O inacreditável acontece - 2

Categoria: Heterossexual
Contém 6116 palavras
Data: 18/09/2024 00:18:09
Última revisão: 18/09/2024 22:14:24

Parte -2

#Gilcley: Dormi profundamente por mais de uma hora, quando despertei com o ruído da Mabel entrando no nosso bangalô.

Ela não entrou no quarto, ficou apenas na sala. Demorei um pouco, na cama. Me levantei, fui ao banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes e só depois fui para a sala. Encontrei a Mabel teclando ao telefone celular e dei boa tarde. Ela me sorriu, e respondeu:

⸺ Boa tarde. Descansou?

Disse que havia dormido profundamente, e ela então, digitou mais alguma mensagem rapidamente ao telefone e então me deu atenção:

⸺ Amor, dentro de mais meia hora o sol vai se por. Quer dar uma volta comigo na praia?

Concordei, e fui ao quarto colocar um calção, pois estava nu. Ela teclou mais algumas mensagens ao celular e me seguiu. Se despindo do vestidinho branco, tratou de vestir um outro biquíni, e vi que era um dos novos que ela havia recebido de presente da terapeuta. Cor de areia, ou nude, como chamam hoje, era um modelo muito parecido com o branco que ela usara pela manhã. Pequenino do mesmo jeito, de amarrar nas laterais, com cordões do mesmo tecido, e sutiã de cortininha.

Após eu colocar um calção, ela se enrolou em uma canga estampada de manchas amarelas sobre fundo azul bem escuro. Pegou a sua sacola, colocou o telefone dentro e saímos. No trajeto entre o nosso bangalô até na praia, eu perguntei:

⸺ Ficou teclando a tarde toda?

⸺ Não – disse ela. ⸺ Eu saí para tomar um lanche, café com torta de amêndoas, encontrei o Lucky tomando açaí, demos uma caminhada na praia, conversando, e voltei logo.

Na hora eu brinquei.

⸺ O seu guardião estava lá para escoltá-la?

Mabel sorriu, e depois de uma breve pausa, falou:

⸺ Você não sabe da maior. Me deixe contar. Eu estava esperando o meu café no restaurante e ele apareceu, tinha pedido um açaí. Só estávamos nós ali, então ele se sentou à mesa, e tomamos nosso lanche conversando.

⸺ Ah, e do que conversaram? – Questionei.

⸺ Falou de como é, normalmente, o período do verão aqui, muito movimentado. Agora ainda está calmo. Quando terminamos o lanche, ele perguntou se eu queria dar uma caminhada na praia e eu aceitei, pois achei que seria uma boa companhia, ele é educado, me ajudaria a passar o tempo. E fomos conversando.

Na hora eu já comentei:

⸺ Nossa! Ele é rápido, não é? Chegou junto na primeira chance.

Mabel me olhou mais atentamente e respondeu:

⸺ Pois é.… logo que começamos a andar ele aproveitou para me elogiar, e eu percebi que ele estava tentando uma abordagem diferente, então, mostrei a aliança e disse que eu sendo casada, ia entender que os comentários dele eram apenas elogios. Ele concordou, mas resolveu ser sincero. E aí que entra a parte boa.

⸺ Não acredito, ele já tentou uma cantada? – Perguntei.

⸺ Bem, não foi assim. Deixa eu explicar. – Disse a Mabel.

Fomos eu e ela caminhando pela areia, já era finalzinho da tarde. Mabel me relatou o que havia se passado, e a conversa com o Lucky. Eu ouvi sem me sentir ofendido. No fundo, achei até graça na confusão do rapaz. Mas, eu estava interessado em saber da Mabel, o que ela tinha achado e sentido. Perguntei:

⸺ Bom, você deu uma enquadrada nele, e deixou para eu falar com ele. Então, me diga, você acha que ele fez algo muito errado?

Mabel não esperava a minha pergunta, e ficou sem resposta por uns segundos. Ela fez uma expressão de dúvida e respondeu:

⸺ Não que tenha feito errado. Mas, certo, não fez. Ele é um funcionário da pousada, então, não pode ir se metendo com os hóspedes. Mas, segundo ele, são os próprios hóspedes que gostam e procuram esse tipo de relação com ele. Eu não podia imaginar que ele ia interpretar a nossa forma de agir, como sinais de que éramos abertos para esse tipo de coisa. Então, da minha parte, já dei meu recado, ele entendeu, e se desculpou. Não vejo por que fazer mais nada. O que é que você acha?

Eu senti que ela estava sendo muito sincera e então, comentei:

⸺ Acho que não precisamos fazer nada. Você já o enquadrou e ele se desculpou. Fiz uma pausa. Depois perguntei:

⸺ Me diz, então, o que você achou? Quero saber, como isso foi recebido por você?

Mabel foi explicando com calma:

⸺ Eu na hora fiquei meio incomodada, mas depois, quando ele me esclareceu melhor as interpretações dele, percebi que ele não fez mesmo por mal, e achei até divertido. Uma confusão. Não quis dar a entender isso a ele, mas quando o vi meio apavorado, fiquei até com pena.

