O vizinho 12 - Seu doido! - 2ª temporada

Um conto erótico de Galático
Categoria: Homossexual
Contém 1715 palavras
Data: 20/09/2024 03:48:53

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Eu ainda estava tentando processar tudo. O quarto parecia mais vazio do que nunca, apesar da mala aberta no chão, ainda com roupas amassadas de viagens passadas. A decisão de ir para Minas era algo que pesava em mim há semanas. Minha cabeça não parava de girar, pensando em deixar tudo para trás e começar de novo. Mas Denise... sempre com aquela capacidade de dizer exatamente o que eu precisava ouvir.

“Talvez você só precise de um tempo. Um mês, para respirar.”

Um mês. Não era tanto assim, certo? O suficiente para me afastar do caos e, ao mesmo tempo, não tão definitivo. Apenas um mês longe de tudo e de todos. Fiquei repetindo isso para mim mesmo enquanto digitava a mensagem para ela. "Vou passar só o mês de dezembro em Minas. Acho que é o melhor por enquanto."

Quando apertei o "enviar", senti o alívio momentâneo, mas aquele peso no peito ainda não tinha ido embora completamente. Havia algo que faltava. Algo que eu estava evitando sentir. Ou, melhor dizendo, alguém.

Fazia semanas que eu não via o Gui. O silêncio entre nós, depois de tudo o que aconteceu, era ensurdecedor. Mas, ao mesmo tempo, era o que eu achava que precisávamos. Tempo. Espaço.

Comprei as passagens de ida para dois dias e de volta para o dia 3 de janeiro, estava animado por um lado, ver meu pai, minha cidade e etc, iria recarregar as energias.

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Narrado por Guilherme

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Eu estava sentado no sofá, encarando a TV, mas não absorvendo nada do que estava passando. Minha mente estava em outro lugar, em uma espécie de limbo. Eu e o André não nos falávamos direito há semanas, e a distância entre nós parecia só aumentar. Havia uma parte de mim que achava que isso era o certo – dar espaço para ele, para mim – mas outra parte só queria consertar as coisas. Queria saber o que ele realmente sentia. O que eu realmente sentia.

O som da campainha quebrou meu devaneio. Quem será que apareceria sem avisar? Levantei, tentando sacudir a apatia dos últimos dias, e fui até a porta.

Quando abri, lá estava Denise, com uma expressão que misturava urgência e preocupação. Ela entrou antes mesmo de eu convidá-la, claramente com algo importante a dizer.

Denise - Guilherme, a gente precisa conversar... A Cuca ta aí?

Senti um aperto no peito. Denise nunca começava uma conversa assim se não fosse sério.

Eu- Não, ela vai passar o final do ano em São Paulo e levou o Cauãn...O que foi? Aconteceu alguma coisa com o André?

Ela balançou a cabeça, mas não me tranquilizou.

Denise - Ele está bem, mas... ele comprou passagens para Minas. Vai embora daqui a dois dias.

Senti um baque no estômago, como se tivesse levado um soco.

Eu - Minas? Como assim?

Denise - Ele vai passar só um mês lá, mas... você sabe como o André é. Esse 'só um mês' pode virar algo maior se ele não se resolver. Ele tá perdido, Gui. E você... você precisa falar com ele.

Eu me joguei de volta no sofá, passando as mãos pelos cabelos.

Eu- Falar o quê, Denise? A gente nem tem falado direito. Eu nem sei mais o que dizer. Parece que... parece que a gente está cada vez mais distante.

Ela se sentou ao meu lado, me encarando com aquele olhar firme de quem já sabia o que ia falar antes mesmo de eu terminar.

Denise - É exatamente por isso que você precisa ir. Você precisa dizer o que está entalado na sua garganta faz tempo. Eu sei que você sente algo por ele, e o André... ele também sente. Só que nenhum de vocês está disposto a admitir.

Eu - Denise... comecei, mas ela me cortou antes que eu pudesse dar qualquer desculpa.

Denise - Não fode em Guilherme, ele vai embora em dois dias. Talvez essa seja a única chance que você tenha pra ser honesto, de verdade. Se você não fizer nada, pode perder ele. E eu sei que você não quer isso.

As palavras dela pesaram como um tonelada em cima de mim. Ela estava certa, claro que estava. A ideia de André indo para Minas sem saber o que eu realmente sentia, ou pior, pensando que a nossa distância era definitiva, me aterrorizava.

Mas ir atrás dele... eu não sabia se teria coragem. E se ele já tivesse decidido seguir em frente sem mim? E se tudo isso fosse apenas coisa da minha cabeça?

Eu - Eu... não sei o que dizer, Denise," admiti, tentando organizar o caos de pensamentos que corria pela minha mente. "E se ele não quiser me ouvir?

Ela sorriu de leve, mais compreensiva dessa vez.

Denise - Você vai saber o que dizer quando chegar lá. O importante é que você vá. Não deixa o medo te parar. Você sabe que o que vocês têm é mais do que só amizade.

Denise sorriu, satisfeita, e se levantou, como se já soubesse que eu chegaria a essa conclusão. "Vai lá, Gui. Não deixa passar."

Ela saiu, me deixando sozinho com meus pensamentos. Dois dias. Eu tinha dois dias para fazer as malas e ir até Minas. Para falar com ele. Para finalmente ser honesto, comigo e com ele.

Meu coração estava acelerado só de pensar nisso. Mas agora não havia mais volta. Eu precisava ir até ele, precisava dizer o que estava preso em mim há tanto tempo.

