Sou um pastor evangélico mequetrefe, cujos objetivos na igreja que pastoreia é o lucro do dízimo e o priquito das ovelhas novinhas, ingênuas e descuidadas. Como eu, existem outros, que são até mais safados – minhas duas mãos não chegam para contar nos dedos quantos conheço. Só que dei um vacilo infeliz e fui pego no flagra por um obreiro, o Afonso, tocando uma punheta. O chantagista não deixou por menos e me exigiu o cu pelo seu silêncio. Dei, claro.
E até gostei. A questão é que ele também pareceu gostar de me comer, que resolveu repetir a dose. E, como todo bom chantagista, ele não tinha palavra, e, mesmo efetuado o pagamento, a chantagem continuava, porque o pagamento não dilui o ato que o provocou. Enfim, como eu estava curtindo ser enrabado, não reclamei e abri as pernas novamente para sua rola fenomenal, quantas vezes ele desejou.
Mas precisei abrir mais um segredo, para por ordem na casa, senão eu não comeria mais ninguém naquela porra de comunidade. Falei para ele que estava curtindo sua rola, mas que de vez em quando também pegava uma ou outra fiel, e que a gente precisava organizar essa movimentação sexual. Ele pareceu concordar, ao aquiescer levemente a cabeça. Imaginei que estava dando combustível para a fogueira da chantagem, mas, puta que pariu, perdido por um, perdido por mil.
Além do mais, Angélica, a fiel gostosinha que dera origem (ainda que inconscientemente) àquela situação, parecia mais tranquila e cada vez mais próxima da fase de abate, embora demandasse ainda um pouco de tempo. Enquanto isso, a libido do obreiro fora despertada, e ele quis repetir a foda outras vezes; assim, um dia ou outro, no meio do culto, ele me fazia discretos sinais de que iria usar minha rodela pagadora de seu silêncio naquela noite. Eu concluía a pregação com o cu piscando e já me dirigia aos meus aposentos ansioso pela visita.
Não havia muita variação. Ele chegava, eu já estava nu; ele fechava a porta e tirava a roupa – agora completamente, e não apenas descia ao chão, como da primeira vez. Eu o chupava, com cada vez mais esmero, para deixá-lo próximo do gozo (mas também porque estava adorando aquilo), e quando a rola estava bem babadinha, eu me oferecia como um maná ao deus-falo, que me penetraria e me estocaria, sempre com muita suavidade, até explodir em mim, num gozo espetacular.
Eu arrebitava a bunda e me punhetava, enquanto ele me comia, e várias vezes gozávamos juntos. Eu sonhava com o cu dele também, mas ele não permitia. Sequer o fio-terra enquanto eu o chupava.
Quando eu acertava um esquema com alguma safadinha da plateia, igualmente eu arranjava um jeito de sinalizar, a fim de que ele não aparecesse. Ele parecia concordar numa boa, e a noite era curta pra tanta surra de pica em alguma buceta sedenta e pecadora.
Depois de várias investidas, conversas e toques despretenciosos, finalmente consegui que Angélica começasse a confiar no pastor. Em sessões noturnas, após o culto, em meus aposentos de pastor, contava de sua vida pregressa, de perdida no mundo, histórias que eu insistia em saber dos detalhes, dizendo ser necessário conhecê-los, para que eu pudesse orientá-la adequadamente. No início meio ressabiada, meio tímida, mas aos poucos se abrindo, contava as putarias que aprontara antes da conversão. Após a nossa conversa, ela ia embora, deixando-me o pau em lastimável ereção, obrigando-me a uma monumental punheta com Angélica na mão.
Havia momentos em que ela descia a detalhes escabrosos, sem eu nem pedir – notava-lhe um sutil prazer em narrar suas aventuras. Compreendi que o fogaréu da luxúria não se extinguira daquele corpo apetitoso, mas que ainda crepitavam brasas de depravação debaixo das cinzas da mudança. Comecei a soprá-las – e elas foram revivendo, tomando vida, voltando a esquentar aquele anjo lindo.
Eu sentia que, quando ela se desdobrava em detalhes íntimos, redobrava a atenção a minhas palavras de pastor. Eu procurava valorizar ao máximo o que ela fazia antes, dizendo que não era exatamente coisa do demônio, mas que o prazer também era coisa de deus... E ela se encantava em não se sentir mais tão suja quanto se julgava. Nesses momentos de conversas, eu explorava sua confiança e entrega, avançando meus toques em sua pele, buscando forças para controlar meu cio e não avançar além da conta, para não perder a ovelhinha para sempre.
