Amante perfeito: Mergulho no desconhecido (P2)

Da série Amante perfeito
Um conto erótico de H20
Categoria: Heterossexual
Contém 1888 palavras
Data: 03/10/2024 10:41:32

No dia seguinte, levantei ainda de baby doll rosa de alcinha preta e fui até a cozinha preparar o café pro meu marido, era costume, sempre eu fazia isso.

Enquanto eu estava na pia pegando algumas xícaras para colocar na mesa, escuto um barulho, quando me viro vejo que é meu pai.

-Já ta acordado? Perguntei.

Ele se aproxima por trás de mim, toca em minha cintura com uma das mãos e em seguida dar um beijo na minha bochecha me desejando bom dia.

-Sim, soube que lá é lotado e que é bom chegar cedo.

-É, deve ser mesmo. Pois sente aí que eu já estou colocando o café

-E seu marido?

-Ta dormindo, mas vou já acordar ele.

-Hum..vou tomar um banho primeiro.

-Ta

Ele saiu e foi para o banheiro, continuei servindo a mesa, preparei umas torradas, em seguida fiquei esperando dar a hora de acordar o Henrique, faltava ainda uns minutinhos.

Pouco depois meu pai retorna vestindo uma camisa casual, uma calça jeans azul, de chinela e senta-se a mesa passando a contar alguns “causos” de suas viagens e aos poucos a conversa se volta para mim.

-Angelica, sobre a conversa de ontem, você realmente ta feliz ?

Fico em silêncio por um momento, incapaz de mentir para ele, mas também sem coragem para admitir a verdade. Minha mente grita para mudar de assunto.

-Já estive..

-Sei que nesses últimos anos não conversamos tanto, até porque achei que estivesse tudo bem, mas saiba que pode se abrir comigo se quiser.

-Tudo bem, só não queria encher você ou a mamãe com isso.

-Sei, você parece não querer falar muito a respeito. Tudo bem, já dei meu recardo, qualquer coisa estamos ai.

Em seguida meu celular desperta, interrompendo a nossa conversa, era sinal para acordar Henrique. Me levanto e vou correndo até o quarto, começo a cutuca-lo para acorda-lo.

Tomamos café da manhã todos juntos, até que meu pai e Henrique saem para seus respectivos compromissos. Quanto a mim, aproveito para dormir um pouco, antes que meu filho resolva acordar.

O dia passou voando, meu pai retornou da rua primeiro, era mais ou menos 17:30, parecia exausto. Ao entrar em casa, ele me encontrou vestida com um top rosa, de decote circular no meio dos seios e uma calça preta legging.

Continuei fazendo exercícios sentada no colchonete azul enquanto ouvia ele reclamando da burocracia para resolver o seu problema e de como aquilo atrapalhou seus planos em comprar material para suas vendas.

Eu me encontrava sentada no colchonete de costas para ele, então só ouvia o que ele dizia e respondia com “humrum” ou “imagino”. Estava concentrada no que estava fazendo e não dava tanta atenção para ele.

Até que ele parou de falar, foi então que me levantei, ficando em pé recuperando o folego, para depois iniciar um agachamento. Olhei para ele e ele me olhava em silêncio, com um olhar que me deixava curiosa e inquieta, não resisti e perguntei

-O que foi? Ta tudo bem?

-Não é nada. Você ta fazendo isso por que mesmo?

- Como porquê? Pra ficar em forma. Respondia enquanto voltava a fazer o exercício.

-Em forma?

-Sim, tou muito desleixada.

-Desleixada?

-Sim, depois que tive filho, dei uma engordada, ganhei essa pochete horrível, talvez por isso Henrique não me quer mais.

Falei aquilo sem pensar direito, só saiu. Terminei a primeira série ficando de pé com as mãos na cintura de frente para ele recuperando o folego.

-Então é isso. Quanta besteira Angelica, você continua ótima.

-Otima!!? Olha isso!! Falei isso enquanto dei uma apertada na gordura da minha barriga, ele olhou e disse:

-Hum..e qual é o problema? pra mim ta otimo

-Ai pai, o senhor ta dizendo isso para me agradar.

