Danielle: Trans, Evangélica - Capítulo 18 - Não é não!

Um conto erótico de Rafaela Khalil
Categoria: Heterossexual
Contém 6210 palavras
Data: 07/10/2024 21:23:39

— Então, agora você se sente mais mulher? — Priscilla perguntou olhando a face suave de Danielle

Danielle sorriu e franziu o nariz envergonhada

— Acho que sim — Respondeu satisfeita — Gostou?

— Sinceramente eu achei incrível, você está magicamente diferente, mas mesmo assim a mesma pessoa, eu não sei explicar, você parece… parece… — Priscila tentava escolher as palavras

— Uma irmã minha? — Danielle completou

Priscilla soltou o ar

— É, parece que é uma irmã gêmea do Moisés, eu diria — Priscilla completou o pensamento

Danielle sorriu contente

— E as pessoas ao seu redor, o que acharam? — Perguntou curiosa

— Bem, eu não mostrei para as pessoas da minha família, só para a Miriam, ela sabe, mas no trabalho todo mundo gostou — Danielle disse pensativa

— Como você sabe que gostaram? Te elogiaram? — Priscilla perguntou analitica

— Sim, algumas sim, outros foram mais incisivos — Danielle riu contente — Mas as pessoas me olharam diferente, outras ficaram até meio enraivecidos

— Quem ficou com raiva?

— A Atual namorada do Armando, o meu ex namorado — Danielle respondeu

— Isso é novo pra mim, perdi algo — Priscila disse procurando as anotações

— É, não falamos mesmo, eu descobri depois da nossa última consulta, ele colocou ela para trabalhar lá na empresa, na recepção e tem mais uma coisa, ela saiu com o diretor da empresa — Danielle disse

— Bela novela hein — Priscilla constatou

— Pois é, muita fofoca — Danielle disse distante

— E quem te contou essa fofoca? — Priscilla perguntou

— É, ninguém exatamente eu acabei descobrindo, por que eu fui perguntar do Diretor e ela me falou mais do que eu queria — Danielle respondeu pensativa

— E o que queria saber do diretor? Algo de trabalho imagino? — Priscilla perguntou curiosa

Danielle torceu o lábio, sentia uma pequena dor da cirurgia quando fazia isso, mas era estranhamente agradável.

— Então — Danielle pensou um pouco — Tenho que te atualizar um ponto importante — Arrumou-se na cadeira

Priscilla franziu o cenho, Danielle atualizou a psicóloga sobre a saída com o Diretor e a saída com Fábio dias atrás.

— E você acha que o Fábio está apaixonado por você? — Priscilla perguntou — Por que?

— Por que ele disse que me amava — Danielle disse — Após a gente ficar junto

— Entendo, e o que você acha que ele ama em você? Sua cirurgia, A Danielle, o Moisés? Algo específico?

— Eu não sei dizer exatamente pelo quê, mas acho que é tudo a mesma coisa — Além do mais ele não me ama, ta apaixonado só — Danielle se defendeu

— E é diferente?

— Claro que é, o amor a gente constroi, com o tempo, com os gestos, com a parceria e a convivência, a paixão é tesão, é desejo, talvez admiração — Danielle disse pensativa

— Mas nesses meses não é isso que você o Fábio tiveram? parceria, convivência, paixão, tesão, admiração? — Perguntou fazendo Danielle refletir

Ela olhou para Priscilla e o olhar atravessou a psicóloga, foi longe repensando tudo o que havia feito, dito e vivido com Fábio nessas ultimas semanas

Ouviu um estalo de dedos, sacudiu a cabeça e olhou para Priscilla

— Tudo bem? — Priscilla perguntou

— Ele me ama mesmo — Danielle disse pensativa, pensou um pouco mais com o olhar perdido — É, faz sentido

— E você o ama também? — Priscilla perguntou curiosa

— Acho que ainda não — Danielle disse ainda distante

— E vai amar quando? — Priscilla perguntou direta

— Como assim?

— É, você disse “Ainda não” — Priscilla também se arrumou na cadeira — O “Ainda” mostra que pode ser um processo em curso.

— Eu não sei, não sei se posso — Danielle disse

— Fabio, né? — Priscilla disse anotando algo

— É — Danielle falou pensativa — Outro cara do trabalho, outro cara para me maltratar, para humilhar

— Mas esse aí é bem diferente pelo visto né, não te maltrata nem humilha, o Armando era desde o início, a mãe dele te maltratava, você já sabia — Priscilla disse assertiva

Danielle colocou a mão no rosto

— Ai Jesus, eu preciso parar isso! — Falou pensativa — Não quero namorar ninguém do trabalho, isso é uma merda!

— E o Diretor? — Priscilla perguntou — Me parece interessado em você, você tem interesse nele?

— Não, era só uma formalidade do trabalho, ele é legal, mas é só isso — Danielle explicou

— Você já descartou ele por que ele não te cantou de verdade? — Priscilla perguntou

— Não descartei ninguém — Danielle respondeu irritada — É que ele é de outra, digamos “casta”, é de um mundo completamente diferente do meu.

