Eu o encarei incrédulo e ele começou a se afastar, tomando o caminho da roça. Bati mais uma vez e nada de ser atendido. Dei a volta na casinha e tentei pela porta dos fundos. Notei que estava destrancada. Abri e entrei. Ali, em cima de um fogão à lenha, havia um bilhetinho com o meu nome. As letrinhas, bem redondinhas, eu já conhecia bem, inclusive havia ajudado a Chiquinha a melhorá-la, pois ela dizia se envergonhar de seus “garranchos”. O seu conteúdo mudaria a minha vida para sempre.
[CONTINUANDO]
Assim que desdobrei as duas dobraduras daquela folha de um caderno pequeno qualquer, meu coração se apertou:
“Amorzin,
Desculpa se as letra ainda não estão tão bunita, mas já melhorei bastante e vou continuar. Um dia elas vão ficar redondinha, redondinha.
Eu só queria agradece você pelos dias que passamo junto. Foi com você que eu descobri que uma mulher pode ser feliz e respeitada. Antes disso, eu achava que, para eu ser feliz, dependia do quanto eu podia fazê um homem ficar feliz. Só que ocê você me ensinou que felicidade é mais que sexo, é uma companhia boa, uma risada gostosa, um abraço quentinho.
Eu não queria que você tivesse descobrido sobre o meu passado assim. Eu queria ter contado, só não tive coragem. Desculpa se decepcionei você.
Eu não queria ir, mas a minha mãe não me deixou ficar sozinha, talvez com medo que eu pudesse acabar voltando para alguma zona. Mal sabe ela o que eu tenho passado nas mão do Zé Miguel, mas, apesar de tudo, ele não deixa faltar nada em casa e inda trata ela muito bem.
Não sei escrever direito esse negócio de sentimento, mas o que eu senti por você é diferente de tudo o que já senti antes por qualquer um que tenha passado ou estado na minha vida. Se isso é amor, num sei, mas é bom demais e juro que eu queria sentir um pouco mais. Só acho que se for amor, dificilmente vou encontrar outro como você para sentir de novomente.
Torço para que Deus te faça feliz. Eu tentei, fiz o meu melhor, e acho até que fiz bem, mas cabou não sendo o suficiente.
Tudo bem. Deus sabe o que faz.
Fica bem.
Da sua caboclinha,
Manoela Francisca da Silva.
Mas procê para você, só Chiquinha.”
Assim que terminei de ler aquelas linhas, sentei-me na parte baixa do fogão à lenha e não consegui conter algumas lágrimas que surgiram e desceram rápidas pelo meu rosto. Foram poucas, mas foram as mais dolorosas que já chorei: primeiro pela decepção que ela deve ter tido de mim, pois estava claro que ela havia dado o seu melhor e esperava um pouco mais de mim; segundo, porque havia um claro pedido de socorro naquelas linhas, o que me fez entender o porquê do Zé Miguel nunca ter aprovado o nosso namoro.
Saí dali e fui até a casa do seu Tonho Capivara, tentar obter qualquer informação que me ajudasse a encontrá-los. Foi em vão. Ele disse que o Zé Miguel simplesmente avisou que iria embora porque havia conseguido um outro emprego, mas não disse para onde, nem quem seria o seu novo empregador. Despedi-me dele e, já na caminhonete, lembrei-me de que a mãe da Chiquinha possuía um celular. Tentei ligar, mas não consegui, pois estava fora de área ou desligado. Eu não tinha sequer como sair atrás deles, pois não sabia para onde haviam ido. Eu simplesmente estava de mãos atadas.
Retornei para casa e ao devolver as chaves da caminhonete para o meu padrinho, que estava ao lado de uma Lena sorridente e feliz, contei o que havia encontrado. Ela leu o bilhete e chorou de imediato. O meu padrinho começou a conversar comigo sobre investigarem para onde foram quando ela nos interrompeu:
- Então, é por isso que a Martinha fazia tanto gosto no namoro docês! Ela já devia saber ou, sei lá, sentia alguma coisa no jeito do Zé Miguel tratar a menina Manoela. Ah, gente, ela… - Não conseguiu concluir e voltou a chorar.