-Claro que não.Ta tão linda quanto na última vez que te vi.

-Ai pai, não exagera também, ali eu tinha dezenove anos, era magrinha, estava em forma.

-Pois pra mim você continua maravilhosa.Se bobear até mais.

-Mesmo com essa pochete? Voltei a apertar minhas gorduras.

-Com certeza, isso ai é bobagem, homem que é homem não liga pra isso.

- o senhor é quem pensa..

Voltei a fazer exercicio iniciando a segunda série de agachamentos, enquanto isso continuávamos conversando.

-Como queria ouvir isso do Henrique. Ele praticamente só me rejeita, tou até pensando..uuh

-Pensando em que !!?

-Aah, Nada!!

-Em que? Pode falar!!

-Não é nada pai, esquece!!

-Que ele está lhe traindo!?

Demorei alguns segundos até balançar a cabeça positivamente

-Não vou mentir pra você, é uma possibilidade. O rapaz é jovem, cheio de vida.

Realmente, Henrique era um homem de boa aparência, tinha 1,80 de altura, era forte, mas não musculoso, cabelo cortadinho na maquina, olhos claros, de tatuagem no braço, eu sabia que ele chamava atenção das mulheres.

-Pois é, eu não gosto nem de pensar nisso.

-Hum..então ele não te elogia mais?

-Não, na verdade sinto que ele não me olha como antes,sabe!!?

-Não me diga.

-Sim, a gente anda muito afastado ultimamente, se é que o senhor me entende!?

-Você não precisa fazer rodeios comigo, sei que você ta querendo dizer que não trepam mais.

Terminei a segunda série passando a descansar para a última, enquanto repreendia ele pela palavra que ele usou.

-Que isso Angelica!?e desde quando você tem frescura com palavras?

-Não sei..acho que desde que me casei..

-vocês não costumam falar sacanagem um para o outro não!?

-não muito,não é muito o estilo dele.

-É uma pena, nessas horas é bom falar.

-É, eu concordo.

-Pois se eu tivesse uma mulher que nem voce dentro de casa, não teria um dia que você ficasse sem uma rolada.

-Sei, uma rolada pro lado da cama e o senhor dormia né! rsrsrs

-engraçadinha!

Comecei a rir e disse que era apenas uma brincadeira. e voltei a fazer exercicio para terminar a ultima série de agachamentos.

- Mas falando sério pai, o senhor ainda tem esse fogo todo? Rsrsrs

-Eu só tenho 48 anos Angelica, tenho muita lenha pra queimar ainda.

No fim, não dei conta de terminar o exercicio, já estava cansada e as risadas me tiravam as últimas forças. Me aproximei de onde ele estava e sentei ao lado dele. Ele continuava falando sem parar, pelo jeito ele não tinha digerido muito bem a minha brincadeira.

-No meu tempo com sua mãe todo dia tinha.

-Deixa de mentira pai rsrs

-Mentira!!? Se a gente se separou, não foi por falta de sexo. Inclusive já tou sem fazer mais do que o meu normal.

-E qual é o normal do senhor!?

-Aah como eu falei quase todo dia tem que ter

-Sei,o senhor desconversou um pouco. Mas tudo bem.Do jeito que o senhor fala dá a entender que ta cheio de namoradinha por ai.

-Cheio não, mas sempre que posso tou trepando.

Ficamos rindo da nossa conversa, ele insistia com seus feitos mirabolantes com as “namoradinhas” que tinha por ai.Para tentar pega-lo na mentira eu lhe perguntei uma descrição das moças e ele respondeu meio que enrolando.

-hum..tou esperando..

-Variavam,tinha umas loiras, outras morenas.

-Iih tou achando que não sou a única na seca aqui não rsrsrs

Enquanto riamos e brincávamos, percebia seus olhares em direção ao meu decote, a roupa que eu vestia deixava meus seios apertados fazendo com que eles, que já não eram pequenos, parecessem maiores.

Apesar de a princípio estranhar, sei bem como os homens são tarados, uma olhadinha despretensiosa era até certo ponto inevitável. Mas com o decorrer da conversa percebia uma insistência no olhar dele.