— E qual é a sua estratégia? Por que me parece que você está ignorando os homens a sua volta, isso é consciente?

Danielle olhou curiosa, Priscilla continuou

— Você está mais bonita agora, chama a atenção de homens e eu admito, fiquei realmente admirada pela sua beleza, chamaria a atenção de forma positiva em qualquer lugar

— Obrigada — Danielle disse afundada no sofá

— Nesse momento da sua vida, você acha que está onde queria estar? — Priscilla perguntou indo direto ao ponto

— Onde eu queria? — Danielle perguntou confusa

— Sim, você queria ser uma mulher ou o mais próximo possível disso, você mesma disse que não era uma mulher mesmo e que nunca seria — Priscilla repetiu as palavras de Danielle — Certo?

— Sim — Danielle respondeu pensativa

— Nesse momento eu acho que não existe um ser humano nesse planeta e te olhe com dúvidas se você é uma mulher ou um homem, visualmente você é cem por cento mulher

— Eu não tenho seios — Respondeu entristecida

— Não importa Dani, existem mulheres com menos seios que os seus e ainda assim femininas, a verdade que eu vejo aqui é que você não sabe o que está esperando.

— Não sei? — Danielle estava confusa

— Você queria parecer mulher, passou a se vestir de mulher, queria se revelar, se revelou, queria ser mais feminina, treinou seu corpo, sua mente e seus trejeitos e moldou seu corpo com hormônios, queria seu rosto mais feminino e conseguiu pela cirurgia, agora está colocando a meta dos seios, mas as metas não podem ser travas limitantes, você está se travando, quando colocar os seios vai ser o que? Tirar o pênis? — Priscilla perguntou direta diante da incredulidade de Danielle

Danielle gostava dela pois não tinha meias palavras, dava “na lata”, colocou a mão no meio das pernas

— Não — Danielle disse — Não quero tirar

— É uma metáfora Dani, eu sei que você não quer — Priscilla disse paciente

— O que eu faço? — Danielle perguntou confusa

Priscilla sorriu

— Organize suas ideias, permita-se, você é solteira, tem gente atrás de você, vá com cuidado, conheça, dê uma chance segura para eles e para você mesma, você não acha que já tá bom de sofrer? não acha que merece o amor?

— Acho — Danielle respondeu introspectiva com os olhos cheios de lágrimas — Eu quero, mas eu não sei o que fazer, eu tenho medo

— Posso dizer o que eu faria agora? — Priscilla perguntou — Sem ser como psicologa e sim como mulher casada que já esteve nesse jogo de namoro e conquista

Danielle fez que sim com a cabeça

— Dá uma chance pro Fábio, dá uma chance pro Diretor, dá uma chance por rapaz da portaria se ele vier também

Danielle sorriu divertida

— Tô falando sério — Priscilla disse — Sorria, dê uma chance para todos, abra seu coração, não seja dada, não é isso, não é para sair com todos, mas fale com todos, mas note as pessoas, pense nas possibilidades, os homens agora vão te cercar, use isso para aprender a se proteger, manter uma distancia e manter eles à sua volta.

— Eu falo, sou educada e solícita com todos — Danielle se defendeu

— Mas você é fechada com quem não acha que terá algo, esse Fábio mesmo demorou meses até chegar em você e esse diretor foi na força do cargo mesmo — Priscilla disse bombardeando Danielle — Note as pessoas Danielle, pense nas situações, imagine, dê abertura, você não precisa caçar, homens caçam a gente, você precisa estar disposta, ficar sozinha não está bom para você e isso é óbvio

— Não está — Danielle disse

Priscilla respirou fundo e coçou a cabeça

— Uma coisa que é um tabu grande na sociedade é o que chamam de “Gado”

— Gado? — Danielle disse — Tipo homens que perseguem as mulheres?

— Mais ou menos, a verdade é que toda mulher bonita assim como você e eu temos alguns homens que nos cercam e estão dispostos a nos ter — Priscilla disse se aproximando, como se fosse um segredo

Danielle ouvia atentamente e ela continuou

— Não é para judiar, nem maltratar dando falsas esperanças ou coisas do tipo, mas é importante você ter à sua órbita alguns homens para suas opções

— Acho que tenho algo parecido, mas não é tão simples assim por causa do preconceito de eu ser trans — Danielle falou pensativa

— Agora é, você é uma mulher, ninguém precisa saber inicialmente que você é trans

— Sim, verdade, então eu tenho que ter meus gados? — Danielle perguntou confusa

— Isso parece péssimo né? — Priscilla perguntou

— Um pouco — Danielle respondeu sensata

— Eu sei, mas é assim mesmo, a sociedade avança e evolui, mas uma coisa não muda — Priscilla disse erguendo o tronco

— Qual coisa? — Danielle perguntou curiosa

— O homem caça, a mulher é caçada, tem sido assim desde sempre e por mais que tentem mudar vai ser assim, na prática o homem fica com quem ele conseguir e nós ficamos com quem nós escolhermos

Danielle fez uma careta assustada, Priscilla sorriu

— Bem vinda ao mundo real querida, não faço as regras, mas elas são assim, sua mãe e irmã deviam ter te contado, amigas e etc, mas você não teve adolescência feminina como uma mulher bonita, então eu vou dar esse adianto para você, a regra é essa.

