Amor em Alta Intensidade - Capítulo 16

Um conto erótico de Teça
Categoria: Lésbicas
Contém 1175 palavras
Data: 30/10/2024 18:22:42

Num universo pulsante, onde a vida se desenrola em um ritmo frenético, duas forças invisíveis emergem nas sombras quando a calmaria é abruptamente interrompida. A primeira irrompe como um relâmpago, inundando o ser com uma energia arrebatadora que acelera cada batida do coração, aguçando os sentidos e colorindo o mundo com uma nova intensidade. A segunda se manifesta como um sussurro sutil, aprimorando a atenção e moldando a mente para resolver desafios com rapidez. O corpo se transforma em uma máquina afinada, as veias ardem e a determinação se solidifica, enquanto a respiração se torna um hino à luta. Nesse momento, as energias dançam nas entranhas do ser, revelando a essência da resistência e a capacidade de transformação diante do desconhecido.

Já haviam algumas semanas que eu estava em casa cuidando de Nicolas e o dia do julgamento da guarda dele estava cada dia mais próxima, muitas vezes não conseguia dormir, mas Maya me acalmava. Eu acordei mais uma vez antes de amanhecer, a luz da manhã filtrava-se pelas cortinas do meu quarto, criando padrões suaves sobre a mesa, que estava repleta de papéis e documentos. Eu me sentava ali, cercada por uma pilha de papelada que parecia intransponível, a ansiedade pulsando dentro de mim. Com um suspiro profundo, comecei a organizar os documentos necessários para o processo de guarda de Nicolas. O relógio marcava as horas enquanto revisava cada folha, cada detalhe. Era um trabalho meticuloso e essencial, e, embora o peso da responsabilidade fosse esmagador, sentia-me determinada. Com um marcador em mãos, destaquei as partes mais importantes dos documentos: comprovantes de renda, registros de saúde do bebê. Cada um deles era uma peça crucial no quebra-cabeça que me aguardava na sala do tribunal.

Naquele dia tudo parecia mais alto, as palavras do advogado ecoavam na minha mente: "Precisamos mostrar que seu amor é inquestionável." Era isso que eu queria que o tribunal visse: a profundidade do meu amor por Nicolas, uma conexão que não poderia ser contestada por qualquer preconceito. Com as mãos trêmulas, organizei os documentos de maneira a contar a minha história — a história de uma mãe disposta a lutar por seu filho.

Olhei para o berço onde Nicolas dormia tranquilamente, seu pequeno rosto pacífico trazendo uma onda de amor e proteção. A cada respiração serena dele, minha determinação se fortalecia. "Não importa o que aconteça, eu não vou deixar que o preconceito nos derrube", pensei. Essa convicção era como um combustível que me impulsionava a seguir em frente.

Com um olhar decidido, comecei a compor uma carta explicando minha situação, meus sentimentos e como eu e Maya iniciamos o relacionamento e pretendemos ali em diante criar um lar para Nicolas, um lar cheio de amor e cuidado. A cada palavra, sentia-me mais próxima de transmitir a essência de quem éramos. Cada frase refletia a verdade da nossa relação e a promessa de um futuro juntos. O que quer que acontecesse, eu queria que o tribunal visse o que eu via: um lar seguro e amoroso.

“Vamos lá, Nicolly. Você consegue isso”, pensei tentando me encorajar. Respirei fundo, tentando acalmar o turbilhão de emoções que me consumia. As inseguranças estavam ali, mas a força do amor por meu filho e por Maya as ofuscava. Enquanto organizava os documentos, percebi que precisava incluir as anotações que Maya havia feito durante os meses que antecederam o nascimento de Nicolas. Essas notas poderiam reforçar nossa história como amigas e, depois, como parceiras. Com a determinação renovada, separei uma pasta e comecei a compilar tudo o que tinha — fotos, mensagens, recortes que representavam momentos significativos.