O meu padrinho se tornou introspectivo por um momento, mas foi rápido:
- Vou ligar para um conhecido meu. Espera um pouco aí…
Ele pegou o seu celular e logo estava falando com alguém que me parecia um policial. Explicou em rápidas palavras que podia se tratar de um caso de violência contra mulher e lhe passou as características dos três, bem como da F-4000 do Zé Miguel. Conversaram brevemente mais alguns detalhes e ele desligou. Então, nos encarou e disse:
- Pronto! Agora a gente tem que esperar. O Tavares é um conhecido meu de longa data e vai passar um rádio para a Polícia Rodoviária. Quando eles forem parados, a gente vai ficar sabendo e sai atrás deles.
Foram horas de agonia, que se transformaram em dias, depois em semanas, mês, meses, até que acabamos desistindo. A vida seguiu o seu curso e a dor que eu sentia de viver naquela região acabou comigo. Todos os lugares me lembrava da Chiquinha, do seu sorriso, das suas brincadeiras, da forma como ela se esforçava para me fazer feliz, mesmo sabendo que havia quase um precipício entre a gente. Com a ajuda do meu empregador, consegui um emprego na capital de São Paulo e novamente com a ajuda do meu padrinho, me mudei para lá.
Dois anos haviam se passado desde então e eu já vivia uma nova realidade. Em um mês, inclusive, eu estaria completando o meu quadragésimo aniversário. Desde a minha mudança, decidi investir mais em mim, estudando, malhando, vivendo, transando e abandonando todas que passavam pelo meu caminho. Isso era relativamente simples porque sempre fui um cara bem apresentável e mesmo agora, quase quarentão, eu me mantinha bem em forma, com os meus 85 kg em quase 1,80m de altura. Além disso, gostava de um corte de cabelo bem curto e de manter um bigode que me deixava com a cara de um típico amante latino, facilitando as minhas incursões na noite paulistana. Eu acreditava que solteiro, sozinho, eu não teria mais a chance de ser vítima de ninguém e, apesar de sentir que me faltava algo, eu seguia tentando me convencer de que apenas eu me bastaria para me fazer feliz.
E foi assim que, num dia qualquer, sentado à mesa de uma cafeteria num shopping da capital, que vi a Emanuelle passar acompanhada de duas outras belas moças. Mesmo com seus agora 35 anos, ela continuava belíssima, talvez até mais, pois agora o seu sucesso, a tinha alçado ao nível de celebridade nacional. Linda, talvez fosse a melhor definição para aquela morena que, com cabelos lisos num corte chanel, emoldurando seu belíssimo rosto de ângulos marcantes com aqueles olhos azuis turquesa que eu amava, além do seu narizinho meu arrebitado e boca pequena, fazia com que parecesse uma linda boneca de porcelana. Embora não fosse muito alta, pois tinha apenas 1,70m, suas curvas se mantinham muito bem distribuídas pelos seios médios, cintura pequena e bunda grande. Ela sempre fora muito chamativa e agora aquela linda paisagem vinha com mais figuras que antes, pois parecia ter feito mais algumas tatuagens nos braços e na perna.
A Emanuelle vinha sendo chamada de a “Influencer do Sexo”, em virtude dos vários livros que havia escrito e publicado, todos relacionados à importância de uma vida sexual plena e saudável para um relacionamento de sucesso. Pessoalmente, eu achava uma imensa hipocrisia depois do que havíamos passado, mas certamente seus leitores deviam adorar, porque realmente ela escrevia muito bem.
Por coincidência, eu também seguia nessa área editorial, trabalhando numa coluna de um conhecido jornal e também como escritor de contos e romances. Entretanto, eu não tinha um centésimo da sua fama e também certamente eram muito menos remunerado. Ela vivia dando entrevistas e fazendo cursos de empoderamento feminino, usando e abusando de artimanhas femininas, e exposição do seu corpo. Fiquei sabendo que chegava a cobrar valores vultosos para ministrar cursos de desinibição para casais. O mais famoso se chamava “Desvendando o Kama sutra para uma Vida a Dois, Três, Quantos o seu Prazer Suportar!” que tinha uma fila de espera de quase um ano.