Eu puxava o decote daqui e dali para ele perceber que eu estava notando, mas impressionantemente ele não se intimidava. Na verdade, era como se ele quisesse que eu soubesse que ele estava olhando. O mais curioso é que eu nem lembrava a última vez que Henrique olhou para os meus peitos com aquele olhar intenso.

-Bom, eu acho que vou tomar meu banho.

-Ta certo.

Levantei e notei ele acompanhando meu movimento, agora seu alvo era minha bunda marcada pelo leeping, provavelmente ele estava vendo a marca da minha calcinha que ficava visível por conta da calça. Mais uma vez ele não fez questão de esconder para onde olhou, eu olhei para trás e sua reação foi apenas de um sorriso debochado.

Fiquei no banho pensando no que tinha acabado de ocorrer, o que deu nele em me olhar de tal forma? Enquanto isso escuto enfim Henrique chegando em casa, ele pergunta por mim e meu pai respondi que estou no banho.

Em seguida fomos jantar, estávamos todos a mesa, mas ao mesmo tempo não, eu tentava uma conversa com Henrique, mas ele não interagia muito com a gente. Meu pai me olhava e balançava a cabeça.

Pouco depois Henrique levantou colocando seu prato na pia se retirando para o quarto sem falar com a gente direito. Me levantei e fui lavar a louça suja, enquanto meu pai continuava sentado terminando de comer.

-É sempre assim? Perguntou meu pai

-Quase sempre.

-É, pelo jeito ele tem outra coisa chamando atenção dele no celular

-Provavelmente.

-Já andou mexendo pra descobrir?

-As vezes tenho vontade de olhar, mas fico com medo do que eu possa descobrir

Em seguida meu pai levanta e coloca o prato na pia e diz:

-Sei. Anda, deixa eu te ajudar.

Ele ficou do meu lado secando a louça que eu lavava, enquanto conversávamos, mas agora a respeito de quando eu iria visita-lo no interior.

-Acho que não vou tão cedo, tem o trabalho do Henrique também.

-É uma pena, a gente acaba ficando muito tempo sem se ver.

-É verdade. Pronto, esse é o último.

Estiquei meu braço entregando a ultima louça,em seguida me virei ficando de frente pra ele agradecendo pela ajuda e me despedindo pois iria dormir. Ele então se aproximou me abraçando forte dizendo que eu não precisava agradece-lo e que se precisasse de algo era só falar.

Fui andando pro quarto e quando olhei para trás vi ele com o braço na cintura apoiado na pia me olhando. Era o mesmo olhar de antes, e novamente direcionado a minha bunda. Naquele momento eu já estava vestida com minha roupa de dormir, um conjuntinho azul claro floral, um shortinho curto que marcava bem minha bunda.

Aquele olhar dele não saia da minha cabeça, eu não queria ficar imaginando bobagens, mas a forma como me olhava era tão intensa, seria possível que ele estivesse realmente me desejando?

Quanta bobagem, pensei eu, isso é loucura, ele era meu pai, não ia me desejar como mulher. Mas e se tiver? Esse meu questionamento fez com que meu corpo tremesse de nervoso. Peguei no sono pensando em como seria os próximos dias com ele lá em casa.

Os dias que se seguiram continuaram envolto de uma estranha neblina de olhares atravessados e falas estranhas quase sempre em tom de brincadeira ao estilo dele. Enquanto isso, sentia ele me observar quase que mapeando meu comportamento.

Em meio a isso, eu me perguntava o que minhas atitudes revelavam, que tipo de mensagem eu passava consciente e inconscientemente, será se ele podia lê-las? As vezes sentia que sim, e para piorar conforme os dias passavam, mais eu me via mergulhada naquelas brincadeiras, eu parecia gostar daquele mundo onde só nós dois tínhamos acesso.

Continua..

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Comentários

Foto de perfil de Samas

Está ficando intrigante e emocionante a história. O enredo da mesma também é muito interessante e deixa um suspense ao final do capítulo.

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Foto de perfil de Henri80

Olá! Conto fascinante! Ótimo e sequência para apimentar mais, João.

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