Da minha cama até o banheiro eu quase travei umas duas vezes. Não que eu não quisesse que aquilo acontecesse, mas eu estava nervosa. Eu nunca tinha ficado assim em situações semelhantes. Nem na minha primeira vez eu fiquei assim. Eu sempre fui totalmente segura nessa parte. Mas eu cheguei a ficar insegura com ela, bateu medo de dar tudo errado. Nem eu estava me entendendo. Quando entramos no banheiro Carla se virou e me deu um beijo muito intenso. Meus medos e inseguranças foram sumindo aos poucos. Eu me entreguei totalmente ao seu beijo.
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Meu coração estava acelerado. Eu sentia um calor tomar conta do meu corpo. Eu nunca tinha sentido algo tão intenso. Nosso beijo era tão bom, era diferente de todos que eu já tinha provado. Nossas bocas se encaixavam perfeitamente, nossas línguas se entendiam tão bem. Eu já sentia as suas mãos no meu corpo me acariciando. Logo as nossas peças de roupas foram retiradas e eu pude ver aquele corpo perfeito ali totalmente nu. Ela me encostou na parede e me beijou com vontade. Logo senti uma das suas mãos tocar na minha menina. Eu senti uma descarga elétrica percorrer todo meu corpo. Meu primeiro gemido saiu da minha boca. Ela desceu para meus seios e usou sua boca macia para sugar meus mamilos. Sua mão se movia freneticamente entre minhas pernas. Eu só conseguia gemer e me contorcer de tanto prazer que eu sentia.
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Carla não tirava aquela boca gostosa dos meus seios. Eu senti um dedo dela penetrar minha menina. Eu abri mais as minhas pernas, ela entendeu como um sinal e começou a movimentar seu dedo dentro de mim mais rápido. Quando eu estava quase chegando no clímax ela diminuiu um pouco o ritmo. Depois voltou a aumentar, ela estava me torturando e eu estava amando aquilo. Ela fez isso algumas vezes e na última ela me penetrou com dois dedos. Ela aumentou o ritmo das penetrações e forçava a palma da mão no meu clitóris. Eu comecei a gemer muito alto e ela me olhou nos olhos. Eu coloquei minha mão na boca porque eu sabia que iria fazer muito barulho. Ela intensificou suas sugadas nos meus mamilos. Eu senti o meu corpo queimar de dentro para fora e implorei para ela não parar. Ela me penetrou mais forte e o mais rápido que ela podia. Eu não resisti muito tempo e tive o melhor orgasmo da minha vida.
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Eu ainda tremia quando ela me beijou depois de limpar seus dedos com sua boca. Eu estava em êxtase com o que tinha acontecido. Meu instinto foi parar o beijo e abraçar ela com força. Eu amava aquela mulher, não era só uma paixão, eu tinha certeza que aquilo era amor. O mais puro e forte amor que eu já tinha sentido. Eu me senti tão feliz que algumas lágrimas se formaram nos meus olhos e banharam minha face. Quando nos afastamos ela me olhou e fez uma cara de preocupada. Eu limpei o meu rosto e disse a ela que a amava. Eu nunca falei aquilo com tanta convicção. Ela sorriu e disse que me amava muito também. Selamos aquele momento com um beijo e ela me puxou para debaixo da ducha.
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Entre beijos e muitos carinhos a gente deu banho uma na outra. Depois eu dei um belo banho de língua nela também. Não parei até sentir seu mel escorrer nos meus lábios. E nessa brincadeira de banho, beijos, orgasmo e carinhos a gente não viu a hora passar. Só nos demos conta da hora quando alguém chamou na porta do banheiro. Carla ficou mais branca do que ela já era. Mas eu reconheci a voz e falei que já estava saindo. Mas Carol pediu para eu abrir a porta rapidinho para me entregar algo. Enquanto eu pensava o que podia ser a Carla disse para eu ir que era as coisas dela. Fui e só coloquei a cara para fora. Carol me entregou uma mochila branca e colocou a mão na boca para não rir. Agradeci e fechei a porta rápido para não rir dela.