Dado o seu sucesso, soube que ela não costumava sair em público e estranhei a sua presença ali no shopping, mas de imediato me lembrei de ter lido em algum lugar que ela faria uma noite de autógrafos de seu último livro “Ressignificando Limites: Como Ter um Sexo de Qualidade sem seu Parceiro”. Enquanto a olhava, acabei amaldiçoando aquela minha sorte torta que nos colocou sob o mesmo teto nessa noite.
Perdidos nesses pensamentos, só depois de um tempo notei que uma das suas companhias me olhava com um certo incômodo, afinal, eu não tirava o olho das três. Vi que comentou algo com as demais que imediatamente me encararam, certamente prontas para virem tirar alguma satisfação. Entretanto, quando o olhar da Manu cruzou com o meu, ela sentiu todo o peso de um passado que havia terminado da pior forma possível. Ela rapidamente chamou a atenção das amigas para si e disse algo que fez com que elas arregalaram os olhos, certamente ao nosso respeito. Então, ela suspirou fundo e veio na minha direção. Assim que chegou na minha mesa, esticou uma mão para me cumprimentar. Troquei um simples, frio e formal aperto de mão, imaginando que seria o suficiente. Ela tinha outros planos:
- Como tem passado, Marcel? Você está tão… bonito, forte, charmoso.
- Vou muito bem. Obrigado pelos elogios. - Respondi, secamente.
- Faz tanto tempo que a gente não se vê…
- Pois é! Vamos dizer que numa das últimas, eu não tenha gostado muito do que vi. - Rebati, seco, tentando finalizar aquela conversa.
Ela sentiu a tensão e desviou o olhar por um instante, mas insistiu:
- Será que… Eu… Eu tenho alguns minutos antes de um evento… uma noite de autógrafos, numa livraria aqui pertinho. Não sei se você soube, mas vou ter uma noite de autógrafos… - Repetiu, nervosa.
- Sim, eu soube. Aliás, meus parabéns! Parece que, enfim, você encontrou uma profissão melhor na sua vida, né?
- Poxa, Marcel, por favor… A gente já se machucou demais. Não acha que podemos, pelo menos, conversar como adultos?
- A gente se machucou? - Perguntei, inconformado pela forma como ela disse e insisti: - Eu te machuquei? Faça-me um favor, né, Emanuelle! Você me desculpe, mas eu não tenho nada para conversar com você. Nada mesmo! Mas eu concordo com você em partes: eu saí realmente machucado; já você, eu não sei. - Calei-me, emocionado com as boas e magoado demais com as más lembranças: - Bem… Acabou! Vamos apenas seguir as nossas vidas, pode ser?
Ela se calou e olhou para as amigas que aguardavam ali próximas, mas, quando eu pensava que ela havia entendido e me deixaria em paz, ela ousou ainda mais e se sentou numa cadeira à minha frente. Naturalmente, reclamei:
- É falta de educação se sentar sem ser convida…
- Tô nem aí! - Interrompeu-me, fazendo um biquinho que eu conhecia bem e que demonstrava algum incômodo: - Desculpa! Eu só… Poxa! Eu só queria conversar com você, tentar explicar o que aconteceu naquela maldita noite. Eu só…
- Pa-rô! - Eu a interrompi, levantando uma mão: - Parô, parô, parô… Não continua! Estou muito bem sozinho, já te superei e não quero ouvir justificativa alguma. Segue a tua vida e deixa eu seguir a minha em paz.
- Você pode até não acreditar, mas eu sofri sim! Sofri porque fiquei entalada com uma verdade que me matava aos poucos, porque a tua ausência sempre me lembrava da covarde que eu fui e… e… porque eu ainda te amo! - Insistiu, ficando com os olhos marejados.
