o papo adiante.
- Sandro – comecei – eu me “monto” assim, passo batom, pareço e sou viado, você sabe...
O garoto deu um risinho.
... mas também transo com mulher, embora não como homem, entende, transo como se fosse mulher, pior que sinto de verdade que sou outra mulher!
Dei um tempo no papo com Sandro.
Resolvi partir pra ação. Então foquei nas coxas desnudas do menino, deslizava meus dedos da mão direita pra cima e pra baixo, alisando seus quase imperceptíveis pelinhos.
Sandro me ouvia, fingindo não notar...
Eu estava apaixonado pelo moreno. Tive vontade de revelar a paixão, mas tinha receio de ser rejeitado, por isso me contentava em masturbações, tendo Sandro como protagonista. Ficava olhando as fotos dele no Facebook. As fantasias chegavam ao ápice me imaginando lamber o pau e as pregas do cuzinho de Sandro.
O garoto, com cara de quem não acreditava no que ouvia:
- Tem certeza de que sente isso?, esse negócio de você ser mulher, lambendo buceta e cuzinho, não se importa?
- Claro que não, como te falei, sou bi, bi é quem transa com homem e com mulher, com qualquer gênero, travesti, pessoas transexuais, já tive até namorado e namorada.
- Tudo bem...
Mas o problema é que o menino é calmo e “careta”. Mas eu tentaria seduzi-lo e se não houvesse reclamações tentaria fazer com que ele me masturbasse...