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Carla já estava se enxugando. Eu fiz o mesmo e peguei uma roupa no armário do banheiro. Carla tirou suas roupas da mochila. Nos vestimos e fomos sair para fora. Carla estava vermelha de vergonha. Eu falei para ela ficar tranquila que Carol era muito gente boa. Saímos, Carol veio até nós e disse que precisou chamar a gente. Ela falou que já tinha algum movimento no corredor e ficou com medo de aparecer alguém nos procurando. Eu a agradeci e Carla foi falar com ela. Provavelmente ia pedir para ela ser discreta, mas quando ela foi abrir a boca Carol já se adiantou e disse que ela não precisava falar nada. Que estava muito feliz por nós duas e o nosso segredo estava seguro. Carla disse que não era um segredo, que a gente estava namorando e isso não era um segredo. Só não queria que outras pessoas ficassem sabendo do que rolou no banheiro. Mas Carol nem deu atenção ao que ela falou e já começou a dar uns pulinhos de felicidade. Veio me abraçar e disse que estava muito feliz por mim. Depois deu um abraço na Carla que ficou meio sem saber como reagir, mas logo começou a rir da Carol ficar batendo palmas e dando uns pulos de felicidade. 🤭
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Quando Carol saiu para ir buscar nosso café Carla perguntou se ela era mesmo de confiança. Eu disse que eu achava que sim. Que ela sempre demonstrou ser uma pessoa muito gente boa e confiável. Por isso eu gostava muito dela.
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Carla: Ela é bem bonita né?
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Aline: Sim, ela é muito bonita.
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Carla: Huum
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Podia ser impressão minha, mas eu senti que alguém estava com ciúmes e resolvi já acabar com aquilo logo.
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Aline: Ela não é só bonita. Como eu disse, ela parece ser bem gente boa. Não é à toa que conquistou o coração da minha melhor amiga. Elas formam um belo casal. Você não acha?
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Carla: Espera. Essa é a Carol da Marina?
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Aline: Sim, você não sabia?
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Carla: Agora eu entendi porque a Marina me disse que estava namorando a Carol como se eu já a conhecesse. Eu achei estranho, mas não falei nada. Agora eu entendi. 🤭
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Aline: As duas também se conheceram aqui. Se apaixonaram e estão namorando há quase um mês.
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Carla: Se você não fosse tão dorminhoca a gente poderia estar namorando a mais tempo que elas. Kkkkk
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Aline: Palhaça! kkkkkk
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Logo Carol voltou e tomamos café juntas. Nós três conversamos um pouco ali sentadas no sofá. O clima estava ótimo. Carla já estava bem à vontade com Carol e eu amei ver isso. Seria muito bom para mim se as duas se dessem bem, já que eram pessoas que com certeza fariam parte da minha vida dali em diante. Era umas oito horas quando Carla saiu para ir para casa. Carol me encheu de perguntas quando ela saiu e respondi todas. Um pouco antes das dez Marina chegou e claro que Carol de cara já contou as novidades. Marina ficou bastante feliz e me desejou felicidades. Assim que sentamos eu já pedi para ela continuar a história. Carol se sentou ao lado dela e Marina falou que iria continuar logo porque mais uma vez seu tempo era curto.
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Marina: Bom, como eu estava dizendo, eu fiquei bastante preocupada com aquelas informações e depois de dois dias o porteiro me ligou dizendo que Michele tinha retornado ao apartamento. Eu disse a ele que estava indo para lá e pedi para ele arrumar a chave reserva para mim. Assim que cheguei no prédio já fui falar com ele e peguei a chave. Subi até o apartamento e chamei umas três vezes. Quando não obtive resposta eu abri a porta. O apartamento estava uma bagunça, parecia que tinham revirado ele todo.
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Olhei e Michele estava apagada deitada no sofá com uma caixinha preta nas mãos. Quando me aproximei vi que tinha uma aliança no seu dedo e outra no chão. A caixinha estava meio aberta, imaginei que a aliança do chão tinha caído. À peguei e vi seu nome gravado na aliança. Então deduzi que ou você ou ela tinha comprado aquelas alianças para pedir a outra em casamento. Pela qualidade do material das alianças eu deduzi que foi você quem comprou. Tentei acordar Michele algumas vezes, foi difícil mas ela acordou. Quando ela me viu ela fez uma cara de espanto. Ela se sentou no sofá e se encolheu como um bicho assustado. Ali eu percebi que ela não estava legal.
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Mas eu estava com muita raiva dela e não tive pena naquele momento. Perguntei se ela iria vender as alianças como ela fez com o seu micro-ondas. Ela me olhou e começou a chorar. Entre o choro ela disse que não ia vender não, que tinha acabado de achar as alianças entre os cacos do vaso. Ela apontou o dedo e vi um monte de cacos de um vaso de cerâmica ao lado do sofá. Na hora eu imaginei que por algum motivo você tinha escondido as alianças ali. Eu perguntei porque ela tinha destruído o apartamento. Ela chorando disse que não foi ela. Perguntei quem foi e ela me disse que só podia ser o Lucas, porque só ele tinha acesso a chave. Quando ouvi aquele nome meu cérebro já pensou na hora no seu irmão.
