A Influencer do Sexo - Parte 10

Um conto erótico de Mark da Nanda
Categoria: Heterossexual
Contém 3585 palavras
Data: 08/10/2024 18:59:01

Pelo que soube, a dona Zezé e a Chiquinha convidaram algumas das moças da antiga casa de tolerância da Don’Aninha, pois não tinham conhecidas na cidade, mas apenas aquelas que permaneceram e tomaram um rumo na vida. As demais haviam se mudado e perderam o contato. A Lena convidou algumas primas que eu não sabia se eram parentes ou ex-colegas de profissão. Já o meu padrinho convidou alguns amigos e pessoas importantes da região. Restava agora eu fazer a ligação mais complicada de todas. O meu celular chamou duas vezes até que uma conhecida voz me atendeu:

- Alô?

[CONTINUANDO]

- Alfredo, é Marcel. Como tem passado, meu amigo?

- Ô, meu jovem… Vou bem, obrigado. E você como tem passado? Fala para mim, o que tem feito? Soube pela Emanuelle que você precisou viajar às pressas. Espero que não seja nenhum problema grave…

- Vou muito bem, obrigado e, não, nada de problema!

- Então, em que este vosso humilde servo pode ajudá-lo?

Suspirei fundo e fui o mais conciso e objetivo possível:

- Alfredo, eu vou… me casar. Vamos fazer um churrasco de noivado no sábado e domingo aqui na fazenda do meu padrinho e estou ligando para convidá-los.

Após um breve silêncio, ele voltou a falar:

- Casar!? Que novidade é essa? Nem sabia que você estava namorando!

- É uma história complicada com encontros, desencontros e reencontros… Acho até que dá ritmo para um romance, mas, enfim… Acabou dando tudo certo e vou me casar. Eu gostaria de contar com a presença de vocês aqui.

- Aqui onde, exatamente?

- No Mato Grosso.

Um novo silêncio, também breve, e ele retornou:

- Marcel, vou ser sincero contigo, eu ainda não estou muito bem de saúde e não sei se uma viagem longa assim seria indicada para mim. Mas vou fazer o máximo de esforço possível. Se o meu médico me liberar, irei com o maior prazer. De qualquer forma, receba os meus parabéns de antemão e faço questão de recebê-lo e a sua noiva em um jantar em minha casa quando estiverem aqui na capital. Apenas me avise, por favor.

- Bem, eu espero contar com a presença de vocês, Alfredo, e avisarei quando estivermos aí também.

- Ok, meu amigo. - Ele pigarreou e falou o óbvio: - Sabe que alguém pode não reagir tão bem quanto eu, não sabe?

- Eu imagino.

- Vou prepará-la para essa realidade. De qualquer forma, fique preparado.

Despedimo-nos e desligamos. Voltei a me ocupar de alguns assuntos relacionados ao churrasco e acabei me desligando do mundo. À noite, durante o jantar com todos ali reunidos na casa do meu padrinho, o meu celular tocou e vi que o Alfredo tentava me ligar novamente. Pedi licença, dizendo quem era e o atendi. Imediatamente me arrependi:

- Que história é essa que o Fredo me contou!? Melhor falar que é uma brincadeira de muito mal gosto sua, Marcel, senão… - Calou-se por um instante e logo voltou a falar: - Só pode ser uma sacanagem só para me punir! Eu sei que errei e mereço sofrer pelo que te fiz passar, mas assim chega a ser quase uma tortura.

- Boa noite, Emanuelle, como tem passado? - Falei pausadamente, tentando disfarçar a situação mais do que incômoda.

- Boa… noite!? Boa para quem? Para mim que não é, né!? Marcel, não pode ser sério. A gente estava começando a se entender e…

- Olha… - Eu a interrompi e continuei tentando falar sem demonstrar para os presentes a sinuca em que eu me encontrava: - É seríssimo! Tão sério que já virou noivado e vamos nos casar o mais rápido possível. Se possível, neste ano ainda.

Mulheres parecem ter um sexto sentido e notei que a Chiquinha passou a acompanhar a minha conversa com mais atenção, mesmo conversando com os demais à mesa que, se haviam notado, disfarçaram maravilhosamente bem. Levantei-me e fui caminhando até a sala, falando alto para que ela não se preocupasse:

- Inclusive, espero que você e o Alfredo possam vir ao nosso churrasco de noivado. Isso me faria muito feliz mesmo.

