Eu sorri concordando e vendo que a Chiquinha agora já sorria por não ter sido rejeitada. Entretanto, a minha visita não seria apenas para fazermos boas novas recordações, pois eu tinha fantasmas que precisava exorcizar. Então, olhei para a minha mãe e disse:
- Eu… - Calei-me por um instante, mas não havia jeito fácil de perguntar, então entrei de sola: - Por que você me abandonou?
[CONTINUANDO]
Tendo entendido que o momento que sempre soube que chegaria chegou, ela se calou por um instante, olhando o altar, contemplando-o. Em seguida se virou para a Chiquinha e disse:
- Está vendo o que eu disse? Todos nós somos pecadores e esse é o meu pecado. Chegou a hora de eu enfrentá-lo! - Depois voltou a me encarar: - Há algo que eu possa fazer para você me perdoar?
- Não sei se é caso de perdoar, mas eu queria entender o porquê.
Ela olhou em direção ao altar e respirou profundamente duas vezes antes de voltar a me encarar novamente e dizer:
- Antes de mais nada, eu gostaria que você entendesse que você não teve culpa de nada do que aconteceu. Você foi apenas uma vítima.
- A senhora quer dizer, eu e a senhora, não é?
- De certa forma… - Suspirou, sorriu e falou: - Você, sem dúvida, eu, talvez, o seu pai…
- O que tem ele? - Eu a interrompi.
- Ele também foi uma vítima.
- Ele o que? - Perguntei, surpreso.
- Foi sim! O seu pai era um bom homem, filho, sempre foi. Era carinhoso, devotado, trabalhador. Só que num momento de crise, quando ele perdeu o emprego e viu todas as nossas economias se esvaírem, ele desatinou.
Antes que eu recusasse aquele ponto de vista, ela continuou:
- Ele se sentiu um inútil quando viu que não estava conseguindo suprir o mínimo necessário para a nossa subsistência. Isso é fato, eu vi. - Calou-se por um instante: - Você era muito pequeno, mas eu me lembro muito bem das várias vezes em que o peguei chorando, desesperado por não conseguir comprar um litro de leite para você. Tem ideia de como isso machuca um homem?
Balancei negativamente a minha cabeça, mas não em sinal de desacordo, apenas porque eu nunca havia passado por aquela situação. Ela sorriu e continuou:
- Daí para a fuga da realidade foi um passo. Ele acabou se deixando envolver por más pessoas, amigos que estavam mais para inimigos, mulheres fúteis, interesseiras, enfim… - Calou-se emocionada com alguma lembrança, mas pouco depois continuou: - Ele fez más escolhas, péssimas mesmo e acabou trazendo o inferno que queimava dentro do seu coração para o nosso lar, mas eu não o culpo…
- Como não!? - A interrompi novamente, inconformado com suas colocações: - Eu pensei que a senhora tivesse morrido de overdose por culpa de tudo o que ele fez para a gente!
- Pois é… Naquela época, eu não compreendia o que estava acontecendo e acabei me entregando à depressão, e realmente num dia em que eu não via mais solução para nada, achei que o fim seria o único caminho. - Colocou as mãos sobre um terço que trazia e suspirou fundo de olhos fechados: - Mal sabia eu que a solução estava bem ali comigo, sempre ao meu lado.
Pensei em interrompê-la para cobrar uma explicação, mas já sabia que o momento de uma verdade incômoda se aproximava. Aguardei ansiosamente que ela continuasse e acho que ela entendeu que a palavra ainda deveria ser dela:
- Quase morri de verdade. Eu estava entregue, desesperada, sem um caminho. Foi a mamãe que teve a ideia de me enviar para cá. Naquela época uma antiga colega dela era a Madre e me acolheu de imediato. Aqui eu encontrei uma razão, só que também um dilema: como me entregar a uma missão monástica e abandonar a minha missão materna? - Ela calou-se novamente, unindo as mãos como se rezasse, levando-as a frente dos próprios lábios, enquanto permanecia de olhos fechados e em silêncio por um tempo: - Sinceramente, rezo todos os dias até hoje buscando essa resposta e ainda não a alcancei.
- Mãe, eu tenho quase quarenta! A senhora sumiu quando eu tinha, sei lá, seis, sete… não passava de oito, e ainda não tem uma resposta do que importa mais? - Perguntei dominado pela minha ansiedade e um certo inconformismo.