Eu estava curioso para saber o que ela sentiu ao ser paquerada pelo rapaz:

⸺ E você, gostou de ver que até o rapaz se encantou com a coroa gostosa e sexy? Ele já estava crente que vai dar um creu na casada!

Mabel me olhava intrigada:

⸺ Você não achou ruim dele vir com esse papo? Me paquerando na cara dura?

⸺ Querida, realiza, uma gostosa de uma mulher madura, andando com um vestidinho curtinho, sem nada por baixo, ele deve ter visto tudo quando você estava lá no restaurante tomando café. Se distraiu, deu uma cruzada de pernas e ele viu até sua xaninha. Deu conversa, aceitou dar volta na praia, ele quis cair dentro. Eu não acho ruim, acho é bom, imagina, sinal de que você está dando de dez a zero nas outras. No lugar dele, eu ia paquerar também. O que você ainda não me disse, é o que sentiu quando viu que ele estava a fim de você. – Eu questionei

Mabel parecia desconfiada, como se eu estivesse jogando verde para colher maduro. Ela deu de ombros:

⸺ Não senti nada. Quer dizer... – Ela deu uma parada. Pensou, por cinco segundos, depois falou:

⸺ Bem, para ser sincera, na volta para a pousada, eu senti uma certa excitação, sabia que ele estava me olhando com aquela cara de quero mais, safadinho, igual você fazia quando nos conhecemos. Foi sem querer que reagi, mas meus seios deram sinal e marcaram o vestido, e eu fiquei morrendo de vergonha.

⸺ Ahhh! Agora sim, você está sendo transparente. Qual o problema de assumir que o seu ego foi lá no alto, se a sua reação foi involuntária? – Eu questionei.

⸺ Amor, você não é bobo. Fico admirada. Você disse a mesma coisa que a Selva Maria me falou, depois. – Ela respondeu.

⸺ Depois quando? Quem falou? – Perguntei.

Ela me respondeu sorrindo:

⸺ Ora, quando eu voltei para o bangalô, agora de tarde, eu mandei uma mensagem para a terapeuta, que me respondeu e conversamos um pouco. Contei a ela o que havia acontecido, e ela achou muita graça. E quis saber o que eu senti. Exatamente como você perguntou.

⸺ Quando eu acordei eram vocês duas que estavam teclando? – Perguntei.

⸺ Isso mesmo. O pior é que ela me disse que você ia achar graça e não ia ficar invocado com o rapaz. – Mabel respondeu.

Na hora, a única coisa que me ocorreu dizer foi:

⸺ Essa Selva Maria sabe das coisas. O que mais ela disse?

Mabel sorria meio enigmática, e respondeu:

⸺ Não seja indiscreto. Conversas entre nós duas, apenas.

⸺ O que ela poderia dizer que você não pode contar? – Questionei.

Mabel ficou me olhando, sem saber o que fazer. Eu insisti:

⸺ Vai, pode dizer. Não se prenda por nada.

⸺ Amor, ela é uma terapeuta, e mesmo sendo uma pessoa com quem eu tenho amizade, e muita intimidade, não posso falar a você o que ela diz para mim. É questão de respeito a ela. – Mabel argumentou.

⸺ Tudo bem. Então não diga. Está tudo certo. Tanto faz. – Eu falei dando de ombros. E continuei calado caminhando pela areia.

Não demorou muito e a Mabel que me seguia ao lado, perguntou:

⸺ Ficou chateado por eu não dizer?

⸺ Não, você disse que não deve falar. Eu respeito. – Respondi.

Eu sabia que ela ia acabar contando. Conheço minha esposa. No fundo ela queria contar. Não demorou nem um minuto, ela falou:

⸺ Ela disse que você não ia se incomodar, e talvez até concordasse com o rapaz. Depois, ela me perguntou o que eu senti, e eu disse a ela exatamente o que falei a você. Que fiquei um pouco excitada. Mas ela insistiu, dizendo que, certamente, mesmo sem eu assumir, eu devia ter gostado muito do rapaz me paquerar. E afirmou que foi isso que me excitou, porque eu secretamente, devia ter fantasiado alguma coisa.

Eu dei um sorriso quando ouvi, e comentei:

⸺ Viu? Eu a conheço muito bem. E a sua amiga terapeuta também. Você que se protege demais de você mesma. Abafa seus sentimentos. E não fala nada.

Mabel parecia intrigada. Disse:

⸺ Eu não entendo mais nada. O cara vem me paquerar, quase dando uma cantada direta na sua esposa, sugere que você até pode deixar eu ficar com ele se for liberal, e o meu marido não acha ruim. Pensei ainda que você ia ficar chateado de eu falar que fiquei excitada com a situação. Não o incomoda isso?

Eu parei de caminhar e fiquei de frente para ela. Resolvi saber mais e falei:

⸺ Não posso ficar chateado com isso. Não controlo seus sentimentos e reações. Mas, sinto que você não me disse tudo o que a Selva falou. Acho que tem mais conversa que você não me disse. Não confia em mim?

Mabel me observou, muito admirada. Parecia estar sem saber o que dizer. Deu uma respirada funda, e exclamou:

⸺ É verdade. Tudo bem, vou falar. Mas não brigue comigo depois.