Danielle concordou mentalmente, aprecia ruim, sujo, mas era assim que funcionava

— Então querida, nós mulheres não podemos dar bola o tempo todo, mas temos que estar atentas ao nosso redor, todos são potenciais parceiros nossos, seuxais ou amorosos, então agora que você — Fez aspas com os dedos — “parece mulher” você precisa ficar atenta, por que mais portas vão se abrir para você.

Danielle pensou, Priscilla estava certa precisava repensar tudo, dar uma chance de conhecer Fabio, aquilo podia funcionar.

Terminaram a sessão, Danielle foi para a empresa pensativa

Chegou na empresa andando lentamente

— Bom dia dona Danielle — O porteiro a cumprimentou

— Bom dia — Ela respondeu olhando para ele.

Pela primeira vez o notou, um homem mais velho, branco e magro, devia ter uns cinquenta anos, usava um bigode grande salpicado de branco, Danielle resolveu exercitar seu carisma, sabia que a referência ao porteiro dada por Priscilla era uma brincadeira, mas por que não?

— O senhor está bem hoje? — Ela iria falar, mas esqueceu o nome dele, se aproximou e viu no crachá “José” — Seu José?

— Tô bem sim menina, e como tá as coisas lá em cima, passou aquela loucura de “ráqui” — Ele perguntou mexendo em umas correspondências sem tirar os olhos dela por cima dos óculos de grau

— Ah, a gente tá dando um jeito — Ela respondeu fingindo procurar o crachá na bolsa

— A senhora ficou muito bonita assim viu — Ele disse apontando pro rosto dela — Tava conversando com as meninas da limpeza, elas acharam muito bom isso aí — Apontou para o rosto de Danielle

— Ah, obrigada! — Ela sorriu satisfeita, pensando que as pessoas falavam dela

— É máquilagem? — Ele perguntou curioso

— Hmmmm — Ela murmurou uma resposta que não fosse complexa — Também tem maquiagem, mas eu operei dei uma melhorada aqui — Passou as costas das mãos no contorno do rosto

José ficou olhando Daniell alisar o rosto, ele analisava detalhadamente os contornos finos enquanto fazia um movimento de compreensão com a cabeça olhando agora através das lentes dos oculos

— Bem, to indo, bom trabalho — Passou pela catraca pensativa

Ficou pensando se era verdade que os homens davam mais atenção a ela agora que estava bem feminina, se mudaria algo

— Bom dia, você é nova aqui? — Um homem falou no hall do elevador

Danielle olhou para ele, o conhecia, era diretor do juridico

— Não, na verdade não, eu sou do time de desenvolvimento — Ela respondeu sem pensar muito

— Ah, eu lembro de você — Ele falou se aproximando — Você estava na reunião com o Fausto sobre a invasão

— Sim, eu estava — Ela respondeu

Entraram no elevador e o telefone do homem tocou, ela olhou em volta, todos os homens olhando para ela e a cumprimentaram com a cabeça ao vê-la, ela sorriu para todos, a porta do elevador se abriu e um dos homens colocou a mão para segurar a porta para ela, Danielle levou dois segundos até entender que a gentileza era para ela

— Ah, obrigada! — Falou desajeitada dando um passo a frente

Chegou no seu ambiente, os desenvolvedores estava conversando

— Bom dia — Ela falou acenando para eles

A resposta foi diferente, todos responderam em alto som

— Bom dia — Pareciam animados, ela ficou sem graça, mas resolveu interagir

— Nossa, que bom humor gente, gostei de ver, algo diferente hoje? — Olhou para Fábio e ele piscou para ela

— O Ambiente ficou mais perfumado agora — Fabio disse

Danielle tirou o cardigan fino que trazia e colocou na cadeira, sentou-se sorridente e envergonhada.

O telefone da mesa tocou

— Os ramais estão bons já! — Ela disse animada

— Sim, arrumamos semana passada — Uma garota atrás dela disse

— Que bom — Respondeu à garota e atendeu — Danielle

— Dani, aqui é o Fausto, tudo bem? — A voz era grossa do outro lado da linha

— Bom dia, tudo bem sim, o que precisa? — Ela perguntou solícita

— Gostou do meu presente? — Ele perguntou

— Gostei sim, muito obrigada, não tive a oportunidade de te ver para agradecer — Ela respondeu abaixando o tom de voz pois Fábio estava próximo, focado no computador, de fones de ouvido, mas certamente havia desligado a musica pois balançava a cabeça fingindo ouvir algum rock’n roll.