Ela balançou a cabeça negativamente, enquanto olhava para o altar:
- Não… Mas talvez agora com você aqui, eu possa ter encontrado essa resposta.
- Não entendi…
- Meu amor, o meu maior receio em me entregar de vez a vida monástica, foi justamente de poder prejudicá-lo na sua criação. Eu sabia que você sempre teve o apoio de pessoas próximas, principalmente do seu padrinho, mas vê-lo aqui hoje, um homem crescido, estudado, vitorioso e prestes a começar a sua própria família, me dá um certo acalento e me mostra que ter permanecido ao lado de Deus foi uma decisão correta, porque, de uma forma ou de outra, eu sabia que Ele estaria ao seu lado também.
- Está querendo dizer que ter me abandonado para se trancar num convento foi o melhor para mim e que agora que está vendo que eu estou bem, está tendo a certeza que permanecer será o melhor daqui por diante?
Ela nada respondeu. Apenas permaneceu em silêncio, olhando o seu terço, com um semblante triste, mas ao mesmo tempo levemente aliviado. Eu não aceitava aquela resposta. A sua justificativa me parecia por demais leviana, principalmente se considerasse que eu passei toda a minha infância e adolescência pulando de casa em casa, morando de favores com parentes. Eu estava prestes a explodir a minha irresignação, quando a Chiquinha praticamente se ajoelhou à frente da minha mãe, mas estendeu a sua mão na minha direção, repousando-a sobre a minha:
- Amorzin… Marcel!
Ela sempre me chamava de amorzin, era uma forma carinhosa dela se referir a mim e vê-la me chamar pelo meu nome acendeu um alerta de que talvez eu devesse me acalmar e não confrontar, afinal, eu havia acabado de reencontrar a minha mãe e por mais que eu não aceitasse a sua explicação, aquela era a resposta dela, a sua verdade. Dei o meu melhor sorriso em meio a uma tristeza imensa e me recostei no duro e frio banco de madeira da capela, permanecendo em silêncio contemplativo aos altar e aos vitrais ricamente elaborados. Algum tempo depois, ouvi a voz da minha mãe:
- Viu o que eu disse? Ela será um anjo na sua vida. Valorize essa mulher porque ela lhe dará tudo o que você não tem ainda.
Talvez ela estivesse certa a respeito da Chiquinha, porque eu próprio sentia que a minha caboclinha era uma mulher especial, mas naquele momento preferi não concordar porque, de uma forma ou de outra, as palavras dela me atingiram em cheio e doeram. Não sei, talvez eu esperasse um pedido de desculpas, a assunção de uma culpa, algo que, embora me colocasse numa condição de vítima, pudesse me retirar dela também, mas nada disso aconteceu.
Eu não sabia o que dizer e tinha medo de falar algo que a magoasse com a minha mágoa. Permaneci em silêncio e ela começou a conversar com a Chiquinha, perguntando sobre ela, sobre mim, o nosso casamento, enfim, tentando se inteirar sobre a vida que havia perdido do lado de fora daqueles muros. Ficaram minutos conversando enquanto eu permanecia alheio:
- Talvez esse ano ainda, não é, amorzin? - Ouvi a voz da Chiquinha, mas não me dei conta de que conversava comigo até ela insistir: - Amorzin!?
- Humm? Oi!? Desculpa. Eu… estava distraído.
- Eu falei para a sua mãe que a gente pretende se casar ainda nesse ano, não é?
- É sim! O quanto antes…
- Que Deus abençoe a união de vocês desde já e para sempre! - Ela falou e deu uma risada divertida, falando após: - Quando definirem o local, dia e hora, me mandem um convite. Vou tentar convencer a Madre a autorizar a minha ida. Vai que eu consigo.
- Se depender do Pinguim, você não vai! Se quiser ir, terá que falar com o Padre. - Falei no embalo.
- Então, eu falo, ué! Não sou freira ainda mesmo. Não vejo mal algum eu dar uma última saída para ir ao casamento do meu filho, isto é, se você quiser que eu vá…
Balancei afirmativamente a cabeça, sem muita vontade de falar mais. Elas ainda conversaram mais um pouco e avisei que precisávamos ir. Quando nos despedíamos, a minha mãe me abraçou e depois segurou a minha face de forma que eu ficasse olho a olho com ela. Então disse:
- Eu sei que você está decepcionado comigo, está no seu olhar. Só quero que você pense em uma coisa: nós, muitas vezes, não entendemos os desígnios de Deus, nem os seus caminhos, mas ele sabe o que faz e sempre faz certo. Talvez se eu tivesse voltado e criado você, você tivesse se tornado um homem diferente, talvez melhor, talvez pior, e talvez os seus caminhos tivessem sido outros, talvez até não tivesse conhecido a sua futura esposa. - Nesse momento, ela virou a minha face sutilmente na direção da Chiquinha que me olhava com um sorriso meio surpreso no rosto, pois olhava agora para a minha mãe: - Se você a ama de verdade, se o eu amor é tão grande e tão forte quando eu acredito que seja, entenderá que a decisão que tomei foi a melhor para você. Deus sempre é fiel conosco e mesmo na dor, ele foi contigo, meu filho.