Por se tratar de uma criança recém nascida o processo foi rápido, o advogado tinha todos os documentos que eu e Maya fornecemos. O tribunal estava envolto em uma tensão palpável. Ao meu lado, Nicolas dormia tranquilamente em seu carrinho, alheio à batalha que se desenrolava. Olhei para ele, e um calor se espalhou pelo meu corpo; era por ele que estávamos ali. Maya segurava minha mão, transmitindo a força que eu precisava. O juiz, um homem de meia-idade com uma expressão neutra, pediu que todos se aquietassem. A audiência começou, e o advogado da parte contrária levantou-se primeiro. Ele era um homem de terno escuro, demonstrando confiança. Sua voz firme questionava nossa capacidade de oferecer um lar adequado para Nicolas. Cada argumento dele era um golpe, tentando desmantelar a legitimidade do nosso amor.

Senti a raiva e a frustração borbulharem dentro de mim, mas lembrei das palavras de Maya: "O amor é a nossa melhor defesa." Meu advogado se levantou, gentil e compreensivo. Ele começou a apresentar nossa defesa, falando sobre nossa amizade e como sempre estivemos lado a lado, cuidando de Nicolas e apoiando-nos mutuamente. Não consegui conter as lágrimas; as emoções eram intensas e reais.

Quando o juiz pediu que eu falasse, meu coração disparou. Maya não pode estar ali ao meu lado, declarei meu amor por Nicolas e a profundidade do que eu e Maya sentíamos e como tudo aconteceu após o falecimento de Guilherme. O silêncio na sala era palpável. Meu coração acelerou ao perceber que o momento decisivo se aproximava.

Cada um de nós segurava a respiração, ansioso pela decisão que poderia mudar nossas vidas para sempre. O juiz se acomodou em sua cadeira, e um silêncio profundo tomou conta do ambiente.

Juiz: Após uma cuidadosa consideração, decido que a guarda de Nicolas será concedida em um arranjo compartilhado entre a mãe e os avós paternos, e esses teriam as primeiras visitas com guarda com acompanhamento judicial para ter certeza de que nada seria feito ou dito para que ameaçasse sua relação comigo ou Maya. O juiz explicou que, embora reconhecesse o amor que eu e Maya oferecemos a Nicolas, acreditava que a presença dos avós paternos poderia proporcionar uma estabilidade adicional. Ele ressaltou que, dada a relação da criança com eles, essa alternativa poderia ser benéfica, permitindo que Nicolas mantivesse vínculos familiares fortes.

O arranjo estabelecia que Nicolas passaria, inicialmente, finais de semana alternados com os avós e comigo, sempre garantindo que ele tivesse tempo de qualidade com Maya, que se tornaria uma figura importante na vida dele. O juiz enfatizou que a colaboração entre as partes era essencial para o bem-estar de Nicolas e que todos deveriam trabalhar juntos para garantir que ele se sentisse amado e seguro.

Enquanto o juiz finalizava suas considerações, uma onda de emoções me invadiu. A decisão não era exatamente o que eu desejava; eu queria que Nicolas estivesse comigo e com Maya de maneira integral. No entanto, percebi que ainda tínhamos a oportunidade de participar ativamente da vida dele, de amá-lo e de ser uma família, mesmo que a configuração fosse diferente do que eu tinha imaginado.

Assim que saímos do tribunal, um novo sentimento de determinação surgiu em mim. A luta estava longe de terminar, mas agora, mais do que nunca, eu sabia que precisava me unir aos avós paternos e encontrar um caminho que garantisse a felicidade de Nicolas.

Enviei uma mensagem explicando tudo para Maya e sai dali com minha mãe e Nicolas.

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Comentários

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Eu não entendi essa decisão do juiz, mas tomara que ele tenha feito algo certo, apesar de eu achar que foi errado 🤷🏻‍♂️😅😅

Ótimo capítulo Teça! Parabéns! 🤗👏🏻 👏🏻 👏🏻 👏🏻 👏🏻 👏🏻

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A presença dos avós com certeza é importante para a criança, eles podem ser dois sem noção, mas com certeza tem um amor verdadeiro pelo neto e isso conta muito.

Agora esse arranjo do juiz foi péssimo, a guarda devia ser exclusiva da mãe e os avós com diretor a visitas e finais de semana com o neto, acho que nem se fosse o pai teria direito a esse arranjo, só mão vou xingar ele para não ser presa por desacato 🤷🏻‍♀️ kkkkk

Muito bom como sempre Teça!

Parabéns! 🤗😘

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