- Lágrimas de crocodilo não me convencem mais, Emanuelle! Não perca o seu tempo, aliás, já não está na hora do seu “atendimento”... - Falei fazendo aspas com os dedos.
Ela entendeu a indireta e se calou, fechando os olhos e suspirando fundo. Entretanto, ela logo se recompôs, respirou fundo uma vez mais e, antes de sair, disse:
- Pelo menos, fico feliz em ver que você está bem.
- Não graças a você, é claro… - Falei, sendo sarcástico enquanto tomava um grande gole do meu café.
- Eu só espero que um dia você me dê uma chance de explicar o que me levou a fazer o que eu fiz… - Disse, batendo levemente no peito algumas vezes: - Talvez, quem sabe, você não entende o meu lado e que eu tinha uma certa razão.
Balancei negativamente e não aguentei:
- Em me trair? Sério!?
- Não! Isso foi um erro realmente. Apesar da intenção ter sido das melhores possíveis, eu a executei pessimamente mal.
- Não foi um erro, minha cara, foi uma escolha.
- Concordo. O meu erro foi não ter deixado você participar da decisão que eu havia tomado.
Vendo que eu estava me afundando cada vez mais naquela conversa, decidi me calar e desviei o olhar. Ela, por fim, falou:
- Eu tenho que ir, mas o número do meu celular pessoal ainda é o mesmo. Se um dia você quiser me dar a chance de me explicar, vou ficar extremamente grata, é só me ligar. A minha terapeuta me disse que isso seria bom não somente para mim, mas para você também. Ela me disse que isso certamente pode não ser o suficiente para nos reconciliar, mas, pelo menos, talvez, quem sabe, a gente possa conviver minimamente em paz.
Nem me dei ao trabalho de responder. Ela se aproximou e ousou ainda mais, dando um beijo na minha bochecha:
- Eu tenho esperanças de que, um dia, você consiga me perdoar. Se você conseguisse me aceitar de volta então, seria um sonho.
- Isso! Vai sonhando…
Ela então se afastou e saiu com aquelas duas que ainda a aguardavam, mas não sem antes me dar uma última olhada, seguida de um “tchauzinho”.
As lembranças vieram fortes enquanto ela se afastava e eu mentiria se dissesse que não tive uma vontade, mesmo que pequena, de abraçá-la e beijá-la novamente, afinal, tivemos vários bons momentos juntos, terminados precocemente por um tão horrível, tão traumatizante, que suplantou todos os demais. Fiquei abobalhado na mesa enquanto pensava qual a razão daquele encontro. Não sei quanto tempo se passou, mas logo uma daquelas moças, uma ruiva com rostinho sardento que lhe conferia um ar de menina travessa, que a acompanhava, retornou com um bilhete em mãos:
- A Manu pediu para te entregar e disse que você deveria ler, pois é do seu interesse profissional.
Apesar de eu não querer, assim que ela se afastou, curioso, abri o bilhete e li o seu conteúdo:
“Independente de tudo o que aconteceu, sei do seu potencial, sempre acreditei em você!
Alguns editores importantes estarão aqui na noite de autógrafos e eu posso te apresentar para eles. Tenho certeza de que seria muito bom para a sua carreira!
Tente superar um pouco o ódio que sente de mim e se dê essa chance. Você merece!
Eu, no seu lugar, daria.
Manu.
PS.: Mostre esse bilhete na porta para entrar direto!”
Não posso negar que embora estivéssemos em áreas próximas, ela nadava de braçadas, enquanto eu mal me mantinha na superfície, nadando igual um cachorrinho. Decidi não ir, pois o meu brio me impedia de aceitar qualquer ajuda dela. Entretanto, ao seguir rumo ao estacionamento, vi uma imensa fila formada num dos corredores do shopping e, curioso, segui por toda sua extensão só para ver que terminava numa livraria enfeitada com várias fotos de momentos da vida da Emanuelle, bem como cartazes do seu novo livro. Olhei através das vidraças, logo localizando a Emanuelle instalada numa mesa bem no fundo da livraria, rodeada de várias pessoas que organizavam a fila enquanto ela tirava fotos e dava autógrafos:
- Marcel? - Senti um toque no meu ombro.