— Ótimo, eu preciso de uma ajuda sua — Ele disse sério

— Pode falar — Ela respondeu solítica

— Preciso ir na casa de um amigo e preciso que você vá comigo — Ele disse ainda sério

Danielle ficou alguns segundos sem responder

— Dani? Ta aí? — Ele perguntou

— Éééé… — Ela pensou enquanto falava — Sobre o trabalho? — Perguntou querendo indicar que eles apenas trabalhavam juntos

— Não é do trabalho e você não tem obrigação nenhuma, mas eu gostaria de avisar que se você não me ajudar vai perder uma otima oportunidade — O Tom dele ainda era sério e soou um pouco ameaçador

Danielle gelou, precisava do emprego

— Eu, eu, se o senhor quiser sim — Respondeu atrapalhada

— Não Dani, eu não to te obrigado, me expressei mal — Ele disse tentando remediar — A oportunidade é que meu pai tem uma máquina nova que vai estar aqui amanhã em São Paulo e eu quero levar você lá para ver ela, aposto que você vai adorar, tem uma chance forte de você pilotar

Ela abriu a boca, nunca tinha pensado em algo daquilo, queria muito, mas tinha medo, não respondeu por alguns segundos e Fausto completou

— Aí eu te dou o presente e você vai comigo na casa de uns amigos, ta rolando um boato de que eu não fico com mulher nenhuma e acho até que eles pensam que eu sou gay

— E você é? — Ela perguntou curiosa

— Eu pareço? — Ele perguntou também curioso

— Nem um pouco — Ela respondeu assertiva

— Que bom — Ele riu — Por que eu sou zero Gay

Ela riu

— Mas você sabe que eu… — Ela pensou um pouco — Tem gente que pensa que estar junto comigo faz você…

— É eu, sei — Ele disse pensativo — Pra falar a verdade eu não pensei nisso a fundo

Ele parecia pensar no que falava, ficou pensativo

— Mas enfim — Falou ignorando o que havia dito — Vamos?

— Amanhã? Onde? — Ela perguntou

— Posso mandar alguém te buscar em casa — Fausto disse

— Não, não precisa, eu dirijo — Ela falou

— Tá bom, vou te mandar o endereço no Whatsapp

O resto do dia de Danielle foi bem comum, estava focada e sequer tomou café mesmo recebendo tres convites de Fábio, ela queria evitar a conversa com ele, sabia que algo precisava ser dito.

Quase no fim do expediente ele sentou ao lado dela

— Tá fugindo de mim por que? — Ele perguntou cuidadoso

— Eu não estou — Ela mentiu — Estou só com bastante coisa

— Não finge não — Ele disse procurando o olhar dela

Danielle soltou o ar e se virou pra ele

— O que foi? — Ela perguntou parecendo entristecida

— Dei bola fora né? — Ele perguntou

— Tá falando do que? — Ela perguntou se fingindo de desentendida

Ele torceu a boca, um movimento que denotava tristeza, Danielle identificou na hora

— Eu fiz alguma coisa errada, falei algo errado? — Fabio perguntou — Ontem você me ignorou e saiu sem falar com ninguém, por que ta fugindo de mim?

— Isso não é papo para o ambiente de trabalho, você sabe que eu não gosto de falar disse aqui — Ela disse preocupada

— Quer ir fumar comigo então ou pro café? — Ele perguntou

— Não — Ela queria pensar numa desculpa — Não…não quero falar

— Foi por que eu disse que te amo? — Ele perguntou, acertou exatamente

— Olha… — Ela falou pensativa e se levantou indo até o café

Ele a seguiu

Assim que ele entrou, ela olhou em volta, estavam a sós

— A gente não se conhece a muito tempo — Danielle falou olhando-o nos olhos

— Faz mais de um ano que a gente trabalha junto — Fabio disse explicativo

— Não, você e eu só começamos a falar depois daquela merda aqui na empresa, antes a gente nem conversava

— Mas eu queria conversar com você — Fabio se defendeu

— Mas não conversou! — Ela falou de forma ríspida — Isso me faz refletir, você gosta da Danielle visual que você ta vendo? só isso? Por que eu carrego uma puta bagagem, antes de ser isso aqui eu fui Moisés, tive uma série de problemas e relacionamentos que não sei se você está diposto a lidar

— Lidar com o que? — Fábio perguntou sem entender

— Com o passado de uma namorada Transexual — Danielle disse no momento que entrou uma garota no café

— Olá! — Ela disse animada

Ambos responderam

— Gostei do seu delineador — A garota falou para Danielle enquanto pegava o café — Egipcio?

— Obrigada, é sim, demora um tempão pra prender, fiz umas dez vezes — Danielle falou sorridente

— Eu tentei, desisti, me ensina depois? — Perguntou

— Ensino sim, me lembra depois, vamos no banheiro e te mostro como eu faço — Danielle disse

— Beleza, obrigada! — A garota disse e saiu com o café na mão

Danielle olhou para Fábio com as sobrancelhas levantadas

— Ana Carolina — Fábio disse se referindo à moça que Danielle não sabia o nome

— Obrigada — Danielle agradeceu — Onde eu tava?

— Você disse que eu não estava preparado para lidar com o fato de você ser minha namorada, ser transexual e ter um passado — Fábio disse e sorriu

— Não foi isso que eu disse, eu não disse que era sua namorada — Danielle disse — Mas é isso, minha bagagem é pesada

— Eu não ligo — Fabio disse — Eu quero que você seja minha namorada

— Ai Fábio — Danielle olhou em volta, não sabia o que dizer, queria espaço — Complicado

— Eu sou um bom programador, sou pago para resolver problemas, duvido que se você não me contar essa complicação eu não consiga dar uma solução — Ele falou num tom sério

Ela olhou pra ele, mordeu a bochecha internamente, tomou um gole de café, ficaram frente a frente se estudando por alguns segundos, ela então virou o copo de café tomando tudo, jogou o copo no lixo.