Até o dia em que ela me confessou, com a naturalidade que nossa cumplicidade inspirava, que seu corpo voltara a arder, agora sem o sentimento de pecado de antes, mas com a leveza de quem se sentia uma serva do Senhor. Reconhecendo a caça finalmente capturada, perguntei o que ela pretendia fazer, em relação a isso. “Acho que preciso de um santo varão!” Sussurrava isso com os lábios roçando nos meus, de tão perto que estavam nossos rostos.
O beijo aconteceu, com a sede, o tesão e toda a excitação reprimida. Explodimos de lascívia, e sem mais em nada pensar ou nada conversar, despimo-nos com avidez e nossos corpos voaram para minha cama, em intensa e incontida labareda. Ela estava faminta, em brasa pela longa abstinência sexual, e isso ficou muito claro nos gemidos insanos, na forma como abocanhava meu pau, na maneira como escancarou as pernas e me ofereceu o fervente graal, a que primeiro suguei, levando-a ao paraíso, e depois penetrei divinamente, sentindo o fogo que a consumia.
Movimentos desconexos, movidos pelo prazer extraordinário que sacudia nossos corpos, e em pouco gozávamos escandalosamente, completamente despudorados, agrilhoados por seiscentos milhões de tridentes infernais. Seu corpo, possuído por mil demônios, crispava-se para além do orgasmo, e ela não parecia nem um pouco satisfeita, a enxurrada brotando em profusão de sua caverna de prazer, a exigir nova e urgente rodada sexual. Seu rosto enterrado no meu peito, sua respiração ofegante, eu lhe sentia o sangue fervente nas veias, nos convulsos movimentos do corpo.
Foi quando a porta abriu-se, e eis que assoma o cafageste do obreiro Afonso, completamente nu e o enorme cacete em riste. Puta que pariu!!! Depois do acordo que fizemos, julguei desnecessário me preocupar com a maldita porta, e não mais a fechava. Com certeza ele assistira a toda aquela cena de entrega e lubricidade. Minha cabeça bugou geral: como diabos eu iria administrar aquela situação? Angélica permanecia com a face voltda para mim, não notara a grotesca chegada. Decerto, ela surtaria, e eu perderia aquela xoxota incandescente para sempre. Eu não poderia esquecer que o obreiro me tinha na mão, e agora mais do que nunca. Seu rosto ávido, sua vara tesa babando eram eloquentes quanto ao que desejava.
Então arrisquei. Aproveitei o incomum estado de excitação de Angélica e lhe falei baixinho, ao ouvido: “Aí está seu santo varão, minha filha!” Meio aturdida, ela se virou e deu de cara com aquela figura exótica, parada à porta, de pau duro em sua direção. Eu podia perceber o conflito interior, entre a fiel convertida e a fêmea no cio que eu despertara; quando percebi que ela olhava muito mais para o enorme pau de Afonso do que para seu rosto, compreendi o desfecho da cena.
O rapaz aproximou-se devagar, e a cada passo que dava, sua rola estremecia. Sem uma palavra sequer, Angélica ergueu-se, tomou a vara do varão nas mãos, lambeu-a avidamente e a foi pondo na boca, sugando e chupando, enquanto ele se contorcia e gemia. Eu me esgueirei para fora do colchão no momento exato em que desabaram sobre a cama e a batalha teve início, ainda mais fervorosa que a anterior.
O barulho ensopado da enorme pica de Afonso penetrando as carnes férvidas e encharcadas de Angélica era a trilha sonora perfeita de uma cena incomparável. Eu acompanhava de perto o esgarçar-se da pele da buceta, abrindo-se à tora que a fodia, via de perto as nádegas dele abrindo-se a cada estocada e o cu que se pronunciava para o alto. O meu falo foi adquirindo vida e rigidez, e eu coragem e ousadia.
Num momento culminante, em que a buceta dela parecia ter vida própria, convulsionando-se como o resto de seu corpo, e o membro do obreiro engrossava em rolos que se preparavam para sair, num prenúncio de um explosivo orgasmo, meu corpo foi tomado por um ímpeto desconhecido para mim e me enfiei de vez no cu dele. Embora com a mente meio embotada por tantas e conflituosas emoções, imaginei que ele rejeitaria violentamente o enrabamento; não foi o que aconteceu, porém – seu corpo continuou tremendo em cima do de Angélica e eu pude sentir os jatos de seu sêmen se escoarem para dentro dela, enquanto eu o fodia com a ânsia de quem há muito queria fazer aquilo.
Logo senti meu gozo chegando e arrebentei com frenesi em Afonso. O estremecimento dos corpos do casal recém-gozado parece ter agitado e precipitado meu próprio orgasmo. Derramei todo meu tesão naquele cu delicioso, que era menos apertado do que eu julgava que fosse.
Foi nosso último encontro. No meio da semana seguinte, chegava o ofício me transferindo para uma comunidade bem distante, como eu solicitara à administração da igreja, logo que fora surpreendido em minha punheta pelo varão chantagista.