- Jesuis! - Falei, dando um pulo pela inesperada interrupção.
Olhei e vi a mesma amiga que havia me entregado um bilhete, sorrindo e pedindo desculpas por ter me assustado:
- Vem! Eu te acompanho.
- Não! Eu não vim para…
- Marcel, fica calmo! - Interrompeu-me, com um sorriso acolhedor nos lábios: - Eu sei o que aconteceu entre vocês. Sou amiga da Manu já há algum tempo e sei de tudo. Além do mais, ela só quer te ajudar, te apresentar para alguns editores e isso por ser um diferencial na sua carreira, não concorda?
Só registrei até a parte do “sei de tudo”, depois virou um grande blá-blá-blá. Assim que ela parou de falar, perguntei:
- Sabe de tudo o quê!?
- De tudo… Tudo mesmo! Sei o tanto que ela te ama, o quanto sofre por ter te decepcionado, o porquê ela fez aquilo… Cara! Eu sei de coisas que você nem imagina!
- Por exemplo? - Falei dando a entender que não acreditava em nada do que ela falava.
Ela olhou ao nosso redor, puxou-me para um canto mais vazio e falou bem baixinho, quase colada em meu ouvido:
- Por exemplo!? Vou te contar uma coisa, mas se você disser que eu disse, vou dizer que é mentira e nunca mais olho na tua cara, ok? - Eu concordei com a cabeça e ela continuou: - Por exemplo, que ela tentou se matar depois que você sumiu sem lhe dar a chance dela se explicar…
Eu a encarei com olhos arregalados porque realmente não havia tomado conhecimento daquilo. Ela continuou:
- Não vou contar os detalhes, mas aconteceu. Ela ficou muito mal com tudo e quis dar um fim. Quase conseguiu. Por sorte foi socorrida, mas ficou internada um tempão. Teve que fazer terapia depois disso e… Ah, a história vai longe. Melhor não deixar para ela contar um outro dia.
Eu fiquei calado, ainda com a mesma expressão surpresa, mas sem saber o que falar. Ela então continuou:
- Tá! Você não tem culpa de nada. É ób-vi-o!
Suspirei fundo, surpreso e chateado que a Manu tivesse chegado a tal ponto, mas a moça não parecia querer me dar chance de pensar muito e já foi me puxando enquanto falava:
- Entra! Você não tem nada a perder, vai que conhece alguém que se interessa pelo seu trabalho. Tenho certeza de que a Manu vai te ajudar!
Acabei deixando-me levar e entramos sem qualquer objeção da segurança, afinal, eu estava acompanhado pela amiga/assessora/confidente e com uma baita credencial no pescoço.
Quando a Emanuelle nos viu chegando próximos à mesa, abriu um imenso sorriso e pediu um breve recesso, vindo em nossa direção, dando-me um abraço apertado como se fôssemos amigos. Eu retribui apenas formalmente, sem qualquer vontade. Ela agradeceu por eu ter ido e se virou, saindo rapidamente. Ela parecia mesmo interessada em me ajudar, pois pegou um senhor de meia idade pelo braço, talvez uns 60 anos, e o trouxe até onde estávamos, apresentando-o:
- Fico muito feliz que tenha aceitado o meu convite, Marcel! - Disse com um lindo sorriso nos olhos.
Aliás, uma das coisas que sempre me encantou demais na Emanuelle era que, quando ela sorria de verdade, os seus olhos brilhavam e pareciam sorrir junto dos seus lábios, simplesmente tornando-a encantadora para qualquer um que a visse. Eu não era diferente e quase me perdi, voltando duramente ao chão:
- Alfredo, esse é o autor que eu te falei, Marcel Massa. - Falou e o homem me estendeu sua mão, que segurei: - Marcel, esse é o Alfredo Massaranduba, meu marido e dono da Editora Suprema.
[CONTINUA]
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NÃO SER MERA COINCIDÊNCIA.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DOS AUTORES, SOB AS PENAS DA LEI.