Ela se calou por um instante e notei que a Chiquinha agora estava de pé ao lado do batente da porta que separava a cozinha da sala, comendo uma coxa de frango frita enquanto me encarava. Eu comecei a suar frio até que a Emanuelle explodiu:

- Noivado!? Vá tomar bem no meio do seu cu, seu filho da puta! Eu… Eu… Eu quero você. - Começou a choramingar do outro lado da chamada: - Já te expliquei tudo! Errei, mas fiz para te proteger, te ajudar, porque te amo, mas fiz do jeito errado, eu sei! E agora… agora… vo-você me diz que vai ca-casar… casar com outra!?

A surpresa pela forma como a Emanuelle me respondeu deve ter ficado estampada no meu rosto, pois a Chiquinha se aproximou ainda mais, praticamente me mostrando os dentes enquanto mordia aquele pedaço de carne. Sem saber como sair daquela situação, tropecei na minha língua:

- Manu, eu sei que não é o que você esperava, mas é o que será. Espero realmente que você compreenda e que possam, você e o Alfredo, virem ao churrasco. Quando nós tivermos marcado a data, hora e local do casamento, mandaremos um convite para vocês também.

A partir daí uma sucessão de xingamentos histéricos, permeados por choros dos mais sofridos, começou a ecoar pelo meu celular e vi que a Chiquinha arregalou os olhos e parou de morder a coxa, certamente conseguindo ouvir aquela sucessão de impropérios, mesmo a quase meio metro de distância do aparelho e de mim. Quando a Emanuelle cansou, encerrou a chamada sem me dar chance de me despedir. A Chiquinha voltou a mastigar a sua coxa e ficou me encarando em silêncio. Eu sabia que mentir não era uma opção. Suspirei fundo tentando montar as frases e ela se adiantou:

- Era a Manu, não era?

Eu a encarei surpreso, pois não me lembrava de ter comentado da minha ex-noiva com ela e apenas assenti com a cabeça. A Chiquinha continuou:

- Você convidou ela?

- Convidei: ela e o marido dela.

- Ah… Ela já está casada! Menos mal…

Dei um sorriso amarelo e ela continuou:

- Só não entendi por que ela parece não ter gostado muito de saber das nossas boas novas?

- É… - Suspirei e tentei o meu melhor: - Acho que ela nunca conseguiu superar muito bem o nosso término.

- Mas ela não está casada?

- Está…

- Então, superar, ela superou, senão não tinha casado.

- É uma forma de ver…

- Não! É a única forma de ver. Se eu tivesse errado e ainda quisesse você, eu lutaria com garras e dentes para ter você de volta. No mínimo, iria cobrar um não definitivo seu, mas que eu não iria parar até você falar na minha cara que não me queria… ah, moço, isso eu não ia não!

Estranhamente, as palavras da minha caboclinha estavam cheias de razão. Ao modo dela, havia uma explicação bastante coerente para mostrar que o interesse da Manu não foi tão grande assim. Entretanto, eu também tinha que considerar que ninguém sabia para onde eu havia me mudado, nem mesmo os meus amigos e isso dificultava bastante. Preferi não entrar nesse mérito e apenas me aproximei dela, sorrindo e procurando um beijo. Ela recusou e enfiou o osso da coxa na minha boca, dizendo:

- Melhor não! Estou com a boca lambuzada e o senhor está de… é… Como é que é mesmo? Ah, “stand by”! O senhor está de “stand by”. Eu ainda quero entender melhor essa história aí.

Então me deu as costas e voltou à mesa. Segui logo atrás e terminamos aquele jantar. Aliás, quase terminando, quando degustávamos um cafezinho passado na hora, a Chiquinha me pressionou, na presença de todos:

- Era a noiva do Marcel que ligou agorinha, sabiam? A moça não gostou muito de saber que a gente vai casar…

- Ex-noiva! - A corrigi.

- Ah é! Melhor assim… - Ela concordou.