Ela então me deu um beijo na face e me soltou. Foi na direção da Chiquinha e a abraçou, beijando a sua face, dizendo que estava muito feliz por tê-la conhecido, pedindo ainda que cuidasse bem de mim. A Chiquinha pegou na minha mão e começamos a caminhar na direção da porta de entrada da capela, mas alguns passos adiante parei e disse:
- Eu já volto, Chiquinha.
Virei-me na direção da minha mãe que seguia parada no mesmo lugar, olhando para nós dois e retornei até ela. Nossos olhares se encontraram nos meus primeiros passos e não se separaram mais até que eu me aproximei dela e a abracei. Não sei se havia algum medo ou arrependimento em seu coração, mas quando fiz isso, ela desabou em lágrimas, mas ainda assim não pediu desculpas, e não precisava, se era o caminho de Deus não havia o que ser desculpado. Quando ela se acalmou, dei-lhe um beijo no rosto e segurei a sua mão, beijando-a e pedindo a benção:
- Que Deus lhe abençoe, proteja e guie, meu filho amado… A você e a sua esposa, e aos frutos desse amor tão lindo e abnegado. - Segurou o meu rosto e me beijou novamente: - Eu não fui perfeita para você, mas Deus supriu a minha falta da maneira mais maravilhosa possível. Estarei sempre por aqui rezando por vocês, mas se precisar de uma palavra, um abraço ou só de companhia silenciosa, venha me visitar. A Madre é durona, mas é uma “madre”, uma mãe no final das contas.
Agora ela me acompanhou até a porta da capela e deu um novo abraço na Chiquinha que enxugava novas lágrimas de surpresa e alegria com o desfecho desse encontro. Infelizmente, ela não nos acompanhou além dali:
- Ordens da Superiora. - Disse, sorrindo de uma forma divertida: - Ah, e filho, perdoe o seu pai. Se não for por ele, que seja por você, pela nova vida que irá construir ao lado da sua esposa. Não carregue mágoa no seu coração, isso prejudica somente a você.
Não concordei de imediato, mas prometi que pensaria a respeito, o que já a fez sorrir, satisfeita.
Na saída do convento, encontramos novamente o Padre que havia ajudado no encontro. Ele veio se despedir com um sorriso no rosto e uma palavra de fé:
- Está em paz?
- Difícil dizer… - Respondi.
- Mas encontrou o que procurava?
- Encontrei respostas que eu não esperava, mas encontrei a minha mãe, e viva, e isso foi muito bom.
Ele praticamente repetiu o que minha mãe havia falado sobre os caminhos de Deus, usando outras palavras. Agradeci o gesto e nos despedimos enfim. Dali rumamos para o hotel, mas, ao passar em frente a uma padaria, decidi parar para tomarmos um bom café. Uma variedade de quitutes, doces e iguarias estava à nossa mercê, mas pedi o básico que funciona:
- Pão de queijo!? - Perguntou a Chiquinha, ainda olhando para vários bolos expostos.
- Aqui é Minas, Chiquinha! Acha mesmo que não vou comer um dos pratos mais famosos do estado?
Ela concordou, mas também pediu uma fatia de um bolo de fubá cremoso. Quando via que o cremoso não estava apenas no nome, mas escorria do meio da fatia, pedi um também. Por fim, pedi um café coado e ela também, mas com leite. As histórias eram verdadeiras: a culinária mineira é fora de série! Na primeira mordida do meu pão de queijo, tomei o garfo de bolo das mãos da Chiquinha e enfiei um pedaço do pão de queijo em sua boca. Ela arregalou os olhos enquanto mastigava aquele quitute, fechando-os em seguida ao som de um simples “hummm…” Acabamos com os pães de queijo e partimos então para o bolo, também simplesmente divino. Partimos para outras iguarias e saímos de lá plenamente satisfeitos, agora a caminho do hotel.