Esperou uns segundos e continuou:

⸺ Ela perguntou por que é que a gente não aproveita e experimenta o que o rapaz sugeriu. Claro, eu perguntei se ela estava doida, se tinha fumado um, mas ela riu do meu espanto e disse que se eu parar de me reprimir, talvez, eu descubra que tenho vontade de fazer algo diferente, e que pode ser que você permita, já que é tão mente aberta e liberado. Foi o que ela me falou. Eu fiquei admirada.

Mabel deu uma parada, tomou fôlego e continuou:

⸺ Ela sabe do seu interesse pela vida liberal dos casais, pois já falei com ela sobre isso. Foi isso, exatamente, o que ela me disse, posso mostrar a conversa no meu telefone.

Eu ouvi aquilo, e senti um certo arrepio em minha coluna vertebral. A terapeuta tinha tocado num ponto muito sensível. A conversa tinha chegado novamente naquele assunto que eu tanto quis explorar com ela, num momento completamente diferente, e, agora, estava com a minha esposa sendo questionada pela própria terapeuta. Eu senti que precisava avançar, e falei:

⸺ Acho que você já se abriu com ela, pode contar, disse que teve vontade, fantasiou, mas nunca teve coragem de admitir isso, e morre de medo de falar sobre isso comigo. Não é assim?

Mabel parou, mordendo os lábios, nervosa. Ficou me olhando, pensativa. Eu sorri para descontrair o clima e ela então, respirou fundo, e resolveu falar:

⸺ Você parece que viu a nossa conversa. Nunca vi.

Deu uma pausa, coçou a cabeça, respirou fundo, e falou:

— Amor, eu nunca pensei em trair você, muito menos fazer algo que possa estragar nossa relação. Mas, nas conversas com minha terapeuta, eu tive que explicar que estou passando uma crise de falta de sexo, e que me sinto muito carente. Contei um pouco o que se passa com a gente, e ela analisou, acha que o seu problema é mais com você do que comigo. Pode ser físico e psicológico. Mas, ela também achou que eu provavelmente eu devo ter sim alguma relação com isso que você tem. Talvez você não perceba.

Mabel me olhava aguardando um comentário, mas fiquei quieto. Ela então falou:

— A Selva Maria quis saber o que eu fantasiava, quando me masturbava, e eu contei que na maior parte das vezes, imaginava estar fazendo sexo com você. Ela então, perguntou se era somente com você. Resolvi contar que algumas vezes eu fantasiava outras situações, sem você. Estava com muita vergonha de contar isso, mas ela me afirmou que é muito natural e normal.

Mabel deu uma outra pausa. Respirou, e continuou:

⸺ Disse que certamente, você também devia ter alguma fantasia com outras pessoas. Talvez, eu tivesse dificuldade em aceitar isso.

Mabel deu uma outra parada, observando a minha reação. Eu permanecia calmo, ouvindo. De repente, ela perguntou:

⸺ Quando você veio com aquela conversa de fantasias liberais, você pensava fazer o quê?

Eu respondi:

⸺ Não pensava fazer nada a não ser conversar mais, e estudar sobre o assunto, trocar ideias. Como fazemos agora. Compartilhar minhas ideias. Os especialistas dizem que é a coisa mais natural do mundo, a gente querer variar, experimentar coisas novas, apimentar a relação. Eu só queria conversar com você, saber o que você pensava.

Mabel me olhava muito tensa. Eu perguntei:

⸺ Por que você reagiu tão violentamente contrária quando eu quis falar?

Ela deu de ombros. Suspirou, pensou um pouco, depois disse:

⸺ Eu morro de medo de fazer algo que nos afaste, que nos separe. Achei que você já não estava mais me desejando como antes. Fiquei insegura. E depois que você começou a ter esse problema de ereção, fiquei mais apavorada ainda.

Na hora, eu achei que poderia contar o que senti com a reação dela:

⸺ Pois foi um banho de água gelada, a sua reação tão forte rejeitando a conversa, me assustou muito, e me surpreendeu. Sempre falamos abertamente sobre tudo. Mas daquela vez, você me reprimiu. Parecia ter medo até de tocar no assunto. Confesso que eu não esperava isso.

Mabel ficou me olhando pensativa. Eu não precisava dizer nada, ela era inteligente e capaz de fazer a associação. Então, ela se aproximou e falou em tom mais baixo:

⸺ Desculpe, amor, eu fiquei insegura. Agi errado. A Selva Maria disse isso mesmo. Ela acha que eu no fundo fico me reprimindo, com medo de assumir minhas fantasias.

Naquele momento, estávamos na praia, já um pouco distantes da pousada, o sol ia se esconder no fundo atrás da serra.

Passou por nós, passeando, a mesma mulher que havíamos visto pela manhã, na pousada, fazendo nudismo. Ela continuava nua e caminhava tranquila à beira mar. Era uma mulher madura, na mesma faixa de idade da Mabel, com um corpo bem conservado. Procurei não me distrair. Quando ela se distanciou mais, eu achei que era uma boa hora para questionar a Mabel mais claramente:

⸺ Mabel, me conta, quais são essas fantasias? Por que não fala comigo sobre isso?