Todos me olharam e repeti a mesma história que havia contado para a Chiquinha. Claramente, a minha caboclinha ainda não havia aceitado a minha explicação, pois me encarou e disse:

- Pelo tanto que ela xingou você no telefone, gritando feito uma doida, acho que ela ainda gosta muito de você.

- Vamos considerar que ela goste… Eu não gosto mais dela e para casar, os dois precisam gostar um do outro, não é? Aliás, gostar só não, amar! E hoje eu amo uma pessoa só. - Falei, encarando a Chiquinha.

Ela semicerrou os olhos e se aproximou mais de mim, quase encostando a ponta do seu nariz ao meu. Então, disse:

- Ama, é?

- Amo!

- Ama nada…

- Amo demais!

Por mais que eu não conseguisse ver a sua boca naquela distância, notei que os seus olhos se afilaram, exatamente como acontecia quando ela sorria. Ela seguia insistindo:

- Acho que não.

- Claro que amo!

- Ama… Ama… Ama nada.

- Então tá bom: não amo! - Falei, sorrindo.

Ela deu uma bufada e se afastou alguns poucos centímetros, mas eu a agarrei e beijei a sua boca, fazendo ela resmungar sem conseguir falar nada por estarmos com os lábios grudados. Pouco depois, ela começou a rir ainda com os lábios grudados nos meus e fez um “uhum-uhum-uhum” como se concordasse com tudo o que eu havia dito. Só então soltei a sua boca:

- Amo demais, sua boba, e nada, nem ninguém vai mudar isso! Você vai ser a minha mulher, minha esposa e mãe dos meus filhos. Espera só para ver…

Ela arregalou os olhos e disse:

- Fi-Filhos!? Eita! Ô mãe, a senhora quer ser avó?

- Quero demais… - Resmungou a dona Zezé com um baita sorriso no rosto: - Mas não precisa sê pra já não!

Começamos a rir e a própria dona Zezé emendou:

- Se bem que do jeito que ocês andam matando a saudade, eu não ficaria nem um pouquinho surpresa se ocê emprenhasse.

- Mãe!?

- Todo mundo ouviu, fia! Vem arretá comigo não.

A Chiquinha baixou o rosto e colocou uma mão à frente da face, sorrindo, mas claramente constrangida. A Lena veio em seu socorro:

- Isso é amor demais, misturado com saudade das boas… Deixa os dois, Zezé! Quando se ama, tem nada melhor que fazer amor.

A partir daí a conversa ficou mais leve e ficamos de prosa na mesa até altas horas. A Chiquinha já estava de boa e havia se aninhado nos meus braços, mas na primeira chance que teve cochichou no meu ouvido:

- Ama mesmo?

- Demais da conta, sô! - Brinquei em seu ouvido.

Meia hora depois voltamos para a minha casinha e rolou outra noite de sexo insano, no qual ela me mostrou toda a maestria de uma mulher bem vivida, ao mandar que eu deitasse e se posicionar de costas para mim, ficando de cócoras e se penetrando. Passou então a se apoiar nos meus joelhos e a movimentar as pernas enquanto subia e descia como se fosse uma borboleta. Fui à loucura, porque a sensação que eu tinha era de que a sua boceta parecia sugar o meu pau quando ela se levantava. Não sei quanto tempo durou essa deliciosa tortura, mas quando a avisei que estava prestes a gozar, ela disse:

- Ai! Então vai, porque eu não sei se aguento muito mais.

Poucos minutos depois, gozei para valer, e ela apoiou os joelhos na cama, passando a se esfregar para a frente e para trás, de uma forma que eu sabia que ela adorava, vindo a gozar quase que imediatamente após. Após um breve descanso e uma ducha, apagamos.

Faltava um dia para o churrasco e recebo uma ligação do Vazio, perguntando se a fazenda tinha uma porteira azul com uma foto minha na parte de cima. Falei que a cor até estava certa, mas que não havia foto alguma. Ele insistiu, dizendo que tinha uma foto minha sim e falou para eu olhar no WhatsApp. Quando abri o aplicativo, vi a foto da porteira da fazenda com a ossada da cabeça de um boi de imensos chifres ao centro. Depois chegou outra foto, agora do Vazio, posando ao lado da cabeça e mais outra, de todos os meus amigos ao lado e atrás da cabeça. Por fim, uma última foto, em que uma galera com eles e várias moças posavam juntos, todos animados, sorridentes. Liguei para ele:

- Vocês já chegaram?

