Me leve para a praia 16

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4377 palavras
Data: 23/09/2024 00:06:24
Assuntos: Amigo, Beijo, Gay, nerd, Oral, Sexo gay

São dez da manhã quando abro os olhos. Ciço continua dormindo no meu peito; o quarto está frio por conta do ar-condicionado, mas seu corpo me mantém aquecido. Não existe outro lugar em que eu quisesse estar mais do que aqui com ele. Meu agora namorado dorme tranquilo em meu peito; até seu ronco é a coisa mais linda do mundo.

Quando era mais novo, pensava em como seria perder a virgindade. Até cheguei a acreditar que perderia com Rick, imaginando como seria: se ele seria delicado e gentil ou se seria uma foda rápida e escondida, quando ele desapareceu da minha vida foi difícil acreditar que alguém poderia me amar, foi horrivel.

Meu mundo nunca mais foi o mesmo, fui abandonado por ele logo depois de descobrir que ser abandonado não era novidade na minha vida, Rick me beijou e foi embora, não apareceu para o meu aniversário, não apareceu no dia seguinte e nem no outro e então veio a notícia, Rick havia indo embora sem nem se despedir de mim.

No momento em que mais precisei dele, ele sumiu, chorei por semanas no quarto, até minhas lágrimas secarem e perceber que ele não voltaria, um mês depois no nosso beijo já estava cansado de chorar, então fui a praia e com o mar e a lua como testemunhas jurei que faria o possível para provar meu valor para os meus pais e que viveria minha vida sem esperar por Rick e nem por ninguém, disse para mim mesmo naquela noite Daniel você não nasceu para ser amado, então pelo menos seja útil.

— Bom dia, namorado — Ciço me beija gentilmente.

— Bom dia namorado — digo abrindo um sorriso — te acordei?

— Não, só me deu vontade de ir ao banheiro — diz ele, começando a se levantar.

— O poxa pensei que era por minha causa — digo olhando para sua ereção.

— E quem te disse que não é? — Diz ele, erguendo as sobrancelhas de forma sugestiva e cômica.

— Tão romântico — digo.

Posso não ter perdido minha virgindade com meu primeiro amor, mas no fim foi até melhor, porque me entregar para o Ciço foi a melhor experiência da minha vida, ainda consigo sentir que ele esteve dentro de mim e para falar a verdade estou ancioso para voltar a tê-lo dentro de mim o quanto antes, sexo pode ser bom, pode ser maravilhosos até, mas fazer amor com ele não tem comparação, o que fizemos ontem foi mais do que transar, ontem Ciço e eu nos conectamos, demonstramos nossa devoção um pelo outro.

— Vem tomar banho comigo — diz quando volta do banheiro com a cueca marcada pelo seu membro duro.

Não resisto e nem quero, vou até ele tirando minha roupa pelo caminho, Ciço tira a cueca ficando completamente pelado assim como eu, nosso beijo é quente e eletrizante, seu toque queima minha pele, estou tão duro que chego a tremer de tanto tesão, Ciço me agarra e me arrasta para o banheiro, entramos no box juntos.

— Te quero Ciço.

— Fala assim não, que você me deixa maluco das ideias — ele me diz com sua boca em meu pescoço.

Quero senti lo mais uma vez, preciso dele dentro de mim, meu corpo pede pela mesma sensação de ontem, então para provocá-lo me viro de costas deixando que seu membro fique bem na minha entrada, só de sentir a leve pressão para entrar meu corpo se aquece, Ciço morde minhas costas de leve, ele faz pressão, mas sem entrar em mim, é uma tortura para nós dois, ele quer entrar e quero que ele entre, chego a rebolar fazendo com que seu membro fique cada vez mais encaixado em mim.

— Amor você vai me matar — sua voz roca me instiga a enpurrar um pouco o quadril para tráz, fazendo com que ele comece a me penetrar, mas ele para e recua.

— Espera amor, você quer mesmo? — Sua voz sai com urgência e tesão.

— Quero, entra em mim, me deixa te sentir de novo — digo rebolando em seu membro de novo.

— Porra amor, espera.

Ele vai até o quarto e volta quase que correndo, Ciço trás uma camisinha e o lubrificante nas mãos, ele coloca a camisinha com agilidade e lubrifica bem sem membro e minha entrada, depois me segurando pela cintura e pelo ombro volta a fazer pressão para entrar em mim, assim que seu pau desliza para dentro solto um gemido de dor, ele para de imediato perguntando se estou bem, digo que sim e para que continue.