Mabel havia ficado bem próxima, tínhamos parado de andar, e conversávamos ali isolados de tudo. Ela passou a mão nos cabelos, um gesto que indicava que estava um pouco nervosa. Depois respondeu:

⸺ Amor, eu tenho um pouco de vergonha. E medo de você ficar magoado comigo.

⸺ Vergonha do que, criatura? Logo comigo? Magoado como? - Eu encadeei as perguntas, para que ela esclarecesse logo.

Mabel falou com muita calma, em voz baixa:

⸺ Quando eu me masturbava, sempre fantasiava com você, mas, uma vez, eu li uma matéria numa revista feminina, acho que foi na Marie Claire, que tocava nesse assunto de fantasias eróticas. Tinha uns depoimentos de leitoras, e eu me peguei imaginando outras coisas, e pela primeira vez fantasiei uma outra situação erótica, sem ser com você. Me excitei na hora, mas depois me envergonhei e me culpei por isso. Não tinha nenhuma intenção de trair. Mas, depois, eu sempre voltava a imaginar situações diferentes. Fazendo sexo onde você não estava ou estava sem participar. Isso me excitava muito. Depois disso, li também sobre essa questão de que se deve apimentar a relação e fantasiar mais livremente. Eu então, fui me soltando e passei a fantasiar.

Mabel parou de falar por instantes, respirou fundo, e prosseguiu:

⸺ Coincidiu que foi quando você veio com aquela conversa sobre relacionamento liberal, e eu fiquei apavorada. Parecia que você tinha lido a minha mente, que desconfiava das minhas fantasias, queria me testar, e minha reação foi péssima. Insegurança total. Achei que queria buscar outras mulheres. Me desculpe, a culpa foi toda minha.

Eu precisava deixar que ela se soltasse mais:

⸺ Não tem cabimento ter vergonha, medo e insegurança. Nosso casamento é muito estável, e sempre fomos muito abertos. Sinceridade sempre nos uniu. Não entendi essa insegurança. Pode falar comigo o que quiser. Sabe que eu sou sempre muito acessível.

Mabel resolveu se desviar daquele ponto um pouco, e disse:

⸺ O seu problema de dificuldade de ereção, é que me tirou um pouco do equilíbrio. Agravou minha insegurança. E desde então, passei a me masturbar muito mais, e para isso, voltei a fantasiar...

Resolvi facilitar para ela:

⸺ Fantasia fazendo sexo com outros? É isso?

Mabel concordou em silêncio, com a cabeça, antes de falar. Me olhava mordendo o lábio inferior. Demorou uns segundos para dizer:

⸺ Sim, é isso. Não sei quem são. São só ideias vagas.

⸺ Qual o problema? – Perguntei.

⸺ Amor, eu achava errado, e fui falar com a Selva Maria, que me surpreendeu, disse que era muito normal e natural. Quando ela soube que estávamos com essa dificuldade na nossa relação, ela sugeriu que eu me abrisse com você, contasse minha fantasia, mas eu tive muita vergonha, e medo da sua reação. Não o quero magoar e nem agravar mais ainda o seu problema.

Eu voltei a sentir o arrepio na pele. A vida dava voltas, e era agora ela que me contava de sua vontade oculta, talvez desejo de sexo com outro. Perguntei:

⸺ Você fantasia ter sexo com outro? Qual o problema? Sente vontade?

Mabel não me respondeu de imediato. Passou as duas mãos sobre as faces, nitidamente ansiosa, buscando uma forma de dizer. Tentei facilitar:

⸺ Não tem problema, pode falar.

Ela disse, por fim:

⸺ Então, vou contar. Faz tempo que estou muito carente. Ultimamente, essa fantasia tem me atormentado as ideias.

Estiquei a mão, peguei na mão dela, e a puxei contra mim. Abracei-a, e disse com voz serena:

⸺ Querida, eu acho que você está sofrendo à toa. Eu não acho isso um problema. Na verdade, eu acho que pode ser uma solução. Você deve assumir o que quer, e buscar realizar sua fantasia, eu sou o seu marido, quero ajudar, dou força, não me oponho. Pelo contrário, pelo que eu já li, e entendi, acredito que não vou deixar de gostar de você por isso, e você precisa romper essa parede que a oprime. Experimente assumir o que quer.

Eu estava nervoso também, era uma situação limite, um assunto delicado, e mexia com nossos sentimentos. Peguei na mão da Mabel e retomei a nossa caminhada, enquanto falava:

⸺ Vai, sem medo, querida, me diz o que você sente. Que vontade tem?

⸺ Você não sente ciúme, não fica revoltado? – Ela me perguntou.

Tentei explicar o contexto:

⸺ Sentir ciúme só se você resolver se apaixonar por outro. Se não me quiser mais. Por hora, está só no mundo do desejo e da fantasia. Relaxa amor. Um pouco de ciúme é até bom. Me diz, você sentiu vontade de transar com outro? O garotão a excitou?

Mabel me olhava intrigada, atenta, meio tímida. Disse:

⸺ Você acha ruim se eu disser que senti tesão nele? Eu ando tão carente...

Eu fiquei excitado de saber aquilo. Tratei de responder:

⸺ Não acho nada ruim. Eu prefiro que você assuma e diga a verdade. Se tem curiosidade ou vontade, prefiro que você admita. Melhor do que esconder. Se quiser mesmo fazer algo, eu não vou ser contra.