- Não vai me dizer que a gente errou a data? Puta lugar longe do caralho, irmão! Tá todo mundo aqui, metade bêbado, metade reclamando da metade que bebeu. A metade que bebeu é o das mulheres, que fique bem explicado. - Falou e deu uma gargalhada.

Ouvi várias reclamações e xingamentos delas contra ele e dos amigos zoando toda a situação. Na sequência, ele confirmou o caminho e disse que logo estariam comigo.

Avisei a Chiquinha que os meus amigos de infância e suas companheiras estavam chegando e ela se demonstrou insegura em conhecê-los. Por fim, perguntou:

- Será que eles vão gostar de mim?

- Espero que não! O único que tem que gostar de você, sou eu! - Ela sorriu, ainda meio acanhada e insisti: - Fica tranquila. O único risco é que eles te amem e aí o risco é meu!

- Ciumento?

- Não. Sou só precavido…

Minutos depois, um micro-ônibus estacionava à frente da casa grande da fazenda. Fomos até a área e logo a galera começou a descer. Fui até eles, trazendo a Chiquinha comigo. Foi uma algazarra, uma festa das boas. Abraços, brincadeiras, beijos, inclusive deles em mim. Apresentei a Chiquinha para eles que, todos cheios de cuidados, a beijaram na face, elogiando o meu bom gosto. Depois foi a vez de cada um apresentar a sua respectiva namorada ou esposa para mim e para a Chiquinha. Azedo trazia a sua esposa, Bia, uma loira muito bonita e sorridente para o chato do meu amigo, mas talvez por isso mesmo desse certo: ela sobrava no que faltava nele. O Vazio veio acompanhado de uma namorada, a:

- Samira!? - Perguntei assim que a vi.

- É, ué! Cês se conhecem? - Perguntou-me o Vazio.

Samira era uma típica cavala de academia: grande, alta, forte, gostosa e uma das melhores trepadeiras com quem já estive. Fiquei sem jeito, mas ela se adiantou, com uma voz rouca, grave, potente:

- O Marcel foi um casinho meu de muito tempo atrás. Acho que eu nem tinha bunda direito. - Disse e deu um tapa no traseiro.

Involuntariamente, acabamos seguindo a direção do estalo e vou dizer: que bunda! Levei um sutil beliscão na costela da Chiquinha e voltei a encarar ao casal que se olhava nesse momento:

- O Mingau te pegou?

- Quem é Mingau? O Marcel!?

- É, é, é o Marcel!

- Olha… Na minha época, esse apelido aí não fazia jus ao momento, viu! - Ela falou, encarando o Vazio.

Ele então me encarou, olhou para ela e depois para mim novamente. Então, falei:

- Foi há muito tempo, Vazio. Acho que você nem a conhecia ainda. Então, não surta com besteira. Estou muito bem acompanhado agora e ela também. Para de neura.

Marcão Pé de Pato veio com sua noiva, a Márcia, uma bela morena, dona de uma bunda fora dos padrões. Literalmente, era a maior bunda de todas as presentes, mas de uma simpatia única, pois fazia piada com tudo e já veio me zoando:

- Mingau… Por que Mingau? - Perguntou.

- Boa pergunta! - Disse a Chiquinha, me olhando: - Eu nem sabia que você tinha apelido. Você nunca me contou, amorzin.

Quando ela disse “amorzin”, todos fizeram um “ahhhhhhhh…”, as mulheres talvez pela forma carinhosa como ela falava, os homens certamente porque iriam me zoar mais tarde. Expliquei a história do meu apelido e os caras riam, lembrando das cenas que o geraram na piscina. A Chiquinha me olhou de baixo para cima e falou:

- Combina mais não! Você até que está bem moreninho. - Então, ela se virou para a Samira e disse: - Moreninho e beeeeem durinho.

A Samira deu uma gostosa risada, gargalhando quando viu a forma como o Vazio a encarava, mas que a levou a beijá-lo na frente de todos.

