Eu nunca soube o motivo pelo qual Vera não ia com a minha cara. Ambos fazíamos parte do corpo de gerentes de um banco da capital, função em que a cada mês eram estabelecidas metas de venda dos produtos da instituição: CDBs, RDBs, abertura de contas PJ, venda de ações, seguros, títulos de crédito, entre outros.
Uns alcançavam todas as metas, outros não, mas nunca vi rivalidade entre colegas. Vera foi transferida de outra agência para a nossa e, logo no primeiro mês, começou a mostrar seu despeito com outros colegas, quando não atingia as metas. Mas, entre todos, me tornei o alvo predileto dela.
Ela me escolheu como rival e ficava furiosa quando eu alcançava as metas mensais, e ela não. Na copa, no cafezinho, quando eu estava ausente, ela comentava, com outros gerentes, que não sabia o que os clientes viam em mim, "um sujeito sem a menor graça".
O máximo que ela falava comigo era "bom dia", pela manhã, e "boa noite", na despedida. Em várias ocasiões, tentei puxar conversa, interagir com Vera, mas as repostas – quando ela respondia – eram sempre monossilábicas. Acabei desistindo e, de certo tempo em diante, quando cruzámos no corredor, ela virava o rosto. Também passei a tê-la como rival. A competir, especificamente com Vera, para ver quem produzia mais.
E passei a me esforçar em dobro, cativando os clientes e batendo metas atrás de metas. No último trimestre de 2002, me superei e dei um "soco no estômago dela". Alcancei os alvos em dobro, recebendo elogios da gerência-geral, de um dos diretores e também dos colegas, durante uma reunião geral. Vera só faltou cuspir na minha cara, enquanto eu gargalhava por dentro!
Mas em certa ocasião resolvi encarar a fera. Uma tarde encontrei com Vera no Arquivo Morto, a última sala do grande prédio da agência. Fui pesquisar um documento antigo e ela já estava lá. Entrei e ela nem olhou no meu rosto. Mesmo assim, me aproximei e perguntei:
"O que eu fiz para que você me tivesse quase como um inimigo, Vera? Afina, nem nos conhecíamos, antes de você vir para cá".
Pela primeira vez, ele não me respondeu com palavras maiores que um "sim", ou "não". "Gil, nos conhecemos sim. Lembra de uma adolescente que você, também adolescente, namorou, chamada Iasmin?".
"Sim, claro que lembro, isso foi mais ou menos há uns 17 anos, por aí. Mas, o que tem isso?"
Eu sou a Lúcia, a prima dela. Em verdade, meu nome é Vera Lúcia, mas eu não gostava de ser chamada de Vera. Bobagem de menina, que depois deixei de lado".
"Nãããão. Você é Lúcia, a Lucinha? Você mudou e muito. Não consigo acreditar, era magrinha, cabelos curtinhos. Nem falava quase com ninguém que não fosse do teu círculo, muito tímida. E, me desculpe, você hoje é esse mulherão. Não lembrava mesmo. Mas ainda não entendi onde queres chegar".
Vera suspirou fundo, para minha grande surpresa, segurou uma das minhas mãos, olhou nos meus olhos e disparou: "Eu era apaixonada por ti, tentei me aproximar várias vezes, queria te tomar da Iasmin, mas me parecia que você estava enfeitiçado por ela".
"Quando cheguei aqui, que te vi, senti ódio de ti e ainda sinto, porque já tive vários homens, mas tu nunca saíste da minha cabeça".
"Mas Vera, eu era um adolescente tão sem graça, um nerd, que só conversava sobre estudos, descobertas científicas etc. Magrelo, míope, ainda nem usava óculos, e nem sei como a Iasmin se afeiçoou a mim".
"Pois é, mas o teu jeito inteligente, a tua educação, a delicadeza com que até hoje você trata os clientes do banco, o teu jeito largado foi que me cativaram. Eu não pensava outra coisa, em outra pessoa. Mas os anos se passaram, cada um seguiu sua vida e agora, aqui estamos e eu continuo tendo raiva de você nunca ter me dado a mínima, me desprezado".
"Vera, eu nunca te desprezei, nunca desprezei ninguém. Se você se sentiu assim, me desculpe, me perdoe. Como disseste, eu estava mesmo enfeitiçado pela tua prima".
"Não desculpo nem perdoo, mas ainda te desejo. Digo isso indignada comigo mesmo, mas nunca consegui afastar esse desejo de ter você."
Naquele momento, não tive outra reação, que não afagar o rosto de Vera, acariciar os longos cabelos dela, que fechou os olhos e se deixou levar. A beijei nos lábios e fui correspondido. E ali mesmo, naquela sala, em uma grande mesa, fizemos um sexo arrebatador.
Tranquei a porta, deitei Vera na mesa, lhe suguei os seios morenos, um a um, lambi e mordisquei os mamilos, sugando-os, em seguida, enquanto ela afagava os meus cabelos e se contorcia de prazer. Desci mais e a beijei no ventre, indo logo àquela boceta molhada, aberta para mim. Caí de boca e de língua. Vera gozou gemendo baixinho, quando me concentrei no grelo vermelhinho e inchado dela.
Mas ela quis me devolver o prazer. Desceu da mesa, ajoelhou e chupou a minha rola até que eu gozasse e ela engolisse tudo. Voltamos a nos beijar, senti o gosto da minha porra na boca de Vera. Meu pau endureceu de novo, a coloquei de quatro, apoiada na grande mesa a a fodi com vigor.
Ela gozou e eu tirei da boceta minha pica melada do gozo de Vera e aos poucos coloquei no cu dela, que não reclamou, parecia estar bem acostumada a tomar no cu. Meti muito naquele rabo até gozar, fartamente, enquanto ela também gozava, tocando siririca,
No local havia um pequeno banheiro, onde nos recompusemos rapidamente. Destranquei a porta e sentamos frente a frente, segundos depois, o vigilante entrou na sala, quase somos pegos no flagra. Ele, no entanto, nada percebeu, só disse que era parte da ronda que fazia assim que chegava à agência.
Mas Vera não mudou de atitude comigo, disse que continuava me odiando, e que a vida seguia seu curso, sempre com um para cada lado. Ainda fodemos, no mesmo Arquivo Morto, umas quatro vezes, mas nunca fomos amigos ou colegas cordiais um com o outro. Depois, recebi um convite de outro banco, mudei de emprego e nunca mais nos vimos.