Mabel parecia não acreditar em mim. Olhava desconfiada, e questionou:

⸺ Eu não sei o que dizer. Estou confusa. Mas é verdade, senti tesão demais hoje. Você não vai se zangar?

⸺ Não vou zangar. Eu sempre achei que a sua rejeição, até de falar comigo sobre isso, era só medo de assumir. Agora que assumiu, se sente melhor?

Mabel não respondeu à pergunta. Parou de andar e eu parei também, olhando para ela. O sol estava por um fio para sumir atrás da serra e estávamos já quase na penumbra. Em segundos ia ficar mais escuro. Em vez de responder, ela perguntou:

⸺ Então, você aceita? A Selva Maria disse que você muito provavelmente aceita, que deve ter curiosidade numa coisa dessa, até deve sentir tesão com isso. Pelas suas conversas, ela acha isso. Ela falou que é provável que você se excite em me imaginar no sexo com outro homem.

Eu estava inteiro arrepiado. A terapeuta revelou que sabia bastante sobre esse tema. Mudei a forma de questionar. Para mim, era importante que a Mabel assumisse sua vontade e não sendo a minha vontade ou apenas o que achava a terapeuta:

⸺ Primeiro, me diz, você quer dar para ele? Tem esse desejo?

Mabel mordeu o lábio, as narinas dilatadas, os olhos bem abertos. Ela abaixou o olhar e disse:

⸺ Ah, amor, que é isso! Tenho vergonha de assumir.

Ficou calada por uns segundos, eu não disse nada, e de repente ela me olhou dizendo:

⸺ Mas, é verdade, acho que eu quero. Sim! Senti vontade.

Um arrepio percorreu novamente toda a minha coluna e me agitou o corpo. Eu sentia um certo nervosismo ao ouvi aquilo. Mas também sentia tesão.

Na hora, na vida real, é diferente de só fantasiar. Resolvi contar o que me motivou a puxar aquele assunto, meses antes:

⸺ Mabel, eu tenho um amigo, no clube dos C.A.C. que descobri ser liberal e sua esposa é assumida, uma hotwife, e ele certamente é um Cuckold, ou corno, como se diz aqui. Deixa a esposa ter sexo com outros.

Mabel não entendeu:

⸺ Como é que é?

Eu continuei a explicar:

⸺ Eu fiquei intrigado com isso quando soube e fui pesquisar, e senti muita excitação, pois tomei contato com esse mundo liberal. Imaginei você se libertando de princípios repressores, e assumindo seu tesão livremente.

Fiz uma pausa, respirei e prossegui:

⸺ Sei que você é uma mulher muito quente, gosta de sexo, e é natural ter curiosidade e esse tipo de vontade de variar um pouco. Na época me excitou muito imaginar isso. Era sobre isso que eu queria falar. Mas você nem quis falar e me castrou. Mas, agora, depois das conversas com a sua amiga, assumiu.

⸺ Mas eu comecei a ter esse tipo de fantasia agora, mais recentemente. – Disse ela.

Respondi:

⸺ Olha, eu sei que foi agora que você assumiu a fantasia, mas acho que a vontade ou curiosidade já existia, e você reprimia. Tanto é que rejeitou muito forte quando eu toquei no assunto. A reação violenta é uma prova de que mexeu com você. Tirou você da sua zona de conforto.

Mabel ficou pensativa. Parecia mais calma, menos nervosa. Ela falou:

⸺ A Selva Maria usou esse termo, Cuckold. Disse que você talvez tivesse esse fetiche. É o homem que se excita e gosta de ver a parceira com outro, não é?

⸺ Sim, é isso. – Concordei. E prossegui:

⸺ Não sei se tenho o fetiche. Quando eu vi o casal de amigos, e fui ler, me excitei com a ideia. Queria mesmo saber sobre isso quando eu quis conversar. Mas você nem admitiu a conversa. Só agora que está falando comigo neste assunto. – Respondi.

Eu queria que ela se assumisse, então perguntei:

⸺ Você quer mesmo experimentar? Me diz com sinceridade.

Mabel olhou para o próprio pé, pensou, e depois ergueu a cabeça mordendo o lábio inferior, e me olhou nos olhos. Depois abaixou o olhar novamente e confirmou:

⸺ Eu, hoje, fiquei com vontade, amor. Não sei se é meu estado de tesão constante. Mas só se você não acha ruim, se não for contra.

Eu estava nervoso. Fiquei excitado, sem ereção, mas com a respiração mais forte. Mas, como já estava escuro a Mabel não notou. Eu disse:

⸺ Querida, eu sou seu marido, e parceiro. Eu prefiro que você faça, experimente. Só assim vamos saber o que sentimos. Não acho ruim, não arranca pedaço, como já li escrito. Vou aproveitar e tentar repetir um texto que eu li, de um autor de contos que eu admiro. Ele disse mais ou menos assim: “São paradoxos da vida conjugal - Posso afirmar, que muitos dos leitores que gostam das minhas histórias, de corno, adorariam se as suas esposas aceitassem experimentar uma transa com outro. Conheço inúmeros maridos que morrem de vontade que suas esposas sejam hotwifes, e na cumplicidade com o marido, queiram ter aventuras com outros parceiros. Mas elas ficam resistentes, não aceitam, não querem nem ouvir falar. Tal como você. Morrem de medo de descobrir que podem ser muito mais bem satisfeitas sexualmente, que podem gostar muito da fruta do outro”.