Veio então o Moringa e nos apresentou a sua namorada, Iracema, uma morena de pele bem escura, um pouquinho mais clara do que a da Chiquinha, mas com traços típicos de gente branca (lábios finos, nariz fino, olhos mais afilados, etc.). Não que as demais não tenham simpatizado, mas com a Iracema foi coisa de pele, tanto que assim que se cumprimentaram, a Iracema ficou ao seu lado e praticamente enlaçou o braço da minha noiva.

O único que vinha sozinho era o Sujeira e naturalmente, a galera não deixou barato:

- Mas Sujeira, cadê a sua? - Perguntei.

- Tá ali dentro do ônibus. Já que sai. - Apontou o Vazio.

Todos olharam para dentro sem entender e, de repente, saiu o motorista, um gordo, meio careca, com três botões desabotoados na parte de cima da camisa que, ao ver todos os encarando, perguntou o óbvio:

- O que?

O Sujeira encarou o Vazio e óbvio começaram a se xingar, rir e demonstrando que a idade mental ainda estava presa na quinta série, saíram rolando pelo gramado em frente à casa grande.

Os meus amigos estavam claramente alterados pela bebida. Soubemos depois pela Iracema que eles realmente vieram bebendo, jogando truco, tocando pagode e zoando um com o outro. O coitado do Azedo foi cair na besteira de dormir no meio da viagem e quando acordou numa parada, coisa de uns 150 km da fazenda, descobriu que seu rosto havia sido transformado numa pintura abstrata de Pablo Picasso, pois o restante dos caras pintaram e bordaram nele.

Decidimos que eu ajudaria os meus parças a se acomodarem nas casas de colonos, enquanto as suas respectivas mulheres iriam buscar alguns presentes que fizeram questão de trazer para a Chiquinha. Antes que nos separássemos, o Moringa deu uma boa ideia:

- Taí! O churrasco é amanhã. Hoje, vamos fazer um esquenta da despedida de solteiro do Mingau e vocês fazem um do chá de lingerie da Manoela. - Eu, ainda embalado pela última pessimamente sucedida despedida de solteiro do Azedo, o encarei nada animado e ele entendeu de cara: - Ou não. Podemos esquecer tudo isso e só beber.

- Por que a gente não faz um esquenta do churrasco de amanhã? - Perguntou a Chiquinha: - Misturamos todo mundo e aproveitamos todos juntos. O que me acham?

Claro que todos concordaram e foi o que fizemos, mas antes acompanhei os amigos até as casas de colono, ajudando-os com suas coisas. Eles próprios se organizaram por lá e é claro, sobrou para o Sujeira ficar no sofá de uma das salas. Depois retornamos para a casa grande, onde a mulherada já conversa e ria na área de frente, agora acompanhados da Lena, da Zezé e do meu padrinho. Apresentei todos os amigos para eles e o meu padrinho já deu a deixa:

- Tem umas caninhas guardadas aí. Se vocês quiserem?...

- Caninha? A gente trouxe umas bebidinhas também, se vocês não se incomodarem. - Falou o Marcão, com o semblante mais sério possível.

- Claro que não! Quanto mais melhor. Vamos levar para as geladeiras lá do rancho. - Falou o meu padrinho.

- O senhor não teria, por acaso um carrinho de mão por aí, né? - Perguntou o Vazio.

- Para que isso? - Perguntei.

Ele nada disse, apenas nos fez sinal e o acompanhamos até o bagageiro do veículo. Assim que abriu a porta, vimos vários e vários fardos de cerveja, refrigerante e até:

- Água!? - Perguntei, surpreso.

- É para o pastor Azevedo! - Disse o Vazio, com cerimônia.

Encarei o Azedo surpreso e ele começou a rir, xingando o amigo por “caluniá-lo”.

Meu tio providenciou um carrinho que ele utilizava para transportar sacarias de um lugar para o outro e outro carrinho de mão. Ainda assim foram várias viagens até o rancho onde seria feito o churrasco para descarregarmos todas as bebidas. Após isso, viramos a noite, bebendo, conversando, brincando, bebendo, comendo e bebendo mais um pouco. Enquanto isso, as mulheres tiveram a oportunidade de entregar os seus presentes para a Chiquinha. Foi uma noite magnífica, regada a boníssimas lembranças e feitas tantas outras mais para relembrarmos no futuro.