Já ali, após nos deitarmos, ela falou:
- Ai… Eu vou engordar desse jeito. Não vai ter vestido que me sirva. - Deu uma gostosa gargalhada.
- Casa pelada. - Falei e sorri maliciosamente.
- Nã-na-ni-na! Vou casar muito bem vestida… de noiva! Sempre sonhei com isso. Depois do casamento e da festa, aí quem sabe, se eu tiver um homem realmente interessado, eu não possa ficar assim… peladinha…
- Vou esperar o casamento não!
Rolei por cima dela e a beijei, rolando-a por cima de mim e novamente para baixo. Então parei e fiquei olhando para ela que me encarava com um sorriso no olhar:
- O quê? - Perguntou.
- O que você achou de tudo o que a minha mãe disse? - Deitei ao seu lado.
Ela se virou para mim e ficou em silêncio, olhando para mim, acariciando o meu rosto:
- É uma situação complicada, amorzin… Eu imagino o que você sentiu ao saber que ela estava viva e que ela preferiu ficar ali do que voltar para te criar, mas… Poxa! Ela também tem razão no que disse. Eu… Desculpa se vou parecer egoísta, mas fiquei feliz com a decisão que ela tomou. Talvez se ela tivesse te criado, você não teria morado com o seu padrinho e eu não teria te conhecido. Desculpa.
- Não peça desculpas! Eu ter te conhecido é a única coisa que me faz concordar que talvez tenha sido a melhor decisão.
Ela sorriu e ficamos deitados, conversando, nos acariciando e logo a Chiquinha pulou da cama, dizendo:
- Vou tomar um banho… A gente vai sair para jantar hoje?
- Você acabou de comer, mulher!
- Eita! Vai me regular, é? Tá me chamando de gorda?
Saltei da cama e fui em sua direção, pegando-a pela cintura e a colocando no meu colo que instintivamente trançou suas pernas na minha cintura e me beijou. Então falei:
- Gorda não, nunca! Mas tá uma puta de uma gostosa!
Ela deu uma gargalhada escrachada e emendou:
- Acertou três vezes, amorzin: quando disse que não estou gorda, quando me chamou de puta e quando me chamou de gostosa.
- Não te chamei de puta, sua chata!
- Mas eu sou! Sou a sua putinha safada…
Ela novamente me beijou, mas eu queria mais que uma putinha naquele momento e assim que os nossos lábios se separaram, falei:
- Não! Você é muito mais do que um putinha safada. Você é minha mulher e logo, logo, será a minha esposa.
Ela me encarou com a melhor expressão de uma mulher apaixonada e me beijou novamente. Assim que os nossos lábios se separaram, foi a vez dela falar:
- Mas nada impede que eu possa ser a sua putinha também, né? - Então, ela me encarou e fez uma pergunta que quase me desconcertou: - Hoje o dia foi meio diferente, se não quiser namorar, mas só ficar de chamego, para mim está tudo bem.
Apesar de toda a situação dos últimos dias, o encontro com o meu pai, descobrir que a minha mãe ainda estava viva, saber que o meu pai foi um dos últimos clientes da minha noiva, enfim, eram ingredientes mais do que suficientes para me bagunçar a cabeça, mas, estranhamente, eu me sentia bem, não por saber que o meu pai havia enrabado a minha noiva, mas por saber que a minha mãe ainda estava viva e, afinal, o encontro não havia sido tão ruim assim. Encarei a Chiquinha que sorriu e disse:
- Eita, porra! Eu conheço esse olhar. Acho melhor eu tomar um banho…
Joguei-a na cama e retirei a sua roupa com a mesma maestria com que se descasca uma banana. Ali, nua em pelo, notei um detalhe que me chamou bastante a atenção e não consegui mais desviar o olhar:
- Não gostou? - Ela perguntou enquanto segurava os próprios seios.
- É… Nossa! Não sei se é mais linda assim ou com pelos. - Respondi enquanto seguia analisando a sua bocetinha, totalmente depilada, lisinha, quase brilhando: - Quando você fez isso?
- Surpresa! - Disse após dar uma gostosa risada.
Aliás, era a primeira vez que eu a via assim e apesar da profissão que teve, me surpreendi em como continuava linda e bem formada, com seus lábios pequenos, a rachinha bem pequena, delicada, úmida, suculenta, enfim… Não resisti e caí de boca! Ela gritou quando enfiei a minha língua bem fundo na sua vagina e disse:
- Caraiiiii! Se eu soubesse que cê ia ficá assim, tinha depilado antes! Aiiiii…
- O correto é “você iria ficar”.