Ciço me preenche com seu grosso membro, quando finalmente está todo dentro de mim ele me abraça com força, aproveito para empurrar ainda mais meu quadril para trás, a dor não é nada perto do prazer que estou sentindo, sinto seus dentes em minhas costas de novo, ele está ficando louco, prestes a perder o controle e quero que ele perca, quero dar a ele o mesmo prazer que ele me deu ontem, Ciço está se controlando e sendo gentil, porém quero que ele me pegue do jeito que está com vontade de fazer, então estou rebolando de novo.

— Dan, para com isso — Ciço me adverte, mas quero mais, quero sofrer na vara deliciosa do meu namorado.

— Me come, quero saber como é ser fodido com força — digo da forma mais devassa que consigo.

Não é preciso pedir duas vezes, Ciço começa a entrar e sair de mim com tanta força que me faz ver estrelas, mordo o lábio para não gemer de dor e fazê-lo parar, agora que ele começou quero ir até o fim. Seu pau entra e sai de mim com velocidade força, ontem fizemos amor, hoje ele está me comendo, ele é delicioso, sua respiração ofegante se misturando com meus gemidos de prazer, a cada estocada sendo os pelos de sua virilha na minha bunda me dando como um aviso de que ele está por inteiro dentro de mim.

— Dan, porra você é tão quentino.

— Ai Ciço, vai assim, assim está bom demais.

Estou flutuando, ou melhor estou boiando no meio do oceana, a paz e o prazer se junta de forma que palavras não são capazes de expressar, Ciço diminui o ritmo, porém a cadência de suas estocadas me levam para o paraíso e me trazem de volta, agradeço mentalmente pelo meu namorado ser rato de academia, porque sua disposição é fora do normal, ele mete tanto em mim que cansamos de ficar em pé, então ele senta no chão no box e me coloca para sentar nele, me inclino para frente e apoiei minhas mãos em suas pernas, rebolo o quico em seu membro.

— Dan vou gozar assim.

— Goza na minha cara — peço.

Saio de cima dele, e fico ajoelhado, Ciço fica de pé, retira a camisinha e se masturba com seu pau de frente ao meu rosto, essa visão me dá muito tesão, não consigo segurar e abocanho seu membro lhe arrancando um gemido, suas pernas até treme quando consigo colocar tudo em minha boca, estou ficando bom nisso, da segunda estocada em minha boca sinto seu prazer se derramando dentro da minha boca.

Tentei engolir tudo, mas não consegui, ele ainda ejaculou mais um vez, agora no meu rosto, uma de suas mãos segura em meu cabelo e a outra ele usa para se apoiar na parede, Ciço faz um movimento sugerindo que eu volte a chupa-lo então atendo sua vontade e volto a chupar meu namorado.

Fico de pé e beijo sua boca, compartilhando seu gosto com ele, Ciço me abraça e me beija tão apaixonado que me faz ter certeza em meu coração que ele é o certo, ele é a pessoa que esperei minha vida toda, pela primeira vez desde que o conheci estou entregue por completo, é a primeira vez em que o medo de perdê-lo finalmente me deu uma trégua, o receio deu lugar para a uma felicidade que acho que nunca senti antes, ainda não sei lidar com todo esse sentimento que ele está me dando, porém sei que gosto de me sentir assim.

— Ciço — falei, beijando sua boca.

— Fala — diz, retribuindo meus beijos.

— Por favor, não vai embora — é impossível esconder minhas vulnerabilidades agora.

— Não tem mais volta para mim Danny boy, você já se instalou aqui dentro e nem se você quiser posso te largar mais.

— Tá falando sério? — Digo com o coração acelerado, quero acreditar em cada palavra sua.

— Dan, te falei ontem, nunca senti isso na vida, você me completa, não te largo mais.

— Não larga não, me faz teu — sei que não podemos ser possessivos, mas quero ser dele mais do que tudo.

— Oh meu amor, o que mais eu tenho que fazer para você entender que já sou seu — suas palavras entram em meu coração fazendo lágrimas escorrerem pelos meus olhos, ele me abraça com força, depois finalmente começamos nosso banho.