Fomos dormir altas horas da madrugada e isso porque as nossas respectivas patroas nos levaram a reboque para os nossos aposentos. Na saída ainda nos lembramos do Sujeira que já dormia num banco lateral. Alguém teve a boa vontade de acordá-lo, mas foi detido pelos demais amigos. O Moringa justificou:

- Deixa ele aí. Se ele quiser ser levado para a cama, que arrume uma mulher!

E realmente o deixamos lá. Não que fosse uma maldade, afinal, o Sujeira era o Sujeira e já havia dormido em lugares literalmente muito, muitíssimo piores do que aquele. Na manhã seguinte, fomos montar uma farta mesa de café no rancho e o Sujeira ainda estava dormindo ali. A galera foi chegando e acordamos o indivíduo que reclamou, xingou um pouco, riu bastante e foi tomar um banho. Coisa de meia hora depois ele retornou, mas agora não vinha só. Ao seu lado, de braços dados, uma belíssima morena despontava com um olhar penetrante e um sorriso inconformado. Assim que ela se aproximou da mesa, cumprimentou a todos de uma forma geral, mas me dispensou uma desnecessária atenção:

- Oi, Marcel. Meus parabéns. Espero não ter chegado numa hora imprópria.

Levantei-me e puxei a Chiquinha comigo, apresentando-a para a Manu. O embate Manoela-Emanuelle estava prestes a ter início e pela forma como a minha caboclinha a encarou, eu já sabia em quem apostar todas as minhas fichas.

[CONTINUA]

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NÃO SER MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DOS AUTORES, SOB AS PENAS DA LEI.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 270Seguidores: 630Seguindo: 24Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Acho que não resta alternativa ao Marcel que não seja abrir um bordel no dia do churrasco... Não de obra não falta...🤑

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Nossa agora o bicho vai pegar fogo 🔥 parabéns nota mil Mark kkkkkk

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Eu estou em uma dúvida cruel de qual rumo essa história vai tomar, são muitas possibilidades que o autor pode tomar.

Uma guerra entre as duas é meio que o óbvio, mas essa guerra pode levar a outras possibilidades.

Manu querer tirar Manô do caminho tentando influenciar ela a cometer erros, Manô acabar com a raça de Manu logo de cara e por ela no lugar dela, Manô se solidarizar com o passado de Manu e as duas se unirem em torno de Marcel.

Não sei o que vai acontecer, talvez nem aconteça nada disso, mas que a história está interessante está.

Ótimo capítulo, destaque para o humor que é leve e bem divertido de se ler! Parabéns!

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Essa briga já está ganha, chiquinha pode arrastar a outra pelo mato grosso inteiro sem nem cansar kkkkkkkk

Ansioso pelo desenrolar dessa história, não vai ficar barato, mas como será o ataque da Manu?

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O que a Chiquinha falou sobre o quem quer corre atrás é verdade, mas podemos falar que isso vale pro Marcel também né? Porque tanto a Manu achou ele por sorte, quanto ele achou a Chiquinha por sorte....

Dito isso, que a Chiquinha leve, a Manu já está até casada com outro, ta bom que ela já deixou claro que não o ama e ele ta morrendo, mas mesmo assim, perdeu, solta o osso

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Único defeito dessa série é não ter mais capítulos para ler agora

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O pau vai Torar!

Boa meu irmão!

Parabéns, outro excelente capítulo!

👏🏼👏🏼👏🏼👊🏼👊🏼👊🏼👊🏼👊🏼

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Muito bom, mas a Manu merecia uma chance, perdoar uma e não a outra não tem muito critério

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mas a Chiquinha nunca o traiu.. diferente da outra que traiu e muito, essa sim foi vagabunda. a outra infelizmente sempre "trabalhou" por necessidade, apesar de não ter contado sobre o passado enquanto esteve com ele nunca fez "trabalhos extras", enquanto a primeira o enganou e muito e ainda continua enganando

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Perfeita a colocação!

Concordo plenamente em número, gênero e grau!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

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Agora a festa vai pegar fogo 🔥🔥🔥

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