— Você não me ama! — Ela apontou pra ele — Não é para ser emocionado assim, eu não quero ninguém chorando por mim, eu não quero namorar agora, entendeu?

— Como você sabe que eu não te amo? — Ele perguntou curioso

— Por que não é assim, a gente tem que se conhecer, se apaixonar, ficar junto, conversar, sei lá, compartilhar as coisas, rir juntos, contar nossos problemas… — Cada vez que ela falava esbarrava em algo que eles já haviam feito

— E o que falta mais, tudo isso aí a gente já teve — Fabio disse — Você não gosta de mim, é isso?

— Não é isso, eu gosto — Ela respondeu

— Então faz assim, me da uma chance de me mostrar pra você, sábado vem comigo, aniversário das minhas filhas — Ele falou animado — Aí ja apresento a nova mamãe delas

Danielle sorriu, mas não era engraçado, era trágico

— Eu não posso, tenho compromisso já, desculpe — Falou pensativa

— Então um jantar hoje a noite, cinema, sei lá — Fabio disse

— Não se apaixona por mim Fábio, por favor, eu não quero lidar com isso agora — Ela disse sincera

Ele fez uma careta, abaixou o rosto, mostrou um semblante entristecido e concordou com a cabeça.

Ela deu as costas em direção a porta da sala de café, Armando passou por ela

— Oi Dani, tá bonita — Ele disse animado

Ela virou-se para trás

— A gente toma um refri e conversa melhor tá bom? — Falou se dirigindo à Fábio

Ele sorriu

Ela não sabia se havia feito aquilo para ferir Armando ou por pena de Fábio, mas fez.

No fim do expediente saíram juntos, conversando, afinal era sexta-feira a turma toda iria para algum barzinho, resolveram se juntar a eles

Danielle não era muito de ir nessas confraternizações, mas foi, não bebia então achava interessante ver as pessoas se soltarem, a garota do Café sentou do lado dela durante um momento, falando mole e com bafo de álcool

— A gente não fala muito né? — A garota falou — Acho que você nem sabe meu nome

— Ana Carolina né? — Danielle disse sorridente

Ela se surpreendeu

— Você é foda mesmo né Chefa? Caramba! — Ela falou animada — Me chama de Carol

— Chefe? — Danielle perguntou curiosa

— Chefe não, Chefa, é assim que a galgalera te chama, você não sabia? — Carol falou com os reflexos afetados — É um Chefe mulher, Chefa.

— Não — Danielle disse pensativa — Por que?

— Por que você vai ficar no lugar do Wellington, aquele bosta machista escroto — Carol deu uma gargalhada — Vai ser foda ter você liderando

— Ah, acho que tem informação torta aí hein — Danielle disse

Carol colocou o dedo nos próprios lábios pedindo silêncio

— Eu ouvi uma conversa, não sei se podia falar, então Sshhhhh — Falou sorridente

Danielle sorriu, a garota parecia engraçada, então Danielle fez um gesto como se trancasse os lábios e jogasse a chave fora

Conversaram um pouco, era divertida, também era programadora, haviam falado pouco

— Cara, você é linda demais — Carol falou durante um momento da conversa — Como pode né, você fez uma plástica, era um homem bonito e ficou uma mulher bonita — Pensou um pouco no que havia dito — Isso foi ofensivo né? desculpa

— Tudo bem — Danielle respondeu retraída

A conversa era monitorada de perto por Fabio que conversava com outras pessoas, mas ao lado dela agia como um cão de guarda para deixar claro que o territorio era dele

— Eu preciso ir ao banheiro, quer ir comigo me ajudar a passar o delineador igual o seu? — Carol falou afetada pelo álcool

Danielle riu

— Acho que não é uma boa passar agora, talvez outro dia — Danielle respondeu

Carol se levantou e cambaleou, não conseguiria chegar no banheiro sozinha, Danielle olhou em volta procurando alguma mulher conhecida, até haviam duas na outra ponta, mas ela nunca havia falado com elas, levantou-se então, segurou Carol

— Vamos, eu te ajudo — Caminharam até a porta do banheiro femino

O velho dilema de Danielle, entrava ou não no banheiro feminino? Normalmente usava o banheiro de defiicente dos lugares, quando a escolha era binária ela simplesmente segurava e não usava, mas não poderia deixar Carol ali, era da mesma empresa

— Foda-se — Falou arrastando-a para dentro do banheiro.