- Ah, cala a boca e me chupa, Marcel! - Gargalhou por fim, apertando a minha cabeça na sua boceta.
Dei o meu melhor como se estivesse com um brinquedo novo em minhas mãos, aliás, mãos e boca. Ela foi ao delírio com a forma libidinosa que eu lambia toda a sua intimidade, literalmente babando em toda a sua púbis e vagina, mas sempre dando uma atenção especial ao seu clítoris. Foram deliciosos minutos, até ela explodir num gozo, balbuciando sílabas sem sentido algum, enquanto tremia e grunhia feito uma fera raivosa. Ela ficou respirando rapidamente ainda por um tempo, enquanto eu, parado, admirava toda a sua beleza esparramada e arreganhada sobre a cama. Vez ou outra, eu dava uma lambida em seu clítoris só para vê-la dar pulinhos, como se estivesse tomando choques:
- Deixa eu te chupar?
- Agora não!
- Não!? Mas eu quero. Deixa, vai! Eu quero te chupa-AAAAAAHHHHHHH! - Gritou quando abocanhei e suguei forte o seu clítoris: - Ai! Vo-vo-cê vai… vai me… mata-AAAAHHHH!
- Quer não? Eu paro…
- Só um pouquinho… - Ela disse colocando as mãos sobre a vagina e fechando as pernas para evitar que eu continuasse.
Comecei a rir dela e disse:
- O que é isso, hein? Para uma profissional, até que a senhora está bem fraquinha, acha não?
Ela ainda gemeu mais um pouco com os olhos fechados e falou:
- Eu não sei! Você faz de um jeito tão… gostoso…
- Levanta, safada! - Dei um tapa em sua bunda e brinquei, rindo: - Bota a puta pra foder!
Ela abriu os olhos e me encarou agora com um sorriso mais do que malicioso nos lábios. Sentou-se então sobre as próprias pernas, ainda sobre a cama e apoiou o próprio tronco nos braços. Então com o dedo indicador da mão direita, chamou-me para mais perto. Aproximei-me e ela, como uma jaguatirica raivosa, pulou em cima de mim. Mal tive tempo de reclamar:
- Opa! Calma, caralho!
Fomos os dois para o chão, ela por cima de mim. Começamos a rir, mas ela agora não estava para brincadeira e arrancou a minha calça com uma rapidez invejável. Só quando ela abocanhou o meu pau, notei que a cueca havia sido arrancada junto:
- Espera, espera… Acho que ele pode não estar muito cheiroso.
- Já enfrentei piores! - Falou, mas parou e suspirou fundo, me olhando envergonhada: - Desculpa! Idiotice minha falar isso para você.
Eu acariciei o seu rosto e lhe dei um tapa de leve, fazendo ela arregalar os olhos e ficar de boca aberta. Então disse:
- Está falando demais já! Chupa o meu pau, safada.
Ela deu uma gargalhada das boas e o abocanhou, sugando-o forte. Dei-lhe outro tapa de leve e brinquei:
- Devagar, safada! Se quebrar o brinquedo, acaba a brincadeira.
- Ai, bate! Bate mais, vai! Bate que eu gamo de vez, seu puto, safado… - E o abocanhou novamente, mas agora passando a língua na parte de trás da cabeça do meu pau.
- Caceeete! - Gemi em suas mãos.
- É! E dos bons! Gostoso, durão… - Dizia enquanto batia uma punheta com vontade e cadência.
Sem mais demora, ela subiu em mim e se penetrou com o meu pau, que escorregou ligeiro naquelas carnes macias e úmidas. Ela deu um longo suspiro até senti-lo encostar bem no fundo, quando deu um gritinho e seu corpo retesou-se ligeiramente, ao mesmo tempo em que sua pele ficava totalmente arrepiada. Apoiou então as mãos nos meus peitos, arranhando-os levemente e passou a movimentar o quadril para a frente para trás. Não sei quanto tempo ficamos ali, mas como já fazia alguns dias que não transávamos por motivos alheios a nossa vontade, o nosso tesão estava acumulado e o gozo veio rápido e forte para ambos. Eu acabei chegando primeiro, mas fazendo um esforço absurdo consegui manter a ereção até que ela também chegasse. Ela desmontou sobre o meu peito e eu a abracei, acariciando a sua cabeça enquanto ela se recuperava:
- Ahhhh! Que gostoso…
- Foi! Realmente, muito bom! - Concordei.