Ele acerta nossa conta na recepção então espero no carro, seu celular ficou comigo, vejo que tem mensagens do César e mesmo curioso não abro, até porque não é o meu celular, quando ele vem entregar seu celular, ele ver as mensagens enquanto dirijo, Ciço é o melhor professor de direção, em poucas aulas já estou dirigindo um carro que se eu bater vou ter que passar o resto da vida trabalhando para pagar e mesmo assim estou tranquilo.

— O que o César quer? — Não resisto à curiosidade.

— Saber da gente, estou achando que vou precisar mesmo conversar com ele — diz Ciço pensativo.

— Acho melhor mesmo — digo.

Assim que chegamos nossos colegas nos recebem com piadinhas me fazendo ficar vermelho, Guilherme brinca que estamos com a pele melhor e Bia entra na brincadeira, Ciço está rindo e zoando com eles, a até as meninas começaram a tiração de sarro, Raylan não curtiu a brincadeira o que achei estranho já que imaginei que ele seria o primeiro a fazer algum comentário desagradavel, invés disso apenas se afastou, César já até esperava que fosse apenas ficar calado com cara azeda no canto, mais a surpresa para mim foi o Caio que ficou extremamente incomodado com as brincadeiras do pessoal com a gente, ele até puxou a Bia de canto para que ela parasse de zoar com a gente.

Tem algo nesse Caio que não me desce, ele é muito abusivo, tipo pensei que Raylan fosse o único homofobico do grupo, porém me enganei, o namorado da Bia é ainda pior que meu colega de classe, pois Raylan apenas saiu de perto, já o ele fez questão de mostrar sua cara de ranço pro nosso lado, Ciço claro ignorou a reação dele como se já era de se esperar, de qualquer forma vou ficar ligado nesse cara agora, não confio nele.

— É pelo jeito não tenho chance mesmo né gato — Ka, fala rindo.

— Não, sou comprometido — Ciço responde e vejo os olhos da Bia se iluminando, ela olha para mim buscando uma confirmação silenciosa e apenas gesticulou que sim com a cabeça.

Não esperava ter outro amigo em nossa sala além do Ciço, mas Bia tem se revelado uma grande e feliz surpresa, ver a animação dela com a minha felicidade me fez experimentar outro sentimento inédito que é o de aceitação, parece que pela primeira vez na minha vida eu tenho uma turma, um grupo de pessoas que querem ser minhas amigas, até a Ka está me parecendo gente boa, já que desde que ela viu que Ciço estava comigo meio que se afastou.

Guilherme não mudou em nada com a gente, desde que nos beijamos na frente da turma ele continuou tirando Ciço da mesma forma, Mari ficou na dela, mas não me pareceu se incomodar com meu namoro, Mário e André também se mostraram indiferentes a isso e até estão de boas, Raylan se afastou um pouco da gente desde o beijo e o César parece que vai explodir a qualquer momento, pelo menos é essa a visão geral que tive da turma, então faço uma nota mental, Bia e Guilherme podem ser meus amigos quem sabe, já ou outros é melhor manter como está.

— Gente meu primo disse que podemos usar a piscina hoje e o melhor como vai ter o Ivete mais tarde ele não vai abrir, por conta disso ele disse que podemos beber o que tem lá, só você passarem os pix para mim que repasso para ele depois.

— Ótimo então, vamos almoçar e descemos para lá então? — Ciço sugere e todos aceitam.

A comida deliciosa da vovó Aninha se supera a cada garfada, Bia está que não se aguenta de animação e ela não é a única, todos parecem animados para o show da Ivete, quer dizer quase todos, antes do almoço César chamou o Ciço de canto e depois saiu sem falar com mais ninguém, quando perguntei Ciço me disse só que César tinha conhecido um boy e que iria para a praia com esse cara, mas que voltava a noite para o show da Ivete, de certa forma achei bom que ele tenha encontrado um esquema, quem sabe assim ele relaxa um pouco e desencana do Ciço.

Após o almoço o pessoal vai se arrumar para irmos ao bar, enquanto espero vagar o banheiro para trocar de roupa Raylan se aproxima de mim, Ciço está falando com a Bia sobre o show mais tarde então acaba ficando apenas Raylan e eu próximos do banheiro esperando Mário sair para que eu possa usar.

— Qual seu pix? — Ele me pergunta de forma direta.

— Meu telefone, mas olha não precisa se preocupar com isso, você pode me pagar depois — digo.

— Não, prefiro não dever nada para você — ele diz de forma ríspida.

— Raylan, olha cara sinceramente acho que isso já não tem mais cabimento, te conheço desde do colégio e nunca fiz nada para você me tratar dessa forma — ele fica em silêncio, porém surpreso.