⸺ Em outro comentário ele afirmou: “Elas temem que o seu mundinho conservador desmorone diante dessa realidade. Com isso, vivem se castrando e se limitando. É a maioria. Um dia a vida passa, todos envelhecem, e no final descobrem que não viveram tudo o que desejaram e poderiam ter vivido. Mas já será tarde. Ou pior ainda, uma hora, aparece a tentação mais forte do que a capacidade de resistir, o desejo atenta, o tesão esquenta, e elas traem seus maridos. Aí, a merda está feita. Pois traição é algo que fere, magoa, deixa frustrado, cria desconfiança, e deixa marcas. Neste sentido, é muito melhor fazer tudo de comum acordo e com a cumplicidade dos parceiros. Mas a grande maioria prefere esconder e trair do que jogar limpo e claro. Vai entender essa realidade”.

Quando terminei de falar eu vi que a Mabel estava admirada. Então eu concluí:

⸺ Se você quer provar, eu espero que seja bom para você, e se for bom para você, será para mim. Me diga, o que é que você sentiu?

Mabel se colou em mim e me abraçou, dizendo:

⸺ Eu amo você, não preciso de mais ninguém. Mas estou muito carente de sexo, quero ser fodida com força, por muito tempo. Preciso gozar numa rola bem dura. Você só me deixa mais tarada ainda e o Lucky despertou meu desejo, com o desejo dele. Ele é simpático, educado, gostosinho, parece ser experiente. O jeito dele de tarado me deixou com tesão. E aqui, ninguém nos conhece, me sinto mais livre, como ele mesmo disse. Por isso, pensei...

Eu estava excitadíssimo de ouvir minha esposa me confessando aquilo, e não sabia ainda como meu pau não tinha ficado rijo. Era uma coisa muito estranha. Meu pau mole e eu louco de excitação. Eu falei:

⸺ Tudo bem, eu aceito, e vou ajudar.

Mabel balbuciou baixinho:

⸺ Vai aceitar ser corno, amor? A Selva Maria e o Lucky dizem que o marido que deixa é corno.

Estremeci novamente ao ouvir Mabel falando daquele jeito, e respondi:

⸺ Aceito. Deixo você fazer. Só peço que vocês sejam discretos. Só ele e você vão saber que vou ser seu corno.

Senti a Mabel estremecer nos meus braços. Ela me beijou muito excitada, com um beijo demorado. Notei que ela estava arrepiada também. Quando terminamos ela perguntou:

⸺ Me diz, amor, você aceita sem problema? Sente tesão com isso? Quer mesmo ser corno? Está bem com essa loucura?

⸺ Eu aceito. Fico até bem excitado de ser cúmplice da sua fantasia, e saber que você, por fim, está se soltando. Você merece.

Mabel me apertou num abraço forte, e disse no meu ouvido:

⸺ Ah, amor, que tesão que me deu agora! Sua cumplicidade é a maior prova de que me adora. Você não existe. É especial!

Respondi:

⸺ Eu existo sim, e vou dar toda liberdade para você. Quando o Lucky vier falar comigo hoje, eu digo que não fico zangado, que eu até libero você se você quiser, ele tem apenas que ser muito discreto respeitador, e conseguir convencer você.

Mabel me deu outro beijo intenso, sussurrando:

⸺ Eu amo você, querido. Ah, que tesão... obrigada...

Senti os bicos dos seios dela pressionando a malha fina do biquíni e a canga que ela usava enrolada no corpo. Levei a mão por baixo, pelo vão da canga e passei sobre a xoxotinha. Senti o biquíni molhado e quente. Exclamei:

⸺ Está meladinha já? Tudo isso é vontade de dar para o rapaz?

⸺ Estou melada, amor, vivo assim agora, estou tremendo de tanto tesão e nervoso. – Ela respondeu, e logo perguntou:

⸺ Como é que vamos fazer?

Abraçado a ela, eu também estava trêmulo, excitado, e falei o que me veio à cabeça:

⸺ Vocês podem usar o bangalô, usam o nosso quarto.

Mabel falava em voz muito baixa, como se fosse segredo:

⸺ Eu queria ficar só com ele, se você não se importa. Na primeira vez, só os dois. Vou ficar mais à vontade. Mas, quero você por perto, amor. Não quero ficar longe.

⸺ Eu fico fora. Na varanda. Tem uma rede. Está uma noite quente. Sem problema. – Respondi.

⸺ Obrigada amor. Você é mesmo incrível. – Ela disse com voz emocionada.

⸺ Eu vou ser feliz por você, querida. Aproveite. Eu vou ficar satisfeito de saber que realiza a sua fantasia. – Respondi.

Mabel perguntou em tom bem baixinho:

⸺ Vai ser a sua fantasia também?

— Claro que vai. – Confirmei.

— Jura? Quer ser corno? Tem tesão nisso? – Mabel insistiu.