Viu os boxes com porta separando os vasos sanitários, não era a primeira vez que entrava em um banheiro feminino, assim que entrou duas mulheres conversavam e uma delas passava batom na frente do espelho, quando viram Danielle vieram em sua direção

Ela pensou o pior, seria hostilizada e a empurraram para fora, seu coração bateu rápido

— O que aconteceu aí? — Uma delas perguntou — Essa menina tá mal hein

Danielle viu Carol encostada nela, era disso que as mulheres estavam atrás

— Ah,acho que bebeu demais — Danielle disse

— Sua namorada? — Uma das garotas perguntou

— Não, colega de trabalho na verdade — Danielle se defendeu — Eu não namoro

A informação não foi relevante, mas ela pensou em Fábio, estava reafirmando que não namorava

— Ali — Carol apontou para o box vazio

Danielle a levou para o box e quando foi fechar a porta Carol a puxou pelo braço para dentro

— Fica comigo aqui, acho que to muito bêbada — Falou de olhos fechados

— Bastante — Danielle concordou e observou

Carol usava uma calça jeans justa, abriu o botão, puxou o zíper e desceu até os joelhos, apesar do tom de mulher evoluída e madura a calcinha branca com estampa de vaquinhas voadoras mostrava o contrário, Danielle sorriu

— Aaaahhhhh — Carol gemeu ao urinar, Danielle achou engraçado, lembrou-se de Miriam que fazia o mesmo, se perguntou se aquilo era comum em toda mulher

Quando terminou, se limpou, Danielle ficou parada encarando a parede, esperando ela terminar

— Vai usar também? — Carol perguntou se levantando e colocando a calça

— Não, obrigada — Danielle respondeu ainda sem olhar, ouviu o barulho da descarga

— Vai me ajudar a passar o delineador? — Carol perguntou parecendo mais sóbria do que instantes atrás

— Você trouxe? — Danielle perguntou procurando algo em volta, ambas haviam deixado suas bolsas na mesa

— Trouxe, aqui ó — Carol empurrou Danielle contra a parede do box e a beijou

Danielle sentiu a língua de Carol invadir sua boca, era quente, macia, molhada e tinha gosto de álcool e talvez de cigarro.

Carol era mais baixa que Danielle, mas mesmo assim maior que a maioria das garotas, o suficiente para erguer levemente o calcanhar para alcançar a boca de Danielle.

Danielle a empurrou assustada

— O que é isso? — Perguntou também assustada

— Desculpa, é que você é tão linda, você namora o Fabio? — Carol perguntou assustada — Eu achava que sim, mas eu não sabia

— Não, eu não namoro — Danielle disse — Não to namorando com ninguém! — Danielle se defendeu

Carol e Danielle se olharam por alguns segundos

Ela era bonita, uma garota loira, olhos azuis, cabelo cumprido tingido de loiro com uma mecha vermelha, usava uma blusinha branca justa valorizando os seios médios, um corpo esguio e um ar de feminista durona que podia assustar alguns homens.

Danielle olhou para a boca dela, estavam próximas

— Bora? — Carol perguntou olhando-a nos olhos

Danielle estava ofegante, não tinha muitos encontros com mulheres, no geral tinha uma repelência natural a sequer encostar nelas, sentia um certo nojo pois era totalmente heterosexual dentro da sua transexualidade

Mas algo estava estranho, sentiu seu penis pulsar, usava saia, justamente para não ter que prender seu equipamento com força.

Danielle se aproximou novamente e Carol fez o resto, começaram o beijo, dessa vez mais quente, mais molhado, com chupões na língua e nos lábios, Carol beijava o rosto de Danielle e acariciava o corpo dela, Danielle segurou a cintura da garota e as mãos escorreram para a barriga, não era algo atlético, mas era magra, encontrou um piercing no umbigo, Carol apalpou a bunda de Danielle

— Que bumbum gostoso, gosta do meu piercing? — Carol perguntou ofegante

— Gosto — Danielle respondeu sorrindo sentindo as mãos apalparem suas nádegas

— Safada! — Carol disse enfiando a mão por baixo da camiseta de Danielle e erguendo procurando os seios

Encontrou um sutiã pequeno cobrindo

— Espera — Danielle tentou se defender, mas não houve tempo

Em segundos Carol estava com os lábios chupando os bicos dos peitos de Danielle que deu uma gemida segurando a cabeça de Carol

— Que delicia de peitinho — Carol falou — Tava morrendo de curiosidade de de provar

— Ah é? — Danielle disse animada sentindo tesão, o pau pulsando quase explodindo

Resolveu então imitar o gesto, ergueu a blusa de Carol junto com o sutiã e os seios saltaram para fora, eram brancos, os bicos vermelhos grandes, grossos e cheios de bolinhas minúsculas, eram lindos como os das modelos.