Ciço entrou na minha vida e me ajudou a encontrar minha voz, estou cansado de baixar minha cabeça e buscar aprovação até de quem não merece, não mais vou permitir que pisem em mim, se Raylan tem um problema comigo, que pelo menos seja homem e diga na minha cara o porque desse ódio todo que ele sente por mim.

— Primeiro o Rick e agoro o Ciço, porque você tem que transformar os caras em viado? — Sua pergunta me pegou completamente de surpresa, sua voz está carregada de ódio, mas tem algo mais, eu não sei o que é, mas existe uma coisa que ele não está revelando.

— Raylan, não fiz ninguém virar nada e tipo sua fala preconceituosa não vai te levar a lugar nenhum.

— Fala sério Daniel, você fez o Ricardo que era meu melhor amigo se voltar contra mim.

— Nada disso, você que me infernizou o ano inteiro e nunca pedi que o Rick fizesse aquilo com você, inclusive me senti muito culpado por estragar a amizade de vocês.

Raylan vai dizer algo, porém se detém e apenas vai embora me deixando sozinho na porta do banheiro, esse cara é maluco, nem sei por que estou tentando entendê-lo afinal ele é só um homofobico do caralho, mas devo ser muito trouxa por ainda sim conseguir ver o lado dele, a separação dos pais dele foi muito pesada, Rick esteve com ele nos momentos mais complicados e assim com Rick era importante para mim, ele também era importante para o Raylan, não acho que o sentimento dele era como o meu, afinal amei o Rick de uma forma romântica, enquanto que para ele o Rick era o irmão que ele nunca teve, quando eles brigaram deve ter sido um golpe duro para ele e só intensificou a raiva incoerente que ele sentia por mim.

Ainda sim só quero poder entender um dia o motivo desse ódio todo, ele me fez o pagamento e me sinto mal pois sei que ele deve ter esvaziado a conta para fazer isso, afinal nossos amigos não estão economizando nessa viagem, acho que me identifico no Raylan por ser exatamente igual a ele, entendo os sacrifícios que ele fez e faz para ser um membro da turma, bancando só que nossa diferença aparece quando prefiro me isolar, já ele inventa mentiras se for preciso para tentar ser aceito.

Dessa vez Ka, é quem toma conta da playlist e coloca umas musicas de pop internacional, não combina muito com o carnaval, mas não vou ser chato de dizer isso a ela e a tal da Sabrina Carpenter não é tão ruim assim, os meninos logo tratam de ir abrindo as bebidas, Ciço está olhando para mim com cara de cachorro pidão, sei exatamente o que ele quer então apenas sorrio e faço que sim com a cabeça, ele vai todo feliz pro bar ajudar o Guilherme a preparar uma batida — pelo menos é assim que ele chamou, não sei o que é, mas deve ser forte já que estão virando um litro inteiro de cachaça no liquidificador.

— O Ciço agora é um soldado ferido, até para beber tem que pedir pro boy dele — Bia o provocou.

— Claro ué, quem vai cuidar de mim quando eu tiver bebo chato é ele e dormir comigo a noite é ele — quero desaparecer de tanta vergonha que estou sentindo agora.

— Vamos ver quanto tempo dura — diz Mari que até então não tinha se pronunciado, só que achei, Bia lançou um olhar de julgamento pra ela que só fez de conta que não era com ela.

— Cala a boca Mari — fico ainda mais surpreso quando Raylan é quem a repreende, ela também foi pega de surpresa tanto que ficou sem reação.

Para o clima não ficar muito pesado Tati, Bia e Ka mudaram a playlist para um pagode e foram dançar, Mari saio de perto da gente e Mário foi atrás dela, Guilherme que terminou a tal batida começa a servir pro pessoal e meu namorado sabendo que não tem chance de eu beber logo tratou de me entregar uma latinha de refri.

Ainda é muito estranho ficar assim tão perto do Ciço na frente de todo mundo, estou jogando sinuca com André quando ele simplesmente se aproxima de mim me puxando pela cintura e deixa um selinho na minha boca, depois vai dançar com as meninas — tomando uma distancia segura da Ka — porém Caio não curte nem um pouco o meu namorado que é um gostoso dançando sem camisa tão perto da sua namorado, então o cara simplesmente levanta de uma vez agarra Bia pelo braço e a puxa para cozinha enquanto briga com ela.