⸺ Por enquanto eu estou cheio de tesão. – Falei.

Mabel passou a mão na minha virilha e meu pau não estava duro. Ela ficou me olhando intrigada e eu afirmei:

⸺ Relaxa, eu sinto tesão. Estou cheio de tesão. Não sei como meu pau não subiu. Isso é que me intriga. Não sei o que se passa. Por isso acho justo você aproveitar agora.

Fui levando-a de volta para a pousada. Estava escuro mas caminhávamos na areia, sem dificuldade. Nós dois respirávamos ofegantes de emoção. As próximas horas nos reservavam grandes emoções.

#Mabel: Na minha terapia, quando eu tive coragem de contar para a Selva Maria, ainda cheia de vergonha, a minha fantasia, ela me tranquilizou e disse:

⸺ Acho que está fácil resolver essa questão. Se você quiser passar da fantasia para a realidade, acredito que o seu marido vai aceitar facilmente.

Eu não sabia como ela podia dizer aquilo sem falar com ele, então questionei os motivos dela fazer aquela afirmação. Selva explicou:

⸺ Pelo que você me contou, da conversa que ele quis ter com você, provavelmente ele é mais curioso ainda sobre o mundo Cuckold, do que você imagina, já deve ter lido e pesquisado e muito provavelmente deve ter o fetiche do corno. Estava querendo saber o que você achava disso.

Aquilo, num primeiro momento me chocou um pouco. Pensar que o Gil, tão heterossexual, tão viril e tão tarado por sexo, querer ser corno, era intrigante.

Eu não entendia bem esse tipo de reação. E eu quis explicações. Ouvi atentamente os argumentos dela:

⸺ Observar ou saber que a parceira está fazendo sexo com outra pessoa, é um fetiche mais comum nos homens do que a maioria imagina, muitos homens se excitam com a ideia, e o corno tira muito prazer disso. Os parceiros não associam essa prática com infidelidade nem com amor. Para eles, o sexo com outros, sendo consentido, não é traição e isso pode proporcionar muita satisfação e ainda melhorar o relacionamento.

Claro que eu não entendia nada, mas ela me explicou mais:

⸺ O corno, experimenta uma enorme satisfação em ver sua parceira, sendo objeto de desejo e sedução de outro macho. É como se a sua parceira se tornasse ainda mais interessante, mais desejada, por ser liberada e ativa. E os cornos que são voyeurs, costumam alimentar a ideia de que a mulher é uma “safada”, uma mulher adepta do sexo sem limites. Ter uma mulher ativa sexualmente e que gosta de variar os parceiros, excita o corno, pois ele, normalmente, se sente mais tarado ao ser cúmplice da safadeza da parceira com seus amantes. Ele tem tesão de permitir sua esposa se deliciar com outro.

Tudo aquilo me surpreendia, pois eu não fazia ideia de que poderia ser daquela forma, e que o Gil tivesse aquele fetiche. Mas ouvindo-a explicar, passei a entender melhor. Perguntei:

⸺ No caso do meu marido ter o fetiche de ser corno, como eu vou saber? E como devo agir?

A terapeuta explicou:

⸺ O melhor caminho, é uma conversa franca e aberta. Fale com ele.

Eu me desculpei:

⸺ Ah, mas eu não tenho coragem, não quero ofender ou magoar o Gil.

A Selva Maria me fez uma pergunta direta e embaraçosa:

⸺ Você não fantasia em ter relações com outro homem? Não tem essa vontade?

Mesmo envergonhada de assumir, eu concordei com ela. Selva então, me estimulou a provocar meu marido, para ver sua reação. E era o que eu estive fazendo.

Naquela tarde, teclando com a Selva, eu disse que estava sendo desejada pelo Lucky, e que eu senti muito tesão nele. Então ela escreveu:

“Então, continue a provocar o seu marido, para que ele traga novamente o assunto. Se ele tem vontade de ser corno, vai revelar. Se você está com tesão no rapaz, então aproveite. Você está quase se tornando uma “putinha” liberal, como eles chamam. Logo terá coragem de assumir o seu desejo para o marido. Vai sentir tesão em contar para ele. Aproveite, provoque o seu corno. Se perceber que ele está aberto a isso e aceita tudo, tem o caminho livre para isso”.

Teclando com ela, vendo tudo aquilo que ela escreveu, imaginando tudo que ela me dizia, fiquei muito excitada e confessei que me excitava só de imaginar. Ela escreveu:

“O prazer, para alguns corninhos, está no fato de assumir mesmo o papel de observador, ou seja, eles nem ficam no ambiente onde está rolando o sexo. Preferem espiar pela janela, ou pela fresta da porta. Para eles, isso torna a experiência ainda mais excitante. E tem mais. Observar a esposa no sexo com outro, também pode funcionar como uma espécie de combustível do tesão. Isso pode, depois, levar o seu corninho a também querer participar da brincadeira. Quem sabe não ajuda o seu marido a ter novamente a ereção”?

Eu respondi:

“Meu marido não é meu corninho. Eu ainda não fiz nada”.