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O relógio na parede parecia estar em câmera lenta. Dois dias tinham passado desde que eu soubera da viagem de André, e cada hora que se arrastava só aumentava a pressão dentro de mim. Eu sabia que tinha que ir, mas agora, a ideia de que ele estava prestes a deixar tudo para trás, talvez para sempre, me consumia.

“Eu vou, eu vou...” murmurei para mim mesmo, quase como um mantra. A ideia de ficar parado, sem fazer nada, era insuportável. Peguei a chave do carro, mas uma parte de mim hesitava. E se ele não quisesse me ver? E se eu chegasse a tempo? As dúvidas dançavam em minha mente, mas, no fundo, uma certeza se formava: eu precisava tentar.

Quando cheguei ao aeroporto, meu coração batia a mil por hora. O movimento ao redor era frenético, mas tudo parecia um borrão. Eu olhei para o painel de partidas e o que vi fez meu estômago despencar. O voo de André estava prestes a partir. O tempo estava se esgotando.

Corri para a área de embarque, passando por pessoas e fazendo malabarismos com a mala que parecia pesar uma tonelada. A cada passo, o pensamento de perdê-lo me impulsionava ainda mais. Ele não podia ir embora sem saber. Sem saber o que eu realmente sentia.

Finalmente, avistei a fila de embarque. A adrenalina me levou a acelerar o passo, e, em um ato de desespero, eu gritei seu nome: “André!”

Ele se virou, os olhos arregalados de surpresa. Estava prestes a entrar na porta da sala de embarque, mas hesitou. No momento em que nossos olhares se encontraram, senti uma onda de esperança e medo.

“Guilherme?” Ele parecia tão perdido quanto eu, mas algo mudou na expressão dele, como se tudo que precisássemos dizer estivesse prestes a ser revelado.

Corri até ele e, sem pensar, o abracei com força. Os braços dele se fecharam em torno de mim, e, por um instante, tudo parecia certo. O tumulto ao nosso redor desapareceu, e só existíamos nós dois.

André - Seu doido!

Eu - Vamos fugir disso, deixa eu ir contigo passar esse mês?

André - Como assim? Como você sabia?

Eu - Denise

André - Aquela vadia... Meu Deus..

Eu - Em! Deixa?

André - Mas Gui??? Cade tua mala? Passagem? E o Cauãn e a Milena?

Eu - Deixa comigo.

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Narrado por André

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O coração ainda batia descompassado quando Guilherme e eu saímos do abraço, e a adrenalina ainda pulsava em minhas veias. Ele não tinha trazido malas, mas, como sempre, carioca da seus jeitos, e seu dinheiro também haha lhe permitiu comprar tudo que precisávamos no aeroporto. Não era a primeira vez que eu pensava na maneira despreocupada com que ele lidava com essas coisas. Estávamos decididos, e isso era o que importava.

Depois de algumas corridas por entre os passageiros, conseguimos comprar nossas passagens para o próximo voo. Senti uma mistura de alívio e empolgação enquanto nos sentávamos no avião, lado a lado, prontos para embarcar em uma nova aventura. A ideia de passar um mês com Guilherme em Minas me enchia de expectativa.

O voo foi tranquilo, mas minha mente estava longe. Eu pensava em como essa viagem poderia ser um divisor de águas para nós dois. O que eu não imaginava era que a chegada em Minas seria tão cheia de calor familiar.

Assim que desembarcamos, meu pai já estava à espera na área de embarque. Quando ele me viu, um sorriso se espalhou pelo rosto dele, mas logo se transformou em uma expressão de surpresa ao notar Guilherme ao meu lado.

Pai - Guilherme! O que você está fazendo aqui? Ele parecia tão animado.

Guilherme - Oi, tio! Decidi acompanhar o André. Pensei que seria uma boa oportunidade, Guilherme respondeu com aquele jeito despreocupado, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Meu pai riu e balançou a cabeça, claramente feliz.

Pai - Pelo menos alguém pra ver o jogo comigo, ele disse, piscando para mim. Eu só pude rir da maneira como ele sempre trazia o futebol para as conversas. Era típico dele.

Enquanto dirigíamos pelas ruas de Minas, as lembranças da minha infância começaram a inundar minha mente. A sensação de estar em casa misturava-se com a expectativa de ter Guilherme ao meu lado. Era como se os dois mundos finalmente se encontrassem.

Pai - Então, você está preparado para um mês cheio de jogos e comida boa? meu pai perguntou, claramente animado com a ideia de ter Guilherme por perto.

Guilherme - Com certeza!

Eu não pude deixar de notar a forma como ele se encaixava na dinâmica da minha família, como se sempre tivesse feito parte dela.

Olhei para ele, e a adrenalina do nosso reencontro ainda pulsava em mim. Aquela viagem prometia muito mais do que eu tinha imaginado, e a cada quilômetro que percorríamos, eu sentia que algo especial estava prestes a acontecer.

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Vocês me permitem dar uma sumida agora? Abasteci legal hahahahaha

Bjs <3

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Comentários

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Menino, que bom que voltou a escrever mas toma teu tempo. Porque a história ficou extremamente apressada.

Tudo muito rápido e sem emoção. Nem o “eu tenho q escolher entre meu filho e a pessoa q eu amo” ficou apagada. Nem o André nem o Gui reagiram a essa declaração feita pela primeira vez de forma romântica.

Ficou parecendo série que foi cancelada e deram 1 episódio só pra finalizar tudo.

Toma teu tempo, volta a escrever com paciência e emoção mesmo q demore mais meses. Liga pro q o povo fala não. E apimenta as coisassssas

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Não permito dar sumida nenhuma. Seu abastecimento nem compensou o sumiço passado kkk. Pode voltar aqui. O máximo que permito são 2 capítulos por dia kkkkkk

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