Por alguns segundos Danielle sentiu uma pontada de inveja, algo similar a quando via Miriam nua, mas ignorou por hora e resolveu experimentar, chupou os seios como gostava que fizessem com ela, Carol riu e acariciou o cabelo dela

— Isso, mama tudinho mama sua delicia — Carol falou baixinho

Ouviram pancadas na porta

— Oooohhhh, o que vocês estão fazendo? — Era uma voz feminina, parecia severa — Vão pro motel, aqui não é lugar dessas merdas não

Elas se olharam envergonhadas e se cobriram, Carol riu primeiro e Danielle acompanhou

Abriram a porta e tinha uma mulher vestida com um avental, era uma garçonete

— Porra, no banheiro aí vocês me fodem né gatinhas, vão pro motel, o chefe me coloca na rua assim! — Falou transtornada — Pode vazar as duas daqui que eu vou ficar de olho

Carol saiu puxando Danielle pela mão rindo da situação, quando chegaram fora

— Meu Deus — Danielle falou assustada

— Nada, a deusa aqui é você — Carol se aproximou, pegou a cabeça de Danielle e beijou novamente

Danielle sentiu a língua dela, chupou brevemente e empurrou

— Não quero que ninguém da empresa me veja ficar com ninguém tá, discrição por favor

— Tá bom, tudo bem — Carol disse se afastando, olhou para Danielle e se aproximou — Só mais um beijinho

Deram outro beijio, as mãos de Carol passeando livremente pelo corpo de Danielle por alguns segundos e Danielle empurrou

— Chega — O pedido era ornado por sorrisos — Agora parou

— Tá bom Chefa! — Carol falou fazendo sentindo

Voltaram para a mesa, Danielle pensativa se aquilo havia sido bom ou ruim, a sensação foi boa, algo inesperado, conversou um pouco mais e anunciou que iria embora, coincidentemente Fabio disse que também iria eque moravam na mesma região e daria carona, se despediram brevemente de todos, Carol deu um abraço apertado e demorado em Danielle

— Depois falamos tá bom? — Disse no ouvido dela

Danielle só concordou

Fabio pegou a comanda de Danielle e pagou a conta, mesmo ela pedindo para ele não fazer isso.

Assim que saíram do bar Danielle pegou o celular

— O que você vai fazer? — Fabio perguntou

— Vou chamar um carro pra me levar

— Eu disse que te levo — Fabio disse apressado colocando a mão no celular de Danielle

— Você mora muito longe, eu sei, só quer me levar por que tem interesse em mim

— Eu nunca neguei interesse em você — Fabio disse — Deixa eu te levar, podemos esticar a noite

— Não, preciso ir pra casa, não curto ficar até muito tarde — Danielle disse — É sério

— Você nem bebeu — Fabio disse

— Eu não bebo, você deveria saber, você bebeu né? — ela perguntou — Como vai dirigir

— Não, to só na coca-cola, tava pensando em te levar mesmo relaxa — Ele disse — Vai Dani, não seja chata.

— Faz assim — Ela disse — Me leva até a estação de metro da linha vermelha, no Belém, ja é bastante tempo pra gente ficar junto e economiza muito caminho pra você

— Não, em casa é melhor — Ele insistiu

— É que deixei meu carro lá, aí eu vou de carro

— Mentira — Ele disse desconfiando dela

Danielle meteu a mão na bolsa e pegou a chave com o simbolo da Renault

— Ta bom — Fabio concordou

Não era uma viagem demorada

Entraram no carro

— E ae, pegou a Carol? — Fabio disse sorridente, mas testando

— Oi? — Ela perguntou indignada — Como assim, ta louco?

— É que ela é meio sapatona e já falou no almoço que paga um pau pra você — Fabio disse enquanto ia pelo transito

Novamente Danielle ficou pensando que as pessoas falavam dela, o que falavam? Pelo visto era algo bom

— Pegou? — Fabio perguntou ao ver Danielle se perder em pensamentos

— Não! — Mentiu — Para com isso! — Falou irritada — Me trouxe aqui pra falar dela?

— Não, eu queria falar de nós dois — Fabio disse

— Eu não namoro com você Fabio, eu morro de medo disso — Danielle disse — Isso tem que ficar bem claro

— Medo do que? — Fabio disse

— De te magoar eu ja disse, eu não to na vibe de namorar agora

— Eu entendi, mas me deixa curtir minha paixão platônica — Fabio disse

— É perigoso, você vai ficar se magoando — Danielle disse pensativa

— Por que? Você disse que não vai namorar agora — Fabio perguntou sorridente, mas logo desfez o sorriso — Ou é só comigo que você não vai namorar?

— Com ninguém! — Danielle se defendeu

— Então, deixa — Ele disse

— E se eu ficar com alguém, você vai me cobrar — Danielle disse meio nervosa

— Não vou — Fabio disse — Eu não tenho direito de te cobrar

— Claro que não tem, mas vai ficar magoado e eu não quero isso — Ela falou e esfregou o rosto — Eu não sei como sair dessa situação, desculpa

— Faz assim — Ele ligou o som do carro — Vamos ouvir uma musica, você ta muito nervosa

Ele ligou o radio, Danielle apertou as coxas, sentiu seu pau pingar e escorrer, se perguntou se molharia a saia, estava tremendo de tesão, mas era estranho, quando ela sentia tesão queria ser penetrada imediatamente, ser beijada por Carol causou um conflito imediato nela pois Carol não podia penetrá-la…

— Ou poderia? — Perguntou a si mesma

— Poderia o que? — Fabio perguntou

Danielle olhou assustada para ele, acabou falando em voz alta seus pensamentos

— Tava viajando aqui, deixa pra lá

Fabio encostou o carro num recuo escuro um pouco antes da estação, era um lugar onde varios carros passavam em alta velocidade e não tinha como nenhuma pessoa chegar a pé

Ela olhou em volta

— Não da para descer aqui — Ela disse — Vai mais pra frente

— Tava pensando em dar uns pegas antes, só pra fechar a noite — Fabio disse

— Ai Fabio, acho melhor não — Ela disse — Não sei se isso vai dar certo

Ele soltou o cinto e se aproximou dela

— Não sei — Ela continuou falando

— Só um beijinho, aí te levo pra estação, prometo — Ele disse

Ela cedeu, o beijo se fez, os lábios se tocaram, a lingua dele invadiu a boca dela, não era tão habilidosa quanto a lingua de Carol.