Foi nessa hora, de tarde, que o Gil acordou e apareceu na sala enquanto eu teclava com a terapeuta. Selva Maria, respondeu, colocando umas carinhas de capetinha, o sinal de chifre, com o mindinho e o indicador esticados e os dois dedos do meio dobrados, e teclou:

“Para muitos, só o fato de você ter vontade e admitir que quer dar para outro, já faz seu marido ser seu futuro corninho. Mas ele tem que querer. Portanto, não esquente com isso. Nós duas sabemos agora que ele já é corno. Só falta ele admitir e concordar. Mas, do jeito que você está tarada, eu acredito que na prática ele vai ser seu corninho, muito em breve”.

Eu sorri, nervosa de ler aquilo. Digitei:

“Será? Ele acabou de acordar. Me viu aqui teclando. Será mesmo que ele deixa”?

Selva Maria teclou de volta:

“Se você souber pedir com jeitinho, contar que está louca de vontade de dar para o rapaz, eu posso apostar que ele deixa. Até vai estimular você, e ajudar.

Intrigada, questionei:

“Como pode ter tanta certeza”?

Ela respondeu,

“Todo o quadro que me contou dele, me leva a achar que o Gil é um corno, tem esse fetiche, fantasia você com outro, que por algum problema físico ou emocional, perdeu a capacidade de ereção. Talvez seu marido tenha muita vontade de que você aprenda a ser uma putinha safada e liberada, que goze muito com um amante. Acredite”.

Em outra frase que digitou, continuou:

“Isso poderá satisfazer a ele por reflexo. Para homens com quadros de disfunção erétil, observar ou saber da mulher com outro, também pode servir como uma espécie de projeção. É como se ele estivesse transando ali, através do amante, mesmo que não consiga ou não possa”.

Eu estava admirada como ela tinha profundo conhecimento daqueles temas. E ficava mais excitada lendo aquilo Para finalizar, perguntei:

“Na sua opinião, eu devo mesmo realizar minha fantasia com o Lucky”?

Ela devolveu:

“Não posso ter opinião. Não me cabe eu dizer o que você deve fazer. Mas, me responda, não é isso que você deseja? Se for, vai nessa, sua safada. Verifique com seu marido se ele deixa e aproveite”!

Muito excitada respondi:

“Vamos ver. Vou seguir suas dicas. Vontade não falta, mas preciso ter coragem”.

Depois que mandei a resposta para ela, convidei o Gil para caminhar na praia. Pretendia falar com ele finalmente.

E depois, já naquele instante, ali na praia já no escuro, eu pensava em tudo aquilo, e verificava que a Selva Maria além de muita experiência, tinha toda a razão. Meu marido havia acabado de me confirmar tudo, e assumia a vontade de ser corno, se comprometendo a me ajudar para realizar minha fantasia. Meu estado de excitação era enorme.

Voltamos abraçados para o nosso bangalô, e eu fui tomar banho e me arrumar para o jantar.

Continua na parte 3.

Meu e-mail: leonmedrado@gmail.com

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Foto de perfil de Leon-MedradoLeon-MedradoContos: 298Seguidores: 746Seguindo: 171Mensagem Um escritor que escreve contos por prazer, para o prazer, e com prazer.

Comentários

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Realmente, uma história em igual nesse site, maravilhosa, empolgante, excitante. Parabéns. Vamos aguardar pela continuação. ksado44sp@bol.com.br

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O gostoso dessas histórias não é o sexo em si mais todo o contexto que envolve a situação nota mil Leon parabéns amigo.

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Realmente o clima é a ambientação é mais importante que o sexo.

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Excelente texto. O melhor disparado na redação. Parabéns meu irmão.

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Uma história muito interessante. Agora essa Terapeuta tem um nome estranho , não sei como uma pessoa dessas não senti vergonha do nome . Ei teria ido a justiça pedir para mudar

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Acredite, esse nome existe. E tem mulheres que tem orgulho dele. Basta dar um Google e vai encontrar.

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Eu não duvido que exista. Só acho um nome diferente,fora do comum e estranho

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Excelente o texto é como flui o papo dos dois até culminar na confissão e ela assumir que deseja transar com o Lucky.

3⭐️

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Valeu. Teve muita "carpintaria" nesse texto, elaborando os diálogos dos personagens. Quando me contaram a história não tinha quase diálogo. Fui criando conforme eu pegava o que cada um contou.

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Gosto muito dessa narrativa, ainda mais sendo o conto com essa veracidade, com a trama. Concordo que muitos homens e mulheres tem essa fantasia e não se liberam. Que venha os próximos capítulos.

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Se eu contar quantos leitores me escrevem contando que vivem esse tipo de dilema, você nem acredita. Eu tive a sorte de pegar um casal que contou sem esconder nada.

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Foto de perfil de Majases ♠️♥️♠️

Deliciaaa de narrativa para casais liberais e maduros como nós que passamos por estas fases mesmo sem disfunção erétil.

Estamos adorando viuuuu

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Nosso amigo Gil está naquele momento pavor, e angústia. O pau não sobe e o tesão não passa. Hehehe Vida dura.

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Impressionante, sempre foram dois safados, mas levaram 39 anos pra se liberar.

Agora siam a coisa vai ficar uma delícia

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Levaram30 anos juntos, mas somente no final é que surgiu a curiosidade e a vontade de experimentar. Aproveitaram as férias.

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