Ciço é o primeiro a avançar para cima dele, porém Bia pede que ele não faça isso e então eles desaparecem dentro do bar e só ouvimos ele chamando ela de louca e taus, Ka aumenta o volume do som para que a gente não escute a discução deles, mas não foi essa a criação que minha mãe me deu então sigo para dentro do bar.

— Algum problema aqui Bia? — Pergunto com a cara mais azeda que tenho.

— Não tem nada a haver com você, melhor você ir cuidar do seu macho — Caio cospe cada palavra.

— Ele não é meu macho é meu namorado e se você vai gritar com minha amiga e puxar ela pelo braço da forma que você fez, vai ser da minha conta sim.

Caio vem em minha direção, mas sou um cara de um metro e oitenta e seis, fora que sou duas vezes mais forte do que ele, posso não saber brigar, mas isso não quer dizer que meu tamanho não intimide, ele como um bom covarde começa a baixar sua crista quando percebe que não me intimida, Bia tremendo uma confusão maior se mete entre nós e me tranquiliza.

— Obrigado amigo, mas só estamos conversando, pode deixar — ela me implora com seu olhar.

— Estou por perto se precisar — digo encarando Caio para que ele entenda que não estou brincando.

Quando saio vejo Ciço na porta, ele me pergunta se está tudo bem e digo que sim, agora Caio e Bia estão conversando de forma mais civilizada pelo menos, mesmo assim não esqueço a forma como ele a agarrou pelo braço, meu pai nunca fez isso com minha mãe e nem com mulher nenhuma, até mesmo com minha irmã nunca passou pela minha cabeça a agredir fisicamente.

— Cê tá bem?

— Tô sim, relaxa — digo para tranquilizá-lo, mas na verdade meu sangue está revendo de raiva por ter presenciado uma covardia como essa.

— Você quer ir pra casa? — Ele me pergunta, percebendo meu incomodo.

— Não, estou bem de verdade — dou um beijo nele para o convencer melhor — vai beber com seus amigos, está tudo certo.

— Tá bom, mas se você quiser ir embora só falar — ele insiste.

— Certo — ele me beija de novo e volta para o bar para encher seu copo de novo.

Com o tempo Bia volta de mãos dadas com Caio e eles parecem está bem, ainda sim fico mais atento aos movimentos dele, mais calmo ele até parece outra pessoa, porém Bia ficou mais contida depois que eles voltaram dessa conversa, ela é única que não está dançando, não acho justo que ela seja a única a não poder se divertir, então chamo Ciço para perto de mim e assim ela fica mais à vontade para dançar com as amigas sem arrumar problema com o namorado.

— O que foi amor?

— Fica aqui um pouco comigo — digo.

— Aconteceu alguma coisa, Dan? — Ele parece preocupado.

— Não, só quero evitar confusão — digo.

— Esse cara é um babaca — Ciço também se mostra incomodado assim como eu.

— Eu sei, mas o melhor agora é evitar bater de frente e depois conversar com ela melhor sobre isso.

— Tá certo — ele assentiu concordando comigo.

Com o tempo as coisas vão se acalmando e a tensão da briga vai passando, Raylan está disputando com Ciço para ver quem bebe mais, ele está virando um copo atrás do outro, estou apenas observando, já sei que Ciço tem uma boa resistência para bebida, mas Raylan não pode dizer o mesmo, depois que ele e Mari retornaram ela foi conversar com as amigas e ele começou a beber mais intensamente com Guilherme e Ciço.

Espero que isso não gere mais problemas. Quando a tarde chega ao fim voltamos para casa para nos aprontamos para o show da Ivete, não estou muito afim de ir para esse show não, minha bateria social já chegou ao fim, Ciço percebe meu desânimo, mas não quero estragar o rolê dele então forcei um sorriso, o pessoal vai fazendo fila nos banheiros para banhar e se arrumar para festa.

Cesar chega pouco depois da gente, ele já está de banho tomado então apenas troca de roupa para a festa, Ciço aproveita a chance e vai conversar com ele, vou deixando o pessoal banhar primeiro que assim consigo mais tempo para me convencer a ir para essa festa, ou pelo menos criar coragem para dizer ao Ciço que não vou, posso ir deixar ele e ir busca-lo sem o menor problema, só que estou realmente com zero vontade de sair de casa agora.