Fabio tinha uma lingua larga e molhada, a de Carol era mais fina, mas mais quente, dançava de forma sensual, Danielle sentiu o pau pulsar de novo, adorava beijo, sentiu a mão de Fabio entrar por baixo da saia e escorrer por suas coxas e tentou desviar, mas era tarde.

Ele agarrou o pau dela por cima do shortinho

— Não Fabio — Ela falou tentando conter — Era só um beijo

— Beijo aqui ó — Ele puxou o shortinho dela para baixo com força e ergueu a saia

— Paraaa! — Ela se debateu e ele abocanhou o pau dela ignorando os pedidos

— Filho da puta! — Ela falou de olhos fechados enquanto sentia a boca quente dele, era gostoso, molhado, aconchegante, será que o boquete de Carol era gostoso assim também?

— Ta molhado já hein — Ele disse — Por causa do meu beijo é?

Ela sorriu, não era por ele, era pelo beijo avassalador de Carol

Danielle estava com muito tesão, mas sentia um pouco de raiva por ele não ter parado e descoberto que ela estava molhada, foi uma invasão grande, ela teve que mentir sobre seu tesão, mas não queria parar, amava um pau.

— Dá essa merda aqui vai — Falou empurrando ele

Fabio se afastou e abriu a calça

— To vendo que você não vai sossegar enquanto não gozar né?

Ele riu

Ela se ajoelhou no banco e olhou em volta, todos podiam ver, mas ninguém podia parar, se abaixou e abocanhou o pau de Fabio

Não cheirava bem, não estava tão limpo, mas ela aprendeu que pau de macho era assim mesmo, suado, com um leve gosto cítrico.

Fabio gemeu e se contorceu, ela sabia como fazer para ser rápido, começou a se masturbar enquanto fazia, estava irritada, queria irritá-lo um pouco.

Quando percebeu que ele iria gozar ela tirou a boca e o masturbou com mais força fazendo ele gemer e jorrar porra no volante nas proprias pernas e no proprio peito.

Então ela se ajoelhou no banco para continuar a se mastubar

— Vem — Ela falou

Ele hesitou, estava ofegante

— Vem caralho, chupa minha rola! — Ela gritou com ele

Fabio se inclinou e começou a chupar

— Vaaaiiii — Ela pegou no cabelo dele — Forte!

Ele obedeceu

Ela rebolou e se esforçou para gozar, quando sentiu que estava perto empurrou ele, o primeiro jato o atingiu no rosto e ela direcionou o resto para o painel do carro, gozou no radio, na saida de ar, no celular no painel com o mapa e no cambio

— Caralho Dani!!! — Ele falou vendo ela gozar e gemer

Ela deixou o corpo cair no banco, abaixou a saia e ergueu o shortinho ofegante

— Escuta aqui — Ela respirou fundo — Quando eu falar não, é não, entendeu?

Ele fez que sim com a cabeça

— A proxima vez que eu mandar você parar e você continuar eu vou quebrar a sua cara! — Ela ameaçou — Estamos entendidos?

— Estamos — Ele respondeu todo sujo de porra

Ela olhou para a mão, o celular vibrou, olhou a mensagem

Mensagem de Fausto:

“Campo de Marte, São Paulo, 08:00, amanhã Sábado, a reserva do seu carro para o estacionamento está pronta, procure o comandante Joseph”

Ela chupou o dedo com a própria porra e se sentou

— Vai, me leva ali no ponto — Ela falou abrindo o vidro e sentindo a brisa no rosto

Ele parou o carro

— Pensa melhor da próxima vez — Ela disse brava

— Não fica brava comigo — Ele pediu

— Tá Fabio, depois a gente fala — Se inclinou e deu um beijo nos lábios — Dá feliz aniversário para as suas filhas por mim

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Olá,

Eu não desisti de vocês, não desistam de mim.

Está gostando? Senta o dedinho nessa estrela aí amore vai, dá uma moralzinha pra sua escritora, deixa seu comentário também, me manda uma mensagem no rafaelakhalil81@gmail.com ou me siga no http://apoia.se/rafaelakhalil para conteúdo totalmente exclusivo e inédito

Um beijo e não deixem de escrever! 🐧

Rafa

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Foto de perfil de Rafaela KhalilRafaela KhalilContos: 117Seguidores: 244Seguindo: 1Mensagem Autora Brasileira, escritora de livros de romances eróticos para quem não tem frescura

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