- Estou falando do abraço. O sexo sempre é bom, mas esse abraço depois de uma gozada dessas… Ai, ai…
Depois de alguns minutos apenas namorando calmamente, decidimos tomar um banho juntos. Ali entre carícias e cuidados que um dispensava ao outro, a nossa excitação voltou, e voltou com força! Passamos a nos beijar e os toques se tornaram mais íntimos. Eu a prensava na parede fria do banheiro, mas o calor do nosso corpo era mais do que suficiente para equilibrar as questões térmicas. Entretanto, nossos corpos careciam de um certo conforto e voltamos para a cama. A Chiquinha subiu e se colocou de quatro, encostando a cabeça no colchão e abrindo as bandas da sua bunda:
- Ah… Ve-Vem! - Disse com uma voz rouca e embargada pelo tesão.
Fui, mas não exatamente do jeito que ela devia querer. Aquele corpo a minha mercê, agora totalmente depilado e brilhando das águas de nosso banho, cheirando a sabonete, era uma tentação e tanto. Enfiei a minha cara na sua buceta, lambendo-a e sugando tudo o que conseguia. Ela ora gemia, ora urrava de prazer, mas foi quando dei uma linguadas e depois suguei o seu cu que ela delirou:
- Ai, seu cachorro, filho da puta… Vai me fazer gozar de novo assim!
Entendi aquilo como um pedido e caprichei ainda mais no que vinha fazendo. Eu queria fazê-la gozar na minha boca, mas ela queria mais:
- Eu… Eu… Ai! Eu estou quase gozaaaando… Me come! Me come, agora. Come!
Enfiei o meu pau na sua boceta e ela gemeu alto. Passei a penetrá-la com profundidade, velocidade e força, fazendo os nossos corpos se chocarem com violência, cantando uma verdadeira sonata à safadeza. Ela começou a falar palavras desconexas, sem sentido, entrecortadas e somente a parte final eu consegui entender:
- No cu… Meu cu-cu… Come… Come… Ai, eu vou gozar! - Respirou profundamente e pediu: - Come o meu cu!
Eu obedeci de imediato, tirando de sua boceta e enfiando no seu cu que recebeu o meu pau quase sem resistência alguma. Segui no mesmo ritmo e como eu já estava a ponto de gozar também, a avisei. Ela passou a se siriricar com rapidez e logo gozou, abafando seus gritos no travesseiro. Ao sentir as contrações de seu cu em meu pau, não resisti muito mais tempo e também gozei, inundando aquele buraco. Tombei na cama, segurando-a de forma que continuássemos engatados de conchinha. Ali sentia as suas últimas contrações enquanto o meu pau murchava e escorregava para fora. Acabamos apagando, pelo menos eu dormi. Quando acordei, ela me encarava com um sorriso nos lábios enquanto acariciava o meu rosto:
- Adorei, sabia?
- Realmente foi muito, muito bom.
Saímos para jantar e no dia seguinte rumamos para Belo Horizonte, e dali para Cuiabá. Retornei para a fazenda do meu padrinho e contamos tudo o que havia acontecido no encontro:
- Acho que ela gostou de mim, mãe? - Falou a Chiquinha.
- Acha!? Ela te adorou! Disse que já te considera uma filha e tudo!
Ela sorriu, concordando. Ficamos mais dois dias ali, mas eu precisava voltar para a capital e ela também logo retornaria para Natividade. Repassamos os nossos planos para os próximos meses e eu peguei o seu endereço, avisando que iria visitá-la muito em breve para “noivarmos”:
- Noivar, né!? Ahã… - Ela resmungou com um sorriso malicioso nos lábios.
Já com saudade, despedi-me da minha caboclinha e retornei para São Paulo. Na terça-feira seguinte, tive uma reunião na editora, mas, curiosamente, seria apenas com o Alfredo, já que o Frefre estaria numa bienal e a Manu em viagem para uma entrevista que daria a um programa qualquer no Rio de Janeiro. Ali eu descobriria fatos que mudariam de vez a minha visão sobre as pessoas que faziam parte daquela trama. As surpresas estavam só começando…
[CONTINUA]
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NÃO SER MERA COINCIDÊNCIA.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DOS AUTORES, SOB AS PENAS DA LEI.