Já estão quase todos prontos quando meu namorado vai para o banho, descido que assim que ele sair do banheiro vou conversar com ele sobre minha vontade de ficar em casa descansando, mas tenho uma baita surpresa quando ele sai do banho com uma bermuda folgada e sua tradicional camiseta verde — ele fica lindo com essa camiseta.

— Tu ainda vai se arrumar Ciço? — Guilherme o repreende.

— Não, macho, eu vou ficar em casa com o Danny boy — antes que eu possa tentar o convencer que está tudo bem ele me lança um olhar onde entende que é a forma dele de me dizer que está cedendo também.

— Te amo — só para ele ouvir.

— Também te amo.

— Ai não acredito que vocês não vão ver a Ivete — Bia diz.

— Já bebi demais, vamos só sair para comer alguma coisa e descansar — Ciço fala.

A festa não vai ser tão longe e fomos até deixar o pessoal no local de carro, dá para ir a pé, porém ninguém merece já chegar na festa todo suado da caminhada e quem não quiser voltar a pé Bia garantiu que tem uns moto taxi que ficariam trabalhando na festa. Depois de deixar a galera na festa que está muito lotada — ainda bem que Ciço aceitou fazer outra coisa — voltamos para perto de casa onde tem um lugar que vende comida, tipo uns pratinhos que você vai montando com o que quer comer.

Compramos para viagem, é bom estarmos só a gente que assim estamos com a varanda só pra gente, assim posso conversar com ele sobre o que ele conversou com César, estou doido para saber, meu lado curioso é muito aflorado.

— O que vocês conversaram? — Pergunto.

— Perguntei o que ele tinha, mas me disse que não era nada, só estava se acostumando à ideia de está pegando homens agora.

— Ele é afim de você Ciço, está na cara que ele te ama, deve ser difícil para ele ver você com outro cara e não ser ele — digo.

— Falei com ele sobre isso, só que me garantiu que não tinha nada haver e que realmente só me ver como um irmão, ele disse que não acredita em nossa relação e que vou mudar de ideia, mas não vou Dan, eu tenho certeza do que sinto por ti e nada vai mudar isso — ele finaliza sua fala com um beijo em minha boca.

— Espero que ele pareça com esse comportamento, que ele é seu melhor amigo, mas estou começando a me zangar com ele — digo.

— Ele disse que vai dar uma maneirada — Ciço parece certo de que resolveu meu problema com seu melhor amigo, entretanto só vou acreditar mesmo depois de um tempo.

— Mudando de assunto, por que você não quis ir para o show? — Pergunto, temendo um pouco a resposta.

— Eu sei que você ficou sem clima depois do que rolou e também gosto de ficar de bobeira com você.

Ciço colocou um filme no celular para gente assistir deitados da rede, o clima ta bom e de onde estamos até dá para ouvir a festa dos foliões, um pouco longe, mas dá pra ouvir algumas coisas, eu sei que deveria ter me esforçado um pouco mais para agradar o Ciço, porém agradeço a deus que ele tenha optado por um programa mais tranquilo.

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Comentários

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Estou amando, as vezes fico puto com o Dan por não ser firme nas suas decisões, mas tirando isso está incrível

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Ciço cada vez mais demonstrado que gosta de verdade do Dani.

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Rafa, esse sexo aí no começo foi tão gostoso que não me segurei. To aqui digitando com a mão meio melada ainda. Você é foda!!

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Só esperando o retorno do Rick. Muito estranho esse "desaparecimento". Ele não "viajou" ou "mudou"...

"o receio deu lugar para a uma felicidade que acho que nunca senti antes": são palavras assim que a vida costuma encarar como desafio e sempre joga sua pior cartada. 😔😔😔😔😔😔

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Ahh, Alguém, mas, por outro lado, quem não se arrisca não petisca, né?

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Claro!!!! Mas só não se pode achar que será feliz para sempre. Só aproveitar a relação e ter a certeza de sua finitude. Se iludir que ficará para sempre é que fere o coração, porque isso não existe.

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Que seja infinito enquanto dure, né? 😉

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Algo me diz que o Raylan é apaixonado pelo Dan, por isso ele sempre implicou com ele e também pelo fato de não se aceitar.

Esse conto está muito bom!

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Uau!!! O Dan não deixou que humilhassem ele! Meus parabéns!!! E que continue sempre se impondo! Continuando aqui! Quero ver como vai acontecer! Aguardando as cenas dos próximos capítulos!!! 👏🏽👏🏽👏🏽

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