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A raiva que eu estava dela aumentou bastante, mas eu ainda não tinha certeza se era o mesmo Lucas. Já que era um nome muito comum, resolvi tirar a história a limpo. Perguntei a ela qual Lucas e ela não quis responder. Eu disse a ela que ou ela conversava comigo ou com a Polícia. E que era melhor comigo, porque se fosse com a polícia ela com certeza iria presa, no mínimo por roubo. Ela rapidamente respondeu que era um homem que ela se envolveu nos últimos dias. Eu perguntei a ela se você sabia disso, ela disse que não. Eu perguntei se foi depois do acidente. Ela abaixou a cabeça e disse que não. Que foi antes, mas que foi o pior erro que ela cometeu na vida dela. Eu disse que agora era meio tarde para ela se arrepender. Então perguntei se era o seu irmão. Ela me olhou assustada e ficou um tempo calada. Ela parecia estar pensando em algo. Depois do nada começou a chorar muito. Ela parecia totalmente desesperada. Pela cara que ela fez eu acho que a minha pergunta fez ela lembrar de algo e pelo desespero que veio a seguir, era o seu irmão sim. O problema é que provavelmente ela tinha acabado de descobrir isso. Dali em diante não teve como continuar a conversa. Ela só chorava e dava murros no sofá e xingava o Lucas. Depois ficava perguntando para si mesmo porque ela tinha feito aquilo. Era uma cena triste e assustadora ao mesmo tempo. Ela parecia fora de si.
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Quando ela foi se acalmando, ela foi de novo se encolhendo no sofá. Ela olhou para mim com uma cara de dar pena e me pediu para ajudar ela. Eu não entendi e disse o que ela precisava. Ela disse que precisava ser internada. Que ela não aguentava mais suportar aquilo sozinha e precisava de ajuda. Eu estava com muita raiva dela. Mas ver ela naquele estado acabou amolecendo meu coração. Eu disse que eu a ajudaria se ela me ajudasse. Ela disse que faria qualquer coisa que eu quisesse, mas não queria voltar à vida de antes. Eu não entendi na hora, mas não achei que seria hora de questioná-la.
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Falei para ela que pagaria o melhor tratamento disponível para ela, na melhor clínica que eu encontrasse, mas eu queria saber de tudo que aconteceu com ela. Eu sabia que se seu irmão estivesse envolvido com ela, alguma coisa tinha de errado na história. Perguntei a ela se primeiro ela poderia me confirmar se o Lucas era o seu irmão. Ela abaixou a cabeça e disse que tinha quase absoluta certeza de que sim. Mas jurou que não fazia ideia que ele era seu irmão. Ela começou a chorar de novo. Eu disse a ela para ela se acalmar e tomar um banho, porque ela estava fedendo. Eu disse a ela que eu voltaria à tarde para a gente resolver tudo. Nessa hora ela simplesmente pulou do sofá nas minhas pernas. Eu me assustei na hora achando ela iria tentar me derrubar ou algo assim. Mas ela abraçou minhas pernas e pediu pelo amor de Deus para eu não deixar ela sozinha.
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Então eu resolvi ficar com ela. A gente foi até seu quarto, suas roupas estavam todas jogadas no chão, a maioria rasgada ou cortadas, provavelmente por uma faca. Os móveis estavam danificados, espelhos e portas do guarda roupa quebradas. Eu fiquei em choque de ver aquilo. Michele me olhou e disse que não foi ela. Que quando ela voltou ao apartamento, já o encontrou todo destruído. Eu acreditei nela, até porque não fazia muito sentido ela mentir e nem ter feito aquilo. Ela com alguma dificuldade achou uma roupa sua para vestir e foi para o banheiro. Ela pediu para eu ficar com ela lá. Quando ela se despiu eu notei o quanto ela estava magra. A mulher com o corpo perfeito já não existia mais.
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Aline: Eu não sei o que dizer. Está uma confusão de sentimentos aqui no meu peito que eu nem sei o que estou sentindo.
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Marina: Não vai me dizer que você ainda tem algum tipo de sentimento por ela?
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Aline: Não!!! Eu amo a Carla e não tenho dúvida disso. Eu estou falando de raiva, ódio, pena, tristeza, compaixão, eu não sei o que sentir.
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Marina: Eu te entendo. Eu passei por isso também naquele dia falando com ela.
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Carol: Meninas, vamos almoçar e depois vocês continuam?
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Marina: Por mim tudo bem. É bom que posso ter mais tempo aqui antes de ir trabalhar.
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Eu concordei e Carol foi buscar nosso almoço. Marina me abraçou e disse que as próximas coisas ela iria dizer eram um pouco pesadas. Se eu quisesse, ela poderia deixar para dizer no outro dia. Eu disse que eu estava bem e já imaginava o que estaria por vir. Que podia me contar sem medo. Marina concordou e disse que após o almoço iria continuar.
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Continua..
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Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper