Amor em Alta Intensidade - Capítulo 7

Um conto erótico de Teça
Categoria: Lésbicas
Contém 1094 palavras
Data: 05/10/2024 15:57:45

Quando os olhares se encontram e a mágica do instante se revela, a oxitocina flui como um néctar suave, aquecendo os corações e unindo as almas. Cada toque se torna um encanto, cada sussurro, uma doce promessa. A presença do outro transforma o mundo em um refúgio seguro, enquanto a vasopressina intensifica o desejo de proximidade e proteção, criando um elo inquebrantável. Nesse balé de emoções, as inseguranças se desvanecem, dando lugar à confiança que floresce como flores sob a luz do sol. O amor emerge como uma dança silenciosa, onde os corações se comunicam em uma linguagem única, expressando a profundidade de uma conexão que transcende o tempo e o espaço, selando um destino compartilhado.

Na segunda tudo ocorreu normalmente, e eu estava sem saber se Nicolly continuaria seus treinos comigo, de qualquer forma deixei seu treino preparado e estava muito bom. Fiquei feliz quando ela chegou, mas logo seu namorado entrou também e eu me lembrei que deveria ser profissional. Nicolly estava dedicada ao treino, prestava atenção em cada detalhe dos treinos. Às vezes era árduo manter a seriedade e o foco perto dela, todas as expressões que ela fazia ao se concentrar ou ao treinar deixavam o semblante dela mais lindo. Foram dois meses muito difíceis, a todo instante eu queria beijá-la ou abraçá-la. Em alguns momentos eu achava que ela queria o mesmo.

Estar ao lado de Nicolly era como estar em um sonho silencioso, onde o mundo ao nosso redor se dissolve em nuances de cor. A cada risada dela, meu coração dança, mas a contenção pesa como um segredo não revelado. Nossos olhares se cruzam, e um calor sutil percorre minha pele, uma conexão invisível que pulsa entre nós. O aroma do seu perfume enche o ar, trazendo uma mistura de conforto e anseio. Cada toque acidental é eletricidade, um lembrete do que não posso expressar. Sinto a vontade de segurar sua mão, de sussurrar as palavras que ficam presas na garganta, mas me contenho. O silêncio é um pacto que selamos, e mesmo assim, há poesia em nossos momentos, uma linguagem que só nossos corações entendem. E assim, nesse espaço entre o que é e o que poderia ser, eu me perco na beleza de amar você em segredo.

Apesar disso eu ainda tinha Paulinha e meus amigos, e como diria Bruno e Marrone “Doente de amor, procurei remédio na vida noturna”, eu estava sempre em festas no fim de semana. E sempre que podia passava as noites com Paulinha, quando ela não podia eu ia para casa. Eu estava realmente gostando de Nicolly, mas não podia fazer nada além de treiná-la, e isso me consumia.

Em um final de semana específico Paulinha foi até minha casa, pois queria conversar comigo. Avisei minha mãe e fomos para o meu quarto.

Paulinha: Maya, eu te amo, mas a gente precisa conversar. Eu gosto de nossa amizade, mas o que era pra ser vez ou outra está sendo quase todo dia. E você sabe que não quero relacionamento, eu gosto dos meus rolos.

Maya: E eu estou atrapalhando, certo?

Paulinha: Não é isso. Eu sei que seu coração está em pedaços, sei que está tentando não pensar sobre isso. Mas Maya, você está se matando aos poucos e me sufocando. Pensa um pouco, quantas vezes por semana tem feito sua corrida matinal?

Maya: Uma ou duas vezes por semana. - Eu estava incrédula com a minha dificuldade para lembrar os dias que corri.

Paulinha: E suas marmitas, como estão?

Maya: Eu ando comendo em um restaurante.

Paulinha: Esse é o ponto, você sempre se cuidou e agora está tão focada em algo que não deu certo que está fazendo com que tudo o que estava funcionando pare de funcionar.

Eu comecei a chorar naquele momento, a batalha interna que eu travava se tornava exaustiva. Cada pensamento se transforma em um grito silencioso, uma tempestade interna que não encontra saída. A boca se fecha, e as frases que poderiam iluminar momentos se dissipam no ar, tornando-se apenas ecos na minha mente. Eu sabia que deveria tomar as rédeas da minha vida e esquecer Nicolly, por sorte eu teria apenas mais 40 dias com ela. Prometi a mim mesma e a Paulinha que iria voltar a minha rotina e diminuir as saideiras.

No horário do almoço decidi correr um pouco e ir para o lago. Enquanto caminhava pela calçada, senti um estrondo repentino, um som agudo que cortou o ar. Meu coração disparou, e me virei instintivamente. À minha frente, um carro havia perdido o controle, girando descontroladamente antes de capotar. O metal se retorcia em um espetáculo brutal, e o vidro estilhaçado refletia a luz do sol em fragmentos brilhantes. Congelei por um instante, absorvendo a cena surreal. O carro, agora de cabeça para baixo, soltava uma nuvem de fumaça, e o cheiro de borracha queimada e gasolina invadiu minhas narinas. A adrenalina percorria meu corpo, mas seus pés pareciam colados ao chão, paralisados pela incredulidade.

Com as mãos trêmulas, peguei o celular, pressionando os números de emergência com urgência. Minha mente corria, lutando contra o pânico. Enquanto aguardava a resposta, meus olhos se fixaram no carro capotado, a fumaça subindo em espirais para o céu azul. O coração batia forte em meu peito, cada batida ecoando com ansiedade.

Maya: Um acidente... um carro capotou na avenida próximo ao lago. Preciso de ajuda urgente!

Atendente: Estou enviando uma ambulância com urgência.

Foi então que, ao se aproximar do veículo, uma imagem familiar me paralisou. O motorista, preso no interior do carro, era alguém que eu conhecia. Guilherme estava preso dentro do carro, instintivamente verifiquei sua pulsação e fraturas que poderia ter sem tirá-lo do carro. Por sorte o carro não havia pegado fogo e a ambulância chegou rápido. Peguei ficha de treino no meu celular para ter seu nome completo e idade, passei os dados para um dos socorristas e para um policial. Resolvi o que pude ali sobre o carro e me encaminhei para o hospital, na recepção perguntei o estado dele, mas não quiseram me informar, disseram que só poderiam passar a informação para um cônjuge ou familiar, nesse momento lembrei que tinha o número de Nicolly e passei o contato dela na recepção.

Fui embora dali em direção a minha casa, liguei para a Paulinha no carro e contei o que tinha acontecido e ela pediu para ir na casa dela. Chegando lá ela apenas me deu colo e disse que ficaríamos vendo filme e comendo pizza. Eu estava acolhida, mas não fazia ideia de como Nicolly ficaria.

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Comentários

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Maya como sempre agindo bem quando se trata de outras pessoas, com ela mesmo nem tanto, pelo jeito ela se descuidou, mas Paulinha como a boa amiga que é abriu os olhos dela.

Agora é esperar para ver o resultado desse acidente que provavelmente não vai ser algo positivo para ninguém.

Ótimo capítulo Teça! Parabéns! 🤗 👏🏻 👏🏻 👏🏻 👏🏻 👏🏻 👏🏻 👏🏻 👏🏻

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Olhar pra fora é mais fácil que olhar para dentro. E Maya quase não percebeu isso. Se der tudo certo hoje sai mais um

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Com certeza é bem assim mesmo 🤷🏻‍♂️

Já estou indo ler o novo 🤭

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O destino realmente está pregando peças nessas duas.

Vamos ver os problemas que esse acidente vai trazer para vidas das duas e tomara que o Guilherme se sai bem disso tudo 🙏🏻

Paulinha parece ser realmente uma amiga incrível que Maya tem, espero que essa amizade também saia intacta no final de tudo.

Muito bom como sempre Teça!

Parabéns! 🤗😘

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Paulinha é um lobo solitário, e mesmo sendo amiga de Maya sentiu a carência incomodar. Foi realista para preservar o relacionamento

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Verdade, e ela agiu muito bem na minha humilde opinião.

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Estou pensando se Paulinha não vai ter um spinf off.

A Gabriela do conto anterior provavelmente terá, já tenho umas ideias pra ela.

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Eu estou para escrever uma história, vou fazer um crossover com umas personagens da saga A SECRETARIA, spin-off ainda não pensei em fazer, mas no caso dessas duas personagens aí acho que seria legal.

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